Brincadeiras do destino escrita por Phoenix


Capítulo 15
Dia de encontro 1.0


Notas iniciais do capítulo

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Vai me fazer feliz :D



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Os casais escolheram um filme de romance, principalmente os meninos já tinham tudo esquematizado em suas cabeças como agiriam, apesar de ser o mais receoso dos três, Naoki também estava determinado a avançar nessa relação, não com intenção de um relacionamento sério, apenas queria aproveitar o momento.

Ao contrário dos pensamentos desses casais, estavam as três Mays, cheias de raiva no coração, decididas a acabarem com aquele encontro. Apesar de estarem mais afastadas dos casais, deram um jeito de descobrir o filme e a sessão que estavam e foram para lá.

Cada casal ficou em uma fileira da sala: Samanta e Wally na primeira fileira e no meio, Naoki e Catarine umas dez fileiras atrás no canto esquerdo, na penúltima fileira estavam Carioca e Jéssica no canto direito. A sala estava praticamente vazia, pois aquele era um filme que já estava para sair de cartaz e a maioria das pessoas queriam assistir o lançamento de Liga da Justiça. Apesar de estar chateada por gastar dinheiro com aquele filme, ao invés de assistir o lançamento, Catarine aceitou pelo fato de, apesar de ser lerda, estar entendendo as intenções de Naoki.

Todos estavam com suas pipocas e refrigerantes, já Naoki que conhecia bem sua Cat-chan, tinha a pipoca extra-grande que garantia uma recarga, apesar de não beber tanto refrigerante, comprou o maior, pois sabia que além de beber o próprio, ela beberia o seu também, fora os chocolates e balas, muitas balas de hortelã, pois depois de encher a pança, ela deveria recompensa-lo por gastar tanto dinheiro.

Catarine estava completamente derretida com Naoki, quando viu tudo o que ele comprou, sabia que ele estava se esforçando para agrada-la. E conseguiu, com certeza, ele conseguiu, então o caminho estava com livre e fácil acesso, era só começar as investidas.

Carioca era com toda a certeza o mais malandro dos três. Jéssica era a mais segura delas. Então os trailers mal começaram e os dois já estavam se pegando loucamente, demonstrando todo o desejo que nutriam um pelo outro por tanto tempo.

Os outros dois casais olharam para trás por conta dos barulhos de beijo, mas não conseguiram identificar o casal que estava se atracando loucamente no fundo do cinema. Mas isso com certeza serviu de incentivo para quem ainda tinha alguma dúvida do que fazer naquela cessão.

Os trailers começaram e a luz apagou, junto com ela o coração dos quatro começaram a disparar. Wally, vermelho feito um pimentão, agradecia estar escura e Samanta não ser capaz de constatar seu nervosismo. Respirou fundo. Agora vai, ele pensou. E então... colocou seus braços ao redor de Samanta, fazendo-a deitar em seu ombro. De imediato os dois colocaram uma bala em suas bocas, rindo assim que perceberam.

— Qual o sabor da sua? – Perguntou Wally.

— A minha é de morango e a sua?

— De hortelã.

— Eu prefiro a sua! – Disseram juntos.

— Vamos trocar então. – Sugeriu Wally, já se aproximando de Samanta, que estava perto o suficiente para iniciar o tão aguardado primeiro beijo do casal.

Enquanto isso, as três Mays estavam na porta, tentando identificar os casais. A primeira que conseguiu foi Mayumi, sorrindo por ver que Naoki e Catarine não iniciaram a “pegação”. Depois de algum tempo, Maytê conseguiu identificar Wally e Samanta, apenas por que eles pararam de se beijar, mas logo retomaram o que estavam fazendo. Então para Mayara, só restava o casal que não se largavam nem para respirar. Todas se posicionaram atrás dos casais com um único objetivo: atrapalhar o encontro.

Naoki sabia que não deveria iniciar nada antes de Catarine terminar de comer, sabia também que antes de terminar o último trailer ela já teria acabado com tudo. Sem saber disso, Mayumi ria achando que ele não queria a aproximação. Assim como esperado, Catarine tinha terminado toda a pipoca, bebido sua coca-cola e a do Naoki, como ele previa.

— Naoki, vamos comigo recarregar o balde?

— O que? Você quer comer mais?

— Não, mas é um desperdício não encher.

— Desperdício será não comer, baka.

— Você não vai querer? Não comeu nada!

— Eu não estou com fome. – Estava com o estômago revirando de ansiedade.

