Brincadeiras do destino escrita por Phoenix


Capítulo 7
Uma chance em dez milhões


Notas iniciais do capítulo

Agora Catarine vai finalmente reencontrar seu amor de infância, Kinho. Será que ela vai voltar e se apaixonar por ele?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/749299/chapter/7

— Papi Otousan, não tem mais nada que dê para aproveitar daqui, acho que já podemos ir para a casa de Iri Ojisan.

— Certo Catarine. Infelizmente não deu para salvar suas roupas, mas vamos dar um jeito nisso.

— Não se preocupe pai, o importante é irmos logo para dar tempo de jantar.

— Catarine não me faça passar vergonha com essa sua fome desenfreiada. O Kinho...

— ES-QUE-CE O KINHO! Colocaremos um ponto final nessa história!

— Ou uma vírgula, ou três pontinhos, ou...

Olhei com uma cara feia e séria para o meu pai que ele até parou de falar. Mas eu fico pensando, se o Kinho fosse legal, bonito, inteligente e gostasse de mim, eu talvez poderia esquecer aquele coração de Iceberg do Naoki-Cão. Mas eu acho que sou masoquista, já que cada vez que ele me despreza, mais eu gosto dele. Que destino.

Já chegamos na casa do Iri Ojisan, o portão de entrada é enorme e tem um interfone com câmera, tem uma placa escrito algo também:

— Família Irie!?

— Sim Catarine, o sobrenome deles é Irie, por isso chamo meu amigo de Iri-Chan. Ah, o filho dele que aceitou nossa estadia, está na mesma série que você e na mesma escola.

O QUE? Arregalei meus olhos. Não é possível, só pode ser um nome comum entre os japoneses, não, não, não, isso é impossível. Comecei a sentir uns calafrios. Nos identificamos e o portão foi aberto automaticamente. Quando entramos podemos observar o tamanho da casa, é muito grande, é uma mansão! Linda, enorme, tem um jardim extenso com rosas, diversas flores e plantas, um quintal amplo com horta e uma piscina maravilhosa. A fachada da casa é branca com luzes de led ao seu redor, não tem janelas, apenas vidros e cortinas que vão do teto ao chão. Quando as cortinas estão abertas somos capazes de ver o andar de baixo da casa por fora, a sala é grande e sofá parece ser de couro branco, tem até lareira. Agora chegamos na porta, e não posso deixar de ficar desconfortável pensando que talvez o filho de Iri-Ojisan seja Irie Naoki, mas não faz sentido, o filho dele é o Kinho, não tem como, seria muito azar uma coisa assim acontecer.

Dim dom

— SANDRO-CHAN!

— IRI-CHAN!

Os dois se abraçam e parecem duas crianças pulando. Iri-Ojisan é um homem da idade do meu pai, bem gordinho, calvo, baixinho e usa óculos, é como eu imaginei que Irie Naoki seria no dia do discurso de abertura. Eu ri por dentro, pois jamais ele seria pai do Irie-Cão.

— Konbanwa, Ojisan. Pela hospitalidade em sua casa, pela amizade com o meu pai e por nos receber, Arigatou Gozaimasu. – Disse fazendo uma reverencia.

— Cat-chan, você está tão linda, faz tanto tempo que não há vejo. Se sinta em casa, você é da família, não precisa de formalidades entre nós. – Iri-chan disse me levantando da reverencia.

— Arigatou. – Respondi com um sorriso.

— Vamos entrar, vamos entrar, fiquem à vontade. Coloquem essas pantufas, serão de vocês a partir de agora. Vou chamar Noriko. “OKAASAN, OKAASAN”.

— Cat-chan, você está tão kawai, que saudades de você. Viu Otousan, eu não te falei que ela era linda!

— É verdade Okaasan, ela é mais bonita do que nas fotos!

— Fotos? Então era você hoje de manhã Noriko-Obasan?

— Hohoho, me desculpe, eu não aguentei – Falou mostrando as fotos. - Vamos nos sentar e comer.

Nos sentamos na sala de estar, tinha dois sofás espaçosos brancos, uma mesa de centro de vidro, um tapete felpudo creme que quase cobria todo o chão da sala e um lustre mais bonito que o do castelo Ra-tim-bum. Sobre a mesa, tinha muitas comidas típicas japonesas, e elas eram bem diferentes dessas que eu estou acostumada, o gosto não é ruim.

— AI, Catarine-Chan, você vai ver como o mundo é pequeno.

Como o mundo é pequeno?

— E o Kinho, onde está o meu genro?

— Otousan!

— Ah, vou chama-lo. “NAO-CHAN, NAO-CHAN”. – Chamou Iri-Ojisan.

