Sangue, Suor, Lágrimas e Estilhaços escrita por Blue Blur


Capítulo 25
Ligados Por Uma Vida


Notas iniciais do capítulo

Amennekht começa a rever os sentimentos que nutre pelas gems.

Importante: este capítulo se passa no intervalo de 2 meses que as gems levaram para construir o Jardim de Infância Beta, logo ele ocorre logo após o penúltimo ato do capítulo 23.



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Depois da perseguição hilária de Amennekht aos engraçadinhos do Esquadrão Platina, as coisas acabaram normalizando, pelo menos nas aparências. Amennekht, após nomear um governante provisório para administrar a recém-conquistada Kenusa, havia saído para caminhar pela cidade. Ele não se importou se ia ser reconhecido ou não pelo povo ao redor, nem se iam ovacionar ele. Não, o faraó tinha um profundo poder de concentração, e nesse momento ele estava pensando nas palavras de sua mãe na conversa da noite anterior.

Ele amava as gems. Cresceu cercado por elas, aprendeu com elas a sorrir, a chorar, a interagir com aquela raça alienígena, a lutar, a proteger e a mexer com tecnologia extraterrestre. A despeito do sofrimento inicial que aquele povo misterioso lhe impôs inicialmente, Amennekht aprendeu cedo que nem todas as gems eram iguais, a despeito de muitas rubis e ametistas serem a cara uma da outra.

Mas esse amor, tal qual uma árvore, precisava ser podado a fim de não crescer desordenadamente. Por mais que ele amasse aquelas criaturas misteriosas, ele não poderia levar aquele amor no mesmo nível que dois humanos se amavam. Seria egoísmo querer que uma gem o amasse, se casasse com ele, tivesse filho com eles (se é que uma coisa dessas seria possível) e lhe fizesse feliz por algumas décadas, para que, no final desse prazo, ele morresse e a deixasse para trás, totalmente triste e desamparada.

Sua mãe tinha razão, ele precisava de uma companheira. As deusas com quem ele conversava haviam recomendado Merit. Mas será que ela seria uma boa esposa? A mínima menção a um casamento havia deixado a egípcia bastante aborrecida, e ela deu bastante ênfase ao fato de que era uma guerreira importante do Esquadrão Platina. Seria justo pedir para que ela deixasse de carregar seu arco para começar a carregar uma criança? Mais importante ainda: seria adequado? Quando se passa bastante tempo carregando um arco ou uma espada, torna-se difícil largar isso para carregar uma criança.

Estas e outras questões permeavam a cabeça de Amennekht, mas ocasionalmente ele chegou à conclusão de que o mais importante, antes de mais nada, seria conversar novamente com Merit e colocar os pingos nos “i”. Ele queria ter certeza de que tudo ficara bem entre os dois, apesar da proposta constrangedora que Sebek fizera em um momento extremamente inoportuno.

Dito isso, Amennekht voltou ao palácio e foi atrás de Merit. Por sorte, foi fácil encontra-la passeando nos jardins do palácio. Em alguns momentos, até andando descalça entre as pequenas piscinas ornamentais.

(Amennekht): Merit?

(Merit): Oi Amennekht. Errr, digo, Grande Hórus vivo na Terra.

(Amennekht, rindo): Ora Merit, você sabe que esse tipo de tratamento não é necessário quando estou fora do trono.

(Merit, rindo): Bem, fico feliz em ver que o reinado não subiu à sua cabeça.

(Amennekht): Por quê? O meu irmãozinho já deixou subir à cabeça dele.

Merit não respondeu de imediato à pergunta de Amennekht, ao invés disso ela apenas lançou um olhar sério para ele, que desfez o sorriso.

(Amennekht, sério): Ele... deixou?

(Merit): Às vezes o Sebek me preocupa, Amennekht. Ele faz uns discursos extremamente agressivos para o povo. Não é como se ele estivesse fazendo um discurso de quem está convocando o povo para lutar por sua terra, é como se ele estivesse instigando ódio puro.

(Amennekht): Eu entendo. Eu já fui assim antes, minha mãe me deu uma baita reprimenda uma vez porque eu disse umas coisas muito ruins sobre as rubis. A ironia é que a própria Garnet era, de certa forma, meio rubi.

(Merit, confusa): Como assim?

(Amennekht): É difícil de explicar, quem sabe outra hora de conto. Enfim, quando chegar a hora certa, sei que posso me sentar com meu irmão e resolver isso de rei para rei. Eu só vim aqui com você porque queria ter certeza de que ficou tudo bem entre nós dois.

(Merit): Ué, claro que está tudo bem. Por que não estaria?

(Amennekht): Bem, é que depois daquela discussão, eu achei que você poderia ter pensado mal porque...

(Merit, rindo): Amennekht, aquilo foi um vacilo do Sebek, não seu. Não teria porque eu ficar de mal com você. A menos que ter cara-de-pau seja um problema de família

Os dois começaram a rir de forma descontraída, até que Merit começou a falar de novo, dessa vez um pouco mais séria.

(Merit): Além do mais... eu imagino a dor que você deve estar sentindo por ter perdido a Rubelita. O pouco que você me falou dela deu a entender o quanto você gosta dela, eu imagino o quanto você deve sentir saudades dela.

