The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 7
Recomeço?




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Hotch e a equipe chegaram ao restaurante. Eles se posicionaram o suficiente para não serem notados.

— FBI! – Gritou Hotchner entrando com Rossi ao seu lado. – Levantem as mãos e deixem elas a vista.

— Nós não fizemos nada. – Falou um dos homens.

— Só sequestraram uma agente federal. – Falou Hotchner algemando os dois. – Talvez você queira mudar suas palavras.

Hotch estava realmente estressado.

De volta a UAC, Erin viu os dois homens passando pelo escritório.

— São eles? – Perguntou Hotch.

— São. – Respondeu Erin.

— Muito bem Erin. – Falou Hotchner. – Sala de interrogatório 3 e 4. Quero Morgan e Reid interrogando o careca. – Disse Hotch. – Eu e Dave ficamos com esse aqui.

Hotch estava frente à frente com o homem que havia levado Penelope alguns dias atrás.

— Quer saber se eu a levei? – Perguntou o homem. – Eu a levei sim.

— E porquê? – Perguntou David.

— Por 200 mil você vende até a sua alma para o diabo. – Respondeu o homem. – Ele disse que queria ter uma conversa com ela e eu o ajudei.

— Para onde levaram ela? – Perguntou Hotchner.

— Uma casa abandonada em Silver Springs. –Respondeu o homem. – Mas duvido que ela ainda esteja lá.

— Vale uma tentativa. – Respondeu Hotchner. – Jogue esse lixo na cela dele junto com o mudinho.

Silver Spring...

Garcia acordou amarrada a maca outra vez. Ela se sentia um lixo depois de tantas agressões repetidas. Ela sabia que não aguentaria mais nenhuma daquela se Hotchner não a ajudasse.

Um capanga de Sam recebeu uma ligação e veio correndo avisar Sam.

— Suponho que nosso encontro acaba aqui. – Falou Sam. Ele derrubou Penelope outra vez depois de desamarrar ela da maca.

Ela sabia que ali seria seu fim. Ela viu a perna chegando mais perto e finalmente atingi-la repetidamente até ela perder a consciência. Sam ainda a agrediu mais ainda depois disso.

Ele a deixou lá mesmo desacordada. Ela sentia que podia voar, mas não queria morrer naquele momento. Ela sentiu alguém tocar ela e era um toque suave e sutil. Ela reconheceu o toque de imediato.

— Chame um médico. – Gritaram Hotchner e Morgan ao mesmo tempo.

Hotch a virou com todo cuidado que conseguiu pensar depois de ver a extensão das lesões dela.

— Você tem que resistir. – Disse Hotch olhando para Penelope inconsciente.

Rossi e Reid se aproximaram dela para tentar ajudar faze-la recobrar um pouco e consciência.

— Ela está respirando, mas com muita dificuldade. – Falou Reid. – Se ela não receber atendimento médico urgente, ela vai morrer aqui mesmo.

Logo que ele terminou a frase, A ambulância parou na porta. Os paramédicos imobilizaram a moça e a colocaram na ambulância. Hotch foi junto segurando a mão de Penelope.

— A pressão está caindo rápido demais. – Falou a enfermeira.

— Você já fez uma escolha? – Ela apontou para o caixão. – É você ou ele.

Garcia estava de volta ao sonho.

— Eu já fiz uma escolha. – Ela respondeu. – Eu não quero morrer.

— E porque não quer morrer senhorita? – Perguntou Trish.

— Ainda tenho assuntos pendentes com meus amigos. – Penelope respondeu.

A garota a pegou pela mão e a levou para longe dali.

— Devo fechar os olhos? – Perguntou Penelope.

— Sim. – Respondeu Trish. – É mais fácil.

Penelope fechou os olhos.

Quando ela pariu de novo ela estava em um quarto de criança. 

— A sua escolha de viver te trouxe aqui. – Falou Trish. – Está vendo aquele bercinho?

— Sim. – Respondeu Penelope.

— É o resultado da sua escolha. – Falou Trish. – Você quase não sobreviveu a aquilo, mas mais uma vez você não desistiu.

Penelope se aproximou e viu uma garotinha pequena.

— Ela é minha? – Perguntou Penelope.

— Depois de tudo o que aconteceu entre você e Hotchner era de se esperar que ele quisesse você por perto para sempre. – Respondeu Trish.

— Eu me casei com o Hotch? – Perguntou Penelope. – Quando?

Trish a pegou pelo braço e a levou para outro lugar. Era uma capela pequena, mas muito bem decorada para um casamento.

— Você ainda não conseguia andar, mas ele te levou em uma cadeira de rodas até o altar. – Falou Trish. – Morgan te ajudou na maior parte e suas amigas também. Ele te pediu em casamento no hospital depois de você ficar em coma quatro semanas.

Penelope se sentou em um dos bancos do lugar.

