Brincadeiras do destino escrita por Phoenix


Capítulo 6
Desafiando o gênio


Notas iniciais do capítulo

Catarine se irrita com a superioridade de Naoki e decide desafia-lo. Será que ela é capaz de ganhar o desafio?



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(No dia seguinte na escola)

— Cata, amiga, e agora como vocês farão? Minha casa tem um quarto pequeno sobrando, se quiserem, podem ficar lá, mas terão que dividir. – Ofereceu Samanta.

— Gata, a minha casa não tem nenhum cômodo sobrando. – Jéssica disse triste.

— Meninas, não se preocupem, um amigo do meu pai, aquele japonês amigo de infância dele, ofereceu sua para ficarmos, ele falou que é espaçosa e tem um quarto para cada um, disse que tem uma enorme dívida a pagar meu pai. Otousan aceitou ficar lá, hoje nos mudamos.

— Que legal, e em qual bairro fica? – Samanta perguntou.

— Se segurem, pois fica no MO-RUM-BI, na parte boa tá, casa de luxo, piscina e tudo! – Contei com orgulho, como se a casa fosse minha.

— Quem sabe agora você não esquece o Naoki-cão e volta a amar o tal do Kinho novamente. – Ironizou Jéssica.

— Meu amor é puro! Mas o Irie-cão tem cara de ter dinheiro também, hahahahaha. – Falei rindo, de repente escutei uns clics, como se fosse som de uma câmera fotográfica. Ao olhar para o lado, vi uma senhora, parecendo uma paparazzi, tirando fotografias minhas e junto a isso, ouvia os cochichos dos alunos falando:

— Olha aquela não é a Araia Catarine?

— É a casa dela caiu.

— E ela tinha acabado de ser rejeitada pelo Irie Naoki.

— Nossa que onda de azar.

— Tem até gente tirando foto dela.

— Deve ser aquelas revistas de fofoca.

— Com certeza vão falar do azar dela.

— Nossa que azarenta.

— Poxa Catarine, você realmente está bem popular, pena que seja pela parte negativa.

— Desculpe Jé, desculpe também Sam, eu estou fazendo vocês passarem no débito muita vergonha não mesmo?

— Não pense isso Cat. – Consolou-me Samanta. – Amigas são para bons e maus momentos, logo isso vai passar.

— Por falar em passar. – Jéssica apontou para frente.

— AJUDEM ARAIA CATARINE, ELA SOFREU UMA GRANDE TRAGÉDIA E PERDEU SUA CASA...

A não que vergonha, corro até a direção de Kawã e logo brigo com ele.

— Kin-chan, o que é isso?

VEJAM SÓ, A CATARINE É TÃO GUERREIRA, QUE MESMO APÓS A TRAGÉDIA ELA VEIO A ESCOLA COM UM SORRISO NO ROSTO. ISSO ME DEIXA TÃO...— E começou a lacrimejar.

Nessa hora, tomei o alto falante de sua mão e gritei no seu ouvido:

ISSO É MUITO CONSTRANGEDOR, PARE JÁ!!

— Desculpe Cata, eu não queria te constranger, só queria te ajudar.

— Eu sei Kin-chan, mas na frente da escola, eu já estou muito mal falada, agora então piorou, você sabe que tem pessoas como a... Nossa, falar no Capeta, olha quem está aí...

— Ora, vejam só, quando a gente pensa que o ser humano não é capaz de encontrar mais uma maneira de se humilhar, mas ele vem lá e te prova que pode se afundar ainda mais na lama. – Disse aquela japonesa cretina da Mayumi.

— Você é muito patética né menina esquisita. – Kin-chan tentou me defender.

— Veja bem essa caixa enfeitada com papel crepom, essas letras com purpurina e esse alto falando, analise bem, você verá que o ridículo é você. Na verdade, são vocês, né Catarine-San? – Falou Maytê, aquela cobra nojenta.

Nesse momento Jéssica e Samanta estavam chegando. Agora eu estava pronta para a guerra.

— Vocês são muito intrometidas, ninguém as convidou a participar da conversa, parece que a inteligência de vocês não é o suficiente para se tocarem. – Respondi bem nervosa.

— Veja só, se não são as duas tapadas para completar o trio. – Mayumi se referia a Samanta e Jéssica.

— Você escutou alguma coisa Jéssica?

— Não Samanta. Você ouviu?

— Só os sons de uma galinha chocando um ovo.

Nós rimos bastante, estávamos deixando as duas bravas.  Enquanto isso, Carioca ficava de papo furado com a amiga trouxa Mayara delas, elas se auto intitularam de “As três Mays”, ridículas.

Enquanto discutíamos, ouvi uma voz dizendo:

— Saiam do caminho.

