Witch and Vampire Academy - História Antiga escrita por Luísa Saeger Carvalho


Capítulo 1
Capítulo 1 - Noite das Garotas


Notas iniciais do capítulo

Oie amores ♥

Essa é minha primeira fic, então se não tiver lá essas coisas não fiquem decepcionados.
Se tiverem alguma opinião de como melhorar a fic ou do que vocês gostariam de ver daqui pra frente pode comentar à vontade, eu não mordo.
Vou tentar atualizar a fic uma vez por semana, aos sábados e domingos e vou procurar sempre responder os comentários de vocês.

Boa leitura, nos vemos nas notas finais ♥



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Olá, meu nome é Ravine Black, tenho 13 anos e se você é um muggle e já ouviu falar na saga Harry Potter, deve ter percebido que meu nome é parecido com o do personagem Sirius Black e isso não é uma mera coincidência. Sou uma bruxa que vem de uma família sangue puro e que, por um infeliz acaso, odeia os muggles e acham que somos uma raça superior, se você acha que a história que vou lhe contar é parecida com a de Harry Potter, cheia de feitiços, vilões e um mocinho que vence no final, pode parar de ler e ir procurar outra história, não sou alguém comum e essa história não vai ser diferente, meus amigos, se preparem, nossa caminhada está prestes a começar.

         ➴  ➵ ➶

             Berlim, Alemanha. – 18h00min.

            Minha mãe estava dirigindo seu novo carro, ela havia saído da concessionaria há 15 minutos e já estava se achando por ter tirado uma carteira de motorista, realmente, minha mãe não servia para a vida humana, qualquer coisa que um humano acha comum ela acha o máximo, nesses momentos em queria enfiar minha cabeça em um buraco e nunca mais tirar ela de lá. Eu estava com meu celular em mão, conversava com Amber, minha melhor e provavelmente única amiga naquela cidade, havíamos chegado à cidade há alguns dias, nem casa tínhamos e Amber era o meu ‘’exemplo’’ naquele momento, ela e a família viviam há três anos no mundo humano e tudo o que precisávamos saber ela nos explicava e ensinava, assim facilitava um pouco nossa vida.

Percebendo que estava concentrada demais no meu celular e que seria um bom momento para tentar falar comigo de forma descontraída, sem que eu desse muita bola e ao mesmo tempo prestasse atenção em tudo, mamãe virou à esquina e começou a falar:

            - Então filha, onde é que a Amber estuda mesmo?

            - Mãe, já te disse para chama-la de Bel e já vou perguntar isso para ela.

            - Que bom, queria lhe matricular na mesma escola que ela, assim você pode se adaptar melhor.

            - Ok. – dei de ombros e mandei uma mensagem para Bel, que respondeu praticamente no mesmo instante. – Ela estuda na Johnsons Academy.

            - É aqui perto?

            - Pelo que ela disse quatro quadras pra cima daqui.

            - Olhe. – mamãe apontou para uma casa branca e azul, muito bem decorada e ornamentada por plantas, um belo sobrado. – Ela está à venda. Gostaria de morar aqui?

            - Pode ser, é perto do colégio e parece que também é perto da casa da Bel.

            - Ela mora por aqui?

            - Sim, duas ruas pra baixo.

            - Bom saber. Não te falei? Você vai frequentar uma boa escola, vai morar perto da sua melhor amiga, tem um menino gato ali na rua, - ela direcionou seu olhar para o tal menino gato, o que me fez olhar para ele também. – a casa dos seus sonhos finalmente vai ser nossa e estamos juntas, sem o corno do seu pai para nos atrapalhar, aqui é um bom lugar.

            - Tirando o menino gato, que nem gato era, eu queria tudo isso e agora tenho tudo isso e até um pouco mais, obrigada mamãe. – refleti por alguns segundos e voltei a falar, agora de uma maneira triste. – Só não tenho um pai, que era a coisa que eu mais queria nesse mundo, principalmente agora.

            - Filha, você sabe que não tinha jeito o que seu pai estava fazendo conosco, ele tomou um rumo tão longo e complicado que era impossível de trazer ele de volta e outra, não é só você que tem chances de ter uma boa vida amorosa agora, acho que um homem novo tanto na minha vida quanto na sua vai fazer bem. Agora, o que acha de jantarmos no shopping depois de fazer sua matricula?

            - Pode ser, vou perguntar para a Bel se ela pode ir junto, tudo bem? – tentei me animar, por mais que estivesse triste e um tanto desanimada por dentro.

            - Claro, vai ser bom rever a Bel, pergunta se os pais dela não querem vir.

            - Pode deixar.

