Sinnerman - Os Irmãos Cullen - Vol. 1 escrita por Mari


Capítulo 14
Confissão


Notas iniciais do capítulo

Voltei meio tarde, desculpem!
Boa leitura



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Isabella acordou com o dia ensolarado que fazia. Era o último dia quente do ano e logo o inverno chegaria. Sentiu muito calor e sorriu ao descobrir que a causa deste era o corpo do marido. Ele emanava chamas e um cheiro delicioso. Cheiro de sono. Virou-se para ficar de frente com ele e suspirou ao ver a expressão calma no rosto do homem. Esta era rara estar ali. Observou a grande cicatriz no pescoço e presumiu ser aquela que fora feita pelo pai. Havia até uma pequena, quase imperceptível na sobrancelha esquerda. Por mais que fosse uma falha, apenas deixava o rosto dele mais bonito.
Depois de algum tempo dormindo com ele todas as noites, ela sabia que Edward não dormia muito. Suspeitava que ele tinha uma terrível insônia causada por traumas na infância e adolescência e que dormia apenas quatro a cinco horas por dia. Ela, por outro lado, estava tão cansada que poderia dormir até em pé. Quanto mais tarde acordava mais sono tinha.
Tocou na cicatriz do pescoço e subitamente Edward acordou e a imobilizou, ficando por cima dela. Isabella gemeu de dor.
— Isabella? - chamou atordoado. Ainda não parecia ter despertado.
— Edward, querido, estou aqui. Sou só eu. - tranquilizou afagando-o no rosto. Ele deitou-se no vão do ombro e pescoço da mulher.
Depois de mais um pequeno cochilo, Isabella precisava mexer-se. Afinal, seu irmão partiria naquela manhã. Passara apenas uma semana ali, que decorrera brandamente, com excessão de algumas farpas do enciumado Jacob Black. Amava 'Bells' desde que tinha posto os olhos nela pela primeira vez.
Edward vestiu-se rapidamente e assegurou que tinha muitos "compromissos" para resolver. Isabella franziu o cenho e logo temeu. Teria ele uma amante? Ah, ela mataria a rameira que ousasse tocá-lo... Não seja tola, todo ser vivo da terra teme o seu marido, a sua consciência bradou.
Depois de se despedir de Beaufort com um abraço longo e caloroso e de Jacob com um curto e frio, Isabella passou a manhã na biblioteca. Lia livros medicinais que era uma de suas muitas paixões. Entretanto, não estava tão concentrada. Edward passara a manhã inteira fora e o início da tarde também. Ela tomou um chá, continuou a ler, comeu algumas torradas com pasta de framboesa, tomou mais chá até que enfadou-se de tudo que estava fazendo.
Apenas no fim da tarde, durante o crepúsculo, o marido retornara na companhia do irmão mais novo. Os dois não pareciam bem. Isabella sorriu. Merecia o prêmio de melhor castelã e esposa do mundo. O que seriam daqueles dois patetas se ela não estivesse ali? Até notara que os dois estavam incrivelmente mais largos e musculosos. Seu marido estava deixando-a numa situação preocupante de desejo... Se o achava um deus grego quando chegara no castelo, agora o homem era a própria encarnação de um anjo.
— Milordes, graças à mim não terão que se preocupar em morrer de fome após suas saídas libertinas. - provocou ela enciumada. - O jantar será servido daqui a pouco. Espero que gostem de sopa de legumes e carne bovina, acompanhada de torradas e se desejarem, uma taça de vinho. Com licença.
Os homens salivaram com a descrição que a senhora tinha feito da refeição.
— Uhh, estás encrencado. - Emmett comentou perceptivo e seu irmão franziu o cenho. - Tu nem percebestes! Quanta estupidez.
— Talvez não queira referir-se a mim dessa forma. - bradou Sinnerman incomodado por estar aos poucos sendo mais alcançável com as pessoas ao seu redor. Isto não podia acontecer! Ele gostava de ser isolado, não prejudicar a ninguém nem ser magoado. Era isto que pessoas traziam. Amostras de felicidade e em seguida mágoa. Sabia que a culpa era dela. Ela amolecia a todos. Grunhiu irritado.