— É natural que você fique assim. – Trish se sentou ao lado dela. – Os agentes ficaram com medo de que você não acordasse outra vez.

Trish levantou e obrigou Penelope a se levantar.

— Depois de ver tudo isso, você realmente quer voltar? – Perguntou Trish.

— Sim. – Respondeu Penelope.

Penelope sentiu uma corrente elétrica passar pelo corpo.

— Afastar. – Gritou a enfermeira. – Ela não está reagindo.

Hotchner assistia a aquela cena assustado com tudo o que estava acontecendo.

Mais um choque foi dado e os batimentos voltaram. Hotch deu um suspiro de alivio.

— Ela voltou. – Gritou a enfermeira.

A ambulância chegou ao hospital e ela foi levada para a sala de exames.

A equipe toda cegou por lá.

— Onde ela está? – Perguntou JJ.

— Estão terminando os exames. – Respondeu Hotch. A camisa azul estava suja de sangue. – Ela foi tão agredida que eu não consigo imaginar que ela sobreviva.

— Talvez ela sobreviva. – Respondeu Rossi.

Hotch olhou para Rossi e fechou os olhos. Ele se transportou para outra lembrança em sua mente.

Dois meses antes...

A equipe estava a sombra do replicator e todos estavam sobrecarregados. Hotch mandou todos que conseguiu encontrar pela frente para casa. Ele foi ao escritório de Garcia para manda-la para casa, mas ele entrou direto esperando alguma surpresa por parte dela. Ela estava dormindo sobre a mesa do trabalho e Hotch ficou com medo do que podia acontecer com ela se ela se arriscasse em dirigir até sua casa.

— Ei Penelope. – Ele tocou seu ombro com cuidado para não assustar ela. – Venha comigo.

Ela meio que não protestou. Achou que ele a deixaria no apartamento dela para que ela pudesse dormir pelo caminho. Ele colocou Penelope na SUV dele e afivelou o cinto dela porque, bem ela já estava dormindo a àquela altura. Ele resolveu leva-la para a casa dele. Jack estaria com Jéssica uma vez que ele sabia que a equipe inteira poderia ser um alvo ele se permitiu proteger Jack de todos os maus. Ele não faria nada naquela apenas a colocaria em uma das camas do seu quarto e a assistira dormir. Ela parecia leve demais para alguém que estava em um sono.

— Deite aqui. – Hotch sabia que ela não podia deitar sozinha então ele a colocou na cama. Ele pegou seus saltos e retirou deixando-os do lado da cama.

Ela parecia em um sono profundo quando ele voltou com outra coberta. Ele estranhou que ela pegasse tão fácil no sono. Ele colocou uma mão na testa dela e retirou no mesmo segundo.

— Santo deus Penelope. O que você tem? – Hotch não esperava uma resposta.

Ele correu para pegar um termômetro e checar a temperatura da amiga. Ou assim ele poderia chama-la sem correr o risco de dizer algo que qualquer um poderia ouvir e interpretar errado.

Como o esperado ela com 39 de febre. Ele não a percebeu doente nos últimos dias. Talvez distraída mais do que o normal, mas definitivamente não doente.

Ele começou a excluir algumas coisas. Gravidez, menstruação e coisas banais foram descartadas imediatamente. Eles não estavam no inverno e descartou Gripe, mesmo sabendo da tal gripe de verão.

Ele colocou um pano gelado nela para ver se a febre diminuiria. A manhã chegou e ele tinha dado ela de folga para seus agentes. A febre não descia. Ele ligou para Rossi e Reid, os únicos que conseguiu contato.

— Eu a encontrei apagada no escritório dela, e não poderia deixa-la sozinha. – Falou Hotch. – Então eu a levei para cá na esperança que eu cuidasse dela ou que ela acordasse de manhã e fosse para casa, mas percebi que ela estava com febre e ela não desce.

Reid se aproximou da amiga colocando a mão na testa dela.

— Está alta demais. – Falou Reid. – Qual a última?

— 39º e meio. – Respondeu Hotch. – Eu chamei vocês ou qualquer um que estivesse disponível. Precisava de uma opinião.

— Ela precisa ver um médico. – Falou Rossi. – Além de febre ela está pálida.  

— Pode ser falta de alimentos. – Falou Reid. – Ela praticamente não come muito durante o dia com essa coisa de replicador.

— Nunca pedi para ela deixar de se alimentar. – Falou Hotch.

— Ela é movida a trabalho. – Falou Rossi. – E perfeccionista.

— Podem ficar por aqui e talvez me ajudar a faze-la comer algo decente? – Perguntou Hotch. - Não posso ter ela doente agora.

— Eu posso. – Falou Reid se sentando ao lado da amiga. – E eu acho que você e Rossi deveriam sair para comprar algo que não seja preparado a base de leite.

— Sua geladeira é basicamente cereais e frutas. – Disse Rossi. – Além de cerveja.

