The Moment He Knew escrita por sweet almond


Capítulo 3
Welcome to New York


Notas iniciais do capítulo

Hello Hello meninas e meninos!
Aqui está mais um capítulo!
Espero que gostem e desfrutem da diversão!

P.S: ATENÇÃO PRECISO DE AJUDA PRA FAZER A CAPA DA FIC! Se alguém souber fazer ou conhece alguém que saiba fazer, por favor entra em contato comigo, obrigada ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/748117/chapter/3

Jason Grance

30 de agosto de 2024

Quantas emoções fortes um ser humano pode aguentar em uma semana?

Era tudo o que se passava na minha cabeça naquele momento. Tudo começou quando finalmente havia saído a resposta da minha transferência na empresa para Nova York na segunda, estava esperando por isso já fazia quase dois anos. Na terça ligo para meus pais e peço para que não contém à Thalia, pois iria fazer uma surpresa pra ela assim que meu apartamento estivesse pronto. Na quarta Leo, que estava morando comigo desde que nós dois nos mudamos para Califórnia para estudar em Stanford, avisa que também estará indo para Nova York, definitivamente na segunda. E então quinta e sexta, após chegar no outro lado do país eu consigo não ter uma maré de sentimentos, além de alívio de estar finalmente em casa. Porém, como meu Tio Poseidon sempre diz, maré calma é sinônimo de tempestades.

No sábado, depois de arrumar tudo em meu novo apartamento, comprado há muito tempo, pois já sabia que um dia eu voltaria para cá, resolvi dar uma volta no parque, próximo ao apartamento. Era pra ser uma caminhada calma e tranquila. Até que finalmente a tempestade desmorona.

Paro para comprar uma pipoca em um carrinho próximo a um playground onde havia poucas crianças brincando e então ouço vozes e risadas que me lembravam o passado. Olho em volta até que vejo três mulheres sentadas no banco conversando descontraídas, logo reconheço Thalia que ouvia algo atentamente enquanto a garota loira falava algo animada. Reconheço ser Annabeth, porém o choque foi maior ao perceber que a garota que estava na outra ponta era Piper.

Deuses, penso, como pode ela ter ficado mais linda?

Penso em me aproximar, porém uma das crianças que estava brincando nos brinquedos para o que está fazendo e me encara fixamente, andando então até as três garotas sem tirar os olhos de mim. Piper para de prestar atenção em Thalia e Annabeth e encara o menino, então o pega no colo e pergunta alguma coisa, algo me chamou atenção naquela cena, o modo como ela se sentia à  vontade, como parecia feliz em ter o menino em seu colo, Piper sempre adorou crianças, porém tinha algo de diferente naquilo. Resolvo me aproximar e o menino encara novamente, e consigo ouvir claramente sua pergunta:

— Mamãe, por que tem um homem encarando vocês e por que ele está vindo para cá?

Já estava próximo o suficiente delas, porém ao ouvir o pequeno menino chamar Piper de mãe, simplesmente paro no lugar, como se meu corpo não respondesse por mim. Mãe?

Thalia se vira e ao me ver seu rosto empalidece, e ela sussurra algo, porém estou tão atordoado que não consigo distinguir nada à minha volta, apenas que agora fazia sentido o porquê de Piper se sentir tão à vontade com aquela criança, ele era filho dela! Porém, algo na minha cabeça apitava um alarme e eu não conseguia entender o que era.

— Piper? – fora a única coisa que consegui falar, sempre pensei que assim que eu voltasse Piper iria me receber com os braços abertos e um sorriso de parar o trânsito, igual sempre fazia. Porém, nesse momento pude perceber que seu corpo enrijeceu. Depois de um tempo, Piper se levantou ainda com o garoto de cabelos castanhos e olhos azuis no colo e me encarou.

Deuses, ela realmente ficara mais linda do que já era na época do colégio. Ela me encara sem expressar nenhum sorriso, apenas com um semblante de susto e... aquilo seria dor em seus olhos? Nada estava fazendo sentido e eu só queria perguntar o que era tudo aquilo. Vejo Thalia e Annabeth nos encarando com uma expressão de nervosismo, seus olhos corriam de mim até Piper.

— Piper...? – tento perguntar o que aquela cena toda queria dizer, se era apenas uma brincadeira ou qualquer coisa, porém minha voz falha. Meus olhos iam do garoto, que me olhava sério, até ela, que suplicava por algo.

— Mamãe, quem é ele? – o garoto pergunta. Aquela palavra de novo mamãe. Aquilo não fazia sentido nenhum na minha cabeça. Como Piper seria mãe e não me contaria nada? Ela não seria capaz disso, ou seria?

— Jason – ela parece sair do seu transe e pisca como se afastasse alguma coisa de sua cabeça. Annabeth e Thalia fazem o mesmo e encaram Piper – O que é que você está fazendo aqui?