(Amennekht): Sim, eu sinto, mas não quero que você se case comigo apenas por pena.

(Merit): Não, não por pena, por empatia... Além do mais, numa coisa Sebek tinha razão: quando se está em guerra, pode-se morrer a qualquer momento, então até uma união de cunho político pode durar uma vida inteira, não é mesmo?

(Amennekht): É... pode ser...

Os dois ficaram sentados lado a lado, com um silêncio um tanto constrangedor se formando entre os dois, até que Merit resolveu cortar o gelo.

(Merit): Sabe, esse jardim aqui do palácio de Kenusa me faz lembrar do palácio de Mênfis, sabia?

(Amennekht): Lembra de quando a gente brincava no gramado lá do palácio, ou de quando a gente ia nadar?

(Merit): Eu lembro. Eu, você e o Sebek.

(Amennekht): Puxa, já faz tanto tempo... se você visse como o palácio ficou diferente depois de todo esse tempo...

(Merit): Eu adoraria ver algum dia...

(Amennekht): Farei questão de te mostrar...

https://www.youtube.com/watch?v=ZcPfwIDEcQo

Os dois voltaram sua atenção para a fonte daqueles barulhos insistentes: o cavalo branco de Amennekht, que ele havia amarrado ali por perto quando voltou ao palácio.

(Merit): É o seu cavalo?

(Amennekht): Sim. É um belo animal, não acha?

A egípcia chegou perto do cavalo e acariciou seu focinho, enquanto Amennekht chegou perto com uma fruta.

(Amennekht, segurando a fruta): Merit, quer dar para o cavalo?

Merit pegou a fruta e ofereceu ao cavalo, que comeu na mão dela.

(Amennekht): E agora? Quer montar no cavalo?

(Merit, corada): E-Eu não sei Amennekht. Eu posso acabar caindo.

(Amennekht, sorrindo): Ah, sem problemas, eu seguro você se isso acontecer.

Amennekht ajudou Merit a subir no cavalo e, ao contrário da previsão deles, ela montou magnificamente. Parecia ser uma amazona bastante habilidosa.

(Amennekht): E então? Quer cavalgar por aí?

(Merit): Acha que o cavalo aguenta o peso de nós dois?

(Amennekht, rindo): Não tonta, eu vou pegar o outro cavalo.

(Merit, mostrando a língua): Não devia chamar de tonta a mulher que está com seu pangaré premiado, viu?

Merit simplesmente “esporeou” o cavalo com os calcanhares e o bicho saiu correndo.

(Amennekht, rindo): Ei, volte já aqui com meu cavalo!

Amennekht pegou o cavalo reserva e saiu cavalgando atrás da egípcia “ladra”. Ela não estava tão à frente dele, mas pareceu que ele havia cavalgado por quilômetros antes de alcança-la, porque ele ficou perdido nos pensamentos... tudo aquilo era familiar.

Como naquela noite, muitos anos atrás, que os dois estavam com falta de sono e, só de zoas, resolveram pegar os cavalos do faraó e saírem com eles pelas ruas de Mênfis. Um ato de loucura total, não só pelo risco de acidentes, mas por estarem invadindo o “Reino de Set”, que era como os egípcios viam a noite.

Amennekht achava que não conseguiria se recordar de mais nada de antes da guerra gem atingir seu povo, mas aquele lampejo de memórias provou que ele estava errado.

Por um momento, Amennekht sentiu todo o ambiente ao seu redor ser desfeito e remontado na forma daquela lembrança. Já não era mais dia, e sim noite. No lugar das ruas movimentadas de Kenusa, agora havia as ruas desertas de Mênfis no alto da madrugada. A bela e imponente Merit, a poucos metros de distância, havia voltado a ser a garotinha que era sua melhor amiga, anos atrás. Ele até conseguiu ouvir a voz um tanto gasguita que ela tinha antes de ter aquele timbre melodioso:

— Ei Amennekht, anda logo! Você está muito lento!

Os dois acabaram se afastando da cidade, indo para um oásis que ficava não muito longe dali. Amennekht ainda continuava naquela experiência sinestésica maravilhosa, onde o dia ensolarado havia virado uma bela noite e ambos haviam retornado vários anos e estavam revivendo lembranças felizes da infância.

 

Esta noite o amor chegou

Chegou para ficar

E tudo está em harmonia e paz

Romance está no ar

 

Ao ouvir aquela voz melodiosa, Amennekht olhou para o lado e viu Hathor, flutuando próximo a ele, tocando uma harpa. Amennekht, involuntariamente, começou a cantar junto com a deusa.

Essa sensação quero voltar a sentir

Mas é grande o risco a correr

Se o meu coração eu novamente abrir

Outra alma querida posso perder

 

Amennekht levou um empurrão e só aí acabou percebendo que a Merit havia parado o cavalo do lado dele, encarando-o com uma expressão como se estivesse estranhando o jeito desligado de Amennekht. O faraó deu um sorriso travesso e a empurrou de forma tão súbita que ela acabou caindo da montaria, dentro do riacho do oásis, ficando toda encharcada. Fingindo estar aborrecida pelo ocorrido, a princesa de Kenusa jogou toda a compostura para fora e saiu correndo atrás do faraó e sua montaria com um pedaço de pau na mão. O cavalo, que não era besta nem nada, começou a trotar para longe daquela maluca molhada para não levar paulada. Enquanto isso, Hathor estava observando tudo aquilo, com sua harpa na mão.

