Agonie escrita por DarkSouther


Capítulo 9
Medidas desesperadoras


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus queridos leitores, tudo bem?

Aqui segue mais um capítulo de nossa historinha, espero que vocês apreciem =)

Só um singelo pedido. Galerinha, eu sinceramente não sei se vocês estão curtindo a história ou não, pelo fato de não ter o feedback. Galerinha, vocês não tem noção o quanto um simples comentário, ou um feed ajuda bastante o escritor. As vezes ele pensa que está agradando, mas na maioria pode estar sendo o oposto. Então, quem puder, por favor me ajudem, será de grande valia.

No demais meus queridos, boa leitura =)



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15 de setembro de 1889 – No hospital real – cidade alta.

Depois do incidente que ocorrera na praça há algumas horas antes, todos os homens exceto pelo o imperador, partiram direto ao hospital real, o hospital onde era considerado pelo império, o melhor, o mais fino e com os mais eficientes médicos e serviços. Era por isto que Kramer talvez fosse o responsável por esse hospital e o barão que Luíz elegeu como o “barão da medicina” ou “barão dos médicos”.

Em teoria era para Estevão descansar e repousar nesse ambiente, porém quando chegou tomou um banho e vestiu-se das roupas emprestadas de alguém que não sabia quem era. Não conseguira dormir, então ficara o resto da madrugada inteira deitado na maca daquela espaçosa sala, bonita e de cor branca muito marcante, porém não era comparada com aquele branco do palácio de Luíz. Essa sala mais parecia uma sala de estar do que uma sala de hospital propriamente dito, e todos os móveis aparentavam ser limpos com muita frequência, havia nenhum sinal de poeira no local, e tampouco “cheiro de morte”.

Agora, por volta das dez da manhã, Estevão estava sentado na maca e faltava cerca de 1 cm para encostar seus pés descalços no chão. Encontrava-se ali, atônito, pensativo e olhando para aquele saquinho transparente em suas mãos que ainda tinha pequenos resquícios de barro, porém isso não importava, a questão era que ele ainda não abrira o pacote para ver o que tinha ali, qual era o endereço ou o local colocado por Stella. Sim, Stella, a fatídica moça que ele encontrara no primeiro dia de sua volta em Lisboa, lugar onde viveu boa parte da infância, e o modo como a encontrou já poderia ser considerado diferente, entretanto isso não vinha ao caso. A grande questão era que a mulata esperava por ele em um local que ainda não sabia, e também pensava se de fato queria saber. No meio de seus pensamentos, Estevão ouviu alguém suavemente bater na porta da sala onde estava, e num rompante decidiu guardar o pacote embaixo do cobertor, para evitar dar satisfações ou explicações a quem quer que fosse.

Era Kramer, o barão. Pediu com sua educação um sonoro “com licença” e adentrou a sala, ficando de frente para Estevão que estava sentado.

— Fique a vontade barão – disse Estevão.

— Me chame apenas de Kramer – respondeu.

Com o silêncio que se instalou no local, um pequeno desconforto veio como consequência, nenhum dos homens falavam nada, então o barão foi até a janela do outro lado da sala, dessa vez ficando atrás de Estevão, porém esse não quis se virar, mas percebeu que o barão fitava a janela, com as mãos nos bolsos.

— Não sei se sabes – iniciou Kramer – Mas já está dando um falatório na cidade, sobre o ocorrido de ontem. Devido aos tiros, à gritaria, correria e afins – dizia enquanto continuava na mesma posição – logo, os jornais já irão falar e a cobrir o assunto, se já não o fizeram.

Estevão demorou um tempo para dar alguma resposta, depois de um momento, respondeu:

— Realmente Kramer, o que aconteceu ontem foi muito inesperado— disse de cabeça baixa.

Kramer ainda de costas olhou na direção de Estevão, e o continuava fitando, como se estivesse em algum tipo de análise visual – Não vou mentir garoto – iniciou – tenho uma série de perguntas para lhe fazer, porém não serei inconveniente demais, e serei direto.

Nisso, Estevão olhara também de lado para Kramer. Com um breve silêncio tornou a olhar para frente e responder - Diga, se eu puder responder.

Kramer voltou a olhar para a janela, fitando a paisagem exterior ainda com suas mãos no bolso.

— Porque correr daquele jeito? – perguntou Kramer – Digo, no meio de um fogo cruzado, onde se não tinha uma visão certa da onde estavam os atiradores.

— Eu... – iniciara Estevão – apenas tive um forte e grande impulso que me moveu daquele jeito – disse buscando cuidadosamente bem quais palavras iria utilizar – Quando fui notar, estava na carreira, atrás dos fugitivos.

Estevão não mentira, porém era inegável que aparentava estar tenso aos olhos de Kramer, e que no fundo, o próprio Estevão sabia que tinha omitido partes de seu relato.

— Interessante – dissera Kramer, pensativo – E conseguiu apanhar algum deles?

— Não, eu não consegui – mentira Estevão, mas retomando aquela firmeza do dia anterior.

— Entendo. Mas é estranho, porque você estava daquela forma, deitado no meio da lama e barro, tomando aquela chuva toda, imóvel...

—... Não os apanhei – interrompera Estevão – Porém teve um homem que fiquei próximo de alcançar e quando chegamos aquela sucataria, eu perdi o fôlego e cai ao chão barrento, frustrado, desanimado e cansado. Sem contar que estava sem munição em meu revólver também. O homem fugiu, não sei por que não tentou atirar em mim.