— Eu fico com ela. – Falou Reid. – Vão e comprem algo bom para colocar em uma sopa e bem se ela não melhorar aí teremos um grande problema.

Rossi e Hotch foram ao supermercado. Rossi podia jurar que ouvira Hotch suspirar o nome de Penelope mais de uma vez durante aquela viagem de cinco minutos.

— Então. – Rossi tentou puxar um assunto com Hotch. – Há quanto tempo vem rolando?

— Do que está falado? – Perguntou Hotch.

— Qual é. Sou um perfilador experiente. – Disse Rossi. – Eu senti o cheiro de alecrim no ar quando entrei no seu apartamento. Jack esta curiosamente com Jéssica durante o período que caçamos esse cara e você decidiu levar ela para seu apartamento. Do nada.

— Só rolou uma vez. – Hotch falou triste. – E ela achou um erro, mas eu fiquei querendo mais.

— E iria rolar de novo dessa vez? – Perguntou Rossi.

— Se ela não estivesse com febre. – Falou Hotch. – Não sou do tipo que violenta as pessoas. Muito menos a Penelope.

Rossi e Hotch compraram o essencial para uma sopa e para algum tempo mais se precisasse.

Reid estava lendo um livro enquanto cuidava de Penelope. Ela não parecia que acordaria tão cedo demais.

— Finalmente. – Disse Reid quando a porta se abriu e rossi e Hotchner entrar com sacolas de comida. – A febre aumentou desde que saíram. Seria bom um atendimento médico.

Eles deixaram a comida de lado e pegaram Penelope. Ela parecia mais inconsciente do que antes.

Atualmente...

 - Precisa dormir, Aaron. – Falou Rossi quando chamou Hotchner e ele saiu do transe.

— Ainda não. – Ele falou. – Preciso ficar aqui.

— Lembra da última vez que ela esteve aqui? – Perguntou Rossi.

— Quando ela foi baleada. – Hotch tentou despistar.   

— Há dois meses. – Corrigiu Rossi.

O médico chegou na hora em que Rossi ira falar algo com Hotch.

— Eu suspeito não ter boas notícias. – Falou o médico. – Há costelas quebradas, o baço foi rompido provocado uma hemorragia interna. Levamos ela para a cirurgia para reparar isso. O pé dela está fraturado, provavelmente depois de uma queda. Os pulsos tinham marcas de amarras que pareciam em carne viva.

Hotch se sentou na cadeira fria. Ela ficaria em cirurgia algumas horas ainda. Ele precisa dormir um pouco e Rossi só sairia dali se fosse com policiais.

Mal Hotch chegou em casa ele deitou na cama. Ele estava tão cansado que poderia jurar ter visto uma cadelinha acenar para ele no corredor. Ele deitou na cama e adormeceu algumas horas.

Hotch abriu os olhos algum tempo depois. Ele estava sujo de terra e Penelope estava ao lado dele no chão de terra. Ele balançou ela, mas não ouviu uma palavra. Ele saiu para procurar ajuda e encontrou Rossi vindo em direção dele.

— Você está bem, Aaron? – Perguntou Rossi.

— Eu...  Acho...  Bem... Sim. – Ele respondeu.

— E a Penelope. Você a viu? – Perguntou Rossi.

Hotch não falou nada. Apontou o dedo para uma figura no chão fazendo Rossi correr em direção.

— O que aconteceu? – Perguntou Hotch.

— Eu não faço idéia. – Respondeu Rossi. – Você estava com ela.

Rossi virou para Garcia e ela estava muito machucada.

Hotch olhou para sua garota e sentiu que ela o deixava para sempre.

— Nãããooo!! – Hotch gritou saindo do sonho. Ele olhou para relógio e eram quatro da manhã. – Merda. – Hotch acordou e foi direto para o hospital.

Hotch chegou ao hospital eram cinco da manhã.

— Rossi. – Hotch chamou o agente de um transe provavelmente de algumas horas. – Ela já saiu da cirurgia?

— Há alguns minutos. – Rossi respondeu.

— Como você sabe? – Perguntou Hotch. – Você estava praticamente dormindo nessa cadeira.

— Eu estava pensando apenas. – Respondeu Rossi. – Pensando em coisas.

— Alguma novidade? – Perguntou Hotch.

— Ela está temporariamente na UTI. – Respondeu Rossi. – Eles esperam mantê-la por lá essa semana.

— Uma semana na UTI? – Perguntou Hotch. – O quão grave é?

— Uma das costelas estava perigosamente perto do pulmão. – Falou o médico surgindo por trás. – Mais um pouco e ela teria perdido o pulmão.

— Qual o problema doutor? – Hotch sabia que tinha algo mais

— Eu e minha equipe documentamos cada agressão que ela sofreu. – Disse o médico.

— Eu preciso ver. – Hotch seguiu o médico.

Ele pegaria Sam e o colocaria num forno vivo.


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