Nenhum homem ou deus merece viver

Com sentimentos a ocultar

Só se pode plenamente viver

Se você puder livremente amar

 

No meio da correria, Amennekht acabou trotando em direção ao mesmo riacho onde Merit caíra minutos atrás. O cavalo dele deu uma freada tão brusca que o faraó praticamente voou para dentro da água. Alguns segundos se passaram e nenhum sinal do egípcio vir à tona, o que deixou Merit meio desconfiada. Isso até ela ser agarrada por trás e puxada novamente para dentro da água.

Esta noite o amor chegou

Chegou para ficar

E tudo está em harmonia e paz

Romance está no ar

Passado e presente começaram a se misturar pela ótica de Amennekht, que revivia suas lembranças de infância ao mesmo tempo que desfrutava de cada momento ali, onde títulos de nobreza não importavam. Ele conseguia ver, nitidamente naquele oásis, um reflexo de seu passado, estampado na versão infantil que ele estava visualizando de si mesmo e de Merit. Ambos ficaram brincando de jogar água um no outro até ficarem bem cansados. Algum tempo depois eles saíram da água e um vento frio soprou nas roupas molhadas de Merit, fazendo ela tremer de frio. O faraó a cobriu com uma capa reserva que estava sendo carregada no alforje de seu cavalo. Depois disso ele deu um beijo bem no canto da boca de Merit.

Esta noite o amor chegou

E bem neste lugar

Para os dois cansados de esperar

Para se encontrar

 

Naquele momento, aquele sentimento de déjà vu que povoava a cabeça de Amennekht desapareceu de vez, ficando apenas a visão da mulher à sua frente, corada intensamente devido ao beijo surpreendente que ela recebeu. As bochechas subitamente avermelhadas faziam uma bela combinação de cores com os olhos amendoados que ela tinha. As tranças molhadas que ela tinha deixavam um doce e suave aroma pelo ar, ao passo que as roupas brancas e molhadas contornavam com primor os belos atributos femininos dela.

Suavemente eles foram aproximando os rostos um do outro, até acabarem se beijando. Próximo dali, Hathor e Bastet observavam tudo discretamente.

(Hathor): Eles formam um ótimo casal.

(Bastet): Eu concordo, até pensei num nome para eles.

(Hathor): Nem vem, eu montei o casal primeiro então eu batizo.

(Bastet): Duvido que seu nome seja melhor que o meu.

(Hathor): Amerit. Faça melhor.

(Bastet): Mas... era esse o nome que eu ia dar.

As duas divindades caíram na risada e ambas concoradaram naquilo.

(Hathor): É, Amerit é perfeito.

A meio quilômetro de distância dali...

(Thanos, com vontade de vomitar): Nojento...

(Erik): Que horrível... Amennekht conseguiu conquistar aquela pedra gelada que bombeia o sangue da nossa arqueira.

(Samurai): É pessoal, agora é oficial: perdemos a arqueira. Estamos fumados.

(Thanos): Pelo menos o psicológico de vocês ainda está intacto. Eu, que sei linguagem labial, entendi toda aquela fala melosa. QUE NOJENTO!!! O Amennekht tem o quê? Quatro anos?

(Samurai): Então é isso? Eles se casam e ponto final?

(Thanos): Não, eu acho que a gente deve uma para ela depois de tudo o que passamos juntos. Vamos organizar o matrimônio.

(Baleog): Mas como? Não entendemos nada dos casamentos egípcios!

(Olaf): Casamento é tudo igual: o noivo sempre sai no braço com alguém em cima da mesa no final.

(Samurai): Peraí, na minha terra os matrimônios não são bem assim. O noivo bota um kimono e a noiva também e os dois não podem tocar o chão até se casarem.

(Thanos): Na minha terra não tem casamento, nem amor.

Todo mundo olhou para o Thanos de uma forma muuuuuito desconfiada.

(Thanos): Que foi? Não tem mesmo, a menos que presuntos se casem.

(Baleog): Ao invés de um barqueiro, vão chamar uma lancha para levar ele.

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Mênfis – 5 semanas depois

Nessas cinco semanas que se passaram, Amennekht e Merit ficaram muito próximos um do outro e, apesar do estranhamento inicial por conta da proposta abrupta de Sebek, eles decidiram oficializar o matrimônio. Eles pretendiam fazer as coisas seguindo o costume dos egípcios, mas naquela manhã, às sete horas, muita coisa iria sair beeeeeem diferente do que eles planejavam. Naquela manhã, Merit estava no quarto de hóspedes do palácio de Amennekht, dormindo tranquilamente. Nisso Thanos entra no quarto dela e a acorda bruscamente.

(Thanos): Bom dia porquinha, seu quarto está tão imundo a ponto de ter que usar o quarto de hóspedes?

(Merit, surpresa): Como assim, “porquinha”?

(Thanos, interrompendo): Bem, isso não importa. O dia está maravilhoso hoje, pássaros cantando, flores desabrochando. Em dias como esse, pessoinhas como você devem dar um rolê pela cidade.

