A Primeira Guerra Santa Contra Poseidon escrita por Rubellu Sidus


Capítulo 19
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Com a ajuda de Atena, e os falecidos Cavaleiros de Ouro, Johanna desfere um poderoso golpe contra Poseidon usando sua Adaga Dourada. O Deus finalmente foi derrotado, mas o que acontecerá agora?



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—Poseidon: Não! Não pode ser!

Com um grito de derrota, uma luz azul saía dos olhos e boca de Poseidon, sua divindade estava sendo removida, e no caso era sua própria alma. Atena segura a Ânfora de Atena, abre sua tampa e força a alma de Poseidon a entrar nela

—Atena: Agora, Poseidon, entre nesta Ânfora!

—Poseidon: Não acredito que fui derrotado! Atena! Em breve eu retornarei, garanto isso!

Então um jato de luz sai da boca de Poseidon e afunda na Ânfora de Atena, que segurando forte a tampa contra o recipiente, a coloca no chão para evitar que Poseidon escape. O Grande Mestre Arcturus aparece segurando pergaminhos e toma a Ânfora de Atena. Enquanto isso, a Escama de Poseidon desmonta de seu corpo, e um jovem garoto cai nos braços de Johanna. Este jovem, aparentado ter de 15 a 16 anos finalmente acorda

—Jovem: O...o que aconteceu?

—Johanna: Você está bem?! Qual é seu nome?

—Kiro: Eu sou Kiro...eu me lembro que estava pescando com meu pai até que uma enorme onda veio em nossa direção...o que será que aconteceu com meu pai?!

—Johanna: É uma longa história, meu jovem. Venha, eu vou aquecê-lo.

Johanna cobre o garoto com sua capa, e uma grande ternura envolve o corpo de Kiro que a abraça fortemente

—Atena: Aqui está, Grande Mestre.

O Grande Mestre então prende o pergaminho na Ânfora, este pergaminho estava diferente. Nele havia “Atena” escrito, com o sangue da Deusa. Este pergaminho acabara de se tornar um selo, algo que trancaria Poseidon dentro da ânfora por um bom tempo

—Arcturus: Este selo irá impedir que Poseidon se liberte. Deve durar alguns séculos, mais ou menos. Como Poseidon foi muito enfraquecido, é provável que este selo dure alguns mil anos até que perca sua força.

Johanna acena com a cabeça para os dois enquanto o garoto olha para tudo que há ao seu redor, um cenário um tanto catastrófico, mas pacífico. Era uma vitória! Poseidon havia sido derrotado e a paz retornara à Terra. Mas por quanto tempo? Ninguém sabia!

—Atena: Amazona! Johanna de Capricórnio!

Johanna abandonou o rapaz e se pôs à frente de Atena, ajoelhando-se para ouvir às palavras da Deusa. Atena a olha sorridente e olha para o garoto. O Grande Mestre está do lado de Atena, carregando a Ânfora

—Johanna: Sim, Deusa Atena?!

—Atena: Você conseguiu vencer Poseidon, mas sua missão ainda não terminou. Vá até a Prisão do Cabo Sûnion e leve o Tridente de Poseidon junto com esta ânfora até o fundo da gruta. Lá você será transportada até o Templo Submarino de Poseidon, Atlântida. Deixe a Ânfora no Altar de Poseidon, e quando voltar deixe o Tridente nesta mesma gruta!

—Johanna: Atena?!

—Atena: Vá, nós cuidaremos do garoto.

Johanna pega a Ânfora das mãos do Mestre Arcturus e o Tridente de Poseidon que jazia no solo e parte em direção à Prisão do Cabo Sûnion. O Grande Mestre Arcturus acolhe Kiro e, junto com Atena, tentam acalmá-lo

Algumas horas se passam e Johanna retorna ao Templo de Atena, Kiro já não estava mais lá. A notícia da morte de seu pai abalou o jovem garoto, mas algo muito pior ocorrera durante os eventos os quais Kiro não lembrava. Johanna pensava o que aconteceria, mas a resposta ela saberia em breve, pois ela via o Grande Mestre abatido e cansado, mas uma tristeza profunda o pertubava

—Johanna: Grande Mestre, há algo errado?!

—Arcturus: Fui Grande Mestre por mais de duas décadas, e nunca pensei que a situação chegaria a este ponto...estou velho e cansado, mas é a vontade de Atena, quem sou eu para impedir?

—Johanna: Vontade de Atena?! Como assim?!

—Arcturus: Suponho que Judge a tenha entregado a Adaga Dourada, mas ele não lhe contou o que resultaria ao fim da guerra, não é?

Johanna acena negativamente com a cabeça, um temor ecoava em seu coração, já havia perdido tanto, o que mais poderia perder?!

—Arcturus: Atena vai utilizar a Adaga Dourada para se matar...

