Dandara escrita por Dani Uchiha


Capítulo 11
Transformação parte 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores



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| Dandara Pov On|

 Havia se passado dois meses deis de que disse há Nick que o amava, ele não me disse nada, seus olhos estavam espantados certamente o peguei de surpresa, talvez essa seja a resposta por sua falta de reação, mas isso não mudou o que eu sentia e sinto por ele, continuávamos a nos ver com frequência, não havia um só dia que eu não desse uma escapada do palácio para me encontrar com ele. E ele, ele sempre me presenteava com flores e até mesmo com um medalhão cujo o símbolos esculpidos eram uma espada e uma rosa ele disse que a fez especialmente pra mim que aqueles pingentes eram nossa representação. Deis de então nos beijamos apenas três vezes duas delas eu tomei a iniciativa o pegado de surpresa e apenas uma foi ele, e quando foi ele que me beijou senti como se o mundo não fosse o suficiente para nós, senti meu corpo todo estremecer em seus braços nos deitamos sobres aquelas pedras frias nossos corpos estavam quentes... e então ele se conteve era errado, ele sabia disso e eu sabia disso! Eu era, eu sou casada. Meu relacionamento com Felipe se tornou amigável, não conversávamos muito, eu não tinha vontade, eu era grata por ele ser bom comigo, mas não tenho o direito de machuca-lo o tratando mal parei de provoca-lo prefiro simplesmente manter uma distância ser cordial e educada meus pais me ensinaram bem e no fim o Felipe... ele não era o bicho de sete cabeças que eu pintei. Lara e eu estávamos cada vez mais próximas tudo parecia tranquilo até agora.

 — Senna!

 — Sim princesa!

— Por favor me ajude eu estou me sentindo um pouco tonta.

— Você se sente mal?

— Não, foi só uma tontura deve ser o calor.

— Vou buscar algo para você se refrescar.  

— Obrigada Senna.

 Assim que Senna saiu me sentei perto da janela respirando fundo aquele ar fresco que invadia o meu quarto, a lua estava linda no céu, mesmo sendo dia ela era linda por ser cheia ela era encantadora tão redonda impondo sua beleza nesse imenso céu azul.

— Talvez eu devesse passear um pouco, Felipe anda tão ocupado com algo que trabalha em segredo com seu pai que se quer vai notar minhas escapadas. Bom e já que ele deixou de me convidar para passear eu vou sozinha.

 Sai do meu quarto fui até os estábulos e pedi para que preparassem a minha égua iria cavalgar um pouco eu precisava desse momento comigo mesma. Sai com a Lua iria cavalgar pelas planilhas de Jade adoro cavalgar, me sinto bem e livre. Estava me aproximando da fronteira de Jade com Brid quando vi alguém vir em minha direção.

— Dandara é tão bom ver você! — Leon se aproximou de mim sorrindo sempre ouvia Lara e Felipe dizer o quão desprezível ele era, do pouco contato que tive com ele sei que ele era intragável.

— Não posso dizer o mesmo! Bom eu preciso ir.

— Está procurando pelo Felipe?

— Não eu só estava passeando.

— Que bom porque ele nesse momento está com a Rita!  Acho que ele gosta de passar mais tempo com ela do que com você!

 Eu sei que o Leon estava me provocando e ele, bom ele estava conseguindo por mais que eu não amasse o Felipe, como ele poderia estar com outra, e aquela Rita! Não gosto dela, o Felipe não vai me fazer de idiota. Sai cavalgando o mais rápido que pude em direção a Rose, Rose era muito longe mas se eu fosse rápido o suficiente eu certamente chegaria lá antes do entardecer.  

 Quando cheguei me apresentei aos guardas como Dandara de Dalawer eles pareciam não ter entendido então os disse que era esposa de Felipe e então me deixaram passar, desci da Lua e a amarrei em uma arvore que tinha perto dos portões do palácio, nunca tinha vindo em Rose o castelo era enorme e as pedras das quais ele era feito eram rosas.

— Lindo!