Thanos carregou Merit como se ela fosse simplesmente um saco de batatas e jogou ela para fora do palácio, jogando uma trouxa para ela.

(Thanos): Aí tem um pão e dois litros de vinho, além de algumas moedas. Tenha um bom dia.

O portão do palácio foi fechado, deixando Merit bem aborrecida.

(Merit, indo em direção ao palácio): Mas o que raios significa isso? *Batendo no portão* Abra logo isso, Thanos!

Thanos só pôs a mão para fora para pendurar uma plaquinha de “Não incomode! ”

(Merit, nervosa): Abra logo isso, Thanos! Esse palácio não é seu!

Usando uma gambiarra constituída de um fio de tecido amarrado na base de uma taça furtada da prataria de Amennekht, Thanos começou a se comunicar com alguém que estava do outro lado.

(Thanos, falando na taça): Flango com Falofa, Flango com Falofa, responda! O rato saiu da toca?

(Samurai, do outro lado da linha): Negativo, Bijuteria. Parece que ela vai arrombar o portão a qualquer momento.

(Thanos): Isso requer medidas mais drásticas! Vamos usar a Esquentadinha!

Do lado de fora do palácio, Merit ainda tentava entrar quando foi surpreendida por Tyris Flare, uma das integrantes do Esquadrão Platina.

(Tyris): Ei Merit, que coincidência ver você por aqui exatamente às... *pega um relógio de sol imenso* 7:13 da manhã! Por que a gente não sai para fazer coisas de mulheres femininas, como nós somos?

(Merit, estranhando): Tyris, você está bem?

(Tyris, nervosa): Mas é claro que estou, Merit. Diferente de você que está com esse traje brega e hor-ro-ro-so!!! Parece uma camisola!

(Merit): É porque É uma camisola... AH, EU TÔ DE CAMISOLA NO MEIO DA RUA!!!

(Tyris): É mesmo? Que falta de bom senso! Ainda bem que eu vim com minha amiga Olava, prontas para tirar você dessa fria!

A tal Olava era a mulher mais esquisita que Merit já tinha visto: era uma mulher gorda, bem gorda, usando um vestido de lã cinza que se estendia até o chão. Seu cabelo era loiro e bem longo, solto de forma desarrumada sobre os olhos. No rosto dela, estava uma daquelas máscaras de prostitutas, como se quisesse ocultar o nariz extremamente desproporcional que ela tinha.

(Merit, berrando): Esperaí, vocês estão tentando enganar a quem? Eu sei que é o Olaf vestido de mulher!

Merit puxou a máscara de “Olava”, revelando a barbona do viking gordo conhecido como O Robusto. “Olava”, sem nenhuma cerimônia, deu um tapa com sua mão enorme na cara de Merit, fazendo ela cair no chão.

(“Olava”): Aiiii, sua grossa! Você não sabe que algumas damas têm problemas com pelos faciais?

(Tyris): É Merit, que deselegante. Além do mais, essa não é o Olaf, é a prima dele. Mas não importa, vamos indo, meninas.

“Olava” novamente pegou Merit e saiu carregando ela como se ela fosse um pacote de batatas.

(Merit, esperneando histericamente): O que vocês estão fazendo? Estão doidos? Isso não vai ficar assim!

(Samurai, novamente falando na geringonça): Bijuteria, deu certo! Os gatos levaram o rato!

(Thanos, falando na geringonça): Ótimo, isso é excelente!!!

Nisso Erik e Baleog apareceram do nada e entraram na sala onde THanos estava.

— Chefe, deu tudo certo! Entregamos todos os convites!

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Enquanto isso, em Ahkvata, Sebek estava sentado em seu trono quando recebeu um objeto estranho: parecia um cristal prateado.

(Sebek): O que raios é isso?

Ao segurar o cristal, Sebek acionou um holograma que mostrava o Thanos ajeitando uma espécie de “câmera” gem. Sebek deu um facepalm ao ver o grego sem camisa

(Thanos): E aí galerinha assistindo ao meu holograma gem! Tudo bem com vocês? Nesta lua cheia o Ameni vai se casar com a Merit. Caso não se lembrem, é aquele egípcio que tem um exército gem e é apoiado pela própria líder da revolução, e você é nosso convidado especial! Já que você é especial, nada de ser sovina! Os presentes devem incluir pelo menos 20 quilos de ouro para cada acompanhante, incluindo você mesmo ou uma peça de joia ou tapeçaria de mesmo valor. Lembrando: gems de Homeworld NÃO CONTAM como presentes, até porque temos dessas até demais aqui.

(Topázio Imperial, aparecendo do nada): Thanos, o que você está filmando aí?

(Thanos): Ei, que ótimo! Você pode ajudar a aumentar meu carisma. Venha aqui.

Thanos pegou a Topázio Imperial e colocou ela em sua cabeça como se fosse um chapéu encarando a câmera com olhinhos pidões de anime.

(Thanos): O casamento começa logo depois do pôr do sol, então nada de atrasos. Ah, mais uma coisa: como os noivos também são dois muquiranas, vocês vão ter que dar os presentes E o nosso pagamento: 10 quilos de ouro por convidado ou uma joia ou tapeçaria de valor igual.

(Menob, cutucando Thanos enquanto filma): Psssst, não esqueça da competição!

