Weasley escrita por morisawa


Capítulo 2
Charlie Weasley


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente amo o Charlie, ele é um dos personagens que mais me identifico em Harry Potter. Pretendo postar mais one-shots dele, a maioria irá abortar a assexualidade, como essa abordou. Espero que gostem.

Boa leitura.



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Charlie Weasley adorava dragões, e isso nunca foi novidade para ninguém. Desde pequeno gostava de passar horas embaixo da coberta com um livro pesado em meio aos pequenos braços, se deliciando com o seu interior mais mágico que o mundo que ele estava, se era possível.

E nessa brincadeira ele perdia-se vivenciando um futuro próximo junto á essas criaturas tão mágicas e bonitas – charmosas, graciosas, espetaculares, Charlie poderia dar qualidades para elas a todo momento. E como foi uma felicidade só chegar a Hogwarts pela primeira vez! Conhecer a biblioteca com tanto conteúdos diferentes sobre Dragões e outros animais, que infelizmente seus pais nunca puderam comprar a ele; e o mais perfeito de tudo, era que naquele seu mundo não existia os problemas que os bruxos tanto tinham no Ministério da Magia, menos ainda com Você-Sabe-Quem e tantas mortes.

No final, era levemente estranho olhar as garotas e não sentir nenhuma vontade de ter um futuro com elas – na verdade, era um tanto enjoativo. Não queria transar com elas por uma noite e sair de fininho, deixando-as dormirem relaxadas pelas próximas horas. Não sentia falta de beijos longos e desesperados, tampouco tinha fantasias de adolescente, e odiava quando implicasse sobre isso com ele.

Charlie não ligava quando Bill caçoava-o por nunca ter tido uma namorada/o e muito menos interessar-se por qualquer aluna/o em Hogwarts  – ele estufava o peito e deixava suas bochechas corarem, enquanto apertava outro livro grosso contra seu peito e exclamava em alto e bom tom: “Eu só prefiro Dragões á pessoas, e não tem nada de ruim nisso. Apenas me deixe em paz!” então se virava envergonhado, correndo apressado para fora do quarto.

E realmente nunca teve. Charlie nunca portou de problemas sobre relacionamento ou brigas de melhores-amigos, namoradas/os, muito menos com seu próprio futuro; livros não falavam, e Dragões nunca recitariam poemas de amor em frente a sua janela que o deixaria de bochechas mais vermelhas que seus fios do cabelo, acanhando. Charlie amava unicamente os Dragões, diferentes dos bruxos, e nada mais.

Também como dizia, não havia nada de errado com ele. Não por não sentir falta de beijos e abraços, não sentir falta de sexo, de baladas e bebidas, porque ele tinha a si próprio e tinha sua própria definição de amizade – as noites escuras que passava acordado conversando com os dragões e como eles costumavam ser tão lindos, brilhavam mais que as próprias estrelas, o dando o que nenhuma mulher ou homem um dia conseguiria, são momentos que Charlie nunca trocaria por nada. E sempre davam-lhe uma companhia ótima em finais de tarde, com uma xícara de café em sua mão e um bom livro, como sempre.

Pois como a vida ensinou tão cedo a Charlie, os seres humanos não são puros. Não importa se são crianças, com suas fantasias e travessuras; ainda machucavam. E ele odiava isso, e odiava como também se encaixava nele. No final, mesmo que os Dragões fossem tão impuros quanto, ainda eram melhores que muitos bruxos/trouxas que Charlie já havia conhecido.

E ater-se firmemente a outras criaturas era o melhor refúgio que encontrou.


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