—Johanna: O QUE?!

Johanna sentiu uma forte pontada no peito, equivalente às pontadas que sentia sempre que via um companheiro morto ou mesmo testemunhava tais mortes. Ela não acreditava no que ouvia, mas não pode deixar de formular hipóteses sobre a decisão de Atena

—Johanna: Por que ela faria isso?!

—Atena: Para dar uma chance melhor para a humanidade! – Atena se aproximava do Grande Mestre e de Johanna – Este é o principal objetivo da Esperança!

—Johanna: Não consigo acreditar! Depois de tudo que passamos, tudo que enfrentamos...a senhora não pode fazer isso!

—Atena: Eu entendo sua preocupação, Amazona, entendo de verdade. Mas esta decisão já foi tomada desde quando Judge nos trouxe a Ânfora e a Adaga Dourada...

—Johanna: Então...é isso?!

—Atena: Acredito que sim. Com minha morte, o meu cosmo da esperança irá penetrar o núcleo desta Terra, tornando-a inalvejável a ataques de seres malignos pelos próximos séculos ou milênios.

—Johanna: Posso perguntar o que irá acontecer assim que fizer este sacrifício?!

—Atena: Eu e o Grande Mestre já pensamos a respeito disto enquanto você estava ocupada. Aproxime-se, Amazona de Ouro de Capricórnio!

Johanna se levantava e caminhava em direção à Atena, cansada e abatida assim como o Grande Mestre. Suas feridas estavam coçando, e seu corpo balançava. Ao chegar à frente de Atena, Johanna novamente se ajoelha

—Atena: Eu, Atena, Deusa da Sabedoria e das Artes da Guerra, promovo você Johanna, Amazona de Ouro de Capricórnio, ao posto de Grã-Mestra do Santuário de Atena. Por favor, guie as futuras gerações com lealdade e justiça que demonstrou nesta!

Johanna simplesmente não acreditava no que ouvia, olhava para O Grande Mestre Arcturus completamente confusa. Removendo seu elmo, Arcturus mostra seu rosto velho e cansado de tantos anos e o coloca na cabeça de Johanna. A cerimônia estava completa, o Santuário tinha um novo soberano, um novo representante de Atena na Terra acabara de surgir. Johanna de Capricórnio, Grã-Mestra do Santuário!

—Johanna: Eu...eu não sei o que dizer...eu...

—Arcturus: Por favor, desejo que nos guie nos próximos anos que virão!

—Johanna: O que...eu deveria fazer?

—Arcturus: Permita-me ser vosso assistente. Recomendo que, agora que a guerra acabou, ordene aos Cavaleiros de Ouro e de Prata a ajudarem os cidadãos a reconstruírem Rodório e que possam recolher os corpos de nossos aliados e inimigos para um funeral digno.

Johanna se levanta, acena a cabeça e observa Atena, que segue até seu quarto. Johanna viu a Adaga Dourada nas mãos de Atena. Não precisava dizer nada, Johanna já sabia o que aconteceria a seguir. Uma grande cosmo energia envolveu não apenas o Templo, mas todo o Santuário. Johanna sentia um calor e esperança tão grande que poderia cubrir todo o planeta. Uma explosão, uma luz amarelo ouro era emitida no quarto de Atena. Johanna removeu seu elmo e Arcturus correu até o quarto de Atena. Johanna apenas observava um raio de energia dourado partir em direção aos céus, acumular em uma esfera e explodir, criando uma camada até onde a Amazona pode enxergar. Atena estava morta, mas havia algo esperançoso nesta morte: Esperança!

Arcturus trazia o corpo de Atena. Os olhos dos três: Atena, Johanna e Arcturus estavam repletos de lágrimas. O rosto de Atena jazia pacífico, e tão humano. Horas e dias se passavam e finalmente os Cavaleiros conseguiram reconstruir o Vilarejo de Rodório. A paz retornava ao Santuário e ao mundo, após uma batalha mortal e cruel. Poseidon estava banido, e Atena estava morta, mas a morte para Atena não era eterna pois ela reencarnaria quando o mal retornasse à Terra

ALGUNS ANOS DEPOIS

Um Cavaleiro de Ouro adentra ao Salão do Grande Mestre, ao remover o helmo o jovem mostra seu rosto

—Cavaleiro de Ouro: Kiro...de Aquário, se apresentando!

—Grã-Mestra Johanna: Kiro de Aquário, como foi a ronda?

—Kiro: Foi tudo pacífico, Grã-Mestra! O Santuário e o mundo está em plena segurança! Kimberly de Áries e Hauss de Gêmeos já retornaram das viagens. Porém recebi informações de que Balrog de Touro está com dificuldades de retornar devido à região fria e Slyther de Escorpião acabou de partir para outra região. Não tive notícias dos outros Cavaleiros de Ouro, e os Cavaleiros de Bronze e de Prata estão treinando muito duro para obterem um ótimo resultado.