(Thanos): Ah sim. Antes que eu me esqueça, isso que estou falando é o MÍNIMO. Haverá uma competição para aquele que trouxer o melhor e mais bem avaliado presente, cujo prêmio é este colar aqui.

Thanos mostrou um colar dourado com uma inscrição japonesa.

(Thanos): A inscrição está em japonês porque não ia caber no colar. Ela diz: “Eu sou o melhor convidado, pois eu levei o melhor presente de Ameni e Sujinha”.

(Sebek, rindo): A Merit vai matar esse cara...

(Thanos): E isso não é tudo pessoal. Olha só o que esse colar faz. Menob, panque meu queixo.

Menob deu um murro no queixo do Thanos, mas acabou acertando uma barreira invisível.

(Thanos): Essa tecnologia é a mesma utilizada nos campos de força de naves gems, garantindo que você jamais seja assassinado. Além de ser uma peça única, o Ameni e a Sujinha não vão se casar de novo.

(Menob): Encerro agora?

(Thanos): Nãããão... vai ter mais um prêmio: quem ganhar vai poder dar um beijo em qualquer um dessa lista aqui.

(Menob): EI, POR QUE O NOME DA MINHA MULHER ESTÁ AÍ???

(Thanos): Ué, você não é um cara forte?

(Menob): Claro que sou!

(Thanos): Então aguenta um par de chifres!

(Menob): Ora, seu...

*Fim de transmissão*

(Sebek): ... FERREIRO REAL!!!

(Ferreiro real, aparecendo esbaforido): Sim, senhor?

(Sebek): Temos platina no estoque?

(Ferreiro real): Sim, majestade!

(Sebek): Então faça uma estátua do capitão Thanos em tamanho real!

(Ferreiro real): Mas senhor...

(Sebek): AGORA!!!

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(Thanos): Ótimo! Agora, vamos arrumar o palácio! Joguem toda essa mobília velha no teletransportador dos fundos, precisamos de espaço para a mobília nova!

(Erik): Mas tem alguns móveis que são grandes demais!

(Thanos): Então quebra essa porcaria, rapá! A futura rainha de Mênfis merece mobília à altura!

(Baleog): Beleza!

O resultado foi uma anarquia: os vikings começaram a arrancar fora vasos, mesas, pinturas, estatuetas e a quebrar tudinho. Quando Menob estava prestes a rasgar uma tapeçaria caríssima, Thanos o interrompeu.

(Thanos): Não! Tapeçarias e pratarias vão pro teletransporte de Ahkvata. Vamos dizer que perdemos!

A barulheira acabou fazendo Amennekht acordar sobressaltado. O faraó estava tão furioso que se esqueceu até de colocar a coroa e acabou aparecendo todo careca.

(Amennekht): Pelos deuses, o que raios vocês estão fazendo no meu palácio?

Todo o grupo ficou paralisado e silenciado por alguns segundos, até que Thanos apontou para o faraó e começou a gritar histericamente.

(Thanos): CARECA! CARECA! CARECA!!!

(Erik): mEuS OlHoS!!!

(Menob): OS OLHOS DELE!!!

(Amennekht): MINHA MOBÍLIA!!! ISSO ERA HERANÇA DE FAMÍLIA!!! O QUE SIGNIFICA ISSO???

(Baleog): Pera, você não sabe?

(Amennekht): CLARO QUE NÃO, PORRA!!!

(Baleog): PEGA ELE!!!

Todo mundo saiu correndo em direção ao faraó, que teve que fugir e tentar ligar para a mãe.

(Amennekht): Mãe, mãe, aconteceu alguma coisa! Os soldados do meu irmão se amotinar... *skalhafjkhagkjldkfjalkdjaflkhaf*

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Rose recebeu o pedido de socorro e ficou extremamente preocupada, chamando Pérola e Garnet para irem com ela ver o que estava acontecendo. No meio do caminho para o palácio, elas encontraram Axel Battler e Gilius Thunderhead, dois guerreiros do Esquadrão Platina.

(Axel): Ei Rose, Pérola, Garnet. Ainda bem que encontrei vocês. Que caras preocupadas são essas?

(Pérola): A gente recebeu um pedido de socorro do Amennekht. O que está havendo?

(Axel): Ah, nada demais, é que o Amennekht vai se casar hoje. Sabem como os homens são, não podem ver um compromisso que já querem fugir.

(Pérola): Como assim, “casar”?

(Axel): Você vai descobrir na hora. A propósito, aqui está o convite de vocês.

Depois que elas receberam o convite, Axel e Gilius se retiraram. Rose mal ligou o convite e Garnet falou uma coisa estranha.

(Garnet): O Menob vai tentar matar o Thanos.

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Thanos, ainda dentro do palácio de Amennekht, foi conversar com o faraó, que estava sentado numa cadeira, totalmente amarrado.

(Thanos): Seguinte Amennekht, como eu sei que você é um insensível irresponsável, eu me dei ao trabalho de organizar sua festa de casamento.

(Amennekht): Peraí, festa de casamento?

(Thanos): Sim, é hoje!

(Amennekht): E isso é jeito de tratar o noivo? Fala sério, vocês me amarraram e tomaram meu palácio!

(Thanos): É porque eu li que, em algumas culturas, os amigos do noivo têm que sequestrar ele.