            Voltei a me concentrar no celular, Bel estava mandando umas mil mensagens sobre seus pensamentos, o que iriamos fazer na escola, como nos vestiríamos, quais seriam nossas aulas extracurriculares, os encontrinhos que faríamos, as amigas a quem ela tanto queria me apresentar, só ela mesmo para pensar em tudo isso em uma fração tão pequena de tempo. Pelo menos alguém naquele lugar estava com pensamentos bons.

            ~Bel: Então, quando você chegar ao hotel me chama pelo Skype, ok? Quero conversar direitinho contigo.

            ~Eu: Sobre isso, minha mãe quer ir ao shopping jantar, quer vir junto com seus pais?

            ~Bel: Meus pais saíram para outra social do chefe do meu pai, mas posso levar minha irmã mais nova, só um ano de diferença, então tudo bem, né?

            ~Eu: A Giuli, não é? Pode sim, quero conhecer ela, afinal, só vi ela por fotos e quando era bebezinha.

            ~Bel: Certo, me manda mensagem quando forem para o shopping, podem dar carona?

            ~Eu: Claro que sim, te aviso quando for a hora, chegamos e eu estou ansiosa para conhecer a escola, bye.

            ~Bel: Bye people.

            Desliguei o celular e o guardei em minha bolsa, onde carregava um estojo de maquiagem, canetas coloridas, bloco de anotações, produtos simples de higiene pessoal e minha varinha, camuflada como um lápis qualquer por conta de um feitiço. Desci do carro e observei a fachada da escola, era muito grande e muito bonita, queria entrar logo e começar a conhecer o diretor e talvez algum professor ou aluno. Entrei acompanhada da mamãe e, infelizmente, fomos atendidas antes mesmo que eu pudesse dar uma espiadinha no restante do colégio, a mulher que nos recebeu vestia um uniforme bem comportado, era gordinha e baixinha, típico de uma recepcionista.

            - Boa noite, sejam bem-vindas, estão aqui para matricular a mocinha?

            - Boa noite, sim, eu faço a matricula com você ou com o diretor ou diretora desta escola?

            - Com a diretora Tonks, já irei chama-la. – a mulher pegou o telefone em cima do balcão e telefonou para a sala da diretora.

            - Perdão, Tonks? – me intrometi na conversa assim que a mulher colocou o telefone de volta em seu devido lugar.

            - Amor, reconhece o sobrenome? Não vai me dizer que também é... – a mulher olhou ao redor, certificando-se de que não havia ninguém ali, então continuou em tom baixo. – Uma bruxa?

            - Nós duas, espera... Como sabe?

            - Prazer, Cecília Lupin.

            - Descendente de Remo Lupin?

            - Sim, pelo que parece já deve saber que a diretora é descendente de Ninfadora Tonks, ambas são grandes bruxas, tanto é que fizeram um bem danado para nossa sociedade.

            - Mas e o colégio? É especifico para bruxos ou alguns entram as escondidas?

            - Para os trouxas, somos pessoas normais como eles, para os bruxos, vivemos entre vampiros e outros de nossa espécie.

            - Vampiros frequentam o colégio?

            - Sim, são grandes amigos dos bruxos, pelo menos em Berlim.

            - Certo, então imagino que o nome de escola não seja Johnsons.

            - Não, é Witch and Vampire Academy.

            - Me deixa adivinhar, vampiros de puro sangue estudam de noite, vampiros híbridos estudam de manhã ou de tarde, dependendo da idade e os bruxos são livres para escolher o seu turno?

            - Exato, mas deixe isso para a matrícula, podem entrar.

            Seguimos na direção em que a mulher apontou, o corredor era um tanto longo e na última porta estava escrito ‘’Sala do Diretor (a)’’, então entramos.

A primeira coisa que vi foi uma mulher de cabelos coloridos em tons de vermelho e rosa, segurando uma prancheta com o que seria minha ficha de matrícula.

            - Boa noite, bruxinhas.

            - Como sabe que somos bruxas? – perguntei sem cumprimentar a mulher.

            - Seja educada e cumprimente a diretora, Ravine.

            - Ravine, é um nome bonito. Senhoritas Black, podem se sentar e, Daiana, não se preocupe com a educação de sua filha, ela não está acostumada com videntes.

            - Vidente? Então sabia que viriamos aqui?

            - Sim, assim como sabia quais seriam as repostas para a ficha de matricula, por isso mesmo já fiz ela, seus horários são esses e o uniforme é livre, seus livros serão entregues a você amanhã, basta pedir para Sandra, a mulher que lhes atendeu, agora, preciso passar a limpo uma carta que uma aluna enviou e revisar os castigos que alguns alunos deverão cumprir. Por favor, não ache que sou uma pessoa severa, pelo contrário, sou o doce mais doce que vai conhecer. Podem ir para o shopping, façam boas compras.

