The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
Escape.


Notas iniciais do capítulo

Segredos vem a tona e Penelope se vê mais uma vez nas mãos do seu antigo captor.



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Os exames haviam voltado melhores que o médico poderia prever. Ela se recuperava a cada dia mais. Hotch continuava ao seu lado no hospital sempre vigiando ela.

Sam fugiu do corredor da morte depois de um recurso ser julgado rápido. Ele foi levado para a cela comum com outros criminosos presos pela UAC o que o fez ferver por dentro. Cada um com sua própria loucura.

Junto na cela estava um dos canibais mais doentes já preso pela UAC. Floyd estava planejando algum tipo de vingança contra o FBI e queria começar com alguém que fosse muito amado por eles. Nem era preciso dizer que quando Sam chegou suas loucuras foram somadas e seu alvo foi definido.

O plano de vingança era horrível e juntava o pior de ambos os criminosos. Eles fariam a equipe pagar e cada um teria sua vingança.

Penelope passou mais duas semanas no hospital se recuperando e depois finalmente foi mandada de volta a casa. Ela estava de volta a sua casa, suas coisas e mesmo com Sam ainda vivo, mas preso eles acharam que ela estaria segura lá. Hotch havia passado cada centímetro do apartamento por uma minuciosa revista antes de permitir que ela entrasse.

— Eu deveria ficar aqui. – Falou Hotch. – Não sei se é realmente seguro você ficar aqui sozinha.

— Eu realmente me sinto bem. – Falou Penelope. – Vou ficar bem com minhas coisas e tudo vai voltar ao normal.

Hotch tentou discutir, mas ele sabia que era inútil faze-la mudar de idéia. 

— Apenas para o caso de algo acontecer. – Disse Hotch colocando uma Taser na mesa de Penelope. – Atire bem no pescoço como se fosse um jogo de dados caso for necessário.  

— Se isso o fizer ficar feliz. – Ela disse pegando a Taser. – Não vai mata-lo?

— É a intenção. – Hotch falou antes de sair. – Ele vai ficar no mínimo com uma dor de cabeça quando acordar.

— Espero não ter que usar. – Ela respondeu.

— Eu também. – Hotch saiu do apartamento e a deixou sozinha.

Ela se sentou no sofá e começou a digitar no seu laptop. Ela abriu uma página de texto para se distrair. Ela teria uma semana para voltar ao trabalho então ela queria recuperar sua habilidade de digitar antes disso.

Sam e Floyd precisavam de um plano nefasto para atrair sua vítima. Uma vez que ela estava fora do hospital nenhum dos agentes a deixaria sozinha durante o horário de trabalho e Sam sabia que Morgan provavelmente a cuidaria em sua casa.

Levou uma semana para o tal plano ficar completamente pronto, mas ele estava perfeito.

Houve uma rebelião na prisão e Floyd e Sam fugiram junto com outros presos. Eles estavam com todos os detalhes do plano. Sam tinha recursos de uma conta não descoberta e ele os usaria para pagar capangas e tudo o que fosse preciso para fazer seu plano funcionar. Quando Sam descobriu que Penelope ficava sozinha em casa, foi a alegria de Sam.

Eles contrataram dois "armários" como capangas. Eles eram normais aos olhos de qualquer um, mas eram bem maus e cruéis. Penelope ficou sozinha no FBI durante um caso em Los Angeles. Ela resolveu trabalhar de casa por se sentir bem lá. Hotch havia dito a ela para ligar de uma em uma hora se ela o fizesse, não importando a hora que fosse. A noite tinha seis horas e a equipe tinha seis agentes. Ela escolheria um deles e ligava e depois fazia o mesmo durante a noite. Todos haviam concordado.

Hotch foi para o quarto com uma sensação terrível. Algo dizia que aquela noite não seria boa para nenhum deles. Nas primeiras três horas, os telefonemas foram feitos sem problemas. Na marca da quarta hora silêncio era tudo que eles podiam ouvir. Nenhum celular tocou nas horas seguintes.

— Bem. Ela pode estar dormindo. – Falou Rossi.

— Eu não gosto disso. – Falou Hotch. Talvez fosse a noite mal dormida que o estivesse deixando maluco.

— Bem de qualquer jeito precisamos ir para o caso. – Falou Reid com um olhar baixo.

— Dormiu mal, Spence? – Perguntou JJ.

— Sonhos ou pesadelos. – Falou Reid. – Não consigo definir.

— Conte-nos. – Falou Blake.

— Penelope estava em todos. – Falou Reid. – Quanto mais eu tentava chegar perto dela, mais ela se afastava. – Reid deu um bocejo. – Em um deles tinha um lago grande e ela me pedia para segui-la e quando eu entrava na água ela começava a afundar. Eu tentava salva-la, mas era impossível.

— Perturbador. – Respondeu Morgan. – Se tem uma coisa que eu aprendi é nunca subestimar seus sonhos.

 - Porque? – Perguntou Reid.

— O caso do menino violentado em Las Vegas. – Respondeu Morgan. – Você conseguiu solucionar de alguma forma.

— Mas esse era perturbador. – Falou Reid. – Eu a via se afogar sem poder ajuda-la.

Hotch se afastou quando o celular tocou. Era Penelope.

— Eu já estava mandando uma equipe para sua casa. – Falou Hotch.

— Tão...  Tão frio. – Penelope falou.

Hotch deu um olhar preocupado.

— Onde você está? – Hotch praticamente gritou ao telefone.

— Tem sabor de morango. E é tão relaxante. – Ela falou em um sussurro. – Mas dói tanto.  

