Sakura estava exausta da viagem que fizeram para as águas termais e agora finalmente havia chegado em casa e só queria tomar um bom banho e comer algo em seu quarto aproveitando a maciez de sua cama. Seus pais foram para a cozinha e Pain havia ido direto para a casa de Konan, ele não estava se aguentando de saudades dela, e a rosada subiu as escadas correndo dirigindo-se aos seus aposentos.

Finalmente – sorriu ao ver seu quarto e saltou em sua enorme cama.

Seu quarto era bem discreto na cor nude com uma varanda com uma cadeira de balanço, tinha seu próprio banheiro e seu cantinho de estudos com suas prateleiras cheias de livros o que eram sua paixão. A Haruno tirou da mala os livros que comprara no fim de semana e sorriu ao lembrar de Sasuke a admirando enquanto escolhia os mesmos. Se despiu e entrou no banheiro encarando seu reflexo no espelho e quando o viu notou o sorriso em seus lábios ao tocar no colar de cereja que havia ganhado de Sasuke.

Boba – disse para si mesma ao notar que estava sorrindo sem motivo aparente.

E como um raio uma lembrança a paralisou.

Vamos lá você consegue – Gaara disse estendendo a mão para a garota.

Isso não é demais não? – Sakura estava desconfiada.

Ei sou eu Sakura! Gaara acha que eu ia me aproveitar dessa situação? – ele pareceu ofendido com a defensiva dela.

Não eu sei! Desculpe – ela sorriu sem graça e pegou na mão dele.

Os dois estavam vivendo juntos naquela semana na casa de campo dos pais de Gaara e Neji foi junto para ninguém desconfiar, mas ele havia ido ao banheiro naquele momento.

Essas lições são importantes então se conseguirmos passar em tudo podemos argumentar na falha que é esse sistema – ele pegou os ingredientes – vamos cozinhar tá?

Ah você sabe que eu detesto cozinhar – ela suspirou e franziu o cenho.

Mas hoje será necessário – o ruivo estendeu a mão e tocou no rosto da rosada – nós podemos conseguir acabar com tudo isso, mas se der errado eu não vejo problema em casar com você mesmo tendo apenas comodidade.

Gaara...- Sakura o olhou nos olhos e por um momento tentou desvendar o que eles estavam sentindo.

Não! – sacudiu a cabeça e entrou na banheira.

Se sentiu mal como se fosse uma traidora enquanto ele estava naquele hospital ela estava lá sorrindo e vivendo sua vida e ainda por cima tinha encontrado um amor. Não parecia nem um pouco justo com Gaara. Minutos mais tarde Sakura vestiu uma calça e blusa preta e colocou um casaco azul escuro e sua bota branca, pegou um cachecol e um gorro e desceu as escadas rapidamente.

Vou sair – ela disse ao ver o irmão sentado tomando chá na sala.

Aonde vai com tanta pressa assim? – Pain arqueou uma sobrancelha.

Onde estão mamãe e papai? – ela olhou pelos cômodos e não os achou.

Foram na casa de um dos acionistas do hospital – ele disse encarando a irmã – ainda não respondeu minha pergunta.

Caro irmão eu vou resolver umas pendencias – ela o olhou e jogou um beijo – até mais tarde.

Com passos firmes e decididos Sakura saiu andando pelas ruas de seu bairro sabendo exatamente o que faria para poder seguir em frente.

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Na casa dos Uchiha tudo estava tranquilo. Itachi e Shizune ainda estavam de Lua de mel e pareciam não querer voltar a rotina. Enquanto Sasuke aproveitava a sua chance de ouro quando finalmente se acertou com a Haruto ah e como gostava dela! Ele estava deitado em sua cama e com uma vontade enorme de vê-la mesmo fazendo apenas algumas horas desde a hora que se despediram quando chegaram da viagem. Sentiu seu celular vibrar e viu uma mensagem de Naruto.

To certo! Eu e Neji nunca nos daremos bem! Aquele Hyuga metido e arrogante! Como ele e a Sakura chan podem ser tão próximos?

