P.O.V. Edward Cullen

As próximas horas foram uma correria incessante.

Charlie e Bella estavam desolados, eu liguei para mamãe e papai e eles rapidamente chegaram para dar seu apoio.

Quando eles chegaram eu fui atrás de Emmett e o consolei o melhor que pude, e não demorou muito para Rose da lanchonete aparecer para tomar minha função. Ajudei eles a arrumar toda a burocracia e pendências que tinham de Seth, meu peito doía de tristeza, por mais que o tenha visto apenas uma vez, ele era uma criança afinal! Ele só queria voltar para casa e viver sua vida normal, e do nada isso lhe foi tirado por imprudência de um maldito laboratório que foi deveras irresponsável.

Charlie e Isabella decidiram processar o local, não pela indenização, mas para que mais ninguém passassem pelo o que estão passando. Mamãe queria dar um mês de licença para Isabella, mas ela recusou, dizendo precisar somente de uma ou duas semanas.

Fiquei ao seu lado durante todo o momento dos preparativos para o funeral. No velório também, onde apareceram alguns primos distantes da família, até Emmett foi, o enterro seria na manhã seguinte, e pedi a Eleazer para chegar um pouco mais tarde e ele me deu o dia de folga.

Na hora do enterro todos desabaram, ver o pequeno caixão descer fez com que todos nós ficássemos tristes pelos sonhos que foram levados ali.

Fiquei ao lado dos Swan ainda por mais algum tempo, até que eles foram para casa, para se readaptarem a nova realidade, lidar com mais uma perda que estavam enfrentando.

(...)

Um mês se passou depois da perda de Seth, o mês em que fiz de tudo para distrair Isabella. Arrastei-a para alguns passeios, mesmo que curtos. Levei ao cinema, museu, biblioteca e qualquer lugar disponível depois das seis horas da noite. Charlie estava se enturmando com meus pais, também no intuito de fazê-lo se distrair um pouco.

Posso ousar dizer que agora somos amigos de verdade, sempre que ela está triste eu apareço em sua casa com um pote de sorvete para animá-la um pouco. Ou então apareço com pipoca e um pote de margarina, que derretemos para jogar por cima. Com certeza em algum momento nós iremos sair rolando de gordura, mas ainda estamos bem.

Às vezes vou buscá-la no trabalho, outras apenas apareço em sua casa, e me sinto realmente feliz por estar ajudando alguém.

No restaurante estava indo bem, de certa forma, agora eu comecei a fazer os pratos simples do lugar e eu estava muito animado.

Algo que estava me preocupando era Eleazer, mesmo brincando como sempre ele parecia sempre preocupado, sempre concentrado em algo que não dizia para ninguém, até que um tempo depois ele chamou todos nós para uma conversa.

— Então, pessoal. Vou ter que vender isso aqui. – Ele falou diretamente, sem rodeio algum. – Eu não sei quando, mas vou ter que vender. Meu irmão que mora no México está precisando da minha ajuda, então terei que ir definitivamente. Além do mais o movimento do restaurante está quase escasso, o lucro mal dá para pagar os custos e sobreviver. – Ele falou, dando um sorriso triste.

— Mas e nós? Como vai ser? – Thalia pergunta preocupada.

— Bem, verei com o comprador o que ele fará com o local, com sorte ele deixe como restaurante mesmo e aceite vocês.

— Quanto está? – Eu pergunto subitamente.

— O quê?

— Quanto está o preço do local?

— Bem, em torno de 20 mil dólares. – Cálculo o quanto tem em minha conta, onde vovó Elizabeth guardou um dinheiro, que eu não quis mexer em momento algum.

— Eu vou comprar. - Digo, batendo a mão na mesa e eles me encararam de boca aberta.

— Está falando sério, Edward? – Eleazer perguntou.

— Seríssimo. Continuaremos todos trabalhando junto aqui e de quebra já vou ter o meu próprio lugar. – Falo e Eleazer, Jasper, Thalia e Percy se levantam animados, vindo me abraçar, fazendo a cadeira virar e nós cairmos gargalhando.

Nós cuidamos de fazer as mudanças necessárias e pequenos ajustes. Isso deu em uma rodada de pizza em casa, com Bella, Charlie, Emmett, Rosalie (que agora namora com Emmett) e o pessoal do restaurante com seus namorados ou irmão (no caso de Thalia).

— O nome vai permanecer o mesmo? – Percy perguntou em algum momento.

— Acho que eu vou mudar, assim como vou fazer uma pequena reforma, mas assim que souber eu aviso todo mundo. – Digo, brindando à nova etapa que está por vir.

(...)

Depois de muito refletir eu cheguei em duas conclusões, a primeira, o nome do restaurante, a segunda, eu realmente me apaixonei por Isabella, por cada parte dela, e lutarei para tê-la ao meu lado futuramente.

(...)

A compra ocorreu tudo bem, mandei um pedido para uma nova fachada para o restaurante, e chamei meu amigo de colegial, Aro Volturi, para dar uma avaliada no local, e ele me sugeriu apenas alguns pequenos ajustes. Entrei no negócio de cabeça, como não sabia nada de administração, contratei uma pessoa e decidi mudar o horário de funcionamento, estendendo até a noite para ver como irá ficar, sempre com o objetivo de melhorar o desempenho e funcionalidade do antigo Good Lunch, meu primeiro emprego, mas que me ensinou tanto.

Decidi contar o nome do restaurante primeiro para Isabella, já que ela é praticamente a musa inspiradora do nome.

Vou para a Sweet Home o mais rápido possível, não me importando de estar no seu horário de trabalho.

Puxo Bella em direção ao elevador, apertando para irmos ao jardim na cobertura da decoradora.

— Vai me dizer o que está acontecendo? O que foi que aconteceu? – Ela perguntou, enquanto um pequeno sorriso estava em seu rosto. Puxo-a para mais perto e entrelaço nossas mãos.

— Bella, eu sei que o você achava antes de sermos amigos, eu vim atrás de você bem na hora que estava conversando com Kate. – Ela arregalou seus olhos, espantada com o que eu disse. – Mas eu quero pedir o que deveria ter pedido antes, mas agora da forma devida. Você quer namorar comigo?