Sonho de Janeiro escrita por NSantos


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

*Espero que gostem...
*Amanhã tem mais...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/747999/chapter/2

Desligo a ducha logo após de terminar meu banho. Na minha caixinha de som que trouxe para o banheiro canta a música: o sol da meia noite. Da banda Rosa de Saron. Curto um pouco as músicas deles, apesar não conhecer todas, mas essa e sem você é as minhas preferidas.

Olhando-me agora no espelho, vejo como meu rosto está um pouco avermelhado, devido do sol de ontem e pelo fato de eu também não ter usado um filtro solar. Vendo meu cabelo agora, vejo que realmente preciso de um corte, não sou muito de deixar o cabelo grande, por isso eu vou cortá-lo hoje como sem falta.

— Anda ai mano. — Thiago bate na porta.

Saio da frente do espelho e caminho para porta, ao abrir encontro meu irmão escorado nela com a maior cara de sono.

— Quem teve a idéia de ir para praia oito horas da manhã? — ele resmunga entrando no banheiro.

— Acho que foi o Levi. — respondo.

Ele resmunga e fecha a porta do banheiro. O Pedro já não está mais aqui, sinal que já deve está lá embaixo tomando café, ele tem o habito de acordar cedo, não entendo o porquê.

Com uma bermuda colorida, uma camiseta branca, minha haviana e meus óculos escuro. Saio do quarto indo em direção á escada. Vejo o Mathias saindo do seu quarto. A casa em que estamos tem sete quartos. O primeiro ficou para tia Márcia e os demais foram divididos para gente. Acabei ficando com meus irmãos. O que foi uma boa.

— Paz de Deus. — Mathias fala.

— Paz. — respondo.

Descemos a escada lado a lado, sem muito que falar ficamos quietos. Não somos muito próximos, pois ele é novo na igreja por isso não temos muita amizade, mas estou disposto a acabar com isso hoje.

— Bom dia. — falamos em uníssono quando entramos na cozinha e encontramos a galera já na mesa.

A Amanda não está aqui. Depois de ter a jogado na piscina, o humor dela mudou completamente. Ela não estava mais zangada, e quando submergir ela não me bateu mais, até pediu para apostar quem nadava mais rápido. E claro eu ganhei!

Por falar nela, ela entra na cozinha, com uma saída de praia diferente da de ontem, seu óculo escuro está sob seu cabelo que está preso em um rabo de cavalo. Seus olhos encontram o meu, e ela sorri, e de repente só somos nós aqui, devolvo seu sorriso, pois me sinto feliz quando a vejo. Amanda tem uma coisa sobre ela que, me faz me sentir diferente.

Nunca me sentir assim, com nenhuma outra garota. E olha que na escola, sempre sou daquele que as meninas correm atrás, mas a única menina que quero se chama Amanda Santos. E ela nem percebe isso, se percebe disfarça muito bem.

— Jão, você quer sanduíche ou cuscuz? — a voz da tia Márcia me faz tirar os olhos da Amanda.

— Sanduíche tia. — respondo me sentando á mesa.

Minha tia coloca dois sanduíches á minha frente e um copo de suco de laranja. Algumas das pessoas que terminaram foram se levantando para dá lugares as outras. Quando todos já tinham tomado café, ajudamos a tia Márcia a limpar a casa. As meninas ficaram com o andar de cima, e nos meninos com o de baixo. E eu me arrependi de ter escolhido a cozinha, por que os pratos da pia parece nunca acabar.

Uma vez que tínhamos terminado tudo, seguimos para fora da casa, pois já estava ficando tarde e não íamos curtir muito a praia. Enquanto segurava o portão pra que todos passassem, Amanda olhou para mim, na verdade encarou meus olhos. E depois deu um sorriso como se soubesse de algum segredinho meu. Olhei para ela com a maior cara de interrogação, e ela só sorriu.

