Dandara escrita por Dani Uchiha


Capítulo 5
Sentimentos




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|Dandara Pov On|

 Nas últimas semanas todos tem estados extremamente preocupados com a situação do nosso reino. Nossas riquezas foram roubadas e nosso povo sofre com a miséria. E para salvar o nosso, o filho do rei de Jade me próprios um casamento, eu sei que dessa forma teremos o paio do segundo maior reino da costa do Sol e assim poderemos ter uma forte aliança e eles nos ajudaram a restabelecer a economia de Wer. Mais ainda assim... Eu não quero me casar. Eu sei que nesse momento eu não posso pensar só em mim. Mas se eu não pensar quem vai? O rei de Jade ficou impaciente com a demora do meu pai em responder a proposta de seu filho então meu pai assinalou positivamente para eles, mas não deu uma resposta concreta meu pai prometeu responder essa semana e isso está me deixando amedrontada.

 Me afundo na banheira, deixo meu corpo se misturar por completo na água, estou há horas tentando relaxar e nem mesmo o banho quente de banheira que tanto amo é capaz de me relaxar.

 — Princesa?! — Ouvi Senna me chamar, pedi que ela entra-se, a mesma me encarava com um olhar triste.

— O que foi Senna, porque está me olhando assim?

— Seus pais me pediram para apresa-la.

— Me apresar? Mas para que?

— August convidou o príncipe Felipe e seu pai para passarem a tarde no palácio seu pai achou esse convite uma forma de tentar acalmar os ânimos do Rei Julian, Eles deve estar para chegar e sua mãe quer que você esteja no salão para recebe-los.  

— Eu não quero ver o Felipe! Eu não quero me casar com ele. Com um assassino!

— Princesa se me permite gostaria de dizer uma coisa. — Suspirei desanimada. Não importa quantas vezasses eu diga Senna não consegue me chamar pelo nome se portar apenas como minha amiga.

— Já te disse Senna você é mais que uma empregada. Quero que me chame de amiga! Pelo meu nome.

— Princesa. É por ser sua amiga é por te considerar tanto que não me atrevo a te chamar de uma forma tão informal. Você sabe o que aconteceu quando tentei... por perceberem que somos próximas de mais tentaram te machucar através de mim!

— Olha esqueça aquilo, já passou está bem? E se para você é difícil me chamar pelo nome em público, o faça apenas quando estivermos sozinhas como agora está bem?

— Sim prin... digo Dandara.

— Assim está melhor. Mas me diga o que queria me dizer.

— Penso que, com todo respeito. Você esteja equivocada a respeito do príncipe. Não acho que ele tenha matado o Peter.

— Senna! Peter saiu daqui disposto a falar com o Felipe tudo porque eu não queria me casar, tudo porque me revoltei, ele foi e nunca voltou.  É tudo minha culpa, todos diziam que Felipe é um príncipe mal revoltado arrogante.

— Princesa! São apenas boatos eu o vi! Eu vi como ele foi com você ele não parece ser uma pessoa má. Eu vi amor nos olhos dele quando ele olhou para você. Acredito que ele se quer chegou a ver o Peter.

— Para Senna! Até parece que você não se importa com o Peter! — Gritei exaltada, mas me arrependi ao ver o olhar triste de Senna.  

— Você não imagina a falta que ele me faz Dandara! Você não tem ideia da dor que sinto com a ausência dele, você nunca vai entender o que o Peter representou e representa para mim.

— Senna me perdoe por ter gritado eu só...

— Vou avisar a sua mãe que você estará pronta em cinco minutos.

 Senna se quer esperou minha resposta e saiu! Certamente a magoei preciso me redimir com ela. Mas eu de maneira alguma irei receber o Felipe, pra mim o Felipe matou o meu melhor amigo.  Não vou simplesmente estender um tapete vermelho para ele passar!

 Sai da banheira vesti um lindo vestido azul que estava sobre a minha cama, certamente foi minha mãe que o pois aqui.  Sorri me olhando eu estava linda.  Desci as escada sobe o olhar satisfatórios dos meus pais, se eles soubessem o que pretendo não me olhariam assim, certamente me reprenderiam como já mais fizeram antes.

— Você está linda minha filha.

— Obrigada Mamãe.

— Tenho certeza de que o Felipe ficara encantado ao ver você assim minha filha.

— Pai, mãe eu vou ali ver a Senna volto logo.

— Está bem meu amor, mas não demore Felipe já deve estar chegando e agora vocês são prometidos.