— Isabella? - chegou adentrando o quarto sem pedir permissão. Não sabia nem o que queria falar, apenas desejava brigar com ela. Toda a birra passou no segundo que ele a viu vestindo-se. O bumbum empinado e coxas roliças... Saboreou-a mentalmente. Os cabelos ondulados nas pontas caíam em cascatas nas costas eretas. Ela virou-se ao ouvir a voz rouca do marido. E lá estava ele pronto para o ataque. Em pé na sua postura de um grande leão da montanha. Eles eram como fogo e pólvora.
— Edward... - Santo Deus! A menção ao seu nome verídico era repugnante, porém quando saía da boca da esposa era a palavra mais lasciva que existia. Controlava-se com muito esforço para não saltar em cima dela. Apenas olhavam-se de forma magnética e, conforme lady Cullen avançava para perto dele, a força parecia aumentar. Gradativamente seu autocontrole se esvaía como o cheiro de uma colônia pelo ar.
Deixando o vestido cair pelas pernas, Isabella colou-se ao corpo do marido.
— Estás demasiado vestido. - disse entre beijos, tirando veste por veste com uma urgência sobrenatural. Edward grunhiu ao saber que aquela mulher era sua ruína. Tudo que jamais havia feito e abominava fazer, ele queria fazer com ela.
Depois de despi-lo por completo, a esposa fez questão de traçar beijos do pescoço até o seu membro, sempre apreciando o cheiro masculino de almíscar e menta. Imaginou ser do sabão de ervas que havia no quarto de banho.
Nunca havia feito carícias em um homem, porém a velha e falecida donzela que era sua criada em Bridgetown sempre a fez questão de alertar sobre relações sexuais, homens e a dor ao desvirginar-se.
Surpreendendo ao Edward com aquele tipo de carinho, Isabella fez a prática perfeita do que teoricamente havia aprendido. Sugou levemente toda a extensão do marido com a boca úmida e o lambeu por completo, fazendo o marido urrar. Sorriu e olhou naquelas pedras de âmbar que a enlouquecia.
— Isabella... - sussurrou com os olhos cerrados. Ela levantou-se e o beijou. Ele que não tinha movimentado um músculo até aquele momento colocou as mãos na parte detrás da cabeça da mulher, entre seus cabelos, puxando-a para si. Ela gemeu e ele a beijou com voracidade. Sua esposa era a mulher mais quente que já existiu. Pegou-a nos braços como se fosse uma pena e a colocou na cama.
— Fique em seus joelhos. - ele ordenou e ela o fez. Ele havia feito amor pela primeira vez com ela, porém já havia visto obscenidades o bastante para saber exatamente o que fazer. Ele suspirou e ficou em joelhos atrás dela. Com as mãos firmes, afastou mais as pernas da mulher e pincelou sua intimidade com o membro. Isabella encostou a cabeça no ombro esquerdo do marido, que beijou sua bochecha.
Tão lentamente que chegava a ser excitantemente doloroso a penetrou. A morena podia sentir cada precioso centímetro do marido dentro de si e a sensação de ser preenchida por completo era única. Gemia ainda no ombro do marido que respirava com dificuldade em seu pescoço. Aquilo era a coisa mais prazeirosa que já havia feito em toda sua vida infame. Sentir o calor que emanava daquele lugar...
— Este é o meu lugar predileto. - comentou ele e ela sorriu mentalmente, pois fisicamente não sabia nem o que estava acontecendo. Era um misto de emoções e sensações que não a permitiam fazer outra coisa além de apreciar.
Aumentou as investidas contra a esposa e...
— Meu senhor? - Eleazar chamou. Edward quis arrancar a cabeça do pescoço do homem. - Houve mais um roubo seguido de assassinato. Creio eu que nossa aldeia está sendo assombrada por criminosos. - afirmou, completamente medroso. Sinnerman revirou os olhos para o mordomo mais patético que já vira ali. Isabella quis rir. Por que, Eleazar? Por que a fez voltar do paraíso que era ser amada fisicamente pelo marido? Queria também sentimentalmente, porém não reclamava se era aquilo que tinha.
— Estou indo. Agora suma antes que eu jogue uma faca na sua córnea. - bradou e Isabella o olhou chocada. - Perdão, não foi minha intenção assustá-la.
— Está tudo bem, marido. Devo estar perto de meu período para ficar tão sensível... Podemos terminar, ainda que rapidamente o que começamos? - indagou ela libidinosamente. Ele não sorriu, porém sua expressão continha divertimento e muito desejo.