 Eu não pude negar o lugar era lindo, andei um pouco procurava por alguém que pudesse me levar até Rita ou até mesmo até Felipe, quando pensei em chamar um dos guardas Rita apareceu atrás de mim me assustando.

— O que você quer aqui?! — A voz dela era desagradável! Seu olhar era de deboche e sarcasmo.

— Oi Rita.

— Hum.

— Eu vim, eu vim falar com o Felipe poderia chama-lo? — Rita sorriu agora abertamente olhando para seu castelo, mechou em seu vestido depois ajeitou seu cabelo dizendo.

— Lamento mais agora ele está descaçando.

— Descansando?!

— Sim, bom como a esposa dele não dá certas coisas há ele em casa, alguém o dá! E bom acho que ele gosta do contrário não me procuraria.

Rita sorriu tocando em seus lábios, me senti mal ao supor o que ele estava tentando me dizer, mas eu não iria permitir que ela me humilha-se assim.

— Hum Rita, meu marido não teria tamanho mal gosto! Bom quando ele estiver descansado e recuperado mande-o de volta, há me desculpe não quis ser indelicada, não é preciso dizer uma só palavra, afinal ele sempre está lá comigo e quanto a você bom ele veio te ver o que uma vez? Há o que três quatro meses! Tenha uma boa noite!

 Vi ódio brotar nos olhos dela, me senti vitoriosa, a travessei o jardim o mais rápido que pude, desamarrei a Lua e segui queria chegar logo em Jade estou com raiva, não acredito que o Felipe fez isso comigo eu sei que não tenho direito algum de reclamar eu procurei isso, já tem meses que nos casamos e eu se quer permito que ele me toque. Não posso culpa-lo por procurar na Rita o que eu não dou a ele, como pude achar que seus olhos olhariam apenas para mim se me transformei em alguém que eu não era o tratei mal, e agora, há! Não quero ouvir meu coração.

— Eu mereço tudo isso. Claro que sim.  

 A noite chegou eu ainda estava no meio do caminho a lua cheia estava tornando minha volta para casa mais fácil, quando estava na metade do caminho me senti estranha meu corpo começou a formigar, meus braços começaram e se tornar ásperos, e a minha pele...

—Não, não isso de novo não! Por favor.

  Eu não entendo o que está acontecendo comigo! Porque minha pele está assim por que sinto meu coração tão disparado. Lua olhou para mim e se assustou ela começou a ficar incontrolável, não consegui segura-la ela correu pela floresta à fora me deixando para trás. Continue caminhando com dificuldade minhas pernas doíam, minhas unhas estavam doendo e crescendo em uma velocidade assombrosa. Reconheci o lugar aonde eu estava.

 — A Caverna!

Antes que eu pudesse entrar nela, ouvi gritos, barulhos de espadas elas estavam longe mas eu as ouvia tão perto! Me distancie dali, não quero que descubram o meu lugar secreto. Ouvi barulhos de cavalos corri para interceptar quem quer que fosse eu precisava de ajuda quando ouvi o barulho mais perto me fiz presente na trilha.

— Dandara!

— Julian!

 O Pai de Felipe me olhou sério, ele desceu rapidamente do cavalo me apoiou para que eu não caísse, ele sentiu minha temperatura acho que o ouvi dizer que eu estava com febre, acho que estou perdendo meus sentidos, Julian me pois em seu cavalo olhei para lua ela estava brilhando tanto, aquele brilho o balanço do cavalo... não posso me permitir desmaiar agora, os meus braços preciso tampar os meus braços, ninguém pode ver isso! O que está acontecendo, eu não entendo. Ouvi Julian ordena algo, um de seus homens saiu apresado em seu cavalo.

  Quando cheguei no palácio já me sentia um pouco melhor, Senna me ajudou a ir para o meu quarto, assim que entrei me enfiei debaixo das cobertas, pouco tempo depois Felipe entrou no quarto nervoso. 

— Dara! O que você tem? É aquela dor de novo?

— Eu não tenho nada não se preocupe é sério.

— Meu pai me disse que...

— Eu não tenho nada já disse.

— Eu estava em...