Sasuke se mexeu na cama desconfortável com aquele comentário porque sabia que era verdade. Neji e Sakura eram próximos e pareciam esconder alguma coisa. Sem demora começou a digitar uma resposta para o amigo.

Me encontra na lanchonete de sempre.

E sem muito rodeio Sasuke se levantou da cama e pegou um casaco moletom e pôs uma calça jeans e saiu do quarto rumo á lanchonete. Queria sair um pouco de casa e muito mais queria contar ao loiro sobre o que aconteceu com ele e Sakura. Caminhou até o local já que não era muito longe de sua casa. A noite estava fria e haviam bastante pessoas na rua o que era estranho para o Uchiha porque não era tão cedo assim. Entrou na lanchonete e sentou na mesa de sempre já pedindo um milk shaike de chocolate. Olhava para porta sempre que ouvia o barulho do sino.

“Esse Dobe!” pensou o Uchiha.

Naruto sempre demorava quando Sasuke o chamava com urgência para algo. O sino tocou outra vez.

Sasuke! – o loiro gritou atraindo a atenção de todos que estavam na lanchonete.

Silencio seu idiota – Sasuke rosnou abaixando a cabeça.

O que foi? – Naruto perguntou sem entender achando aquilo a coisa mais normal do mundo – um café bem forte Obasan – pediu á senhora dona da lanchonete.

Temos uma noite longa de conversa – Sasuke suspirou – mas sem muitos detalhes ouviu?

Que graça tem sem detalhes? – Naruto fez cara de emburrado e Sasuke sorriu de canto.

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 Está doendo muito? – Ino disse para Shikamaru olhando para o pé dele.

Muito – ele disse tentando disfarçar o quanto estava doendo seu pé.

Os dois estavam no hospital já que ele caiu da escada e acabou quebrando o pé na queda. Ino o ajudou o levando para o hospital ela estava preocupada.

Distraia-me – Shikamaru disse tentando aguentar a dor.

Tudo bem – ela disse e pensou em um assunto – eu vou me desculpar com o Sasuke.

Sério? – ele a encarou.

Não foi justo o que eu fiz – Ino abaixou a cabeça – o ameaçar daquele jeito.

Ainda bem que você caiu em si – o Nara tocou o ombro dela e sorriu.

Se ele me amar vai ser por quem eu sou – a loira se animou – mesmo ele tendo me dito que ama a Sakura.

E por falar nela – Shikamaru viu a rosada no Hospital falando com a Recepcionista.

O que ela faz aqui? – Ino estreitou os olhos tentando ler os lábios delas.

Será que tem um parente doente? – o moreno sentiu uma pontada – ai!

Senhor Nara Shikamaru? – ouviram a enfermeira o chamar.

Ino deu uma ultima olhada para Sakura que seguiu para uma outra ala e alguma coisa dentro dela queria a seguir.

Ino querida – a mãe de Shikamaru a chamou – já cheguei pode ir pra sua casa.

Senhora Nara – a loira sorriu para ela e olhou para o amigo – posso ir Shika?

Claro – ele acenou – obrigada por ficar comigo até minha mãe chegar.

De nada – ela o abraçou e depois a mãe dele – boa noite.

Eles acenaram para ela e Ino tomou seu caminho, mas aquela ida da Haruno ao hospital a intrigou. Por acaso tinha acontecido algo com Sasuke e ela não sabia? Sakura estava levando uma caixa que parecia com um presente e uma única flor que era uma cerejeira.

Que droga – ela disse para si mesma ao lembrar que Sakura tinha o nome da cerejeira.

Seus pensamentos iam longe e olhou para a lanchonete que sempre ia com Sasuke, Naruto, Shikamaru e os outros. Aqueles tempos foram ótimos porque não tinham designações e muito menos uma garota de cabelo rosa. Ela tinha Sasuke apenas para si mesma.

Deveria ter aproveitado mais – suspirou e viu uma cabeleira que conhecia bem sentado dentro da lanchonete – Sasuke...

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Que bom Teme – Naruto comia seu hambúrguer com gosto – Sakura chan é incrível.

Eu sei – ele olhou para o celular – pena que ela não pode vir aqui agora.

