- Não acredito que vocês já estão de detenção! – exclamou Remus para James e Sirius - Voltamos para Hogwarts não faz nem duas semanas e vocês já conseguiram essa proeza.

- Não precisa ficar nervosinha, lobinha. – disse James se servindo do café-da-manhã.

- Não ficar nervoso?!? Me diga como, James?!? Vocês explodiram o banheiro feminino do segundo andar!!!

- E que explosão foi aquela... – disse Sirius, olhando sonhadoramente para o teto do Salão Principal, como se estivesse tendo um flashback.

Remus bufou, enquanto os outros marotos comiam tranquilamente.

- Nem sei por que você está todo estressadinho, Aluado. Vocês sabia que cedo ou tarde isso iria acontecer.

- Tinha esperanças de que isso demorasse um pouco mais. – Remus suspirou balançando a cabeça negativamente, não adiantava mesmo, tudo o que ele falasse iria entrar por um ouvido e sair pelo outro. Seus amigos eram casos perdidos, totalmente incorrigíveis e sem direito a reembolso, a única solução agora era aturá-los. (N/James: Como a autora nos ama! ¬¬)

- Lobinho, não se esqueça que você também apronta! – disse Sirius revirando os olhos.

- Tem razão, Sirius. Mas eu nunca fico de detenção. Sabe por quê? Porque quando eu apronto, nós planejamos as coisas! – perguntou retoricamente e respondeu Remus logo após a pergunta.

- Mas isso foi planejado!! – exclamou o outro maroto – Cinco minutos antes...

- Que engraçado, Almofadinhas.

- Ele tem ração, Aluado. A única coisa que não estava planejada era a McGonagall aparecer no corredor. – James defendeu o amigo.

- VOCÊS SÃO IMPOSSÍVEIS!!! – disse uma Lily furiosa, entrando no Salão e apontando o dedo para James e Sirius.

- Por Merlin, Lily! – exclamou Sirius colocando a mão no peito, ofegante como se tivesse acabado de correr uma maratona – Quer nos matar do coração? Eu sou muito novo para morrer, viu?! E bonito também!! Onde já se viu? Se eu morresse iria deixar muitas garotas arrasadas... Será que elas iriam ao meu velório?! Você iria, James? – o moreno divagava olhando para cima, seus amigos reviraram os olhos e o ignoraram enquanto ele ainda listava os contras de sua morte.

- Bom dia, meu lírio. – James disse simplesmente, tomando café da manhã calmamente.

- “Meu lírio” o caramba, Potter. – Lily o encarava furiosamente, enquanto Annelise, com cara de sono, e Lourens seguiam a garota.

- Liliaaaaaaaan... – choramingou Annelise – Não grita!

- Annelise, vai dormir!!!

- Era isso o que eu estava fazendo antes de você me acordar. – resmungou sussurrando.

- O QUE VOCÊ DISSE, ANNELISE SUMMERS?!?

- Nada. – disse lhe lançando um sorrisinho sem graça e depois apontou para James e Sirius – Continue brigando com eles!

- Traidora! – exclamou os meninos.

- Não brigue com ela pela irresponsabilidade de vocês. – Lily voltou-se para ele, enquanto Annelise mostrava a língua para os meninos por trás da ruiva.

- Desista, Lily. – disse Remus – Eu já tentei fazê-los entender o que fizeram de errado, mas eles são mais burros que um Trasgo.

- Obrigado pela parte em que nos toca. – disse Sirius ironicamente.

- Disse alguma coisa, Black?!? – Lilian olhou-o.

- Não senhor, senhor. – respondeu-lhe batendo continência.

- Não tem graça, Sirius. – disse a ruiva.

- Claro que tem. A Anne riu.

Lilian olhou-a furiosamente.

- Não estava rindo dele, Lily. É que eu me lembrei de uma piada muito engraçadaque me contaram!! Por favor, poupe-me a vida!!! – brincou, juntando as mãos e implorando.

- Como era essa piada então?

- Calado, Black. – disse Anne, olhando-o furiosamente.

- Annelise tem razão, Sirius. Não são horas para piadas. – Lily olhou-o de forma reprovadora, fazendo Anne mostrar-lhe a língua mais uma vez, sem a ruiva ver.

- Ok, Lírio! – disse James tentando dar um jeito na situação para poder tomar café da manhã em paz – Nós já entendemos! Iremos cumprir detenção, resolver nossas desavenças, tomar cuidado para não matar acidentalmente nenhum aluno que estiver passando aleatoriamente no corredor, daremos um jeito no banheiro, você sai comigo e todos viveremos felizes para sempre.

- Desista, Potter! – Lilian bufou enquanto pensava o quão insuportável James era – Eu nunca irei sair com você.

- Cuidado, ruiva, para não pagar com a língua – retrucou James.

- Éeehhh... Está tudo muito bem, tudo muito bom, mas eu estou com fome, com sono, com cólica e prevendo uma dor de cabeça infernal. Então, parem de brigar e me deixe desfrutar um pouco da paz. – disse Annelise, sentando-se a mesa e servindo-se de um sonho com recheio de doce de leite.