Nao-chan? Nesse momento caiu um bolinho no chão e eu abaixei para pegar, então comecei a escutar:

— Olá, prazer, meu nome é Irie Naoki... – Essa voz... - sou o filho mais velho de Shigeki e Noriko... – A não essa voz! - É um prazer conhece-los, sejam bem vindos! – Fez uma reverencia.

— Kinho que saudades! – Falou meu pai. Mas quando eu levantei a minha cabeça...

— Veja Onichan, a Cat não é uma menina kawai?

— Ela é sim Otousan, estou repleto de admiração.

— Ahhhhhhhhhhhhhh. – Era o Irie-Cão, reencarnado do Ades, imediatamente eu gritei e sem querer na hora de levantar eu bati a cabeça na mesinha de centro e derrubei TODAS AS COMIDAS NO TAPETE COR DE CREME FELPUDO QUE PARECIA SER MAIS CARO QUE TODA A MINHA MESADA DE 10 ANOS JUNTAS.

— Cat-Chan você está bem? – Falou Noriko-Obasan.

— Eu acho que sim. – Estava um pouco zonza, quando coloquei a mão na minha cabeça...

— Catarine-Chan, tem sangue na sua cabeça! – Alertou Iri-Ojisan.

— Sangue? – Estou ficando zonza. Então eu me levantei e fui em direção a Kinho-Naoki-Cão. – Você é o Kinho? – Então tudo ficou escuro.

* Nesse momento Catarine desmaia e quando está para cair no chão Naoki a segura em seus braços e pensa “essa menina dá muito trabalho”. *

— Ai, minha cabeça dói. – Tudo já estava arrumado e estava deitada no sofá, tinha um tapete igual ao antigo e mais comidas na mesa de centro.

— Está tudo bem Catarine-Chan? – Perguntou Noriko-Obasan

— Estou sim, só dói um pouco a cabeça.

— Tome esse remédio, vai melhorar. O sangue foi só de um arranhão na testa.

— Filha, você me assustou demais, não faça mais isso menina. – Meu pai falou chorando. – E se o Kinho não te segurasse em seus braços, poderia ter sido pior, você é muito desastrada filha. Kinho, por favor, continue a tomar conta de Catarine.

Nessa hora nós dois nos olhamos. Aquele falso, sabe fingir bem e acenou positivamente com a cabeça e sorriu.

— Mas, Cat-Chan, você e o Oniichan estão na mesma sala? Se conhecem? – Noriko-Obasan estava com um olhar de muito interesse nessa história, um olhar malicioso.

— Bem... – não sabia como responder, mas Naoki sabia com a sua atuação e ironia.

— Não somos da mesma sala, mas nos conhecemos recentemente de uma maneira bem inusitada. Não é? Catarine-San?

CÃOOOOOOOOOO, SONSO, FINGIDO, TONTO, BAKAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Apenas sorri. Então uma criança entrou. Parecia um mini Naoki.

— Esse é nosso filho mais novo. – Disse Iri-Chan.

— Prazer, sou Irie Yuki, filho mais novo de Shigeki e Noriko, é um prazer conhece-los, sejam bem-vindos. – Falou olhando para o meu pai e fez uma reverencia.

— Olha só, você tem filhos muito inteligentes, veja o Yuki parece ser muito esperto, parabéns. – Respondeu meu pai. – Eu sou Sandro Araia, é um prazer.

— Prazer Yuki, eu sou Catarine Araia, é um prazer te conhecer. – Então ele ficou me encarando e não disse nada! Depois de um tempo constrangedor de silêncio, Obasan falou para continuarmos a comer.

— Você está bem Cat-Chan? Quer deitar?

— Eu estou bem sim, eu prefiro deitar depois da janta, quer dizer, mais a noite. – Que vergonha, eu estou comendo e ainda solto uma dessa.

— Tudo bem então. O meu Oniichan Yuki tem 8 anos de idade e está no 3° ano do Ensino Fundamental I, mas ele quer seguir os passos do Naoki, então o imita em tudo, inclusive na personalidade. As meninas da escola devem odiar o Naoki, não é Catarine? – Naoki me olhou sarcasticamente esperando a minha resposta.

— Não Obasan, ele é bem popular, apesar da sua personalidade.

— Ah é mesmo? Mas não seria uma má ideia você se tornar da família, você é tão kawai.

— Eu também acho que o Kinho é o genro ideal.

— E nós seriamos família de verdade Sandro-Chan, hohohohoho.

— Vocês não podem ficar decidindo essas coisas por mim. – Falou Naoki.

— Ah Oniichan, estamos só brincando, não seja chato.

Nessa hora Yuki voltou com um caderno de inglês.

— Oniichan, estou fazendo minha lição de inglês, mas tem uma frase que eu não entendi muito bem. Ao invés de perguntar para você, perguntarei para Catarine-Oniichan.

— Que boa ideia Yuki. – Riu sarcasticamente o Naoki-Cão.