***
— Alertais as suas famílias que isto, meus vassalos, não foi roubo! - exclamava Edward apontando ao corpo moribundo, tendo como ouvintes vários soldados e camponeses que foram até ali ver a cena. - Vós deveis saber que eu tenho demasiada experiência em batalhas e maquinações. Fui a todas durante a última década e aqui estou eu. Vivo. Aprendi a servir e conhecer a arte da espada desde cedo. Sei reconhecer quando é roubo e garanto que estes homens não passam de uma incriminação à minha pessoa. Não temam, prometo que encontrarei o responsável e o farei pagar. Sou seu senhor e não os deixarei sem proteção. Isto é tudo. Não andem sozinhos nem desprevenidos, observem sua família e zelem por ela. Podemos evitar que algum de vós sejais o próximo. - discursou e deu as costas para um povo que rezava que ele estivesse correto. Eles logo se dispersaram e foram para seus lares.
Passara a manhã investigando Maggie e estava cada vez mais certo sobre o que conjecturava. Desejava apenas descobrir o porquê? Por que ela tentara matar sua esposa? Por que ajudava algum homem poderoso que estava por trás de tudo isso? Até tinha suas suspeitas porém precisava de provas. Já fora acometido com várias injustiças e nunca as faria com alguém que não fosse, com a certeza, o culpado.
Deus, precisava vigiar mais sua esposa. Queria mesmo era demitir Maggie de uma vez por todas, porém ela era uma peça do quebra-cabeça que ele queria desvendar.
Ao chegar ao castelo, ele direcionou-se para seus aposentos, onde imaginaria estar Isabella. Não encontrava-se lá. Foi ao quarto de banho e não havia ninguém. Nem na sala de jantar ou de estar... Seu coração falhou uma batida e fazia tremendo esforço para respirar. Isabella... Deus, por favor, não.
— Isabella? - gritou, sentindo a maior das angústias. O medo era nítido em sua voz. - Isabella?
— Marido? - respondeu saindo da biblioteca, vendo um Edward sem cor. Ele respirou fundo. Nunca aliviara-se tanto por ouvir a voz dela chamando por ele.
— Oh, graças a Deus. - disse e correu para abraçá-la. - Cristo, nunca mais faça isto comigo, mulher. - resmungou ele e ela pôde senti-lo frio. Seu rosto no peito dele a fazia sentir os batimentos de seu coração extremamente acelerados. Oh, seu esposo estava preocupado!
— Desculpe. - murmurou sincera e ele apreciou a honestidade. Duvidava que toda mulher fosse honesta como sua esposa era.
— Estás perdoada. - disse a soltou. Ela quis protestar. - Vamos jantar no quarto hoje. Pedirei Emmett para supervisionar a preparação da comida. - disse, sabendo que sempre Isabella vigiava Carmen e o caminho do prato até a mesa. - Não quero ver o rosto de mais ninguém além do seu.
Isabella regozijou-se com a confissão. Além de ter sido carinhosa, sabia que foi imensamente difícil para ele dizê-la em voz alta. Ela sorriu e concordou.
Jantaram, fizeram amor e dormiram juntos. Ela só sentia mais amor, ele por outro lado, ainda sentia mais medo. Medo de entregar-se a alguém que podia feri-lo como todas as outras pessoas que passaram por sua vida. Afinal, por que ela seria diferente? Por que não o rechaçaria como os outros que disseram amá-lo? Não sabia se aguentaria tal desprezo novamente e se vindo de Isabella, tinha certeza que seria seu fim.
Amá-la seria a coisa mais perigosa a se fazer.


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Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAMMMM?
QUERO INTERAÇÃO!
COMENTEM, SEMPRE LEIO UM POR UM!
ATÉ AMANHÃ AMORES ♥ OU MAIS TARDE kkkk
Recomendem ♥