 Suspirei e sai do salão, aproveitei que a cozinha estava vazia para escapar, tomei cuidado para que ninguém me visse sair com a Lua, eu iria para o meu esconderijo secreto a caverna, quando Felipe e o pai dele chegarem e não me verem verão que não sou a princesa ideal para o filhinho dele.  Devo ter cavalgado por quase vinte minutos amarrei Lua ali perto e entrei

— Eu não vou me casar com aquele assassino! Não posso acreditar que meus pais não pensaram em mim um segundo se quer, não acredito que eles sugeriram esse casamento.  Eu odeio ele, odeio com todas as minhas forças odeio! Se o visse nesse instante acho que seria capaz de cometer um homicídio.

— Posso saber quem você odeia com todas as forças?

 Ouvi uma voz abafada, assustada olhei em volta da caverna mas não vi ninguém olhei a água do lago, e então vi um reflexo nela, um homem usando uma máscara e capuz me observava.

— Quem é você? — Perguntei completamente hesitante em saber, ele estava ali a quanto tempo? Obviamente tempo o suficiente para me ouvir e me observa. Me mantive de guarda alta, mesmo que eu tenha saído sem nem uma arma eu sei que serei capaz de me defender caso seja necessário.

— Você está linda!

— Eu disse: Quem é você?!

— Apenas um mero viajante. Não se preocupe eu não pretendo te fazer mal princesa Dandara.

— Como você sabe que eu sou a princesa? Eu posso muito bem ser apenas uma camponesa! Não seja tão equivocado meu caro!

 O homem a minha frente sorriu abertamente, ele lentamente caminha até mim, pude perceber que ele era jovem. A máscara em seus rosto escondia-o quase que completamente apenas seus olhos estavam a mostra. Dei um passo para trás.

— Você não me parece uma camponesa.

— Afaste-se de mim!

— Fique calma, eu não pretendo machucar você Dandara.

— Não gosto da ideia de você me conhecer e eu se quer saber o seu nome.

— Se você vai se sentir melhor sabendo o meu nome.  Eu me chamo Nick.

 — O que você está fazendo aqui!

— Estava apenas procurando um lugar para descasar.  Quando eu cheguei não havia ninguém aqui, adormeci e só acordei quando ouvi suas reclamações. Então quer dizer que você vai se casar.

— Contra a minha vontade.

— Você não se simpatizou com o seu prometido? — Perguntou-me se sentando ao meu lado, eu olhei para ele e me sentei também próxima a ele, passado o meu susto eu senti em meu coração que ele não era uma má pessoa.  E também deis de que o Peter se foi eu sinto uma grande necessidade te ter alguém para conversar, além da Senna. Sinto falta de um amigo, e mesmo que isso pareça loucura. Eu sinto eu o Nick pode ser esse amigo. Estar ao lado dele, a presença dele me lembra o Peter. 

— Não é como se ele tivesse me feito algo, eu só não gosto da ideia de me casar por obrigação e não por amor!

— Obrigação você disse? — Eu olhei para ele suspirando profundamente, eu realmente devo estar louca, já que contei há ele sobre os problemas que meus súditos vinham sofrendo, nunca se deve confiar assim cegamente nas pessoas minha mãe me ensinou isso, mas ela também me ensinou a confiar e a seguir o meu coração. E meu coração dizia que ele não era mal.  Após me ouvir sem me interromper e ter prestado a atenção em mim já que eu contei-lhe mais que os meus problemas, devo ter falado por quase uma hora e meia, contando-lhe sobre mim.  Ele se levantou.  

— Aonde vai? — Perguntei me levantando também.

—Embora, não que eu não eu esteja adorando te ouvir. Pelo contrário, poderia te ouvir a vida todo.  Mas eu preciso ir embora agora.  E sobre o que me contou a respeito dos problemas financeiros do seu reino. — ele fez uma pequena pausa refletindo algo.

— Diga...

— Se casar é mesmo uma forma de salvar a todos e ter o apoio do reino de Jade também é uma excelente aliança afinal vocês são os dois maiores reinos.  Mas eu não posso te dizer o que você deve fazer, não tenho esse direito.

 A voz dele estava estranha. Eu me senti estranha quando o senti se afastar de mim. Nossos olhos se encontraram por alguns minutos, tive a sensação de que ele estava me lendo, como se eu fosse um livro aberto. Ele me olhou por um último momento.

— Espera, eu vou te ver de novo?

— Eu espero que sim.

