Inesperado escrita por Elisianes


Capítulo 13
Uma morte Surpreendente


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Peço perdão pela demora. Não tenho muita desculpa pra dar, simplesmente não tive como continuar. A vida nos leva a caminhos que as vezes, infelizmente, deixamos a desejar certos aspectos ou feitos que seguiram com nossa jornada. Pretendo voltar. Devagar mais vou. Preciso da ajuda de todos e a compreensão pela demora, mesmo sendo muita falta de respeito simplesmente sumir da forma que fiz. Por isso, me envergonho. Enfim, segue o cap. Espero que gostem. Essa história tenho escrita entre o ano de 2017 - 2018, hoje vejo uma mudança na minha escrita, mas não queria deixar de finalizar esse trabalho, a não ser que vocês não queiram mais. Dito isso, atualizarei vocês com a história um pouco modificada, onde eu achar necessário, porém continuando com o enredo original que criei a quase 2 anos atrás.

Segue o capítulo. Espero que gostem. Beijo



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Estava indo para o hospital andando tranquilamente pelas ruas, até que, quando avisto o portão principal, vejo vestígios de luta. O telhado, no que seria a ala das crianças estava destruído, e via Shizune saindo com os doentes pelo portão com ajuda de meus médicos.

—Shizune, o que é isso?

—Não sei Tsunade-sama, só sei que Naruto, Kakashi e Sakura estão lá dentro. Eu me foquei em salvar os doentes e feridos.

—Como soube disso?

—Samiuri e algumas crianças vieram carregadas por dois clones do Naruto, e ele me passou por alto a situação. Sem detalhes por que nem ele sabia ao certo.

—E cadê esses clones?

—Foram dispensados.

—Por quê? Aquele Baka não sabe que poderia nos comunicar alguma coisa com eles?

—Eu não sei senhora. Sinto muito.

Fico pensativa. Tenho que fazer alguma coisa. Não sei o que se passa lá dentro, mas sei que isso não pode continuar assim. Quem ousa invadir meu hospital e ainda machucar meus doentes? E ainda por cima tinha Sakura. O que será que estava acontecendo lá dentro?

—Eu não vou ficar aqui sem fazer nada. Shizune, eu vou entrar. Chame o esquadrão ambu.

“Por que diabos eu tive que dispensá-los logo hoje? Nunca preciso deles, mas quando dou um dia de folga pra minha guarda, acontece algo.”

Entro devagar no local, pensando que poderia ter alguém, mas os únicos chacras ali dentro era do time 7 e de uma pessoa desconhecida. Quem quer que seja, invadiu sozinha.

—Burro!

“Será mais fácil assim. Não sei por que eles ainda não acabaram com isso...”

Talvez essa pessoa seja mais forte que imagino. Mas não, não seria tanto. Não contra os três juntos. Deve está havendo alguma coisa pra eles não estarem fazendo nada. O chacra deles está razoavelmente calmo, se estiverem em batalha estariam ativos. Morta o inimigo ainda não está.

“Isso tá cada vez mais complicado.”

Vou direto para o túnel, calculei que por conta do teto caído, a entrada principal poderia está fechada, e de fato, estava. E o que eu vi, após atravessar a passagem de emergência, adentrando enfim, na ala destruída, foi inusitado.

***

Assim que falo aquelas palavras, observo as expressões de Shia. Parecia que ela tinha entendido que ela tinha desistido, mas não. Enganei-me tristemente.

Ela molda seu chacra perfurando minha barriga com uma das mãos que ela conseguiu se soltar, e eu liberto-a por conta da dor.

—Sakura!

Kakashi grita e ousa vir em minha direção, mas Shia aponta novamente sua mão em chacra pontiagudo, o fazendo parar.

—Não se mexa Kakashi, ou sua namorada morrerá!

—Sua!

Naruto gritou.

O coração de Shia estava mais duro que imaginei. Mesmo havendo ainda amor em seu interior, ela não conseguia se libertar. Eu pensei que talvez eu conseguisse! Pensei que, uma vez na vida poderia salvar alguém.

—Eu me enganei.

—Cala a boca, garota!

Ela faz um corte em meu rosto.

—Você não precisa fazer isso Shia. -Kakashi diz

—Claro que preciso.

Ela sorrir pra Kakashi com desdenho, eu sabia o que teria que fazer, eu só não queria. O golpe que ela me acertou foi em um dos meus pontos vitais, se eu não me curasse agora, seria meu fim. Libero meu selo IN, a recuperação era rápida, e o que eu tive que fazer, foi mais rápido ainda. Assim que ela se vira pra mim, pra poder me atacar, dando, o que seria o golpe final, ela se surpreende com meu ataque. Pego minha kunai no coldre e a perfuro no peito, na altura do coração.

Lágrimas.

Era isso que saía dos meus olhos.