Era a voz de Irie-kun. As três Mays pareciam que iam derreter de deslumbre. Então eu respondi:

— Tanto lugar para passar, e você quer passar logo aqui.

— É meu direito, afinal estudo nessa escola.

Então Kin-chan se irritou e respondeu.

— Você faz ela passar por todo o tipo de situação e ainda continua a irritá-la, não tem vergonha?

— Não entendi o que você quis dizer.

— De quem é a culpa por ela estar passando por tantas dificuldades?

— Da chuva de meteoros.

— Isso é outra coisa. Tudo começou quando você a desprezou.

— Você está me culpando pelas tragédias pessoais dela?

— Sim estou!

— Kin-chan não faz sentido. – Respondi com vergonha.

— Então a culpa é minha de um meteoro ter derrubado a casa mal construída dela?

— Sim, a culpa é sua, você trouxe toda a negatividade para a vida da Cata! – Kin-chan rebateu.

— A probabilidade de ser atingido por um planeta telúrico é de uma em dez bilhões. Eu sou culpado por um fenômeno tão raro?

— Sim!

— Kin-chan, seu argumento é péssimo. – Respondi com vergonha.

— Eu tenho mesmo muito poder então. – Naoki começou a mexer na sua bolsa. - Ah, então se eu ajudar com dez reais vocês ficaram felizes e me deixaram passar. – Falou Irie-Kun estendendo a mão na direção da caixa que estava com Kawã, mas ele virou e estendeu o dinheiro na minha direção.

Nessa hora eu fiquei muito brava, virei no Jiraya, e bati com força na sua e fiz seu dinheiro cair. Todos arregalaram os olhos com a cena.

— Eu não preciso que me ajude, que cuide de mim. Não quero sua caridade. – Nesse momento ele começou a rir, fiquei sem entender.

— Oh, será que está bom você dizer isso assim?

— Claro que está, não dependi, não dependo e nem dependerei de você para nada, NUNCA! Perdi meu tempo te amando durante esses dois anos, mas isso acabou aqui. Não fiquem se sentindo melhores do que nós. – Irie-Kun começou a andar.- Não fuja. Volte aqui. IRIE-CÃO!!! Preste atenção seu muleque mimado eu te DESAFIO!!! – Então ele parou e voltou. Socorro, estou descontrolada.

— Amiga, vai desafia-lo em que? – Samanta estava indignada.

— Gata você está passando dos limites. – Tentou me alertar Jéssica.

— BAKA! – Responderam as três Mays.

— Ora, vejam só, você despreza a minha ajuda, e agora quer me desafiar? Serei gentil e deixarei você escolher o desafio. Pode falar.

— Certo. – Eu não tinha pensado nisso direito. Ah já sei. – Eu te desafio no teste semestral!

— Ele é o melhor da escola, não força a barra. – Carioca resolveu se manifestar.

— Não é isso, mas eu te pergunto, você acha que eu sou capaz de ficar entre os 50 melhores da escola?

— Claro que não. Você é estúpida.

— Exatamente. Quer dizer, você não acredita, então o desafio é esse. – Nesse momento Akiharu, Midori e Thiago-Sensei estavam chegando e pararam para escutar. – Eu desafio dizendo que estarei entre os 50 melhores da escola no exame semestral.

Todos, absolutamente todos que estavam lá riram.

— O exame é daqui 10 dias, você tem certeza?

— SIM! Se eu ganhar, você terá que andar de cavalinho comigo pela escola inteira, e me pagar um Big Tast depois da aula.

— Você é muito folgada!

— Está com medo?

— Por mim tudo bem, você não será capaz de ganhar. Agora, se eu ganhar VOCÊ terá de andar de cavalinho comigo nas costas e me pagar um lanche B.M.T depois da aula.

Apertamos as mãos e dissemos:

— FECHADO.

A escola estava petrificada. Todos estavam parados. Apenas alguns segundos depois que as pessoas começaram a andar, mas pareciam chocados.

(Grupo da Catarine)

— Catarine, você está louca mulher, o que é isso?

— Louco é você Carioca-kun, ficar conversando com a Mayara. – Jéssica respondeu com raiva.

— Está com ciúmes é? Minha tampinha linda!

— Cala a boca, baka!

— Mas é sério Catarine, você está loucona? Usou uns negocinhos foi?

— Carioca, deixe ela em paz, se ela decidiu isso, nós devemos apoia-la. E estar aqui caso ela precise depois.

— Obrigada por me animar KAWÃ!

— Mas é sério, você pensou nisso direito? Como estão as suas notas? – Alertou-me Kin-chan

Quando eu me lembrei delas, já era tarde demais...

(Grupo Naoki)

— Nossa Naoki-San, você tem que ter muita paciência com essa baka. – Falou Mayumi.