Após dizer isso ele foi embora, me sentei novamente em uma das pedras, me vi perdida com meus pensamentos. Como posso ter me aberto tanto para um completo estranho? Nick, ele tem um nome forte e sua voz embora estivesse abafada ela bem forte. Não sei porque mas ele me lembra muito alguém, mais quem? Baguncei meus cabelos os enrolei no alto da cabeça o prendendo em um coque firme. 

— Acho que é melhor eu voltar para casa.

 Sai da caverna iria voltar andando puxava Lua por todo o caminho de volta, minha cabeça estava nas nuvens esqueci por completo do vestido que usava e o arrastava sem cerimônia pelo chão, o prendi em alguns galhos velos pelo chão o rasgando a barra estava completamente suja e destruída. Quando cheguei ao povoado algo chamou a minha atenção. Um grupo de pessoas estavam reunidos na fonte da cidade. Algumas estava chorando percebi que havia uma criança deitada no chão, corri até lá.

— O que está acontecendo aqui?!

— Olhem é a nossa princesa, a nossa salvadora!

— Que? — Estranhei. Salvadora eu?! O que eles pretende com isso.

— Princesa nosso filho está muito doente ele está morrendo.  Na verdade todos nós estamos morrendo aos poucos, já não há tanta comida para tantas pessoas no vilarejo, não há dinheiro o suficiente para um bom médico. Estou perdendo meu filho. — Os olhos dolorosos da camponesa caíram sobre mim, ela estava tremendo com seu filho em seus braços, eu ia dizer algo quando outro falou.

— Ana, não tema a princesa é bondosa, nos ama a ponto de se casar para nos dar tudo que precisamos, me perdoe por ser indiscreto princesa, mas todos já estão sabendo do seu casamento. Obrigada por pensar em nós princesa. Obrigada!

 O senhor a minha esquerda começou a me agradecer, quando percebi todos estavam me agradecendo e batendo palmas dizendo o quanto estavam agradecidos por eu ter dado esse paço em direção a salvação deles, me senti mal com isso queria dizer-lhes que não pretendo aceitar o casamento quando o garotinho nos braços de sua mãe se contorcia em calafrios.

— Você!  Ana não é?

— Sim princesa me chamo Ana.

— Venha comigo vou levar seu filho para ser examinado pelo médico real. 

— Você, você vai mesmo fazer isso pelo meu filho.

— Sim, por favor venha comigo.

— Agora eu vejo que é como dizem deis de quando cheguei aqui. Sempre ouvi que você era uma princesa generosa e querida por todo reino, tenho certeza de que um dia será uma rainha magnifica.

 Sorri em agradecimento para a mulher, pedi a um cocheiro que nos leva-se de presa até o palácio, ao chegarmos pedi que abrissem os portões para que pudéssemos entrar entrei pelos fundos pedi a Senna que leva-se Ana e seu filho para um dos quartos de hospedes e que mandasse alguém chamar o médico imediatamente para atender aquela criança, estava indo para o salão quando minha mãe entrou no corredor, seu olhar sobre mim era indescritível.

— Mamãe eu...

— Já mais pensei que você fosse me decepcionar filha.

— Mamãe por favor me ouça.

— Eu sei que você não quer se casar, você acha que eu ou o seu pai estamos completamente felizes com isso?  Claro que não, gostaríamos que você se casa-se com alguém que você ama-se! Mas seu pai tem certeza de que o príncipe de Jade será um homem bom para você.

— Me desculpe Mãe!

— Olha só para você. Olhe seu vestido está imundo e rasgado. — Minha mãe suspirou me dando as costas voltando para o salão a segui e quando entramos me vi frente a frente com o Rei Julian e Felipe que estava ao seu lado, Felipe correu seu olhar em mim e deu um leve sorriso. Será que ele está debochando do meu estado?  Meu pai fez um som com a garganta, eu o olhei aproveitando que tinha minha atenção fez um gesto com a cabeça.

— Olá Alteza, príncipe. Me perdoem pela indiscrição.

— Não precisa de tanta cerimonia afinal está em sua casa. — Respondeu Julian, embora suas palavras tenham sido generosas o tom de sua voz e sua expressão era tão seria que chegava a me dar medo. Felipe se aproximou para me cumprimentar, mas eu dei um paço para trás mantendo uma distância considerável. Estendi a mão para cumprimentá-lo, ele a pegou gentilmente a beijando. 

— Dandara o médico já chegou! — Senna entrou no salão aos gritos, puxei minha mão de volta vi o quão constrangida Senna ficou por ter gritado percebendo que estávamos com visitas.

—Perdão princesa.

