Star vs Coelhos Vampiros escrita por TopsyKreets


Capítulo 1
Fofura Caótica




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Star vs Coelhos Vampiros

 

 

Echo Creek.

Início das aulas.

 

Marco já sentia a pressão do que seria o primeiro dia (e o resto do ano) como aluno do ensino médio.

Aulas excruciantes. Bullying constante. Almoço com uma carne de origem duvidosa.

Isso até as 09:45.

Nesse momento, eles chegaram.

 

....

 

Parecia ser, inicialmente, um bando de aves, sobrevoando o pátio.

Peludos. Fofos. De orelhas enormes e pelo branquinho.

Mortais pra caralho.

 

Essa era uma descrição precisa dos monstrinhos.

Coelhos com asas felpudas e negras ávidos por sangue humano, talvez um carinho, e então mais sangue humano.

Centenas deles. Levaram cerca de 17,2 min para tomar conta de toda instituição, famosa por seu time de lacrosse feminino e pela quantidade absurda de bebida alcoólica que o diretor apreendia dos alunos.

Os que não foram atacados e entraram em coma por falta de sangue (e excesso de fofura), fugiram desesperados.

 

Diaz, no entanto, não teve tanta sorte.

Trancando-se no armário do zelador, ele se sentia, de certa forma, aliviado.

Mesmo em um cenário de morte certa, aquilo ainda era melhor do que o Bullying diário.

 

....

 

Ficou ali, sentado e tremendo, até ouvir a voz dela.

— Tá tudo bem aí? Já pode sair, dei um jeito neles.

Marco nunca ouvira aquela voz antes. Era feminina e doce, ao passo que emanava certa confiança pelo tom arrojado.

 

Pensando ser uma policial, ele abriu a porta.

 

....

 

Pra falar a verdade, a adolescente parecia ser mais nova do que ele.

Era loira, com olhos azuis da cor do mar.

Usava uma tiara com chifrinhos de demônio, que contrastava com seu vestido escuro e capuz.

 

Era a gótica mais linda que Marco já havia visto, segurando um porrete enorme e coberto de sangue, cujas manchas quase encobriam os dizeres:

Comprado na Mystery Shack.

 

....

 

Ele saiu, ainda desconfiado, olhando para todos os lados.

A garota, por outro lado, esbanjava tranquilidade.

— Se não tiver ocupado, quer ser meu namorado?

 

Ainda perplexo, não conseguiu responder. Se limitou a gaguejar e tentar entender o que realmente estava acontecendo.

— O que?! Mas.... Você.... Matou todos?!

Sozinha?!

— Ainda não. Vou precisar de ajuda aqui. Mas o mais importante primeiro:
Isso é um sim? Vai namorar comigo?

— Espera.... O Que? Como?

Quem é você????

Star sorriu.

 

Adorava se apresentar.

 

....

 

Percorrendo os corredores do colégio, ela procurava um lugar seguro para se prepara para o passo dois do plano.

O primeiro já tinha conseguido: encontrar um aluno fofo, para ser seu namorado.

Marco vinha ao seu lado, de mãos dadas com um medo enorme. Seu único plano naquele instante era o de não morrer.

 

Na medida que andavam, desviavam dos alunos e professores no chão, em posição fetal.

— Eles ainda estão vivos? – Perguntou.

— Estão. É uma espécie de coma. Assim que matarmos esses bastardinhos, todos vão ficar bem.... Eu espero.

 

Quando chegaram na biblioteca, lacraram as portas com estantes pesadas e mesas.

Depois, sentaram-se no centro do local.

 

Enquanto preparava o passo dois, ela ia se explicando.

— Detesto meu nome, sabe? É muito sulista.

Pode me chamar de Star.

Cheguei semana passada na cidade.

— Eu sou o Marco. Bem-vinda a Echo Creek.

É uma droga, mas é o que temos.

— Já estive em piores. Minha cidade natal, por exemplo.

 

O rapaz analisou a jovem de cima a baixo.

Ela mesclava confiança com inocência, de uma forma que ele não sabia explicar.

Star fazia o mesmo. Achava o rapaz assustado, mas bonitinho.

 

Por sorte dele, ela tinha um fraco por azarões.

— Como você pode estar tão calma?

Tem vampiros lá fora!