— Realmente, ela só tem lhe causado problemas durante o Ensino Médio. – Disse Maytê;

— Você não precisava ter aceitado o desafio. – Completou Mayara.

Naoki não responde nada e continua andando. De repente ele diz:

— Vocês vão continuar me seguindo?

— Nós vamos para a mesma sala não vamos? – Mayumi respondeu.

— Mas eu não quero a companhia de vocês.

— Felizmente, teremos de fazer o mesmo caminho, Naoki-San. – Tentou Mayumi.

— Então eu irei ao banheiro.

Ficaram com cara de nada.

Naoki pensa: Essa Catarine é demais mesmo.

(Grupo dos Sensei)

— Essa Catarine tem muita energia. – Exclamou Thiago-Sensei.

— Só se for energia negativa. – Responde Midori-Sensei. – Eu tenho dó do meu aluno, qualquer outro já estaria com suas notas mais baixas, a sorte é que Naoki-Chan é super-dotado.

— A energia de Catarine é muito positiva sim, veja o que ela fez com a sala, buscou formas em que eles pudessem se expressar e trazer honra a escola, ela sempre os incentivou com os grupos do coral e de dança.

— Isso é inegável. Pela primeira vez uma turma F fez bons progressos. Mas isso se deve a você também Lima-Sensei. – Respondeu Akiharu-Sensei. – Mas é inegável também que ela trouxe alguns problemas ao Naoki-Chan, mas creio que essa aposta não será problema. – Então Akiharu-Sensei sai na frente.

— Midori-Sensei, você deveria se soltar mais, não ser tão séria assim, a gente podia...

— Desculpe, mas aqui é um ambiente de trabalho, e só tem espaço para profissionalismo e não para amizades. Já passou da hora de perceber isso.

— Eu não estou pedindo para ser seu amigo, mas um bom ambiente de trabalho precisa de mais interação entre os profissionais, precisa de pessoas que não vivam tão nervosas o tempo inteiro.

— Eu só fico nervosa com quem me irrita.

— Okay.

(Numa escadaria grande ao lado da escola, uma mulher com câmera fotografava a cena de Catarine e Naoki).

(3º F)

 A sala começou a conversar:

— Nossa a Catarine é doida.

— Ela está loucona cara!

— Que isso ela vai se envergonhar ainda mais.

— Eu acho que algum destroço da casa bateu na cabeça dela.

— Eu acho que as emoções dela estão alteradas devido aos últimos acontecimentos.

— Catarine, eu admiro sua coragem e determinação, mas você realmente acredita que será capaz de ficar entre as 50 melhores notas da escola? – Thiago-Sensei me perguntou.

— Você não pode brincar com coisas assim, até Deus pode ficar irritado. – Falou Jéssica.

— Todos são alunos das salas A e B, nunca na história dessa escola, um estudante da turma F ficou entre os TOP 50. – Acrescentou Samanta.

— Então eu mudarei a história!

(3ºA)

Alunos conversando.

— Aquela aluna da turma F vai passar mais vergonha.

— Imagina ela levando o Naoki-San de cavalinho.

— Eu vou rir demais.

— Sem chance dela conseguir entrar no TOP 50.

— Naoki-Chan, sinto muito por toda essa situação. Se preferir, eu posso falar com Lima-Sensei para que aquela aluna dele te deixe em paz. – Midori-Sensei se dirigiu séria à Naoki.

— Não se preocupe Sensei, não estou preocupado com a situação.

Então Wally começou a conversar sozinho com Naoki.

— Naoki-San, não será engraçado se a Catarine-San conseguir entrar na lista dos TOP 50? – Disse rindo.

— Seria interessante, mas essa possibilidade não existe. A chance seria de uma em dez bilhões. – Depois dessa fala Naoki ficou pensativo lembrando de quando disse essa mesma frase hoje pela manhã, numa situação extraordinária que realmente aconteceu, então no fundo, começou a pensar na possibilidade de Catarine conseguir entrar nos TOP 50, mas essa possibilidade, não lhe desagradou por completo.

O dia seguiu normalmente para Naoki, e diferente para Catarine, já que essa passou o dia pela primeira vez estudando de verdade, mas entre ela estudar e entender existe um abismo.

—  E aí Catarine, quer dizer então que agora você terá uma vida de madame? No Morumbi?

—  Exatamente Carioca-Chan, só aguarde as marquinhas do meu biquíni. Hahahahaha

— Eu vou querer ver. – Fez cara de assanhado.

— Não vai não. – Disseram Jéssica e Kawã ao mesmo tempo.

— Calma gente, é só brincadeira, meu coração é da Jéssica, ela que não me quer, e Kawã, eu não sou fura olha não tá cara.

— Jéssica, quando você e o Carioca vão namorar de vez? – Provocou Samanta.