— Não tem problema Senna todos sabem que para mim você é uma amiga. E os que não sabem estão sabendo agora! Você tem total liberdade para me chamar de Dandara! — Afirmei olhando para Julian e Felipe. Meu pai veio rapidamente até mim extremamente preocupado.

— Medico? Você está bem minha filha? Se machucou. Aliás onde estava? Estava preocupado com você já que não te achavam em lugar algum.

— Eu estou bem, é só que eu estava no vilarejo e encontrei um garotinho muito doente, eu o trouxe com sua mãe para que o nosso medico o visse. Por favor papai não me repreenda eu sei que não devo trazer aldeões para o palácio sem o seu consentimentos mas é eu realmente quero ajudar aquela criança.

— Vejo que o dizem de sua filha ser extremamente bondosa é verdade, é uma linda qualidade mas também pode ser um perigoso defeito já que podem aproveitar dessa sua fragilidade.   

 Olhei para Julian com uma cara feia, eu sei que o que ele diz é verdade mas eu confio na lealdade do povo de Wer, sei que eles não me machucariam, pedi licença a todos e me retirei com Senna.  Quando cheguei no quarto o médico já estava o examinando, Felipe a acompanhado de minha mãe chegaram em seguida. Perguntei ao médico o que o menino tinha e as notícias não foram boas, ele estava muito doente.

— Mãe! — Minha mãe me abraçou acariciando minha cabeça, me confortando, levantei meu olhar Felipe estava me observando, o seu olhar... eu não conseguia ler o seu olhar em silencio ele se retirou do quarto.  Ana abraçou seu filho completamente aflita. Angustiada pedi que ela e seu filho permanecessem no palácio para que o médico pudesse acompanhar ele e o trata-se. Meus pais concordaram em que eles ficassem.  Eu pessoalmente iria garantir que Ana e Ben fossem bem tratados.

~~..~~

 Uma semana tinha se passado deis de que recebi Ana e seu filho em minha casa, Felipe mandou seu médico pessoal para dar uma olhada em Ben eu tive a esperança de que ele me desse boas notícias mas seu diagnóstico foi o mesmo dado pelo meu médico Ana ficou muito grata por Felipe ter posto seu médio ao dispor dela e de seu filho, reconheço que foi um grande gesto da parte dele e mais tarde iria agradecê-lo mas o inevitável aconteceu logo ao entardecer ... Ben faleceu.

  Ana ficou arrasada em perder seu filho, mesmo tenho feito tudo que estava ao meu alcance eu me senti muito mal pelo ocorrido. Papai ajudou Ana em tudo que ela precisava já que eu não tive forças para ajudar. No enterro do menino os aldeões me parabenizaram pelo meu ato de bondade, Ana havia dito a todos o quão bem eu havia os tratado. Disse a todos que podiam confiar sem medo nos reis e Dalawer que todos nós da família real zelava verdadeiramente pelos nossos povos. Felipe chegou no enterro Ana tinha pedido para o ver e agradecer-lhe pessoalmente por sua ajuda.

— Posso acompanhá-la até o palácio Dandara?

— É melhor não. Estou grata pela sua ajuda e bondade, mas não mais que isso.

 Respondi me retirando, mesmo que ele fosse bom não quero criar nem um tipo de laço com ele, antes de voltar para casa eu dei uma boa olhada na vila a diferença de hoje em dia com alguns anos atrás era realmente gritante a fartura que se via pelas ruas nas bancas de verduras e frutas já não eram mais a mesma. Meu povo caminhava em paços largos rumo a miséria desenfreada e eu, eu precisava para-la hoje alguém morreu pela doença e amanhã ou mais tarde será pela fome e eu não posso permitir isso.  Parei em frente ao portão de casa olhei a vila do alto e fiz uma importante escolha.

— Eu Dandara de Dalawer, escolho salvar meus súditos me casando para que ninguém mas tenha que sofrer.  Se eu sou a pessoa que pode parar isso, então eu vou parar mesmo que meu coração se quebre em mil pedaços ao lado de um homem que não amo.

 Entrei em casa tentando mostrando animo para contar aos meus pais o que tinha decidido mas eu não consigo mentir então me contentei em apenas dizer que eu aceitava o casamento. Meus pais ficaram me olhando por quase dez minutos, nunca me senti tão angustiada sobe o olhar deles nem mesmo quando me surpreenderam com o Peter no meu quarto.

— Por favor digam alguma coisa! — Pedi desesperada.