— Oh, qual é a frase? Me mostre. – Inglês do 3° ano deve ser fácil.

— É essa aqui!

I hate you. Que inglês de 3° ano é esse? Nunca vi essa palavra. Olhei para o meu pai, ele estava tentando falar alguma coisa, mas disfarçava. I eu sei que é ‘Eu’, you eu sei que é ‘você’, agora esse hate, ai, deixa eu pensar, deve ser algo bom, para ser de criança né, então vou colocar um sentimento bom.

— Está escrito ‘Ai ate iou’ que significa ‘Eu quero você’

Otousan, Obasan e Ojisan riram meio que constrangidos, já Naoki e Yuki riram sarcasticamente.

— Você é burra? Está no Ensino Médio mesmo? Não sabe nem a pronuncia correta. ‘ AI REITIOU’ e sabe o que isso significa? EU ODEIO VOCÊ, o que vem bem a calhar aqui, porque EU ODEIO VOCÊ, pois odeio garotas estúpidas. Bleh. – Puxou a pálpebra inferior com o dedo e me mostrou a língua, Obasan deu um cascudo nele, Naoki riu como se não ouvesse amanhã, Otousan e Ojisan estavam de olhos arregalados.

— Peça desculpas Yuki. – Falou Ojisan. Então Yuki correu.

— Desculpe nosso Onichan, Gomenasai.

— Hahaha, eu não sabia o que era ‘reite’ a culpa é minha. – Eu fui rejeitada da mesmo maneira, pelos dois irmãos!

— Agora vamos subir Cat-chan, eu vou te mostrar o seu quarto.

— Hai.

Nossa, essas escadarias são lindas, tem luzes até nos degraus. Aqui é muito lindo, decorado com muitas fotos de família em quadros com molduras diferentes e porta-retratos modernos. O andar de cima é muito deslumbrante. Tem uma sala de estar aqui também, andando pelo corredor percebo que tem um escritório e quatro quartos. O meu tem uma  placa com o meu nome e tem um quarto ao lado do meu com duas placas na porta. O QUE? Naoki e Yuki, são essas duas placas! Eu vou dormir do lado do Naoki, não acredito. O banheiro fica em frente aos nossos quartos, os outros quartos são suítes. Que sorte a do meu pai.

— Cat-Chan, esse é o seu quarto. Você gostou?

Estou de boca aberta, o quarto é maravilhoso, muito moderno, tem um lustre lindo, a cama de princesa com mosquiteiro que vem do teto, um colchão super enorme e fofo. Sentei e comecei a pular.

— Adorei o quarto! – Olha o guarda-roupas! Todo espelhado e enorme, mas eu não tenho nada o que colocar aí dentro, perdi minhas roupas. – Adorei o guarda-roupas, logo terei o que guardar aí.

— Abra! Vai. – Falou com um olhar de felicidade.

— Nossa, quanta roupa! Tudo isso para mim? Não posso aceitar, isso é demais. – Uma roupa mais linda que a outra, agora sim eu serei digna de andar com a Jéssica e a Samanta.

— São todas suas, e pode aceitar sim. Sua mãe foi a minha melhor amiga de todo o mundo, nunca ninguém foi tão boa e leal como ela, nós brincávamos que se fossemos católicas, seriamos madrinhas de nossos filhos. Eu me considero sua madrinha. No fundo eu sempre quis ter uma menina para ir ao cinema, conversar, passear e comprar roupas. Catarine, eu espero que logo você possa me chamar de Okaasan, e eu lhe chamarei de Oniichan também.

— Você sabe muitas coisa sobre a minha mãe?

— Sim, eu sei!

— Então vamos sempre conversar, passear e falar dela, vamos sempre lembrar dessa pessoa incrível. Eu tenho certeza que ela iria gostar se eu te chamasse Okaasan. – Então nos abraçamos, era como se eu sentisse minha mãe perto de mim. Fomos interrompidas por AQUELA voz.

(Som das malas caindo no chão)

— Esse quarto era do Yuki, agora as coisas dele estão no meu e está tudo apertado.

— Oniichan, que malvado, ninguém te perguntou nada, fica quieto. Não ligue para ele Cat-Chan.

Agora eu entendo pq ele hate me.

— Vou preparar a janta. Cat-Chan, você gosta de lasanha?

— Eu gosto Okaasan. – Respondeu Yuki.

— Você não importa, eu quero saber a Cat-Chan.

— Eu adoroooooooooo.

— Que bom, seu pai falou que você gosta de coca-cola também, por isso comprei um engradado. Vamos Yuki, vamos descer. Oniichan, ajude a Cat arrumar o quarto.

— Eu quero ficar aqui Okaasan.

— Vamos logo menino. – Então ela levou Yuki a força.

