POV Edward Cullen

Ela ofegou surpresa, depois sorriu, o elevador parou e nos levei em direção à um banco que ficava entre duas colunas gregas, e ela começou a falar:

— Bem, eu primeiro gostaria de pedir desculpas pelo o que ouviu. Kate estava me tirando a paciência e pelo que falavam e você demonstrou a primeiro momento realmente pensei que seria somente um passatempo, mas com Seth internado eu não poderia me dar ao luxo de sair. Mas depois que conheci você melhor eu pude ver que na verdade você tem um coração de ouro, esteve comigo em tantos momentos que nem sei como agradecer. – Ela falou, com os olhos marejados e eu acariciei suas bochechas. – Aprendi a não julgar os outros pelo o que dizem.

— Mas isso era verdade. – Dei ênfase no “era”. – Eu só queria você por uma noite, não queria nada, você mudou minha realidade e renovou meus objetivos de vida e agora eu me sinto imensamente mais feliz. – Digo e a rodopio, fazendo-a rir. – Mas você não me respondeu. 

— Você mostrou o melhor de si, eu vejo que você realmente fala sério, e, bem, você me tem amarrada a você como mais ninguém. Sim! Eu aceito. – Ela falou animada. Eu a puxei para mais perto e tomei seus lábios nos meus em um beijo suave, doce, explorando cada canto da sua boca. Da boca da minha namorada, Isabella, aquela que sequestrou meu coração e eu não aceito devolução e nem pagarei resgate.

— Sabe, eu vim dizer o nome do restaurante. – Eu digo, quando nos afastamos em busca de ar.

— E qual é?

— Twilight, pois foi em um belo fim de tarde que eu conheci a mulher da minha vida.

Ela riu e começou a espalhar beijos pelo meu rosto.

— E a tarde em que eu conheci o ex-vagal mais doce de todos. – Ela brincou e nós rimos, espero escutar seu riso pelo resto da minha vida.

(...)

Reformas prontas, cozinha a ponto de bala, fachada pronta e no lugar, decoração toda pronta, feita pela Sweet Home, presente de mamãe pelo meu novo negócio e feito diretamente por ela e Bella. Cozinheiros todos presentes. Acredito que essa deve ser a hora de reabrir o restaurante depois de um mês de ajustes e burocracia, agora ele é inteiramente meu.

— Vamos, Edward. Você está quase para botar um ovo aí. – Thalia me chamou.

— É, chefinho, quero só ver no seu casamento. Vai botar uma cuba toda. – Percy falou divertido. 

— Você é quem tem a corda no pescoço, com data e tudo. – Digo, lembrando do convite de casamento que ele me deu e estava marcado para daqui a dois meses.

— Você que não entendeu, chefe, eu estou amarrando o burro de Annabeth no meu pasto para os urubus se afastarem. – Ele falou em tom astuto.

— Certo. – Digo, prendendo o riso. Levanto e vou em direção ao salão do restaurante. – E deve estar com bastante pressa, sim? Dois meses vai ser suficiente? – Pergunto curioso, o restaurante que foi coisa pouca demorou tanto, um casamento deve ser muito mais trabalhado.

— Bem, iríamos marcar para daqui a seis meses, mas descobrimos que a família vai aumentar – Ele falou, sorrindo bobo.

— Ownt, ai que fofo! – Thalia gritou e abraçou ele, que começou a rir.

— Você vai ser pai! Tenho medo da criança. - Brinco, abraçando ele também. – Espero que seja uma menina, ela vai ser tão bonita que os garotos vão sempre mandar flores para ela. – Digo, tirando sarro dele que sorriu malignamente para mim.

— Pobre Cullen, tudo que vai volta. – Ele disse divertido e nós rimos. 

Enfim chegando ao salão e encontrando alguns familiares e Jasper. Acenamos para ele para contar as novidades e ele vibrou com a notícia de Percy. Parabenizamos Annabeth também, assim como as famílias. 

Todo o nervosismo se foi quando o restaurante abriu, cozinhar fez com que eu me distraísse fazendo o que mais gosto de fazer, e apareceram tantas pessoas novas que fiquei alegre do restaurante ter chamado atenção.

A minha vida foi se encaixando como pequenos bloquinhos, cada conquista foi recebida com comemoração.

A compra da minha própria casa – decorada por Bella e Esme, que fizeram questão –; o aumento do restaurante; o nascimento de Will, filho de Percy e Annabeth, que me chamaram para ser o padrinho; e eu espero que minha próxima comemoração seja um noivado, mas não o dos meus amigos, mas o meu e de Isabella. E quem sabe mais para frente seja a comemoração da nossa família aumentando? Eu só sei que quero dar tudo para Bella, quero estar ao seu lado sempre, ser o que ela precisar, amá-la com todo o meu ser.

— Filho, fico feliz pelas suas conquistas. – Papai falou, batendo em minhas costas. Estávamos na festa de aniversário de mamãe.

— Eu também, pai, eu também.

— Nunca pensei que você iria realmente mudar, eu tinha aquela esperança no fundo, sabia que você era mais do que aparentava ser. Parabéns, filho. – Ele falou emocionado, o puxei para um abraço.

— Me desculpe pela forma que agia, mas depois de alguns apoios eu consegui mudar e evoluir na vida. Um brinde. – Batemos nossas taças. Ele afagou meus cabelos e falou:

— Bem, e quanto a aquela mulher linda ali que está dançando com aquele belo rapaz loiro? – Papai perguntou apontando para Bella, que dançava com Will apoiado em seus pés, com um ano e dois meses de muita fofura.

— Bem, acho que estão tentando tomá-la de mim. – Brinco. – Mas tenho planos para ela, talvez um vestido de noiva e smoking. – Digo, já a imaginando em um.

— Mas você vestirá qual? – Ele me perguntou, com a sobrancelha arqueada. Apenas o acotovelei, rindo.

— O que tão belos cavalheiros fazem parados aqui no cantinho? – Emmett perguntou.

— Esperando princesas encantadas nos tirarem para dançar. – Papai respondeu brincalhão.

— Eu quase os convidaria, mas acho que não ficaria bem. – Emmett cochichou e eu ri.

Por mais que sempre brincávamos um com o outro, sempre sabemos estar sérios quando necessário. E viver ao lado da minha família é uma dádiva enorme.