“Eu não queria ter feito isso!”

Mas o que vejo depois me deixou sem entender.

Um sorriso.

Ela estava sorrindo. Como se toda carga dela tivesse se esvaído e sua alma se tornasse leve. Eu a amparo e a deito no chão. Ela parece enfim, em paz. Não consigo entender. Ela deveria ter uma nova chance. Deveria viver. Viver melhor.

—O...Obrigada!

Ouço dizer, com a voz embargada pelo sangue já acumulando na boca.

—Shii.. Não diga nada. Mas… eu não entendo. Você poderia viver. Desistir de tudo e mudar.

Ela balança negativamente com a cabeça.

—Há caminhos que são sem volta. Eu escolhi … escolhi trilhar um que não con...conseguiria voltar. Eu estava em busca de um... Libertador. E você, Sakura, foi o meu. As coisas que eu fiz, não... Não serão esquecidas, mas pelo menos, agora não poderei mais fazê-las.

—Mas… Eu… eu não entendo.

Nesse momento, Kakashi e Naruto já estavam ao meu lado. Kakashi estava sem saber o que fazer. Shia foi alguém importante pra ele, e vê-la morta, deveria ser doloroso, ainda mais tendo feita por mim.

“Mas eu não tive escolha.”

—Não precisa entender. Só… - ela tosse sangue. - cuide bem dele. - ela olha pro Kakashi.

Sigo seu olhar e ele me olha com ternura. Eu estava extasiada. Mas confusa. Não conseguia entender o que era aquela situação. Eu não queria que tivesse terminado assim.

—Mas Shia. Eu posso te curar. Eu posso te salvar.

—Não… Você já me salvou. Eu estou em paz…

—Mas…

—Kakashi… - tosse – Eu te amo, e sempre vou te amar, mas prometa que nunca vai deixar essa menina aqui. - ela segura a minha mão e espera que ele se abaixe e pega a dele, colocando as nossas juntas. - Ela merece mais que qualquer outra pessoa o amor que eu sei que você sente por ela. Eu não poderia te proporcionar nada, mas ela… - sangue sai pela sua boca

—Não fique falando muito. Vai ser pior.

—Está sendo libertador, Sakura. Não preciso mais fazer mal as pessoas. Não preciso mais fazer mal a mim mesma. Obrigada. Você acabou com a minha dor.

—Shia..

—Prometa que serão felizes.

Ela toca mais uma vez em nossas mãos e morre.

*** 

Eu não estava acreditando em tudo que estava escutando.

—Sakura.

Ela não fala nada, nem se meche, muito menos olha pra mim. Ela continua parada, com o corpo nos braços e a mão de Kakashi na dela. Eles estavam juntos? Eu não estava entendendo mais nada! Mas isso teria que ser solucionado depois. Havia ali, um corpo que precisava ser retirado. Mas Sakura começa a curá-la, numa tentativa sofrida de trazê-la de volta a vida.

Achego-me ao seu lado.

—Sakura, é inútil, ela se foi.

—Não, ela precisa viver. Ninguém merece morrer assim. Ninguém!

—Sakura. - Kakashi a chama. - Sakura…

—Não, Kakashi. Você não entende…

Ele, em um movimento brusco a faz levantar e cessar a tentativa de cura do corpo morto no chão.

—Você que não entende. Ela queria isso. Ela mesma disse. Você já a salvou, Sakura.

Ela o olhava com os olhos cheios de lágrimas e uma expressão sofredora. Então ela desaba em seus braços, chorando descontroladamente. Ele a acalenta por um bom tempo, enquanto Naruto e eu observávamos toda a cena. Era algo triste de se presenciar, sempre fora, afinal, independente de quem seja era a morte de alguém. Mas ali, esse ato foi necessário.

—Vem, vamos sair daqui!

Disse por fim, quando Sakura já não chorava mais.

Em pouco tempo, já estávamos no portão principal, que estava cheio de macas e doentes sendo tratados. Só que, aqueles doentes que estavam acamados devido ao jutsu de Shia, não estavam mais doentes. Shizune veio em minha direção toda eufórica dizendo que a melhora de todos era significativa, e que aquilo era impossível.

Sorrio pra minha companheira e a tranquilizo, dizendo que depois eu explicaria tudo. Pelo menos, tudo que eu tinha entendido. Olho em direção a Sakura e vejo sendo ainda amparada por Kakashi. Aqueles dois teriam que me dar uma boa explicação, mas por hora, somente o discurso daquela doida, seria suficiente. Vamos dar tempo ao tempo.

Aproximo-me dos dois. Kakashi fica um pouco desconfortável, mas não deixa de abraçar Sakura. Naruto está ao lado dos dois, mas aparentemente confuso por conta de tudo que aconteceu. Assim como eu, Naruto ouviu parte da conversa.