— Ahn, eu acabei de voltar – digo em um sussurro, limpo a garganta  – Quer dizer, cheguei quinta-feira da Califórnia.

— Por que? – ela pergunta mais como se fosse uma acusação do que uma pergunta, e aquilo machucou.

— Você conseguiu a transferência – Thalia diz em um sussurro fazendo Piper a encarar, ela faz uma pequena massagem nas têmporas e volta a falar – Ele estava tentando fazia uns 2 anos, vir pra sede da empresa aqui.

— Sim – digo e ela volta a me encarar, porém ainda não havia falado nada sobre o garoto ainda em seu colo, algo em seus olhos me incomodava, mas eu ainda não sabia o que – Piper, hm, eu ouvi... quer dizer – me perco nas palavras enquanto olhava e gesticulava em direção ao garoto, ela parece se recompor e troca o menino de braço.

— Ah sim – ela diz e encara o menino com um pequeno sorriso e contorna o banco, Annabeth e Thalia a seguem, essas duas estão muito estranhas – Jason, esse é Theo, nos... meu filho – ela respira fundo e fecha os olhos, como se organizasse o que estava falando – Theo, esse é Jason, hm, um antigo amigo da mamãe.

Theo parece relaxar um pouco nos braços da mãe e me abre um sorriso banguela ao ouvir a palavra amigo saindo da boca da mãe. Ele estende a pequena mão pra mim e eu a aperto sorrindo também.

— Prazer, Theo McLean – ele diz e Piper sorri boba para o garoto – Se você for um bom amigo da mamãe, também será meu amigo.

— Será um prazer, Theo – digo sorrindo para o garoto – Espero que sejamos ótimos amigos então.

Vejo Piper se mexer desconfortável e olhar para as meninas e Annabeth parece voltar à realidade enquanto Thalia encarava o pequeno ainda meio atordoada.

— Theo, vamos com a tia comprar, hm, um sorvete? – Annabeth diz estendendo os braços para o garoto que solta um muxoxo.

— Mas eu quero conhecer o novo amigo da mamãe – ele diz abraçando o pescoço de Piper enquanto eu solto uma risada.

— Você vai ter bastante tempo para me conhecer, garotão – digo bagunçando mais seu cabelo castanho e ele abre um sorriso. 

— Vá com Annie, mamãe já vai encontrar vocês – Piper o coloca no chão e ele dá a mão para Annabeth.

— Tia Thalia, você não vem? – um arrepio passa pela minha espinha e o sinal de alerta voltar a soar em minha cabeça.

— Que? Sorvete? Ah, quero sim – ela diz abrindo um sorriso forçado e voltando a olhar para mim como quem diz “Depois a gente conversa”.

Observo os três irem em direção a um quiosque de sorvete ali por perto e Theo abrir um sorriso quando Annie sussurrou algo em seu ouvido. Piper parece apreciar a cena também com um sorriso bobo no rosto e então ambos voltamos à realidade. Nos encaramos e ficamos um tempo assim, como quem absorve cada centímetro do rosto do outro.

— Quer dizer então que você voltou para ficar? – ela pergunta com um pequeno sorriso em seu rosto enquanto volta a sentar no banco.

— Quer dizer então que você é mãe? – me sento ao seu lado, porém vejo o sorriso desaparecer de seu rosto e o mesmo aderir uma expressão de raiva. Então percebo o quão idiota eu fui de falar aquilo – Não estou te julgando, nunca na vida faria isso, apenas surpreso, só isso – trato de consertar o que disse rapidamente – Ele é um menino lindo e muito esperto, puxou você. Quantos anos ele tem?

— Seis, faz 7 em dezembro – ela diz se mexendo desconfortavelmente. O alarme soara mais alto em minha cabeça agora, como quem dissesse para eu prestar atenção. Mas que droga, o que tava acontecendo?

Então, algo clareia em minha cabeça e faço as contas, fazia exatamente 7 anos que eu havia ido embora dali. E naquela época eu e Piper ainda estávamos juntos. Se... Theo fosse... ela iria me contar, não iria me privar disso, certo? Mas ela também nunca me trairia, certo?

— O filho não é seu – ela diz como se lesse meus pensamentos e sinto algo se quebrar dentro de mim.

— Piper...

— Eu não te trai – ela diz com a voz pesada – Logo depois que a gente terminou, antes de você ir para Stanford, eu fui em uma festa e estava triste por você ter ido pra lá, acabei bebendo demais e conheci um cara, e bom, rolou, sem proteção. Logo descobri que estava grávida.

Ela disse aquilo em um só fôlego, como se fosse... gravado? Aquilo foi uma facada em meu peito, pois mesmo depois de a gente ter terminado, fiquei durante muito tempo sem deixar nenhuma menina se aproximar, e ela... Jason, pare, você não irá julgar ela. 