— O que está havendo Penelope? – Hotch colocou o celular no autofalante.

— Eles vão me punir. – Ela continuou. – Punir por eu estar perto de vocês.

— Quem vai te punir Penelope? – Rossi ficou preocupado.

— Bab Girl. Ouça-me. – Gritou Derek. – Eu vou te ajudar. Seja onde for que você esteja eu vou te achar.

— Eu acho que não, agente Morgan. – Falou uma voz masculina. – Ela é tão frágil.

— O que você quer? – Gritou JJ. – Deixe-a em paz.

— Da última vez vocês estragaram meus planos. – Disse Sam. – eu e meu colega vamos nos dar muito bem com a senhora de Pelúcia.

— Toque num fio de cabelo dela e você vai acabar no necrotério. – Gritou Hotchner.

— Já contou aos seus colegas Agente Hotchner? – Perguntou Sam.

— Contar o que? – Perguntou Hotch. – Está falando de quê?

— Do caso que teve enquanto eles estavam cuidando dela no hospital. – Sam falou. – O meu caso.

— Não era uma questão de grupos. – Respondeu Hotch. – Você eventualmente ira ser condenado. Eu só facilitei isso para você.

— Me condenar a morte era uma questão pessoal para você, Agente Hotchner. – Falou Sam. – Porque na verdade você nunca aceitou a relação que eu e Penelope tivemos por alguns anos.

— Você a tratou bem nos primeiros anos, mas depois foi um babaca com "B" maiúsculo. – Respondeu Hotch. – Eu sempre quis o bem dela porque sou chefe e amigo.

— É. Tenho certeza que quando ela ficou com febre alguns meses atrás você estava apenas sendo seu amigo quando a levou para seu apartamento. – Falou Sam.

— É. – Respondeu Hotch com os olhares da equipe. – E eu devia ter deixado ela com febre sozinha e dissesse: "que se dane. Ela pode cuidar-se de si sozinha." Eu nunca deixaria uma colega com quem trabalho há alguns anos sozinha.

— Comovente. – Respondeu Sam. – Mas já conversamos com o suficiente. Quando ouvir falar de mim de novo será a frente do túmulo da sua amiga.  

Sam desligou antes de Hotchner falar alguma coisa.  A equipe estava olhando para ele. Fora Rossi e Reid poucos souberam que ela estivera com febre alguns meses atrás. Tudo o que tinham ouvido é sobre a tal semana de folga que ele havia dado a todos.

— Eu sei que querem uma explicação. – Falou Hotch. – Sim. Eu a levei para minha casa. Aquela semana toda ela estava estranha e quando eu cheguei na sua sala para manda-la embora para a sua semana de folga. Eu bati na porta e quando eu abri ela estava dormindo com a cabeça nos braços. Ela acordou o suficiente para eu ajudá-la a levar para o carro e leva-la para casa. Ela dormiu assim que entrou no carro e nem o cinto ela conseguiu colocar. Eu a levei para a minha casa. Jack fica do mesmo jeito quando tem febre e eu sabia que ela estava doente.

— Porque não nos contou? – Perguntou Morgan. – Ou nos chamou.

— Bem...  Eu tentei o telefone de todos, mas estavam ou na caixa de mensagens ou desligados. Reid e Rossi foram os únicos dois que consegui encontrar. – Falou Hotch. – Então quando eu a coloquei no quarto de hospedes e busquei um cobertor ela dormia, mas não um sono tranquilo. Então busquei o termômetro e ela estava com trinta e nove de febre. Coloquei um pano molhado e fui para o meu quarto esperar o da seguinte. – Hotch respirou fundo. – Foi quando eu finalmente chamei Reid e Rossi para me ajudar e levamos ela ao hospital para alguns exames.

Morgan não conseguia entender porque eles mantiveram tudo em segredo.

— E os resultados? – Perguntou Morgan.

— Ela tinha um remédio no organismo dela. – Respondeu Hotch. – Mas não acho que ela tenha se automedicado. Ela tinha ganhado uma caixa de chocolates de um antigo namorado que queria saber como ela estava. Não sabíamos na época que era ele.  

— E o que foi resolvido? – Perguntou Morgan. Aparentemente ele foi escolhido para as perguntas.

— Ela ficou uma noite lá e depois eu cuidei dela no meu apartamento durante o resto da semana. – Respondeu Hotch. – Sempre com Rossi ou Reid enquanto eu precisava verificar os registros e relatórios.

Morgan relaxou os ombros. Um peso foi tirado de seus ombros.

— E o tal caso que esse verme falava? – Morgan perguntou.

— Preparei um caso bom o suficiente para joga-lo no corredor da morte caso ele fosse preso algum dia. – Hotch parecia frustrado. – Aparentemente não tão bom já que ele conseguiu um recurso e foi jogado no meio de presos comuns.

— Ele disse que tem um parceiro. – Falou Morgan.

— Sim. – Respondeu Hotch. – Qualquer um dos trinta presos que ainda estão na rua e que fugiram da prisão há uma semana.

 - Porque não sabíamos disso até hoje? – Perguntou Morgan.

— Aparentemente o cara da imprensa do presídio resolveu ocultar essa fuga para preservar a imagem do presidio. – Respondeu Hotchner. – Eles não vão gostar quando eu disser que uma pessoa foi sequestrada em decorrência desse "segredo".

— É o menor dos problemas deles. – Falou Rossi.

— Agora precisamos descobrir como aconteceu. – Falou Hotch. – Encerrando esse caso a gente vai direto para casa. E eu lhes digo: quando eu pegar esse porco vou fazer ele experimentar cada coisa que ele se atrever fazer para a Penelope.


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