(Menob, cochichando): Na verdade, são os da noiva.

(Thanos): Ãh, ah tudo bem. A Tyris já fez isso de qualquer forma.

(Amennekht): Como é?

(Thanos): Mas isso não importa agora. Seguinte Amennekht, temos que deixar você nos trinques para sua festa de casamento.

*CRASH*

*SPOSHRKHARKHAKRH*

(Thanos): Isso me diverte...

(Amennekht): O que foi isso?

(Thanos): Não se preocupe, estão só cozinhando.

(Amennekht): Osíris me ajude...

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Bem mais tarde, depois do pôr-do-sol, os membros do Esquadrão Platina terminaram os preparativos. Apesar das estranhezas iniciais, tanto Amennekht quanto Merit ficaram muito felizes quando entenderam o que estava acontecendo. Merit estava usando um vestido novinho em folha, sendo conduzida por Tyris Flare e Olava até uma sala toda escura. A porta foi fechada e Merit ficou sozinha no escuro.

Um pequeno candelabro foi aceso, revelando uma liteira, onde Merit se sentou. Subitamente, outras luzes começaram a se acender, revelando os outros membros do Esquadrão Platina, que começaram a cantar uma música deles. Todos estavam usando trajes de linho fino, ao invés de suas roupas de combatentes.

Música de base: https://www.youtube.com/watch?v=QET1y5TiRNU

(Thanos): Num belo dia eu acordei

(Todo mundo): Oh bella ciao, oh bella ciao, oh bella ciao ciao ciao

(Samurai): Num belo dia eu acordei

E encontrei o invasor!!!

 

(Tyris FLare): Oh platina, me leve embora

(Todo mundo): Oh bella ciao, oh bella ciao, oh bella ciao ciao ciao

 (Menob): Oh platina, me leve embora

Pois sinto que vou morrer!

 

Os três vikings e mais o Thanos começaram a carregar a liteira onde Merit estava, enquanto o resto do pessoal ia liderando a procissão e batendo palmas no ritmo da música.

(Axel Battler): E se eu morro como um Platina

(Todo mundo): Oh bella ciao, oh bella ciao, oh bella ciao ciao ciao

(Gilius Thunderhead): E se eu morro como um Platina

Você deve me enterrar!

(Thanos): E me enterre num mar de vidro

(Todo mundo): Oh bella ciao, oh bella ciao, oh bella ciao ciao ciao

(Olaf): E me enterre num mar de vidro

Onde vai nascer a flor

(Erik): E as pessoas que ali passarem

(Todo mundo): Oh bella ciao, oh bella ciao, oh bella ciao ciao ciao

(Baleog): E as pessoas que ali passarem

Vão dizer “que bela flor!”

(Todo mundo): E vai ser a flor da resistência

(Todo mundo): Oh bella ciao, oh bella ciao, oh bella ciao ciao ciao

E vai ser a flor da resistência

Que morreu por liberdade!

Ao acabarem a música, o grupo entrou no palácio, onde Amennekht já estava arrumado com seus trajes de rei, aguardando por sua noiva. O Esquadrão Platina desceu a liteira e ajudou Merit a se levantar e a se juntar ao seu noivo. Os dois se voltaram até uma segunda porta do palácio, de onde saíram várias damas de honra espalhando pétalas de flor pelo ar enquanto Amennekht conduz Merit em direção ao altar. Ao chegarem lá, ficarão um de frente para o outro, se olhando de maneira apaixonada, enquanto o sacerdote iniciava as declarações matrimoniais.

(Sacerdote): É com grande honra que, com os poderes sacerdotais concedidos a mim, diante de todas estas testemunhas, humanas e gems, caso Amennekht, Hórus vivo na Terra e rei soberano de Mênfis e de toda a terra do Egito e de reinos aliados, e Merit, rainha de Ahkvata.

(Amennekht, se dirigindo à Merit): Eu te declaro minha esposa e minha rainha

(Merit): Eu te declaro meu esposo e meu soberano.

(Sacerdote): Que essa união receba a benção dos deuses e se mostre fértil e perene como o Nilo que jamais seca.

Todos os presentes ficaram extremamente felizes e emocionados com aquela cena. Após o casal recém-casado descer do altar, o próprio Sebek abraçou os dois, emocionado, quebrando os protocolos reais.

(Sebek, emocionado): Parabéns, meus dois irmãos, meu irmão de sangue e minha irmã de armas. Que vocês dois sejam muito felizes juntos, e que saibam que o poderoso reino de Ahkvata e todos os seus bravos guerreiros agora são seus irmãos de armas.

(Amennekht): Obrigado irmão, que os deuses abençoem nosso matrimônio e nossa campanha.

(Sebek): Bem, agora permita-me presentear o novo casal com meus humildes presentes de Ahkvata.

(Thanos, interrompendo): Calmalá, os presentes serão avaliados e os noivos poderão vê-los durante o jantar. Se cada convidado for dar individualmente seu presente, essa festa vai durar uma semana.

O comentário de Thanos arrancou gargalhadas dos presentes.

