Pov's Caroline

E cá estou eu!

É verdade! Cá estou eu, apesar de o meu melhor amigo - e também o amor da minha vida, em segredo, claro - Stefan me ter dado o maior "fora" que me deram na minha vida, e de me ter abandonado; da minha melhor amiga Bonnie estar presa num mundo-prisão, e da minha outra melhor amiga, a Elena, estar com planos ridículos de apagar as suas memórias por "não aguentar" viver sem o amor de sua vida - que no caso, é o idiota do Damon, que também está no mundo-prisão -, e da minha vida tão-pouco estar fabulosa, pois perdi dois melhores amigos - a Bon e o Stefan -, e estou a tentar a todo o custo recuperá-los, e parece que ninguém me ajuda a fazer isso, e... É! Realmente minha vida está num Inferno.

Mas ninguém sabe disso. Afinal, eu sou Caroline Forbes, a vampira "neurótica" auto e hetra-controladora que é forte, aconteça o que acontecer. A vampira que é mais do que suficiente para auto-carregar forças, a vampira que nunca fica mal, que nunca cai, que nunca desaba.

Só que não. Só que não, não é assim que as coisas acontecem. Não, exatamente. Ou melhor, é, na prática, quando estou acompanhada. Mas isso já não sucede quando estou sozinha. Eu armo-me em forte, quando estou com os meus amigos, com a minha mãe... Crio e interpreto a minha armadura, a armadura que, visível aos olhos dos outros, é indestrutível.

Indestutrível. Agora que penso bem, reparo que é isso que os meus amigos vêem. É essa a minha máscara para não preocupar mais os meus amigos, e todas as pessoas que amo, com os meus problemas... quando eles próprios já têm problemas maiores.

Mas no fundo, bem lá no fundo, eu não sou nada uma pessoa indestutrível. Eu não sou nada uma pessoa mais do que suficientemente forte. Eu sou, numa pequena parte de mim - que não permito a ninguém ver, mesmo sabendo que alguns dos meus amigos sabem perfeitamente que eu a tenho -, frágil. Frágil ao ponto de, tal como os meus amigos, também eu ser capaz de cair, mesmo sem querer...

Tu podes ser forte, mesmo sem o seres.

Pov's Enzo

E cá estou eu!

A arrancar para Mistic Falls! De novo! Sim, de novo.

Afastei-me uns tempos, depois de ter ficado vivo, novamente, graças àquela bruxa que acho que é amiga da Caroline, e de vê-la salvar grande parte dos seus amigos, na verdade, todos, se não me engano, e de ter visto-a ficar presa num mundo-prisão. Se fosse só ela a ficar presa lá, nunca mais me ia ralar com isso. Afinal, ela era só mais uma bruxinha armada em altruísta, que foi estúpida porque, após tanto esforço para salvar os seus amigos, e de ter conseguido fazê-lo, depois não conseguiu salvar-se a si própria!

Mas, bem, as coisas não são bem assim. Não porque, com ela, foi-se também o Damon, o irmão mais velho do idiota do Stefan Salvatore. O herói que não é tão herói. Porque, segundo sei, não anda a fazer nada para tirar o seu irmão daquele Inferno. O vampiro que desistiu do seu próprio irmão, e anda a tentar refazer a sua vida. O vampiro com quem eu nunca simpatizei.

Está bem; eu não sou a pessoa mais social ou que procura ter amigos do mundo. Sou bem anti-social e frio, para não dizer que um amante de matar humanos, sobretudo humanas, e, se querem saber, eu gosto de ser assim. Sim! Surpresa! Eu gosto de ser e sou um vampiro assassino! E talvez seja por isso que gosto do Damon, que gosto de ser amigo dele, que sou o seu único amigo - e ele também é o meu único amigo. Se bem que não sei se devo considerar a Caroline como minha amiga, ou não. Porque, ao contrário do que acontece com as outras pessoas, exceto com o Damon, eu gosto muito dela. E isso aconteceu desde a primeira vez em que eu a vi. E, se querem saber, eu acho que este meu regresso a Mistic Falls vai... unir-nos.

Mas eu não vou lá só para vê-la, saborear uns pescoços da pior maneira possível - porque é bem provável que eu não me consiga controlar -, e para fazer a vida do Stefan num Inferno. O meu verdadeiro motivo para ir para lá é, sobretudo, para ajudar o Damon a sair daquele Inferno onde ele está. Eu vou para lá para ajudar a tirar o meu amigo do mundo-prisão.

E eu vou conseguir. Porque afinal...

Tudo é possível, basta querermos.