—Grã-Mestra Johanna: Kiro, muito obrigada! Peça para que todos os Dourados retornem em segurança e que os Cavaleiros de Bronze e de Prata treinem com afinco, para não permitir outra situação parecida com a que houve na última guerra santa...

—Kiro: Uma guerra que...eu causei...Grã-Mestra!

—Grã-Mestra Johanna: Kiro, jamais se culpe pelo que Poseidon fez com você. Ele se apossou de seu corpo e se aproveitou da situação para proclamar uma guerra sem sentido!

—Kiro: Grã-Mestra?! Por que...por que quis me treinar como Cavaleiro?!

—Grã-Mestra Johanna: Porque depois de tudo que você passou, eu acreditei que você merecia uma nova chance de conseguir sua vida de volta. E até agora você não me decepcionou.

Kiro se ajoelha em frente à Grã-Mestra Johanna, e com capacete em punhos ele olha diretamente em seus olhos. A idade começou a penetrar o corpo de Johanna, a Amazona jovem que um dia salvou sua vida. Kiro tinha certeza que deveria fazer de tudo para compensar os erros de seu passado e é o que ele faria!

—Kiro: Grã-Mestra, agradeço do fundo do meu coração a oportunidade que você me apresentou! Saiba que me esforçarei ao máximo para manter a paz na Terra! Me retiro!

Antes de se retirar, Kiro se levanta e faz a mesma saudação que Venom fez em homenagem à Roland. Ao ver Kiro virar as costas e sair do Salão do Mestre, uma lágrima cai do rosto de Johanna. Esta lágrima era a marca da lembrança que Johanna tinha da antiga guerra-santa contra Poseidon. Mas ela sabia que desta vez a paz estava garantida

SÉCULOS DEPOIS

Na Prisão do Cabo Sûnion um homem se encontra preso, segurando as grades ele esbraveja com um Cavaleiro de Ouro que estava do outro lado da maré

—Prisioneiro: Tire-me daqui! Tire-me daqui! Vai matar seu próprio irmão?! TIRE-ME DAQUI!

—Cavaleiro de Ouro: Irmão, tenho a certeza de que você jamais poderá sair da prisão a não ser que um deus o salve. Portanto, você deve permanecer aí até que sua mente maligna desapareça. Até que Atena o perdoe!

Então o Cavaleiro de Ouro se vira para se retirar e o Prisioneiro continua a esbravejar e amaldiçoar

—Prisioneiro: Espere! Nós somos irmãos de sangue! Se você me chama de maligno você também deve ter sido amaldiçoado porque nós somos da mesma família, você está enganando a você mesmo! Algum dia, com certeza, sua maldade irá dominá-lo! Os fortes devem ter aquilo que querem, o que há de errado nisso, diga?! Deus me deu o poder, por que não posso usá-lo para mim mesmo?! Irmão, juntos nós podemos dominar a Terra toda! Fique sabendo que sua verdadeira natureza é maligna, está me ouvindo?!

—Cavaleiro de Ouro: Maldito!

Ao se virar para encarar o Prisioneiro, os olhos do Cavaleiro de Ouro ficam vermelhos e os cabelos ficam brancos brevemente. Uma aura sombria envolve este Cavaleiro que continua a encarar o Prisioneiro, que responde com um sorriso malicioso e uma risada maligna logo em seguida

—Prisioneiro: Irmão, você é realmente malvado! Hihihihehehehehahahaha!

O Cavaleiro de Ouro se vira para partir enquanto o Prisioneiro segue com seus insultos e reclamações

—Prisioneiro: Você está desperdiçando seu poder, ouviu bem? Depois vai se lamentar! Se for assim, eu mesmo matarei Atena e terei o controle da Terra! E então será tarde demais, irmão! Tarde demais! Hihihihehehehahahaha!

A risada era ouvida pelo Cavaleiro de Ouro em um eco decrescente, a risada ficou cada vez menor até que parou. O que aconteceu depois disso é uma outra história!

FIM!


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Notas finais do capítulo

Olá a todos! Me chamo Pedro Gasparini (a.k.a. Hércules Reluzente) e sou o autor desta história. Quero agradecer a todos que acompanharam até seu fim e que se tiverem sugestões, por favor escrevam!

Sei que o início ficou extremamente fraco e tentei aplicar o máximo de mim. Sou muito grato ao site por ter me permitido ampliar minha imaginação a ponto de criar uma fan-fiction! E se vocês, que chegaram até aqui, leram até aqui, tiverem alguma dúvida, me escrevam! Comentem e eu responderei assim que puder!

Um grande abraço de...

HÉRCULES RELUZENTE!!!



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