— Em Rose com a Rita, eu já estou sabendo. — Não o deixei terminar ele parecia espantado.

— O quê disse?

— Eu não me importo que tenha indo procurar nela o que não tem comigo, não me importo que se deite com ela... eu realmente... eu... não me importo.

— Não sei o que andaram inventando para você. Mas não estive com a Rita, e tão pouco me deitei com ela! — Felipe pois seu joelho na cama, de quatro se aproximou de mim colocou suas mãos uma de cada lado do meu corpo me olhando. — vou repetir quantas vezes forem necessárias. Eu amo você! E se ainda tem alguma dúvida saiba que eu estive o dia todo com seu pai em Wer executando um plano em uma de seus minas estávamos juntos quando fui avisado do seu desaparecimento.

— Eu...

— Seus pais estão ai fora, desesperados por notícias suas, vou deixá-los entrar.

 Felipe saiu de minha cama e abriu a porta dando passagem para que meus pais entrassem. Minha mãe me abraçou desesperada. Olhei meu pai por cima do ombro de minha mãe, ele estava tão preocupado, Felipe me olhou pela última vez e saiu do quarto com um olhar sério, mais uma vez me comportei como uma estupida com ele, por que sinto tanta necessidade de feri-lo de o afastar de mim? É claro que eu sei a resposta, mas eu não vou admiti-la jamais  

— Mamãe, papai!

— O que foi minha filha? São aquelas dores novamente?

— Pior que isso! — Meus pais se olharam nervosos, tirei o cobertor dos meus braços e os mostrei para eles, percebi que meu pai ficou impressionado com o que viu em meus braços minha pele estava ficando escamosa em um tom escuro um tom de cinza para perto. Vi minha mãe se levantar, ela caminhou pelo quarto seus olhos chegavam a brilhar eu via lagrimas em abundância ali.

— Mãe.

— August o que vamos fazer!

— Elena...

— Precisamos levar você para casa agora minha filha!

— Mãe você sabe o que está acontecendo comigo?

— Felipe! Felipe!

 Minha mãe chamava por Felipe desesperada, antes que ele entra-se eu me escondi debaixo das coberta, minha mãe o convenceu a me levar para casa, ele deixou me olhou fixamente quando eu estava prestes a sair ele me abraçou segurei com força a manta a qual estava enrolada para que ele não sentisse e se quer visse a minha pele.

— Por favor se você precisar de algo me avise! O meu médico vai ficar à disposição.

— Obrigada Felipe, mas tudo que eu preciso agora é ficar com a minha família.

— Eu só quero que você me prometa que não vai fugir!  

 —Dandara, espero que fique bem e volte logo para nos.

 Lara e Leonor se despediram de mim, entrei na carruagem dos meus pais abraçada a minha mãe, meu coração estava começando a bater mais forte e as dores que eu sentia começaram a ficar fortes, mas eu tentava me segurando para não chora de dor.  Assim que chegamos meus pais me colocaram em meu quarto, pensando que eu estava dormindo eles foram conversar no corredor, era obvio que eles não queria conversar na minha frente.

— Elena você pode me dizer o que a nossa filha tem?

— Ela está se transformando! Eu preciso chamar a minha irmã aqui!

— Se transformando, Elena eu não entendo! Me explique.

— Elena está se transformando e um dragão.

— Que?! — Abri a porta encarando meus pais, como assim eu estava me transformando em um dragão?

—Filha, mas você não estava dormindo.

— Mãe não mude de assunto! Me explique como assim eu vou me tornar um dragão!

— Elena explique há ela é melhor assim.

— Mas August.

— Meu amor, para ajudarmos ela é melhor que ela saiba da verdade.

— Tudo bem!

Vi minha mãe suspirar e então ir até seu quarto, depois de um tempo ela voltou com o livro de Alva em seus braços, pediu que entrássemos em meu quarto, me sentei na cama ansiosa eu queria entender de uma vez tudo que estava acontecendo. Ouvia e ouvia minha mãe me dizer coisas absurdas sobre magia, dragões eu não conseguia segui-la, não conseguia entender minha mente estava uma bagunça e minha visão se tornou turva.  

| Dandara Pov Of |

 Elena viu Dandara perder a consciência e adormecer, sua pele estava cada vez mais parecida com a pele de Dakar, acariciou gentilmente sua face, aproveitou que estava sozinha com sua filha para chamar Clemente. Ao ver o estado de Dandara Clemente se aproximou da cama.