Agora estamos só nós dois e esse silêncio constrangedor no quarto, eu olho para ele e ele está me olhando. Eu desvio o olhar, mas posso sentir que ele ainda está me encarando, então eu olho para ele e começo a queimar de vergonha. Então ele pega minhas malas e diz:

— Em que posso ajudar, Catarine-San?

— Não precisa eu posso fazer sozinha. – Então puxo as malas de sua mão e minha bolsa cai derrubando tudo que está dentro, inclusive, virada para cima e bem exposta está a carta, escrita ‘ para Naoki-Kun, de Catarine’. Espero que ele não tenha visto, me abaixo para recolher imediatamente.

* Nesse momento, Naoki olha o chão e vê a carta, ele desvia o olhar uma vez, mas volta a olha-la novamente.*

— Ah, é mesmo, você falou ‘Eu não preciso que me ajude, que cuide de mim. Não quero sua caridade.’ E disse também ‘... não dependi, não dependo e nem dependerei de você para nada, NUNCA!

— Por isso você riu aquela hora, você já sabia, você sabia que eu era a Cat e não falou NADA para mim.

— Você esquece rápido seus amores não é? Me esqueceu como Kinho e como você mesmo falou, já me esqueceu como Naoki.

Fiquei sem fala, que cretino esperto.

— Se você está morando aqui ou não, para mim não faz diferença, só não atrapalhe a minha vida mais do que já atrapalhou, entendeu?

— Para mim você ser Kinho ou Naoki, não muda nada, você continua sendo desprezível e eu não estou nem aí para você! Você para mim é problema seu.

— Espero que seja assim realmente.

Idiota, baka, baka, idiotaaaaaaaaaaaaaaaa.

***

— Que jantar delicioso, comi demais nossa, minha barriga está imensa, bebi muita coca, comi muita lasanha, delícia total.

— Você fala muito alto.

— Quem deixou você ficar me espiando Kinho-Naoki-Cão?

— A porta estava aberta e só vim avisar que você pode tomar banho.

— Muito obrigada eu irei então.

— Não me interessa, só estou avisando porque minha mãe pediu.

— Você é um cão mesmo. Vaza daqui, palhaço.

Ele virou as costas antes de terminar minha frase, separei minha roupa e deixei em cima da cama, fui ao banheiro que fica em frente o quarto de Naoki. Tenho que tomar cuidado ao fazer o número 2, porque vai dar para ele ouvir.

— NOSSA TEM UMA BANHEIRA AQUI, IHUUUUU. – Falei tão alto que escutei Naoki e Yuki rirem de mim. Tomei um demorado banho de banheira e quando terminei, onde está a toalha? Meu Deus, esqueci a toalha, e agora, quem poderá traze-la para mim? Ah não, não posso pedir para ele, os adultos ficaram bebendo lá embaixo, não escutei eles subirem. Não tem jeito. Fui até a porta, me escondi atrás dela e gritei.

— NAOKIIII, NAOKIIIIIIIIII.

— O que você quer menina escandalosa?

— Será que você poderia por favor pegar a minha toalha em cima da minha cama? – A não, eu deixei minha lingerie enrolada nela!

— Se você está tentando me seduzir, saiba que isso tem o efeito contrário.

— Se você está tentando parecer um babaca, saiba que está no caminho certo.

— Eu vou pegar, porque não quero ver um corpo estranho atravessando pelado pelo corredor.

— Obrigada. – Disse torcendo o nariz

* Quando Naoki entra no quarto ele olha o pijama dela e ri ‘ que infantil, nem parece uma adolescente’, quando ele pega a toalha, a calcinha cai em cima do seu pé, imediatamente ele fica vermelho pois tem pensamentos pervertidos ‘essa menina é muito baka mesmo, que estúpida’, então ele pega a calcinha e segura na ponta do dedo indicador e vai ao banheiro.

Toc toc

— Obrigada. – Quando olho, fico vermelha instantaneamente, pois ele está com a minha calcinha na ponta do dedo.

— Eu acho que você realmente queria me seduzir, mas com essa calcinha infantil fica um pouco difícil.

Então me enrolo na toalha e falo:

— Ela não é infantil, ela é uma tanga de renda! Então escutamos alguém pigarrear.

— Crianças, eu não ligo de vocês terem esses tipos de desejos, até aprovo a relação, mas vocês tem que se controlar por causa do Yuki não mesmo. Naoki, aja com mais respeito por favor. – Era Iri-Ojisan. MEU DEUS, MEU DEUSSSSSSSSSS.

— Desculpe pai, não é nada disso... nós tomaremos cuidado.

E assim cada um saiu de fininho para seu quarto.

A probabilidade de ser atingido por um planeta telúrico é de uma em dez bilhões. Qual a probabilidade de uma adolescente morar na casa do seu amor, que rejeitou sua carta e que ainda por cima é seu ‘namorado’ de infância?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uma chance em dez trilhões.