(Thanos): *Caham* Eu gostaria de propor um brinde. Faz muito tempo que eu conheço a Merit, faz tanto tempo que eu nem me lembro como foi que nos conhecemos. Com ela tive muitos altos e baixos, mas ela me trouxe uma preciosidade que nem ouro ou platina compram: uma família. Tenho grande consideração por todos do meu Esquadrão, mas pela Merit eu sempre tive uma consideração especial, eu sempre a considerei uma irmã. Ela sempre me repreendeu nos meus maiores momentos de loucura e também sempre deu cobertura a mim e aos meus amigos no campo de batalha. Sua perda já me faz grande falta, mas felizmente tal perda não foi num campo de batalha.

(Merit, rindo): Credo Thanos, parece até que estamos num funeral!

(Thanos): De certa forma, Merit, a arqueira do Esquadrão Platina, morre hoje, e a exuberante Merit, rainha de Mênfis, nasce hoje. Com certeza, o Esquadrão vai sentir falta de quem coloca eu e os meus amigos nos trilhos. Mas isso não importa no momento, o que importa é que hoje estamos comemorando algo que apenas nós, humanos, podemos fazer: a eternização de um amor.

Dessa vez, todos aplaudiram, até mesmo as gems. Garnet inclusive estava com três filetes de lágrimas descendo por detrás da viseira.

(Erik, chorando): Não vá, Sujinha. Não vá!

(Merit): Como é?

(Olaf): A gente promete que não vai mais te chamar de Sujinha!

(Baleog): Eu não! Sujinha, não vááááá!!! *assoa o nariz na barba do Erik*

(Thanos): Muito bem, todos para o salão!

Todos então foram para o salão de festas, onde um banquete exuberante aguardava por todos, servido num conjunto de mobílias novinho em folha, feito com artigos de todas as partes do mundo: estátuas gregas, pinturas japonesas, vasos chineses, tapeçarias árabes, etc. Enquanto isso, Thanos e os vikings estavam brincando numa montanha de ouro que estava num canto do salão.

(Samurai): Thanos, está na hora de supervisionar os presentes.

(Thanos): Uh, a melhor parte da festa: roubar o noivo!

Enquanto Thanos ia supervisionar os presentes, as Crystal Gems não paravam de se alegrar por Amennekht e de cumprimenta-lo.

(Rose): Meus parabéns, Amennekht. Você conseguiu, encontrou alguém especial para viver feliz pelo resto de sua vida.

(Garnet): Saiba que estamos muito felizes por você, não há nada melhor do que encontrar alguém especial para dividir as melhores coisas da vida... exceto o corpo, claro, porque vocês humanos não conseguem fazer isso.

(Amennekht, rindo): Quem disse que não, Garnet?

Garnet não entendeu direito a piada, mas ainda assim sorriu, ao passo que Merit ficou parecendo uma pimenta.

(Pérola): Ei Amennekht, olhe! Acho que aquele pessoal está querendo te trazer alguma coisa.

Uma fila havia se formado  diante de Amennekht, porém controlada por Thanos, sentado numa espécie de pseudotrono, analisando os presentes. Do lado do grego estavam os vikings e o Samurai.

(Thanos): Tragam os presentes.

Cada um dos convidados entregava seu presente para Thanos, que analisava e entregava para o faraó.

(Persa): Esta tapeçaria foi feita à mão pela minha filha, a princesa, e suas damas de honra. Foi tecido com os melhores tecidos da Pérsia!

(Thanos): Nossa, mas ficou bonito demais! Você fez direitinho a bandeira do Esquadrão Platina.

(Amennekht): Peraí, o presente não devia ser para o casal?

(Samurai): Mas quem disse que estamos pegando seus presentes?

(Thanos, escondendo a tapeçaria): É, quem disse? As suas estão bem aqui.

As outras tapeçarias eram igualmente belas, cada uma tecida com motivos dos reinos que as enviaram como presentes. Outros presentes incluíam essências, vinhos, pratarias, armas decorativas e inclusive estatuetas. Alguns presentes depois, chegou a vez do presente do Sebek. Era enorme, coberto por um grande lençol, e puxado pela Pérola Negra de Sebek.

(Thanos): Caramba, veio me dar sua Pérola? Quanta gentileza!

(Sebek): Não Thanos, o presente é o que ela está carregando! Anda Pérola, traga logo!

O jeito ríspido como Sebek deu a ordem para a Pérola Negra fez com que Pérola ficasse um tanto desagradada com aquilo.

(Sebek): Agora Pérola Negra, retire a coberta.

A Pérola Negra puxou a coberta, mas ela acabou ficando engatada. Como Sebek continuou pressionando-a, ela deu um puxão mais forte ainda, fazendo o presente desabar. Era uma estátua de platina, feita com a imagem de Amennekht.

(Sebek): PÉROLA NEGRA!!!

(Menob): Ih galera, bora ajudar a levantar o presente do rei!

Menob, os três vikings e mais o Samurai começaram a se esforçar para levantar a estátua, mas sem sucesso. Até que Thanos veio e ajudou o pessoal a colocar a estátua de pé. Sebek ficou impressionado ao perceber que Thanos não estava usando suas manoplas, mas não percebeu as manchas cinzas em sua pele, semelhante a queimaduras necrosantes.

(Thanos): Bem, tá inteirinho o presente. Caraca, e que presente!