— Precisamos leva-la para a floresta agora!

— Mas por quê?

— Precisamos parar isso.

— Não Clemente eu não vou deixar você matar a minha menina! Não vou!

— O que está acontecendo aqui! E quem é você! — August invadiu o quarto ao ouvir vozes alteradas, olhou para Clemente sério. Elena suspirou tremendo, não gostava de esconder nada de August mais jamais contou a ele que tinha uma irmã. Mas era a hora de deixar os segredos de lado.

— August essa é Clemente minha irmã mais velha.  Ela é uma das feiticeiras mais forte que já existiu em Alva.

— O que ela faz aqui? E porque vocês estão tão alteradas.

— Precisamos levar a Dandara para floresta aproveitar a luz da noite e tentar parar essa transformação. E não Elena não é dessa forma que você está pensando, preocupada com a minha sobrinha eu procurei por feitiços que possam ajuda-la e acho que encontrei um.

Elena olhou para August apreensiva, estava com medo e assustada mas sabia que podia confiar em sua irmã, após conversar com seu marido Elena concordou em levar Dandara para floresta, August a carregou em seus braços Clemente escolheu um lugar amplo, pediu que a deitasse no centro de uma estrela de cinco ponta que desenhou no chão.  Elena e August se afastaram, se abraçaram olhando para sua filha aflitos.

— Vamos começar!

 Clemente abriu seu Dark-Book estava preste a pronunciar algumas palavras quando Dandara se levantou, todos a olharam espantados sua aparência estava quase normal, Elena deu um paço mas parou ao ver o olhar aterrorizado de Dandara, a jovem deu algumas paços para trás.

— Filha!

— Não se aproxime de mim!

— Filha o que você tem?

— Filha? Eu sou mesmo sua filha? Meu pai é mesmo um dragão?  Eu sou mesmo uma princesa? Vocês querem fazer uma experiência comigo?

— Dandara mais o que você está dizendo!

— Eu ouvi tudo que vocês disseram no caminho, eu não estava desacordada ou dormindo. Eu não reconheço você mamãe! Estou com medo de você, dessa que você chama de irmã! Estou com medo de todos e principalmente medo de mim mesma!

 Dandara deu as costas para seus pais e saiu correndo embrenhando-se na mata, Elena e August tentaram alcança-la mas foi em vão, Dandara conhecia a floresta de Dalawer como ninguém se esconder de seus pais foi fácil, nem mesmo Clemente foi capaz de encontrá-la a força da lua parecia ocultar a presença dela.  Dandara correu o mais rápido que pode queria chegar no único lugar que ela sabia que ninguém a encontraria.

— Nick, Nick você está ai?

 Dandara entrou na caverna desesperada, procurou por todo lugar e não o encontrou, se sentou em um canto o mais escuro que encontrou na caverna e se sentou, juntou suas pernas e começou a chorar baixinho, além de sentir seu corpo todo doer o que doía mais era seu coração, tentava de todas as formas não pensar em tudo que ouviu.  Já não se importava mais com as mudanças que seu corpo estava sofrendo, estava assustada de mais para se preocupar com isso.

— Nick!

Dandara adormeceu, a noite passou rapidamente, August mobilizou todos os seus homens para procurarem por Dandara, mesmo contra as ordens de Elena, que temiam que a vissem com o aspecto que ela se encontrava, August não se importava com isso, só queria sua filha de volta. Vendo que ele não voltaria atrás em sua ordem Elena pediu que Clemente encantasse a todos para que quando vissem Dandara não a vissem com um aspecto sombrio mas sim como ela era antes. Os homes de August procuraram por todos os lados e não havia o menor sinal de sua princesa.  Elena se lembrou da caverna que um dia ouviu ela contar-lhe, encontraram a caverna mas não, Dandara não estava lá.  Dandara sairá bem sedo queria ir para Jade, tinha certeza de que encontraria Nick na caverna secreta de lá.