Por quê? – o loiro quis saber.

Ela disse que está cansada da viagem e que já esta pronta para dormir – o Uchiha queria ver a sua rosada.

Deixe ela dormir então pelo menos ela está em casa – Naruto comeu mais um hambúrguer.

Eu sei – o moreno o olhou incrédulo – como você consegue comer tanto assim?

Ainda não se acostumou? – Naruto arqueou uma sobrancelha sorrindo de canto.

Nunca – o moreno suspirou e fechou os olhos – já é o sexto hambúrguer.

Essas conversas me deixam faminto – o loiro tomou um gole de seu refrigerante.

Ouviram o sino na porta e Sasuke automaticamente olhou para a mesma e seus olhos se depararam com Ino. Ele não queria fingir nada com ela e no mesmo momento se levantou para ir embora.

Não precisa ir – ela disse ao perceber o que ele faria – oi Naruto.

Yo Ino – o loiro olhou para a garota.

Podemos conversar? – ela queria se desculpar.

Hum – ele disse e encarou Naruto.

Vou ao banheiro – o Uzumaki entendeu que o moreno queria falar com ela com testemunhas ao redor pois não queria que conversas erradas chegassem ao ouvido de Sakura.

Obrigada – a loira se sentou na mesa de frente para Sasuke.

Fala – ele usou seu tom frio e distante de sempre.

Me desculpe – ela começou o olhando nos olhos – não foi justo eu ter te feito dizer aquelas palavras sobre pressão daquele jeito eu errei por favor me perdoe Sasuke.

Ino – ele arregalou os olhos, não esperava aquele pedido de desculpas.

Se você a ama eu não posso fazer nada para mudar isso – ela sorriu fraco – me perdoe por te colocar naquela situação, mas saiba que eu te amo ainda e eu só desisto porque o governo pode acabar com as nossas vidas e de nossas famílias.

Me desculpe também – ele disse – e eu te perdoo sim.

Obrigada Sasuke – a garota sorriu de orelha a orelha – amigos? – estendeu a mão para ele.

Tanto faz – ele apertou a mão dela rápido e a garota riu com aquele jeito dele.

Fizeram as pazes? – Naruto sentou na mesa novamente – o mundo acabará hoje por Sasuke ter perdoado alguém.

Cala essa boca – Sasuke lançou um olhar mortal para o amigo e Ino ria da situação.

Senti falta disso – ela disse e encarou o Uchiha – á proposito Sasuke, a Sakura está doente ou algum parente dela?

Não que eu saiba – Sasuke de repente mostrou interesse no que Ino estava falando.

Que estranho – ela ficou pensativa – então por que ela está no hospital uma hora dessas?

Hospital? – dessa vez Naruto arregalou os olhos – ela não estava em casa dormindo?

Sasuke fechou a cara e saiu dali pisando firme. Ouviu a voz de seus amigos o chamando, mas não ligou só conseguia pensar em Sakura e na mentira dela. Como assim no hospital? Por que ela não disse nada á ele? O que ela está escondendo? Só sabia que estava furioso e que assim que a visse iria querer explicações e nenhuma doçura vindo dela o faria se acalmar e seria muito pior se ela estivesse com Neji.

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Sakura caminhou sentindo um peso em seus ombros havia mentido para Sasuke dizendo que estava em casa, mas queria deixar Gaara para trás sem contar nada ao Uchiha. Ela já que estava acostumada a fazer aquele caminho todos os dias. Isso mesmo ela visitava Gaara todos os dias e chegava a ficar horas naquele quarto conversando com ele e apenas sua família e Neji sabiam de suas idas diárias ao Hospital. Abriu a porta e sorriu de canto ao ver o ruivo. Era ruim vê-lo naquele estado, cheio de tubos e soros sempre sentia um aperto no peito ao ver o estado dele. Sakura andou lentamente e sentou no banco ao lado da cama dele e segurou sua mão o carinhosamente sentindo seus olhos marejados.

Eu vim dizer adeus – as palavras saíram de sua boca num tom triste e trêmulo quase que num sussurro.