— Tecnicamente, coelhos vampiros. É diferente. Alho e prata não vão funcionar.

Já tentei.

— Você é o que?! Uma bruxa?

Ela riu e piscou para Marco.

— Se sentiria melhor se eu te dissesse que sou uma princesa mágica?

— Não.

— Ainda bem. Porque eu detesto princesas mágicas. Elas são irritantes. Sério.

Sou uma exorcista.

A garota passou a mão no queixo antes de continuar.

— Bom.... Meus pais são. Estou aprendendo o negócio da família.

— Sério? Isso é.... Legal, eu acho.

 

Ela balançou a cabeça, em negativa.

— É uma merda. Eu estudava em casa, até ano passado.

É a minha primeira vez em uma escola.

Mas tem lá suas vantagens.

Pelo menos sei o que fazer para deter essa infestação.

 

Finalizando os detalhes do desenho com a lata em Spray, o círculo de feitiço estava pronto.

Bem detalhado, lembrava um pouco um pentagrama, mas ao invés de uma estrela no meio, tinha um desenho que se lembrava levemente com uma borboleta.

— Coelhos vampiros são novidade – Explicou Star.

Não tenho ideia de como combate-los. E como não podemos matar todos a pauladas (por mais que eu goste), temos que descobrir mais a respeito para sairmos dessa.

— E qual é o plano?

— Vamos invocar alguma criatura do submundo.

Se dermos sorte e invocarmos o demônio certo, vamos ter uma vantagem.

— Espera.... Isso não é perigoso?

— Muito. Por isso meus pais me largaram nessa cidade.

Acharam que com convívio humano normal, talvez eu ficasse mais responsável.

Mas não acho que esteja dando muito certo.

 

É, eles erraram feio.

Azar o deles, sorte de Marco e Echo Creek.

Não desperdiçemos.

 

....

 

Prestes a ler o ritual mágico em seu diário, um baque violento derrubou uma das estantes.

Finalmente, os coelhos conseguiram atravessar.

Marco pensou instintivamente em correr, mas estavam cercados.

 

A exorcista, por sua vez, agarrou seu porrete e lançou o caderno ao rapaz.

— Eu atraso, você termina o feitiço!

— Como é que é?! Tá brincando, né?

— Relaxa! Já está tudo pronto!

É só ler em voz alta!

— Está escrito em latim!!!!

 

Ela foi com tudo para cima dos coelhos, acertando dois com um golpe certeiro e lançando uma faca num terceiro.

— Não precisa entender! Basta ler!

Vai, vai, vai!!!!!

 

....

 

A luta se intensificou. Ela lutou da melhor forma que podia, massacrando os coelhos.

Ironias à parte, sangue dos bichinhos tinha cor de arco-íris.

Star estava dividida. Se divertia matando os desgraçados, mas ao mesmo tempo, gostaria de levar alguns para casa. Fofos de morrer.

 

Marco desviava daqueles que conseguiam escapar da exorcista e continuava na leitura, rezando internamente para sobreviver mais um dia.

Com sorte, poderia chamar Star a um encontro e descobrir o porquê dela o querer como namorado, já que se conheciam a pouco mais de uma hora.

 

....

 

Finalmente, chegara ao fim do encantamento.

.... Invocammus te, unicornicus spiritus!!!!!!!!

 

Depois de quebrar o porrete na cabeça de uma das ferinhas, ela se virou para o rapaz.

— O que... Você disse?

— Não sei ao certo....

— O termo correto era unicus, não unicornicus....

— Desculpa, não estou entendendo sua letra direito....

Faz diferença?

 

Numa explosão de luz, intensa o bastante para fazer os coelhos fugirem, algo saiu do centro do círculo mágico.

Não um demônio sanguinário vindo das profundezas do submundo.

 

Longe disso.

 A merda era mais em baixo.

 

Uma cabeça de pônei voadora, de cabelo colorido e voz grossa e intimidadora.

E, só para constar, na raça cabeça-pônei, fêmea de voz grossa são mais sexys.

— Me chamaram? – Questionou a princesa Cabeça-Pônei, esbanjando....

 

 

 Seja lá o que quer que fosse, definitivamente não era sensualidade.

Bom, talvez fosse.

Quem sabe.

 


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