 Dandara vagava sem rumo, sem ter a certeza de que estava na direção certa, não estava preocupada que a vissem, mais no fim deveria estar, alguns homens de Brid que secretamente espiava Jade há viu vagar pelas matas, aterrorizados com o que viram voltaram a Brid e relatarem ao Rei o que viram, uma criatura nunca vista antes. Afirmaram ter vistos escamas, grandes orelhas até mesmo pequenas asas, Leon não acreditou até que ouviu outros moradores relatarem a mesma coisa.

— Bom vamos caçar esse monstro!

 Leon se organizava para caçar a tal criatura que vagava pelas florestas de Jade. Não demorou para que Felipe fica-se sabendo sobre essa suposta criatura e pessoalmente decidiu procurar por essa tal criatura, Elena e August também ficaram sabendo e se apresaram para achá-la, precisavam encontrar Dandara antes que alguma coisa acontece-se a sua filha Elena sentia em seu coração que sua filha estava precisando dela.

| Dandara Pov On |

Estava desorientada, não sei ao certo o quanto andei eu só queria chegar na caverna de Jade, mas quando estava chegando, me perguntava se o Nick reagiria bem ao me ver assim! Não quero assustá-lo, não quero que ele me veja assim! Assustada e com medo, decidi me aproxima do palácio, precisava da ajuda da Senna e por mais que me custe aceitar isso, preciso do Felipe, ele diz me amar tanto que talvez ele me ajude, talvez ele me salve talvez ele seja o único que não vá fugir de mim que vá me ouvir e tentar me ajudar. Quando cheguei nos portões vi Felipe conversando com alguns homens.

— Felipe, ei Felipe! — O chamei desesperada, mas ele não parecia ter me ouvido então o chamei mais alto ele olhou em volta, estava escondida entre os arbustos e tentei acenar para que ele me visse. Acho que ele me viu pois se aproximou lentamente, mas ante que ele se aproximasse o suficiente para me ver pedi que para-se.

— Felipe por favor não se aproxime mais!

— Dandara é você?

— Sim sou eu!

— O que está fazendo sozinha andando há essa hora pela floresta! Você deveria estar em sua casa, você não se sentia bem, e não sei sabe mas há uma criatura solta por ai.

—Você precisa me ajudar Felipe.

— Ajudar? O que está acontecendo. — Felipe tentou se aproximar ele parecia desesperado.

—Por favor não saia de onde estar.

— Tudo bem, me diga o que está acontecendo.

— Você realmente me ama?

— Sim, não tenha dúvidas.

— Posso te pôr a prova? — Perguntei angustiada.

— Sim! — Ele foi firme em sua resposta e isso me bastou e me encheu de coragem.  

— Eu não sei como vou te explicar isso, mas acho que antes de explicar qualquer coisa a melhor coisa a se fazer, é deixar que você me veja.

— Dara...

 Respirei fundo reunindo a pouca coragem que me restava e dei alguns paços em direção a Felipe, eu estava coberta com um pedaço do meu vestido que rasguei para que pudesse esconder meu aspecto, estava prestes a tirar o pedaço de tecido sobre mim quando Julian apareceu aos gritos assusta com a ideia de que ele poderia me ver, voltei para o escuro, Felipe se virou para seu pai sem entender sua euforia.

— Meu filho, venham há boatos de um monstro no nosso reino! Você sabe o que isso quer dizer não é? — Felipe o olhou claramente confuso, vendo que seu filho não entendia Julian completou entusiasmado. — Acho que enfim encontramos o Dragão do qual eu te falei. Vamos captura-lo e o prender no calabouço que construí.

 Ao ouvir suas palavras um frio percorreu por toda a minha espinha sem pensar duas vezes sai correndo dali, se o Julian me visse o que ele fará comigo? Não posso correr esse risco, ele e o Felipe estão caçando dragões estou assustada, no fim procura-lo não foi uma boa ideia.