— Vamos, por favor? Eu aproveito e passo no banheiro.

— É, dois litros de refrigerante não são para qualquer um.

— Mas porque precisa que eu vá junto?

— Porque eu tenho cegueira noturna, não consigo enxergar nada, a não ser esse telão enorme.

— Você me dá muito trabalho, parece um bebê.

Então olhando no fundo dos olhos de Naoki, iluminado pelo brilho do telão, Catarine lhe respondeu com toda a sinceridade do seu coração.

— Então cuida de mim?

Essa fala pegou Naoki de surpresa, nem ele entendia o que estava sentindo, só percebeu que não era algo normal, algo que já tivesse sentindo, era uma mistura de surpresa, com felicidade? Arrepio, taquicardia. Vergonha? Timidez? Desviou quase de imediato o olhar e disse:

— Vamos logo. BAKA!

Mayumi estava confusa, não estava compreendendo nada. Se ele não queria nada com aquela tonta da classe F, o que foi aquela reação? Ela não era uma reação normal, mas era indecifrável. Mas decidiu seguir os dois e ver o que estava acontecendo.

— Obrigada Kin... Naoki, por me acompanhar.

— Sem problemas, não queria te ver cair de cara no chão, ficar inchada e eu ter que ficar andando com você por aí. – Disse dando de ombros, deixando a espiã do casal ainda mais confusa. Já Catarine estava acostumada com esse tipo de resposta atravessada e achou normal.

— Moça, por favor, quero encher o refil. Com bastante manteiga tá! Ah, por favor, me vê mais uma coca-cola grande.

Pelo amor de Deus, essa menina vai beber mais um litro de refrigerante? Pensou Naoki.

Quando Catarine foi pagar o refrigerante, ele a impediu, pagando em seu lugar, o que deixou a menina com a bochecha vermelha. Quando Naoki a encarou daquele jeito, pensou consigo mesmo: fofa, mas logo caiu em si e pigarreou, tentando disfarçar algo que apenas ele percebeu.

— Obrigada, eu bebi seu refrigerante também, então compraria esse para você beber.

— Para eu beber? – Perguntou com um olhar desconfiado.

— Para nós bebermos. – Confessou a viciada em refrigerante.

Caminharam até a sala, mas Catarine pediu para Naoki espera-la ali na porta, entregando a pipoca e o refrigerante.

— Preciso ir ao banheiro. Me espera aqui, está tudo escuro, não vou conseguir entrar.

— Vai logo! – Bravejou Naoki, agradecendo por não estar interessado no filme, pois se estivesse, coitado, já perdera uns 45 minutos só na fila lotada da pipoca. Agora perderia mais uns 5 pelo menos, ou seja, metade do filme. Quando estava ali parado, percebeu que Mayumi estava tentando se esconder e o observava. Achou aquilo muito estranho, pois o normal seria ela ir correndo falar com ele. Não precisou nem um minuto e o japa já se ligou no que estava acontecendo.

Já Catarine no banheiro, tinha muito o que fazer, afinal eram “apenas” 2lt de refrigerante. Depois foi ao espelho e tentou ajeitar sua maquiagem, se arrumou o máximo que pode e quando julgou estar ok, saiu ao encontro de seu crush.

— Catarine, vamos fazer uma coisa bem ousada antes?

— O que? Vamos nos beijar aqui? – Respondeu surpreendida e sem perceber direito o que acabava de falar.

— Não, está louca? – Catarine abaixou a cabeça com tristeza, mas antes que pudesse ficar mais sentida, Naoki completou. – Ainda não. Entregou o refrigerante na mão da sua parceira, e nem percebeu que ela sorriu com a sua declaração. Segurou sua mão e entraram na sala lotada do filme liga da justiça. Atravessaram a sala, para sair na outra porta. Mayumi esperou um tempo para então segui-los, mas ficou perdida ao notar que praticamente toda a sessão estava completa. Ficou ali tentando encontrar os dois, sentou-se no primeiro lugar que achou vago e passou o restante do filme assim, procurando o casal.

Já Irie-kun e Cata, sentavam-se na sua sessão original.

— O que foi aquilo Kinho? – Nem notou que chamou pelo seu antigo apelido, mas isso não passou despercebido pelo rapaz.

— Eu só queria saber qual era a sensação de entrar em outra sala que não fosse a minha sessão. – Sorriu para disfarçar.

— Isso não faz sentido, mais legal que isso seria ficar uma sessão a mais, você é estranho. – Disse rindo, sem entender.