            - Certo... – eu e mamãe falamos em sintonia, depois nos viramos e saímos da sala, pela expressão que mamãe carregava no rosto, estava tão confusa quanto eu.

            Mamãe entrou no carro e eu a acompanhei, saímos do estacionamento sem entender nada, acabamos de chegar à cidade, procurando nos enturmar com humanos, escolhemos justo um colégio que vampiros e bruxos frequentam escondidos dos humanos e a diretora é uma vidente que preencheu minha ficha de matricula, comprou meus livros e ainda desejou boas compras, eu nem sabia que iria fazer compras depois do jantar, o que estava acontecendo? Entramos na mesma porta da qual saímos?

             Para me distrair, peguei o celular e procurei algo para fazer nele, foi quando recebi uma mensagem da Bel.

            ~Bel: Estão saindo do colégio?

            ~Eu: Sim, mas a diretora é uma vidente e preencheu minha ficha antes mesmo que eu respondesse as perguntas, comprou meus livros e desejou boas compras que eu nem sabia que iria fazer.

            ~Bel: Hahaha, ela é assim mesmo, um amor, você se acostuma e não tem nenhum humano no colégio, todos são vampiros ou bruxos, até agora, por isso aja naturalmente.

            ~Eu: Ok, mas eu vou reconhecer os vampiros, né?

            ~Bel: Sim, os gatinhos principalmente, tem vários na nossa turma.

            ~Eu: Espera o ano letivo já começou?

            ~Bel: À apenas uma semana, nada muito importante.

            ~Eu: Certo, estou indo ai.

            Quando me dei conta, já estávamos na rua em que ela morava, indo em direção à casa da Bel, mamãe percebeu que eu havia guardado meu celular, então me perguntou:

            - Onde era a casa dela mesmo?

            - Seguindo essa rua, lá pro final, a casa dela é uma azul, um sobrado bem grande e ornamentado com piscina e jardins maravilhosos.

            - Certo, os pais dela vão vir?

            - Não, foram a uma social, ela vai trazer a Giuli, se lembra dela?

            - Irmã um ano mais nova, né?

            - Sim, isso mesmo. Nunca a conheci pessoalmente, pelo menos não enquanto ela é criança, só a vi quando tinha seis meses de idade, parece ser um anjo pelas fotos.

            - Tomara que seja mesmo.

            Seguimos pelo caminho, o silêncio tomava conta do carro, então mamãe ligou o rádio e começamos a ouvir Carry On My Wayward Son, minha música favorita e música tema da minha série favorita, Supernatural. Quando chegamos à casa, as duas já nos esperavam na calçada, então entraram depressa e nos cumprimentaram.

            - Meu Deus quanto tempo.

            - Não é mesmo? E essa fofura é a Giuli?

            - Sim, dá oi pra elas.

            - Boa noite meninas.

            - Uau, uma verdadeira adulta, o negócio aqui não é um simples oi, a menina é profissional. – minha mãe brincou enquanto abaixava o volume.

            - Pra que abaixar? Aumenta isso.

            - Então tá. – minha mãe o fez e depois seguiu em direção ao shopping.

            O papo foi muito bom, Bel e Giuli nos contaram tudo sobre o colégio durante o caminho e não pararam nem quando chegamos ao shopping. Descemos do carro e seguimos para a praça de alimentação enquanto continuávamos a conversa. Chegando lá, escolhemos um restaurante chinês para comermos, amo comida chinesa e amo estar com minha mãe e minhas amigas, combinação perfeita! Comemos e continuamos a conversar.

            - Bel, quer fazer compras comigo? – coloquei meus talheres no centro do prato já vazio.

            - Claro que sim, mas trouxe dinheiro?

            - Sim, né mãe? – olhei para ela com um sorriso alegre no rosto, quase rindo.

            - Tudo bem, mas não gastem muito.

            - Pode deixar. – nos levantamos e saímos do restaurante.

            Caminhamos por alguns minutos, cada roupa linda, cada sapato lindo, quantas combinações perfeitas poderíamos fazer. Finalmente, depois de uns três minutos andando, encontramos uma loja cujo tinha na vitrine um conjuntinho muito fofo e bonitinho. Bel foi direto no caixa perguntar o valor das roupas, puxei a pelo braço, antes que fizesse besteira.

            - Vamos olhar primeiro essas aqui. – apontei para uma bancada com várias blusas nela. – O seu conjuntinho não vai fugir dali.