— Agora que te ouço dizer que quer o casamento, sinto como se eu tivesse te obrigado a isso filha! Não me sinto bem com isso, esqueça esse casamento vamos arrumar uma forma de restabelecer a economia de Wer sem que você se sacrifique.

— Ei, pai por favor acalme-se.  Não estou caminhando rumo a morte. Afinal o casamento para selar tratados é algo comum e se isso vai salvar nosso reino eu não me importo em fazer a coisa certa pelo bem de todos. 

— Filha você tem certeza? — Quando ouvi essas palavras tive vontade de abraça-la e dizer que não, que estou assustada que estou com medo, que não quero essa vida.

— Sim tenho.  Eu vou para o meu quarto agora. — Aprecei-me se insistissem mais eu voltaria atrás em tudo.

— Claro filha, descanse você teve um dia difícil hoje. Vou pedir a Senna que leve seu jantar em seu quarto.

— Obrigada mãe.

 Fui para o meu quarto descansar um pouco, quando fechei as portas e me vi sozinha comecei a chorar, eu sei a decisão que tomei e agora sinto o peso dela sobre mim, sinto que isso vai me matar. Não sei se estou pronta mas não tem mais volta eu vou me casar.  Me sentei na cama olhei meu baú o abri queria ler os poemas que Peter escrevia para mim, sinto muito a falta dele, por um segundo me lembro do homem mascarado que vi na caverna, sua voz abafada seus olhos claros azuis.

“Dandara...”

 Ouvi uma voz me chamar, uma voz forte e sombria, senti o meu corpo todo se arrepiar olhei em volta não vi ninguém. “Dandara...”  A voz insistiu, olhei meu reflexo no espelho e então me senti mal com o que vi a minha pele... Tentei gritar mas a voz não saia estou tremendo, a voz insisti em me chamar, sinto o meu corpo pesado me sinto sufocada não respiro.

— Mãe... socorro!

 Estava perdendo a consciência quando Senna entrou no quarto, eu não entendo o que ela fala, acho que ela está gritando, estou caindo... ela me segura meus olhos estão tão pesados sinto que estou me entregando a uma força que está me chamando aqueles olhos vermelhos eu tenho medo... vi meus pais entrarem minha mão me abraçou desesperada o que a de errado comigo porque ela está chorando tudo parece tão lento eu fechei meus olhos não sinto meu corpo.

| Dandara Pov Off |

 Elena pediu que Senna se retira-se August colocou sua filha na cama sua pele tinha perdido a cor o brilho que sempre tinha, Elena tremia de medo precisava se acalmar para pensar em como ajudar sua filha não entendia o que ela tinha então pensou em algo.

— August por favor sai vou chamar alguém aqui e ela não gosta de humanos, mas sei que ela vai ajudar a nossa filha.

— Faça o que tiver que fazer.

 August se retirou, Elena foi até a quina da cama fez um pequeno corte em seu braço colocou sangue em seu dedo e escreveu um nome em sua pele, em poucos segundos sua irmã apareceu diante de seus olhos.

— Por favor! A minha filha.

 Clemente olhou para Dandara aterrorizada, pediu a Elena se afastasse, após conjurar algo que Elena não entendeu viu sua filha voltar ao seu aspecto normal não estava mais pálida.

  — Elena ela mexeu no livro de Alva?

— Não, ele está comigo.

— Alguma coisa tentou leva-la para alva algo maligno a quer estavam sugando a vitalidade dela, alva não tem vida, carece por magia, e tentaram pegar.... Espera Elena você não tem mais poderes e sua filha é fruto de um relacionamento com um humano então como... por que Alva tentou leva-la, Dandara é completamente humana, não tem magia não é mesmo.

— Sim claro, deve ter acontecido alguma coisa, não importa. Clemente me faça um último favor?  

— O que você quer?

— Manipule as lembranças da minha filha e de da Senna por favor que elas não se lembrem de nada disso, que última coisa que minha filha se lembre é de ter dito que iria dormir um pouco e Senna que eu pedi para trazer o jantar de Dandara no quarto por favor.

 Sem questionar Clemente atendeu o pedido de sua irmã e desapareceu na sequência, Elena avisou August que tudo estava bem que ele não precisava mais se preocupar, em seu quarto Elena andava de um lado para o outro nervosa olhou o céu e enfurecida disse.

— Ele não sabe da existência da Dandara não tem como ele saber, tudo vai ficar bem! Tem que ficar.

 

Continua....


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Notas finais do capítulo

Estão gostando? Se sim por favor comentem queria saber se estão curtindo ^^ bjs



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