Durante esse tempo em que Naoki e Catarine estavam do lado de fora, as outras Mays, estavam tentando atrapalhar os dois casais.

Mayara tentava jogar algumas coisas, derrubar, colocar o pé na cadeira, mas nada, nada que ela fizesse era capaz de tirar Jéssica e Carioca daquela pegação desenfreada. Até que chegou um ponto em que ela desistiu e passou a assistir ao filme, não tem antes trocar de lugar, para não se irritar com os dois.

Já Maytê aproveitava que o casal Wally e Samanta eram mais contidos para atazanar.

— Nossa eu queria tanto poder assistir esse filme, sem esses casais assanhados fornicando na minha frente. – Dizia disfarçando sua voz, como se fosse uma idosa.

Wally e Samanta reviravam os olhos. Tantos lugares para essa velha ficar, tinha que estar bem atrás deles. Sempre que Wally fazia menção de se aproximar, Maytê fazia alguma coisa. Jogou pipoca, bateu com um livro, perguntava as horas. Até que Samanta se revoltou, não deixaria nada estragar seu encontro.

— Wally, vamos sentar ali, e você coisa esquisita, trate de ficar aí, porque a gente vai se beijar e MUITO! – Wally ficou feliz com a atitude de Samanta, não teria coragem de falar nada, mas suspirou aliviado, porque depois daquela declaração tinha passe livre para beijar a sua amada o quanto quisesse. E assim passaram até o final da sessão.

Já Cata o Kinho, retornaram no final da sessão praticamente, ainda tinham uns 45 min de filme, 15 que passaram com Catarine comendo sozinha mais um balde de pipoca e bebendo mais um litro de refrigerante. Mas finalmente... acabou! Não tinha mais o que Catarine comer. Agora era só ela e Naoki, apenas os dois ali. Mas ela estava tão nervosa que nem percebeu que estava comendo e bebendo, ela estava fazendo aquilo por ansiedade, não sabia como deveria se comportar, seu estomago estava com aquelas borboletas, era tão desconfortável. Quando foi colocar a mão dentro do balde de pipoca, sentiu algo diferente. Era a mão de Naoki. Ele havia colocado sua mão de propósito no balde, só para ver a reação de Catarine ao sentir aquele contato físico. E ela ficou ali, parada, sem reação, sentindo que as borboletas estavam cada vez mais assanhadas em seu estômago.

Então Naoki a encarou. Tirou do seu caminho o balde de pipoca e o copo de refrigerante, tudo sem desviar o seu olhar, enquanto Catarine variava entre olha-lo e assistir ao filme.

Seu olhar era como um caçador mirando sua presa, olhava no fundo dos olhos de Catarine, mas sua atenção desviava quando reparava em sua boca. Era como se ele precisasse experimenta-la, como se ela pedisse beijo.

Cada vez mais Cat-chan sentia que o momento estava chegando.  Seu primeiro beijo seria com seu amor de infância, que era seu amor platônico, que era a pessoa que a rejeitou, mas que agora demonstrava total interesse. Seu sonho se realizaria, sempre sonhava com o seu primeiro beijo, mas nunca imaginou que seria no cinema. Mas tudo tinha que ser perfeito. Mas aquelas borboletas, malditas borboletas, algo de errado não está certo...

Enquanto isso, em um restaurante digno de um primeiro e tão aguardado encontro, Thiago Sensei estava boquiaberto com a figura que fitava. Não podia ser, de todas as pessoas do mundo, logo ela? Sério mesmo, só pode ser brincadeira! O que eu faço agora? Pensava enquanto, entrava no restaurante Paris 6 e logo saía novamente. Meu Deus, o que eu devo fazer? Devo me revelar? Não vai dar certo isso, ai meu coração.

Por fim, decidiu entrar, mas não se revelaria. PQP, de todas as pessoas do mundo, de todas as pessoas que existem nessa cidade, é sério isso mesmo. Dizia para si mesmo, se dirigindo à mesa ao lado da sua “Flor do Oriente”, que já estava impaciente com a demora do “Laranja Lima”, mal sabia ela, que ele estava ali, bem ao seu lado.

— Oi, tudo bem? – Disse Thiago da outra mesa.

— Oi tudo sim e você Thiago?

— Estou bem, que coincidência nós dois aqui não é?

— É sim.

Agora ficou um silencio tão constrangedor, tão ameaçador, tão, tão, nossa, que dó do Thiago. As amigas da “Flor” lotavam o grupo do whatsapp com mensagens.