            - Claro que não vai, ele não tem pernas longas que nem você! – ela brincou e nós duas rimos, eu era mais alta que ela, uns cinco centímetros de diferença, minhas pernas eram longas, por isso a brincadeira. – Gostei dessa de gatinhos, mas tem essa outra de cachorrinhos e eu amo cachorrinhos assim como amo gatinhos, qual eu escolho?

            - Que tal pegar uma que tenha os dois? – desdobrei a camisa e mostrei para ela. – Tem a versão preto e branco e a versão colorida, qual vai querer?

            - Acho que a preto e branco. – Bel então pegou a blusa e a colocou sobre o ombro. – Olha ali, tem umas saias e calças lindas!

            - Já estou indo, pode ir olhando e separando as que você gostar.

            - Certo.

            Olhei de lado a lado, procurando alguma coisa que me interessasse, foi quando avistei uma espécie de escadinha, que deixava a mostra vários calçados lindos, no primeiro degrau tênis, no segundo sandálias, no terceiro saltos e no último botas. Fui em direção à eles e peguei um par de tênis brancos muito bonito, vi que era meu número e então provei. Além de bonito ele era quentinho e confortável, deixava os pés bem à vontade, logo percebi que tinha uma sandália que parecia ter a palmilha idêntica a do tênis, peguei um par, mas infelizmente não era meu número, procurei em algumas caixas de sapato ao redor, mas não encontrei nenhuma com o desenho das sandálias.

            - Procurando algum par do seu número, moça? – uma mulher vestida com o uniforme da loja se aproximou de mim.

            - Sim, poderia me ajudar?

            - Qual o seu número?

            - 35-36.

            - Certo, já volto, pode aguardar aqui mesmo.

            - Ok. – me sentei em um dos puffs que tinham ali e logo fui surpreendida por Bel, que carregada umas sete peças de roupas nas mãos. – Que tanto de roupa é essa?

            - Eu preciso de uma sacola, socorro.

            - Aqui está moça, seus sapatos e uma sacola. – a mulher que havia me ajudado voltou e esperou que eu provasse o sapato, então o fiz.

            - Ficou perfeito, vou levar esse e será que você pode me ver dois daquele conjunto ali da vitrine? É só a blusa listrada e a saia branca ou é tudo ali?

            - É a blusa listrada, a saia branca, o tênis de plataforma alta e vem o cinto e a bolsa rosa de brinde.

            - Certo, vamos comprar dois dele, mais esses sapatos, mais essas blusas e mais essas saias e calças. – Bel entregou a sacola para a mulher, que rapidamente se dirigiu ao caixa, nós a seguimos logo depois. – Amei essa loja, não a conhecia.

            - É nova, abrimos à uma semana, cartão ou dinheiro?

            - Dinheiro, quanto que é?

            - U$130,00.

            - Ok. – dei o dinheiro para a mulher, ela me deu o troco e peguei as sacolas.

            - Raven, você pode levar tudo pro quarto do hotel e depois eu passo lá essa semana pra pegar as minhas roupas?

            - Claro que posso, agora vamos que a minha mãe deve estar...

            - Olá meninas, vejo que tiveram boas compras. – minha mãe me interrompeu. – Vamos agora porque já está ficando tarde.

            Nós fizemos que sim com a cabeça e seguimos conversando até o carro. Entremos nele e ficamos em silêncio por alguns minutos, só ouvindo a música, até que Bel resolveu que era hora de conversar e quebrar o gelo que estava ali, ela contou algumas piadas, nós rimos, comentamos sobre a mudança até aqui, que era pouca, mas tinha o que falar e nessa diversão toda, o tempo passou voando, quando me dei conta, elas estavam saindo do carro e se despedindo.

              ➴  ➵ ➶

            Assim que entrei no quarto me joguei na cama quentinha que estava arrumada e pronta para me receber.

            - Nem vou tomar banho.

            - Toma amanhã então, lembre-se de que tem aula.

            - Sim, tudo bem.

            - Boa noite filha.

            - Boa noite, te amo.

            Minha mãe me deu um beijo na testa e foi para a sala do quarto, era um hotel cinco estrelas, tinha cozinha, sala e tudo. Assim que deitei na cama caí no sono, estava exausta depois desse dia cheio, só queria me deitar e me preparar para o grande dia de amanhã.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo.

Na minha opinião esse capítulo ficou mais curto do que eu queria que fosse, mas deixem comentários dizendo o que preferem: capítulos mais longos e completinhos ou capítulos mais curtos e descontraídos?

Boa semana, até sábado ♥



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