- Elétrica do jeito que essa menina é, não seria melhor evitar que ela coma doce? – Sirius sussurrou para James e o mesmo concordou com a cabeça – Cadê o Aluado?

- Estou aqui, Sirius, ao seu lado. – respondeu entediado, pensando em qual loucura seu amigo estava aprontando.

- Está calado por que, fio?

- Estou comendo, praga.

- Que amor. – constatou Lourens divertida. Sirius abriu um sorrisinho torto característico e Remus corou envergonhado.

- Viu?! Todo mundo já sabe, até porque sua declaração no expresso foi bem convincente, Almofadinhas!! Por que quando eu falo que vocês vão casar, só faltam soltar o Sinistro para cima de mim? – James fingiu-se de magoado.

- Calado, viado! – disse Sirius.

- É C-E-R-V-O, infeliz.

- É, vocês realmente se amam. – Lourens riu.

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“Oi, Lírio... Tudo bem com você nesses vinte minutos que ficamos sem se falar? Te falei o quão bonita você está hoje? Que seja, eu falo de novo ou escrevo de novo... Enfim, você está radiante hoje.”

Lilian bufou irritada quando abriu o pedaço de pergaminho que haviam jogado em sua mesa. Como James havia dito, não haviam se passado nem vinte minutos desde que eles entraram na sala de Transfiguração e ele já estava causando-lhe problemas.

A ruiva olhou para o lado quando sentiu um cutucão forte e nem um pouco discreto em suas costelas. Anne fazia um gesto exagerado apontando para o pedaço de pergaminho que Lily havia amaçado e o ignorado.

- Quem mandou? – Anne perguntou aos sussurros.

- Potter. – Lily respondeu apenas mexendo os lábios e sem emitir nenhum único som.

Anne esticou-se e pegou o pergaminho. Ela olhou para a professora e quando está se virou para o quadro negro, Anne pôs-se a escrever com um sorrisinho malicioso de quem estava aprontando.

“Oi, James... Tudo sim, meu amor, e com você? Esses vintes minutos pareceram uma eternidade para mim; estou morrendo de saudades de você... Não fale (escreva) desse jeito, você me deixa envergonhada.”

Annelise devolveu o papel para Lily e pediu-lhe silenciosamente para que o passasse a James. Quando a ruiva negou com a cabeça, Anne juntou as mãos como se estivesse implorando. Bufando, e sem ler o conteúdo do bilhete, jogou-o de volta para Potter que estava sentado junto a Sirius na mesa de traz.

Sem demorar muito, a pergaminho voltou para a bancada das meninas, porém dessa vez diretamente na parte de Anne.

“Boa tentativa, Anne. Eu conheço a sua letra.”

“Oi, Anne, amor da minha vida.”

-|- Dez minutos (e muito bilhetes trocados) depois -|-

“Será que dá para vocês três pararem?!?”

“OIIIEEE, LÍRIO!!!”

“Vixi, eita que a gente tá ficando bom... Até a Lily se juntou à festa.”

“Calado, Black.”

“Oiie, Lil, já disse que te amo hoje?”

“A gente conversa mais tarde, senhorita Annelise Summers. Agora parem com isso; eu estou tentando prestar atenção na aula e vocês estão me desconcentrando.”

“Lily o que você está fazendo conversando por bilhetinho com eles?”

“Estou tentando fazê-los parar com isso, Remus.”

“AGORA SÓ FALTA A LOURENS!!”

“Espera ai.”

“Espera ai nada, Anne. Vamos parar com isso já!”

“Deixa de ser fresco, lobinha linda. Anne, chama lá a Lou.”

“Arhh, gente? O que é isso?”

“Festinha via bilhete, amore.”

“Não me chama de ‘amore’, Sirius. *gota*”

“Olha a Lou!!! Inovando nos bilhetinhos... Gostei disso!”

“Calado, Black.”

“Habilidade de falar besteira... Nota... Dez.”

“Shaushauhsuahsuahu... Boa, Anne.”

“Obrigada.”

“Para quem foi isso, em, dona Annelise?”

“Para quem você acha que foi, em, Siriusinho lindo?”

“Sirius, só levando patada.”

“Pelo menos minha risada não parede de alguém que está se afogando, Bambi. rsrsrs”

“Que isso? Tá rosnando?”

“TOMA!!! Boa Anne!!!”

“Vamos parar com a varzia.”

“Deixa de ser chato, Remus.”

“Para de me dar ordens, James.”

“Ahh, gente?”

“PAREM JÁ COM ESSE BILHETINHO!!!!!!!”

“Ahh, gente?”

“Nossa, Lily, não precisa gritar.”

“Ahh, gente?”

“Eu não estava gritando, Black; estava tentando fazer vocês pararem com isso.”

“Ahh, gente?”