Gri: Deixa o laranja e pega ele, maior gatinho amiga

Rachel: Eu concordo, ele já te deu o bolo. Esse Thiago deve ter tomado um bolo tb...

Gri: Amiga, consola ela vai.. kkkkkkkkk

***: Chega vcs, Laranja Lima não faria isso, jamais.

Gri: ATA

Rachel: (Imagem da Mônica no computador escrito: ATA)

— É, você está esperando alguém para um encontro? – Não sabia como puxar algum assunto, mas sabia que aquele não seria o melhor.

— Isso não lhe diz respeito.

— Desculpe, não quis ser grosseiro, é que no meu caso é isso, mas acho que levei um bolo. – Ao disse isso conseguiu amansar um pouco a fera. – É que se a pessoa que você espera não viesse, pensei que poderíamos nos vingar, pelo menos comendo juntos algo bom, até porque é minha primeira vez aqui, sou pobre, não sei nem o que pedir. – Disse rindo, o que arrancou um leve sorriso de sua conhecida, essa que pensava ser verdade, já que Thiago não tinha menor cara de quem curtia aquele tipo de programa. Pensava que a pessoa que ele esperava devia ser especial, por faze-lo ir a um lugar que ele sempre dizia ser desnecessário, por achar que coisas caras em exagero não valiam tanto a pena. Mas a moça, no final de tudo, devia valer.

— Tudo bem Thiago, vamos aproveitar que você vai perder o cabaço comigo, vou te ensinar direitinho como comer... aqui. – Disse gargalhando, estava muito brava pelo bolo, então estava decidida que iria ter um bom dia de qualquer forma, mesmo sendo com Thiago, afinal ele estava se esforçando pelo menos.

Seu whatsapp não parava com as mensagens das suas amigas.

Rachel: Que foi isso amiga? Esse direta aí hein! Tá necessitada mesmo.

Gri: kkkkkkkkkkkk vai com TUDOOOOOOOO

***: Calem a boca, vou desligar meu celular!

Rachel: Não está aqui quem falou.

Gri: Bico fechado.

Ela estava reparando direito em Thiago, até que ele bem arrumado era muito bonito por sinal. Ela fez um gesto para que ele sentasse.

— Obrigado... Midori.

*

Quando estavam prestes a se beijar, rostos tão próximos, olhares intensos, sentimentos fortes.

— Malditas borboletas! – Bravejou Catarine levantando-se abruptamente, colocando a mão na boca e saindo correndo. Em seguida cai de cara no chão, pois não enxergou a escada. As pessoas do cinema, pararam o que estavam fazendo para observar a cena, mas como estava escuro era difícil reconhece-los, então voltaram as “suas atividades”.

— O que foi Catarine? Você está passando mal?

— Banheiro. – Só conseguiu pronunciar isso. Naoki já entendeu tudo, levou-a correndo em uma lixeira próxima.  Quase não deu tempo, ela vomitou uma, duas, três vezes, até sair todo aquele balde de pipoca, misturado com coca-cola.

Naoki não acreditara no que estava acontecendo. PQP, como assim? Quando eu me decido isso tem que acontecer, é sério mesmo? Pensava, enquanto segurava o Cabelo de Catarine. De todas as coisas que eu esperava passar na vida, essa era a última que eu imaginaria. Estava bravo, como se o destino estive conspirando contra ele, conspirava desde que conhecera Catarine, depois desde a vez que ela lhe entregara a carta. Era um labirinto sem saída. Cada dia era um sentimento que experimentava.

— Naoki, preciso ir ao banheiro.

Ela a acompanhou, e como esperado, o filme terminou e ela ainda estava lá. Samanta estranhou ver Naoki com cara de poucos amigos na frente do banheiro. Notando sua feição, Naoki já lhe avisou.

— Está passando mal.

— Comeu muito? – A amiga já conhecia aquela situação de cor

— Sim! – Sempre gulosa, baka. Naoki estava inconformado.

— Vou lá ver o que acontece.

Demorou uns 5 minutos para Carioca e Jéssica perceberem que p filme acabou.

— Preciso ir ao banheiro Carioca.

— Eu também.

Dirigiram-se aos sanitários e se depararam com alguns rostos conhecidos. Cumprimentaram seus colegas, e se perguntavam se eles tinham notado o que havia acontecido entre os dois. Talvez se eles não estivessem com a boca tão vermelha e algumas marcas pelo pescoço... quem sabe.