— Quando ele parar de falar com a Mayara do 3º A. – Jéssica respondeu séria.

— Sinceramente, acho que todos nós deveríamos parar de falar com o Carioca, já que ele se mistura com aquelas 3 ridículas. – Falei brava também, isso chega a ser uma traíção.

— Pessoal, ela é legal, vocês deviam falar com ela, aí iam saber.

 - Ela é a fim de você, só isso, por isso finge ser legal, ótima atriz ela. – Realmente, ela parecia gostar dele. Carioca-chan é bonito, ele é moreno e tem os olhos verdes, é alto e tem um bom físico, mas nada que se compare ao Irie-cão. – E você gosta dela? Palhaço?

— Gosto de conversar com ela, assim como gosto de conversar com as outras pessoas da sala.

— E a gente? Você gosta de conversar igual conversa com ela? – Questionou Jéssica, meio sem graça.

— Vocês são diferentes. Vocês são especiais demais. Nossa amizade é incomparável.

— Ahhhhh. – Todos falamos, e aproveitamos para nos abraçar, somos muito carinhosos mesmo.

— Gente agora eu tenho que me apressar, porque hoje eu vou para a casa do KINHO!!!

— Na, na, ni, na, não gata, pode contar essa história direito. – Reclamou Jéssica.

— É verdade, você prometeu. – Samanta fez aquele olho do Gato de botas.

— Eu não quero saber dessa palhaçada. – Kin-chan estava bravo, mas Carioca-chan insistiu.

— Conte sim!

— Ok. Meu Otousan sempre foi amigo desse Japonês. Quando ele chegou ao Brasil e foi para a escola, não conseguia se enturmar muito bem com as crianças, por conta da barreira do idioma, ele ainda não sabia falar fluentemente o português. Papi Otousan percebeu que ele era muito afastado e começou a se comunicar com ele, eles desenhavam, apontavam e pouco a pouco Iri-chan (esse é o nome do amigo do meu pai) começou a falar nossa língua e a se comunicar com todos na sala, ele sempre ajudava meu pai com as lições. O tempo passou e eles sempre estudavam juntos, os pais de Iri trabalhavam muito, então ele ficava na casa do meu pai o dia inteiro. Eles cresceram e meu pai seguiu a profissão de chef de cozinha e Iri-Chan entrou na USP, ele era MUITO INTELIGÊNTE. Mas apesar da inteligência ele ainda era pobre e meu papi sempre o alimentava, com o passar do tempo Iri-chan abriu uma empresa de jogos e ele prosperou muito, sempre levava clientes e amigos ao restaurante do meu, o que fez ele prosperar também. Os dois haviam se casado com duas melhores amigas, assim os quatro, sempre que tinham tempo se encontravam. Por coincidência, minha mãe e a mulher de Iri, engravidaram praticamente juntas, acho que um ou dois meses de diferença, então uma parte da minha infância eu cresci com o Kinho, mas isso foi quando eu era muito pequena, até uns 3 ou 4 anos, me lembro vagamente dessa etapa. Depois disso, eles foram morar no Japão, só vieram no dia que minha mãe faleceu, quando eu tinha 10 anos. Por isso digo que só vi o Kinho uma vez, pois é a única vez que me lembro claramente dele. Naquele dia, nós conversamos muito, eu ainda não tinha chorado e meu pai achou estranho, então ele pediu para que Kinho ficasse comigo o tempo todo, e conversando com ele, lembrei de vários momentos com a minha mãe e o estágio final do seu câncer, então nessa hora, apenas para o Kinho eu chorei, ele me abraçou muito forte e eu consegui me acalmar. Aquele foi o melhor conforto que senti na minha vida. Depois do enterro eles voltaram para o Japão e eu nunca mais soube de nada, pois também não perguntei ao meu pai. Passei esses anos meio que gostando do Kinho, mas nada de mais, meu pai sempre se comunicou com ele por cartas, até um certo tempo, depois perderam contato. Agora com essa tragédia, eles viram meu Otousan na televisão e conseguiram o número de telefone e ligaram. Essa é a história, porque agora eu não gosto do Kinho, mas também não gosto do Naoki, quer dizer, ele não merece, emfim, não quero saber de macho agora, caramba.

— Calma, Cata. Mas que legal essa sua história com o Kinho, quem sabe não é o destino de vocês ficarem juntos? – Samanta disse.

— Ia ser muito legal. – Disse Carioca-Chan

— Não ia nada. A Cata não tem que pensar nisso agora. Ouviu Catarine? – Perguntou Kin-chan.

— Mas qual é o nome do Kinho? – Questionou Jéssica.

— Eu não sei, nunca perguntei. Acredita! – Gente, como eu nunca quis saber o nome dele? Que estranho.


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Notas finais do capítulo

No fim vai dar Kinho ou Naoki?