“AEEEE! TODO MUNDO CALA A BOCA (OU PARA DE TOMAR O BILHETE DO LOURENS) QUE ELA QUER FALAR.”

“Não precisava escrever desse jeito, Anne.”

“Quieto, James.”

“Fala (ou escreve), Lourens.”

“Obrigada, Remus! Bem... É que a professora McGonagall está olhando para a gente.”

“Só eu que acho que ela não está parecendo nenhum pouco feliz?”

“Deve ser falta de sexo, Pontas.”

“SIRIUS!!!”

“SIRIUS!!!”

“SIRIUS!!!”

“Shuahsuahsu... Boa, Almofadinhas, néhhh Anne?

“Eu não sei de nada.”

“Gente, para de escrever.”

“Por que, Aluado?”

“Ai meu Merlin!! Ela tá vindo para cá.”

“NINGUÉM SE MEXE!!”

“O que? Cala a boca, Sirius... Se ninguém se mexer ai que ela vai achar que a gente é culpada.”

“CALA A BOCA TODO MUNDO!!!”

“Ai meu Merlin! Ela tá seis passos de distancia.”

“TODO MUNDO FAZ CARA DE ANJO!!!”

“Sirius, se livra do pergaminho!!”

“Por que eu?”

“SIRIUS!!!”

“SIRIUS!!!”

“SIRIUS!!!”

“SIRIUS!!!”

“SIRIUS!!!”

“Tá, tá... Eu em!”

Antes que Sirius pudesse pensar em algo para fazer com o bilhete, este já havia sido tomado de sua mão, bruscamente, pela professora responsável para Grifinória. Olhando seriamente para o pergaminho, McGonagall começou a lê-lo.

- Educação mandou um “oi”. – Sirius resmungou baixinho e recebeu uma cotovelada de James que estava sentado a seu lado e olhares arregalados de seus amigos.

- O que o senhor disse, senhor Black? – a professora perguntou nervosamente.

- Que “ninguém gosta de boi.” – ele disse rapidamente com um sorrisinho inocente.

A Professora McGonagall decidiu ignorar e continuou a ler. Quando ela ficou com o rosto vermelho, todos sabiam que ela havia chegado na parte da “falta de sexo.”

- Potter, Black e Summers... Isso vindo de vocês já não me surpreende mais; como sempre estão metidos nesse tipinho de confusão. - disse McGonagall olhando severamente para ele - Mas agora a senhorita Evans, Martney e o senhor Lupin; isso sim é novidade - depois de um tempo continuou - Estou decepcionada com vocês três. Lupin e Evans vocês são monitores, ponham-se em seus devidos lugares. Martney você tem ótimas notas para estar em confusões...

- Puxa, assim eu fico com ciúmes. - disse Anne sussurrando para Sirius e James, que abafaram risinhos.

- Disse alguma coisa, senhorita Summers? – McGonagall perguntou, mesmo tendo a escutado perfeitamente.

- Não, senhora. – Annelise respondeu, abaixando a cabeça, apenas para esconder seu sorrisinho. E por um breve momento, McGonagall achou que ela estava arrependida, apenas por um breve momento.

- Ótimo. - disse severa - Detenção. Terão que catalogar livro por um tempo até eu veja que vocês estão fora de confusão, vamos ver se conseguem conviver com as pessoas sem causar tormentos.

- Vamos ter que catalogar livros para sempre. – Sirius disse baixinho com uma voz de sofredor.

McGonagall o ignorou e deu as costas para o grupo, bem na hora que o sinal de troca de aulas tocou.

- Venham até aqui depois do jantar. – disse brevemente.

Os marotos e as meninas guardaram suas coisas e sairiam da sala de aula. Sem irem muito longe, Remus e Lily pararem de repente.

- Por que eles estão olhando assim para a gente, James? – Anne arregalou os olhos, repletos de medo, ao olhar para as feições de seus amigos – Foi o James que começou quando mandou o bilhetinho para a Lily. – Anne apontou para o maroto.

- HEY!!! – James gritou, contrariado – Você que respondeu e começou com isso; é sua culpa que a gente tá de detenção.

- Minha culpa nada!!! – Anne revidou – E por que ninguém tá olhando desse jeito para o Sirius?

- Não me coloca no meio! – o moreno se apressou em responder antes que os outros olhassem para ele do mesmo jeito – Eu não tenho nada a ver com isso... Vocês dois que começaram.

Lily e Remus bufaram, ainda fuzilando James e Anne com os olhos. Eles deram as costas para os ‘amigos’ e, juntamente com Lourens, andaram para longe de ambos. Sirius de um sorrisinho apologético.

- Tá, então a gente é culpado dessa vez. – Anne disse como se não fosse algo muito importante – Posso viver com isso... Uma detenção não vai nos matar, não é??? Como você se sente a respeito disso, James?

- Já estou acostumado! – James sorriu marotamente.

Essa detenção não seria tão ruim assim. Pelo menos, ele passaria mais tempo com seu lírio; isto é, se ela ainda olhasse para ele.