Ao entrar no banheiro, Jéssica se deparou com Samanta descabelada também e Catarine num estado deplorável.

— Amiga, teve outra diarreia? – Jéssica perguntou a Catarine.

— Oi para você também assanhada. Finalmente pegou o Carioca?

— Co-como... assim...?? – Disse sem conseguir disfarçar.

— Olha para a sua cara, seu cabelo e seu pescoço. – Observou Samanta.

Então Jéssica pode observar o estado de calamidade em que se encontrava.

— Maldição, eu tinha que ser tão branca assim!

— Amiga, se você fosse da minha cor ainda estaria roxo, porque pelo que percebo de vocês dois, são uns assanhados. – Disse Samanta, enquanto Jéssica a levava em frente ao espelho, para que ela pudesse se analisar.

— Ai meu Deus. – Estava descabelada, com o batom todo borrado e com algumas marcas também.

— Parabéns para vocês duas... E eu aqui vomitando as tripas e com diarreia.

— Quem manda ser gulosa. – Disseram as duas amigas a Catarine. Não era a primeira nem a última vez que presenciariam esse tipo de situação da Cata, mas não tinha jeito, ela nunca aprendia.

Estavam cientes também que ela sempre um remédio eficaz nessa situação, o que garantia que o restante do encontro acontecesse em maiores problemas.

Se arrumaram e depois de uns dez minutos, foram ao encontro de seus parceiros. Agora o encontro era triplo, já que Carioca e Jéssica, além de terem sido descobertos, fariam o mesmo trajeto. Se dirigiram ao ponto de ônibus e rumaram ao Parque do Ibirapuera, como planejado.

Enquanto isso no cinema, Maytê e Mayara, procuravam Mayumi, que saiu uma hora depois do termino do filme original, pois a sessão que estava iniciou-se mais tarde. Soltavam fogo pelas ventas, não poderiam mais atrapalhar os encontros, mas aquilo não permaneceria assim, elas dariam a volta por cima.

*

— Já faz um tempo que esses dois estão aí e nada de conversa amiga. – Disse Grisselli a Raquel, se referindo a Midori e Thiago.

— Sim, está muito estranho, ele é bem acanhado, mas ela não colabora. Pensei que depois daquela piada apimentada, ela iria se soltar. Acho que me enganei.

— Vamos mandar umas mensagens para ela.

Gri: Midori amiga, acorda, o boy não vem mais não. Se liga.

Rachel: É verdade, da moral para esse gatinho aí da frente. Maior bonitinho, vc é muito exagerada, na moral.

Midori: Não é que eu não goste dele, é ranço, peguei ranço de cara, agora fica difícil.

Gri: Olha a cara dele, que dó amiga. Dá moral vai.

Rachel: *-*

Midori: Ai vcs me pagam.

— Então Thiago, é... humm... acho que vai chover né.

Ele deu um sorriso. – É tão difícil assim conversar comigo Sensei?

— Ah não, por favor, vamos esquecer do colégio, por favor! – Disse descontraída.

— Ok. – Respondeu levantando as mãos em sinal de rendição. – Não está mais aqui quem falou.

Então começaram a conversar de diversos assuntos. Família, amigos, profissão...

— Eu me formei em Engenharia Ambiental, pois trabalhavsa em uma empresa multinacional e ganhava mais de sete mil reais por mês. Eu era a gerente desde os 19 anos, antes de concluir a faculdade, mas não tinha vida. Não gostava do meu trabalho, era infeliz profissionalmente. Estava morando junto com meu namorado da época, que não era meu grande amor. Então, certo dia, larguei meu emprego de sete mil reais, entrei em uma faculdade de pedagogia, e fui trabalhar em uma escola de esquina ganhando quinhentos reais. Aproveitei e larguei o namorado também. Comecei tudo do zero, mas me realizei, mesmo ganhando tão pouco. – Ouvir aquela história de Midori-Sensei, despertou algo maior ainda do que Thiago sentia. Ela sempre foi seu tipo de mulher ideal. Adora conversar com ela como “Flor do oriente” e depois dessa história de como ela era apaixonada pela profissão, o deixou boquiaberto. Nunca esperaria isso dela, amar a profissão como ele ama. Decidiu ali mesmo que contaria toda a verdade. Estava pronto para dizer a frase “quer suco de laranja lima” e aceitaria as consequências.

— Midori, eu tenho que te falar uma coisa...


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Notas finais do capítulo

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