— Você sabe quem ele é? – pergunto e ela encara a areia em seus sapatos enquanto balança a cabeça negativamente.

— Como eu disse, tinha bebido demais, acordei no dia seguinte e ele já tinha ido embora. Caso de uma noite – ela diz dando de ombros.

Olho novamente para o quiosque onde Annabeth e Thalia riam enquanto Theo tentava limpar o nariz sujo de sorvete com a língua ficando vesgo, abro um sorriso com aquilo. Porém, um baque vem em minha cabeça.

— Por que você nunca me contou? – pergunto magoado e ela abre um sorriso triste.

— Eu te conheço bem o suficiente, Grace. – ela diz desafiadora – Sei que você seria capaz de largar tudo por lá e ficar aqui pra me ajudar, eu nunca me perdoaria se você abandonasse seus sonhos por minha causa.

Aquilo foi um balde de água fria em mim. Como ela pode pensar aquilo? Ajudar ela a criar um menino lindo e inteligente como aquele ultrapassa qualquer sonho que eu tivesse.

— Mas você poderia...

— Ir com você? E deixar meu sonho de entrar na Columbia para trás? Desculpa Jason, mas também nunca me perdoaria por isso.

— Quem mais sabe? – pergunto mudando de assunto e concordando com ela, pois ela estava certa.

— Todo mundo sabe, até mesmo Leo, ele é padrinho de Theo – ela diz e sinto uma onda de raiva subir por meu corpo – Não o culpe, eu o fiz jurar pelo Festus e pelo Estige que nunca iria contar. Aliás ele só soube, quando veio para cá e Theo já havia nascido.

— Mas eu vim para cá também nesses anos – digo chateado.

— Não é porque eu tive um filho que minha vida parou, Jason – ela diz sorrindo – Você só vinha nas férias e nas férias eu viajava com Theo e com Silena e Charles.

— Me desculpe, você ter passado por isso sozinha – digo inconscientemente e a vejo abrir um sorriso verdadeiro e seu olhar pousar no trio que ainda comia sorvetes.

— Eu nunca estive sozinha, meus amigos me ajudaram muito e minha família me apoiou muito – ela diz me encarando e eu observo seus olhos que agora tinham uma pontada de alegria.

— Senti saudades – digo em um sussurro e ela abre um sorriso tímido.

— Eu também, Grace – ela diz e me abraça. Ficamos assim por um tempo até que ouço uma risada infantil e me solto de Piper olhando para o lado onde Theo nos encara com um sorriso melecado de sorvete de... menta? Muito provável, é o preferido de Piper.

— Aconteceu um acidente – Thalia diz rindo e Annabeth estava com um sorriso brincalhão olhando o menino.

— Eu não sei porque insisto em deixar meu filho com vocês – Piper diz rindo e em sua bolsa pega um lenço e passa no rosto do menino que ri divertido – Acho que vamos ter que ir pra casa tomar um banho, garotinho.

— Ah, queria brincar mais – ele diz fazendo uma carinha triste.

— Amanhã você vai ficar com o vovô, tenho certeza de que vai brincar muito - Piper diz ainda agachada na altura do filho e passa o dedo em seu nariz enquanto ele ri, ela se levanta e me encara – Bom...

— Podemos marcar se tomar um café, atualizar os sete anos né? – digo me levantando também e observo Annabeth e Thalia abrirem um sorriso malicioso.

— Claro, só marcar – ela diz e pega a bolsa e a mão de Theo – Nos vemos por aí. 

Ela se despede das meninas juntamente com Theo e vai em direção à rua principal que havia ali perto.

— Você ainda é caidinho por ela, Grace – Annabeth diz batendo em meu ombro e sorrindo – Tenho que ir, tenho um jantar com Percy hoje. Vejo vocês por aí.

— Tchau Annie, me liga – Thalia diz e Annie apenas acena com a cabeça e sai. Thalia se vira para mim com uma cara séria e eu sorrio envergonhado para ela.

— Oi, maninha – digo abrindo os braços para ela e ela me dá um tapa no peito e eu faço uma careta de dor massageando o local – Justo.

— Temos muito o que conversar, Jason Grace – ela pega a bolsa dela e me encara – É bom que eu tenha onde deixar meu carro naquele seu condomínio, pois a conversa vai ser longa – ela diz em tom ameaçador e eu abro um sorriso de canto.

— Também senti saudades – passo meu braço por seus ombros e ela sorri para mim também.

— E realmente, passaram sete anos, e você continua caidinho pela McLean.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Continuo...?
NÃO ME MATEM!
Espero que tenham gostado e me ajudem a fazer uma capa show pra essa fic ♥
BEIJINHOS