Bella POV

Era uma manhã de terça-feira qualquer, já se faziam cerca de 2 anos desde o confronto com os volturi, e renésmee agora já aparentava ser uma jovem de 17 anos o que deixava Edward cada vez mais impaciente e Jacob mais confiante. Nesta manhã em especifica, todos haviam saído para caçar com exceção de mim e Edward, pois havíamos nos alimentado juntos no dia anterior, agora estava encostada na entrada da frente da mansão dos Cullen, enquanto observava o nascer do sol, um jovem conhecido se aproximava da casa, era Seth Clearwater

—Hey Bella, como vai?

—Bem Seth, o que o traz aqui tão cedo?

O garoto chacoalhou um pequeno envelope branco e simples

—Estava com Sue e Charlie quando isso chegou, e então seu pai meu pediu para te entregar

Seth se aproximou estendendo o envelope, e no momento seguinte Edward ,que até então tocava o piano apareceu ao meu lado e cumprimentou o jovem com um sorriso e analisou o objeto em minhas mãos

—Sabe de quem é querida?

Virei-o e me espantei ao ler o nome escrito em letra caprichosa

—É de Renee...

Edward apertou meus ombros com afeto

—Abra

Disse me encorajando

Abri o envelope branco ao retirar o selo e peguei a carta de dentro e receosa comecei a ler

“Hey Bella é você mesma? Puxa a quanto tempo não a vejo...não sei como colocar em palavras o quanto sinto sua falta e nem o buraco que sinto sempre que tento contata-la e seu pai simplesmente me diz que você está bem e seguindo a vida ao lado do seu marido bonitão. Não sei o que criou essa distância entre nós e nem mesmo sei se esta carta chegará as suas mãos, e com certeza não antes de Charlie lê-la (não é seu enxerido?),mas há uma noticia que eu gostaria muito que você soubesse: Eu estou esperando um bebê!

Ao ler essa linha lagrimas silenciosas ameaçaram a sair, há quanto tempo Bella e Renee não se falavam? Agora ela estava gravida de um irmão ou irmã e eu nem mesmo estaria lá para vê-lo? Não mesmo! Bella sabia que a distância entre ela e a mãe era necessária, mas não ficaria sem ver o crescimento do irmão/ã...

Bella olhou decidida para o horizonte com Edward e Seth ao seu lado.

16 anos depois

Meu nome é Bryan Dwyer, tenho 16 anos e vivo em uma grande casa na Flórida com meus pais, Renee e Phil Dwyer. Minha mãe é uma mulher de meia idade extremamente alegre mais tão desastrada quanto, as vezes me pergunto o que seria dela sem meu pai por perto...ele por sua vez é um homem animado e com uma grande paixão pela sua carreira no beisebol. Isso talvez fosse o sonho de um adolescente do sexo masculino, mas para mim, é um pesadelo, pois eu não sou como os outros adolescentes da minha idade, prefiro mil vezes uma boa partida de rpg ou uma boa HQ, do que jogar e discutir técnicas de beisebol como a maioria.

Hoje é um dia especial seja para bom ou ruim, é o primeiro dia na minha nova escola, a Sunshine Califórnia High-School, eu costumava frequentar outra escola, mas tive problemas com alguns idiotas e meus pais decidiram me mudar de lá. Não havia dormido direito, pois assim como acontece pelo menos uma vez por semana, sinto uma presença estranha na janela, me observando, Renee diz que é o efeito de ficar jogando até tarde, mas eu sei que não é isso, algo ou alguém deve gostar de me observar a noite...

—Bry, o café está na mesa querido, se apresse pois hoje está um ótimo dia!

Mamãe adora dizer isso quase todos os dias, mas que dia não é bonito na Califórnia? Mas eu não costumo contestar Renee, ela tem estado meio emocional desde que achou uma foto antiga de Isabella, quem é essa você me pergunta? É simplesmente a babaca da minha meia-irmã, ela é filha da minha mãe com Charlie Swan, o xerife de uma pequena cidade chamada Forks, ela abandonou minha mãe e Phil para viver com o pai, e pouco tempo depois se casou com um idiota qualquer que ela conheceu no colégio, e a partir daí nunca mais manteve contato, só mandou algumas cartas sem muito assunto depois que Renee descobriu que eu estava a caminho e logo parou de novo.

Saí da cama e vesti uma roupa simples, camiseta e moletom do Star wars, calça jeans e tênis all-stars e parti para o banheiro, joguei agua no rosto, e encarei meu reflexo no espelho, profundos olhos azuis assim como o de ambos os meus pais, pele meio pálida e cabelos castanhos extremamente bagunçados. Depois de escovar os dentes desci e encontrei minha mãe deslizando com pratos da pia para a mesa enquanto cantarolava um trecho de 15 steps de Radiohead, assim que me viu parado na entrada da cozinha ela abriu um largo sorriso e me indicou a cadeira mais próxima.

—Cadê o papai? Achei que a temporada de jogos havia acabado

—Phil deu uma passada na sede do time, parece que  o trabalho de um treinador nunca acaba.

Dei uma mordida na torrada com geleia e tomei um copo de suco de maçã, terminei o café bem rápido e me despedi de Renee com um beijo no roso e corri para não me atrasar, afinal o nerd esquisito já chamaria bastante atenção sem precisar dar motivos para tal.

Entrei no UNO vermelho que Phill me deu na semana passada, mesmo comigo insistindo que compraria um carro eu mesmo usando minha economias. O carro já estava ficando com meu cheiro, cheiro de café expresso e canela, liguei o carro e dirigi pelas ruas da flórida e em cerca de vinte minutos eu estava estacionando em uma das vagas Não havia quase ninguém ainda, então supus ter chego muito cedo, então decidi que seria melhor aproveitar o tempo para conhecer o ambiente do colégio, desci do carro e comecei a andar em direção ao prédio alaranjado, me distraí guardando as chaves no bolso e acabei esbarrando em alguém. Quando me recuperei da queda estendi a mão para a pessoa em quem havia esbarrado e então eu vi: chame de paixão a primeira vista ou o que for, mas era como se eu tivesse achado minha alma gêmea. A estranha usava um moletom com capuz preto do batman e óculos escuros, sua pele era de um bronze extremamente pálido, ela usava também um pingente de GOT no pescoço. Devo ter encarado por muito tempo, pois a garota limpou a garganta meio alto e só então me lembrei de puxa-la do chão

—Olha só...foi mal mesmo, eu estava só guardando as chaves e—

—Não esquenta com isso, esse tipo de coisa acontece toda hora por aqui,e não é como se eu também não estivesse distraída.

Ela me estendeu a mão e eu prontamente a peguei

—Sou Madeleine Nox! Mas pode me chamar de Leine.

Um sorriso idiota escapou do meu rosto

—E-eu sou Bryan Dwyer, mas pode me chamar de Bry!

Ela me olhou séria por alguns minutos e uma cara de dor passou rapidamente pela sua face e foi substituída por um sorriso amigável

—Nos vemos depois, Bry.

Antes de sumir no corredor ela me deu uma ultima olhada e assim que pisquei ela não estava mais lá.