— O que eu vou fazer agora!

— Socorro! Um monstro!

 Me virei assustada me deparei com vários homens de Jade seus gritos chamaram atenção vi tochas de fogo por todos os lados gritos e mais gritos isso não pode estar acontecendo o que eu vou fazer? Como não me dei conta do que estava a minha volta como não vi esses homens!  

— Peguem!

 Sai correndo se eu ficasse ali iriam me capturar ou pior me matar! Não devia ter fugido dos meus pais, porque isso está acontecendo comigo! Corri e corri, mas me vi diante de uma armadilha eu fui cercada, tentei dizer a todos quem eu era, mas aminha voz! A minha voz! Todos gritavam palavras como “queimem o monstro“matem-no” “capturem” Estava desesperada estava prestes a cometer uma loucura quando.

 — Parem todos!

— Felipe! — Era ele os soldados deram espaço para que ele passasse, ele vai me ajudar preciso mostrar a ele quem sou. Corri em direção à ele desesperada, mas antes que me aproxima-se o suficiente dele eu cai. Senti uma dor horrível e insuportável em meu peito tremendo me toquei e o que eu temia aconteceu, minhas mãos estavam machadas de sangue olhei para Felipe soltei o tecido que me escondia ou pelo menos parte de mim, revelando o meu rosto e parte do meu corpo que acredito que ainda esteja com a aparência de quem eu era.

— O que vocês fizeram! — Felipe andou lentamente em minha direção ouvi um homem dizer-lhe.

— Essa coisa estava indo em sua direção, iria atacar você meu príncipe!

 Felipe se ajoelhou ao meu lado, eu já não o enxergava tão bem, ele estava tremendo, tocou em meu rosto, sua voz era tão fraca tão falha que tive dificuldade em entende-lo.

— Dandara... é... você?!

Eu não consegui dizer nada, só fiz que sim com a cabeça, Felipe me puxou cuidadosamente para os seus braços e começou a chorar tirando a flecha que estava em meu peito com cuidado eu senti uma terrível dor ele estava prestes a retirar a flecha completamente quando meus pais apareceram.

— Felipe não toque nela. Por favor não tire essa flecha!

— Elena...

— Clemente ainda temos tempo?

— Sim, mas precisamos manter ela viva até a última Lua.

— Vocês podem me explicar o que está acontecendo!

Felipe parecia desesperado comigo em seus braços, minha mãe tinha um olhar perdido ela me olhava intensamente, meu pai estava logo atrás dela seus olhos estavam vermelhos ele estava chorando, não consigo medir e entender o que eles estavam sentindo, pareciam não querer demonstrada nada para mim, minha mãe parecia não sentir nada me vendo sangrar, já o Felipe ele estava chorando, suas lagrimas caiam sobre minha pele, porque ele estava sofrendo tanto?!... Há é eu tinha me esquecido ele me ama, talvez a ideia de me perder esteja o machucando mais que a todos, mais até que para os meus próprios pais. Com muita dificuldade ergui minha mão e toquei seu rosto, o manchando com o meu sangue, ele fechou seus olhos apoiando seu rosto em minha mão. As lagrimas dele eram tão puras. Eu forcei um sorriso, meu coração egoísta falou mais alto me comovia com o Felipe claro que sim, como não poderia! Mas o meu coração caprichoso queria ter visto o Nick antes que eu fechasse os meus olhos.

— Não, não Dara meu amor vamos abra os olhos! Abra os OLHOS DANDARA!

Eu ouvia a voz dele cada vez mais longe distante o ritmo do meu coração estava difere, eu devo estar mesmo mal, pois tive a sensação de ouvir dois corações bater dentro de mim. Antes de perder por completa a noção antes de definitivamente apagar ouvi a voz da minha mãe não entendi o que ela disse, apenas o final.

“A última Lua”    

 Continua.


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Notas finais do capítulo

O que vai ser da Dandara agora ? Vocês gostaram?
Espero que sim *u*
Até a próxima Lua ^^
Comentem ai bjs no coração de vocês



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