—Hokage-sama.

—Kakashi Hatake.

—Acho que quer uma explicação.

—Quero, mas hoje não. Teremos tempo suficiente para conversarmos depois. Agora quero que vocês voltem pra casa. Sakura precisa descansar.

—Sim senhora.

—Leve-a pra casa, Hatake. Amanhã não haverá expediente, tenho que arrumar esse estrago, então trate que ela descanse, e você, faça o mesmo.

—Entendido.

***

Naruto e eu fomos a direções opostas. O loro insistiu em ajudar a cuidar de Sakura, mas naquele momento eu sabia que ela não o quereria por perto. Aquele assunto era mais nosso do que dele. Andamos por todo caminho em lentidão, passando ainda, tudo que acabara de acontecer em nossas cabeças e tentando entender. Assim que chegamos, abro a porta e entramos.

Sakura não disse uma palavra até o momento. E eu já estava ficando preocupado, mas em nenhum momento invadi o espaço dela. Sabia que no tempo certo ela falaria, não custava esperar.

—Você precisa de um banho.

Ela olha em minha direção. Estava abatida, suja, triste. Ela vai até a cozinha e pega um pouco de água. Antes que pudesse beber qualquer coisa, ela olha em direção a suas mãos, e vai de encontro a pia, lavando-as freneticamente, na tentativa de tirar todo sangue. Eu vendo aquilo, não há como fazer o contrário, sigo ao seu encontro abraçando-a por trás. Diminuindo o seu ritmo desesperado aos poucos, pondo minhas mãos sobre as delas.

—Deixa que eu cuido disso. OK?

Ela balança a cabeça positivamente. Então começo a lavar suas mãos delicadamente. Levando o tempo necessário pra que toda ela fique limpa. Assim que paro para secar suas mãos já limpas, ela se vira de frente pra mim, cabisbaixa.

—Me desculpe…

Ela sussurra. Eu sabia exatamente o porquê, que ela estava se desculpando. Ela pensava que de alguma forma, a morte de Shia tinha me atingido, pelo fato dela ter sido um antigo amor. Mas o fato, é que estava preocupado com ela, não com a morte de Shia. Não nego que não tenha sido doloroso vê-la morrer, mas teve que acontecer.

—Não precisa pedir desculpas. Você fez o que tinha que ter feito. Qualquer um no seu lugar faria o mesmo. Agora vamos tomar um banho.

Ela me olha com os olhos um pouco arregalados. Como se me perguntasse se era aquilo mesmo que eu tinha dito. Eu sorrio com o olhar da menina na minha frente.

—Vou passar a noite aqui com você, se não se importa. Você toma um banho e depois eu tomo um. Quero cuidar de você.

Ela me observa atentamente, e por fim, balança a cabeça concordando.

Fomos até seu quarto, espero ela escolher uma roupa e a vejo entrar no banheiro, me lançando um olhar, que não pude entender. Espero mais ou menos uns, quinze minutos e ela aparece com uma roupa leve de dormir e pantufas nos pés.

Permito-me sorrir com a cena. Ela estava com os cabelos molhados e o rosto avermelhado. Com certeza tinha chorado no banho, mas agora, parecia mais leve. Ela vem em minha direção, me dá um selinho terno, e diz:

—Tem roupas do meu pai no quarto ao lado, se quiser usá-las. Lá tem banheiro também. Eu ficarei te esperando.

Concordo com a cabeça, e saio, deixando ela deitada na cama. Assim que termino o banho, volto para o seu quarto, e encontro ela sentada na beirada da cama, pensativa. Sento-me ao seu lado e enlaço nossas mãos

—Está tudo bem?

—Está.

—O que está pensando?

—Em Shia.

—Eu sei. Mas não precisa. Ela queria isto tudo.

—Eu sei… - pausa - Kakashi..

—Oi..

—Dorme aqui comigo?

Olho pra ela em surpresa.

—Eu preciso de você aqui.

Ela olha pra mim. Seus olhos verdes intensos, me chamando pra ela. Como negaria um pedido desses, feito dessa maneira? Não negaria. Ela se aproxima e sela nossos lábios, em um beijo calmo, cheio de sentimentos. Amor!

—Faço o que você quiser.

—Obrigada!

Ela sorrir. Um sorriso sincero, de agradecimento. Deitamo-nos na cama, ela se posicionou ao meu lado, apoiando sua cabeça em cima do meu peito, e eu a envolvi com meus braços. A sensação era única. Aconchegante. Faço um singelo cafuné em seus cabelos molhados e a observo pegar no sono. Por incrível que pareça, não demorou. Eu continuaria ali, velando pelo seu sono, até que o meu próprio não aguentasse mais, e me fizesse adormecer.


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Notas finais do capítulo

Espero vocês nos comentários. Abraço!



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