Ao chegarmos à praia, a gente foi se separando. Novamente fiquei com Heloise, pois ela me chamou para tomarmos uma água de coco. Então fomos ao quiosque mais próximo de onde a tia Márcia estaria, pois ela deu uma ordem para não sairmos da vista dela.

— Primo, eu sei que não é da minha conta, mas eu vou perguntar. — Heloise disse brincando com o canudo do seu coco verde.

— Pergunte. — falo antes de tomar um pouco da minha água de coco, que por sinal está uma delicia.

Ela dá um sorriso antes de falar, o que quer dizer que ela está nervosa. E isso acontece raramente, pois Heloise não tem papa na língua.

— Você e Amanda. O que está acontecendo?

Não me surpreendo com sua pergunta, puxo uma respiração antes de responder:

— Acho que você como todo mundo sabe, que sou apaixonado por ela, desde quando éramos pequenos. Só que ela que não percebe isso.

— Se percebe não demonstra. — Heloise diz parecendo pensativa. — Será que foi por causa do Adriano?

Dou de ombros, Adriano foi o primeiro namorado da Amanda, e bem ele acabou partindo o coração dela, o que me deixou furioso. Minha vontade era socar a cara ridícula dele, mas me contive. Não queria que Amanda ficasse com raiva de mim.

— Acho que é por causa dele mesmo, então que tal; dermos um passeio hoje à noite aqui na praia, como os velhos tempos?

Sorrio é tipo sagrado, todo ano que vemos para o retiro, a gente dá um passeio na praia, à noite, depois sentamos, na areia, e contemplamos as maravilhas que o nosso Deus criou.

— Legal. Ás sete? — pergunto animado.

— Ás oito.

Assinto, quando terminamos fomos para o lugar onde a galera estava junta tirando várias fotos, eu nunca pessoas que gostam de fotos, como essa minha turma.

— Chega ai, comilões. O pastor Fábio está pedindo uma foto da galera. — Thiago fala alto demais para o meu gosto.

Com uma careta, me juntos a eles. Fico ao lado da Jose, pois de quem eu queria ficar ao lado, está no maior papo com o Mathias. Ciúmes queimam em mim. E esqueço aquela idéia de me tornar amigo dele.

Depois da foto, decido dá um mergulho e quando já estou na beirada na praia avisto o Sergio, meu amigo surfista. Ele me ensinou tudo que eu sei sobre surf. Que é o meu esporte favorito.

— Fala João. — ele me cumprimenta com uma colisão de punhos.

— Tudo bem? — pergunto alisando meu cabelo.

— Sim, que tal irmos lá surfar um pouquinho? Ainda tenho aquela prancha lá.

— Então vamos lá buscar. — falo com um sorriso.

*~~*

Surfar sempre me deixa melhor, aquele ciúmes que estava sentindo sumiu, e agora me sinto mais leve. Enquanto caminho de volta para a beirada, depois de surfar por um longo tempo, vejo Amanda sentada na areia olhando para mim. Quando me aproximo ela abre um pequeno sorriso.

— Oi. — falo ficando a sua frente e como conseqüência tapando o sol com meu corpo.

— Está melhor? — ela pergunta levantando o rosto para me encarar.

Olho para ela sem entender, como ela sabe que estava zangado, se ela nem me viu quando estávamos tirando foto.

— Todo mundo sabe, que você só vai surfar quando está chateado ou quando alguém no caso a Raquel lhe convida. E como ela não está aqui...

Balançando a cabeça, o que há molha um pouco, mas ela não se importa. Aponto para a cabana onde Sergio está parado conversando com um dos seus alunos.

— Vou levar a prancha e comer alguma coisa, vamos? — pergunto.

— Não, obrigada, o Mathias foi buscar um sorvete para nós.

— Valeu. — falo sem nem olhar para ela.

Dou meia volta, e volto para o mar, pois precisava relaxar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sonho de Janeiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.