O presente era uma estátua de platina do faraó Amennekht I, em postura de batalha, com Thanos ao fundo, numa postura cômica como a de quem estava pinotando num cavalo selvagem.

(Samurai): Este é o último presente. Realmente, deixaram o melhor para o final.

(Thanos): Samurai, você está certo e errado ao mesmo tempo. Amennekht, Merit, vocês vão votar em qual querem que seja o melhor presente.

Thanos bateu palmas duas vezes, revelando um telão enorme acima deles, feito com tecnologia gem. Nesse telão, havia a imagem de um belo jardim, com cerejeiras repletas de sakuras, coqueiros, mangueiras, laranjeiras e diversos tipos de árvores e flores, além de um riacho com uma estátua do Thanos com o Esquadrão Platina fazendo uma pose dramática, estilo arte grega clássica. Thanos aparecia erguendo sua espada para cima, com Merit um pouco acima da espada, com seu arco pronto para lançar uma flecha. Curiosamente, o arco que a estátua segurava era o arco original de Merit, e a escultura de Merit na estátua também vestia sua aljava com as flechas.

(Thanos): Estão vendo este belo jardim? Eu mesmo fiz, e vocês podem acessar por aquela porta ali.

O grego apontou para uma porta no fundo do salão, selada com uma grande fita vermelha, que Erik cortou com uma espada. Amennekht levou Merit até o lugar, e ele realmente era de uma beleza avassaladora. O lugar era tão romântico que os dois não puderam resistir e se beijaram ali mesmo, em toda a intensidade de sua paixão, isso até o grego interromper tudo.

(Thanos): E aí gente, qual foi o melhor presente, hein? Digam bem alto porque eu sou meio surdinho.

(Merit, revirando os olhos): Foi o seu, Thanos.

O grego então sacou o colar que ele daria como prêmio e vestiu em si mesmo, fazendo um “V” de vitória.

(Amennekth): Muito obrigado por tudo isso gente! Vocês tornaram tudo muito especial!

(Merit): Principalmente você Olaf, que passou o dia todo comigo e com a Tyris.

(Olaf, confuso): Ué, mas como assim? Eu estava ajudando o pessoal na cozinha.

(Merit): Não precisa mentir, eu sei que você era a...

Bem nesse momento, apareceu a tal Olava, com um pratinho de comida, bem ao lado de Olaf.

(Olava): Falou comigo?

Agora “Olava” havia virado o apelido do Olaf.

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Ahkvata, 1 dia depois...

A longa viagem de Mênfis até Ahkvata foi bem mais curta que o normal graças aos teleportadores gems que ligavam as duas cidades. A procissão de Sebek retornou à sua cidade natal durante à noite, mais ou menos umas 00:45. Sebek dispensou vários funcionários de seu palácio, para dar a eles um pouco de descanso, e também para ficar sozinho no trono.

Ao contrário de todas as outras pessoas, Sebek não estava com sono. Mil pensamentos corriam em sua mente, e cada um deles fez alargar um sorriso um tanto excuso em seu rosto.

(Sebek): Tudo está correndo conforme o planejado. Agora o grande exército de Mênfis está à minha disposição. Chega de manter postura defensiva, agora eu posso levar a guerra até as Diamantes. Três poderes unidos: Ahkvata, Mênfis e as Crystal Gems, e quando tudo acabar, bem... poderemos facilmente usar nosso maior número e toda a tecnologia roubada para expurgar as últimas gems de nosso mundo. Até lá, tudo o que tenho que fazer é trazer Amennekht para o meu lado. Tempo é o que não falta.

Enquanto continuava mentalizando seu plano, Sebek não parava de sorrir.

(Sebek): Não me lembro qual a última vez que as coisas deram tão certo. Todas as chances estão a nosso favor. Agora é só deixar que o tempo passe e as coisas sigam conforme o planejado. Se bem que...

Antes de concluir a frase, Sebek desfez seu sorriso e assumiu uma expressão facial séria.

(Sebek): ...há uma pendência a ser resolvida, e não há porque deixar para amanhã o que posso fazer hoje.

Após terminar a linha de raciocínio, Sebek se levantou do trono e foi até o depósito de armas e encaixou suas lâminas gêmeas em dois pequenos pilares, que tinham uma abertura para encaixe. Ao girar as lâminas, uma passagem secreta se abriu, mostrando uma escada. Sebek desceu por ela até que a escuridão o cobrisse.


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Notas finais do capítulo

Bem, aqui está. Quem estava torcendo por esse casal pode, finalmente, se alegrar por ver seu shipping concretizado. Obviamente, este foi um momento também que eu quis aproveitar para ressaltar os laços que os membros do Esquadrão Platina têm entre si, até porque a própria Merit era do Esquadrão Platina.

A partir daqui, o bicho pega. Quem já assistiu à série original sabe a importância do tal Jardim de Infância Beta, e muitos vão ver, em breve, sua personagem favorita (nunca consigo entender porque o público se apega a certos personagens tão desprezíveis e crueis) ganhar vida. Já adianto que o próximo capítulo já começa com quebra-quebra. Até mais.

Ps.: "Além de Rainhas e Generais" pode acabar entrando em hiato, porque quero adiantar esse ato envolvendo o Jardim de Infância Beta. Vai ser um dos atos mais importantes pro andamento da história.



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