O homem na verdade, era Stella. Matutava Estevão.

— Mas teve um que tentou não foi? – começou Kramer – Pois oficiais encontraram um homem morto, baleado no meio de uma das ruas. Pelo que presumo você era o único que estava na perseguição dessas pessoas, ou desse homem no caso. Então imagino que você não teria tempo hábil suficiente para parar de correr, se estabilizar, mirar e acertar o alvo. O que me leva a crer que você fez isso enquanto estava correndo.

Estevão continuou calado e olhando para frente, para a porta envernizada onde Kramer entrara minutos antes.

— Aonde queres chegar doutor? – rebatera Estevão.

— A lugar nenhum – respondera Kramer – Apenas achei estranho e isso me deixa curioso.

— Eu – e novamente Estevão dera uma breve pausa – fiz muitas coisas em minha vida das quais não me orgulho doutor. Mas, na medida do possível procurarei me redimir. Trabalharei nisso.

— O que queres me dizer garoto? – incitara cuidadosamente Kramer.

Estevão que se mantinha como antes, com seus olhos fixados na porta, após um sonoro suspiro respondeu:

— Eu já fui um mercenário, doutor... – Com outra pausa, ele retomou.

Essa é a razão por eu atirar bem. Meu pai pegava dinheiro emprestado, e com o tempo isso fora virando uma bola de neve. A situação apertou e nos encontramos endividados. Vendíamos bem é claro, mas meu pai sempre dizia que esse dinheiro era para investimento. A questão é que com o tempo os homens vieram cobrar o seu preço, e começaram a frequentar o “novo Lucid dream”, o bar de meu pai. E eles queriam o dinheiro junto com juros, e meu velho sempre garantia que iria pagar, até que um dia eles voltaram, e ameaçaram na minha frente, na frente dos clientes do bar, matar o meu pai com um tiro na cabeça— Outro silêncio, Estevão abaixou a sua cabeça, e olhava na direção de suas mãos. Fechara os olhos, e então disse.

Eles ajoelharam meu pai no meio do bar, e começaram a gritar palavras de autoridade, um deles apontava a arma na cabeça dele, e outro apontava para mim, mas mesmo assim o desespero tomou conta de mim, e na hora larguei apressadamente a bandeja que estava em minhas mãos e implorei para que eles não fizessem isso, disse que faria qualquer coisa para que eles não matassem o meu pai. Eles hesitaram, pararam por um momento e foi quando um deles disseram “você garoto, virá conosco”.

Tinha 22 anos nessa época e até então nunca tinha pegado em nenhuma arma, e depois de despedidas e garantias, eu fui levado para Hestighan, uma grande área no norte da Europa que esses mercenários queriam construir e fortalecer uma cidade, como sua base. De início eu fora atarefado como servente, que aqui em nossa região seria visto como escravo, e eu ajudava no que era possível na construção e edificação do local. Carregar pedras, areia, encher massa, tirar entulho, todas essas coisas eu fazia, junto a um monte de gente que eu nunca vi em minha vida. Com o tempo, eu fui me estabilizando e digamos que “subi de nível” indo para soldado propriamente dito. Como mercenários não tem cargo oficial perante lei, eu era um soldado clandestino.

Nessa fase, sangue de pessoas inocentes caiu sobre as minhas mãos – A voz de Estevão queria se embargar, ela demonstrara emoção, como se algo que a sua mente relembrara fosse espinho para o seu sentimento. Se recompondo, ele tornou a falar - Durante esse tempo eu fiz justamente o que fizeram comigo e com meu pai. Cobrava as pessoas que deviam a esse grupo. Só que diferente do que aconteceu com meu pai, algumas vezes eu acabei matando essas pessoas. E isso me perturba até os dias de hoje, talvez me acompanhe até minha morte, meu último dia. Não entendo até hoje o porquê não me mataram, e não mataram o meu pai naquele dia da cobrança. Para tentar aliviar um pouco essa tensão, e o peso na consciência, optei pelo caminho do álcool e mulheres. Para tentar amenizar um pouco esse peso.

O silêncio se instalou, até Kramer respirar fundo e dizer:

— Entendo, entendo – Sua voz parecia triste também, e sua expressão abatida – E qual é o nome de seu pai, garoto?

— João da Silva – disse Estevão por fim.

— E o nome desse grupo a qual você pertencia? – Perguntou Kramer.

The savages.

Kramer saíra da janela e fora para perto de Estevão, mais especificamente a seu lado, quando Estevão olhou Kramer nos olhos, percebeu que estavam vermelhos, porém o alto e cabeludo homem não tinha chorado.

— Muito obrigado pela confiança garoto – dissera Kramer colocando a mão sobre o ombro de Estevão – Isso foi importante.

E saiu da sala onde Estevão estava, porém nem deu para Estevão pensar em algo ou dizer alguma coisa, pois em pouquíssimo tempo Herbert entrara num rompante na sala, denotando muita preocupação. Trazia embaixo do braço um exemplar de um jornal. Assim que viu Estevão, foi em sua direção dizendo:

— Primo, céus, como você está? – disse abraçando fortemente Estevão.

— Ah! – Disse Estevão recebendo o forte abraço -Estou bem primo.

Ao parar de abraçar, Herbert olhara bem para Estevão, e perguntara:

— Céus, homem, mas que roupa é essa que você está usando? – perguntara com um misto de indignação e dúvida.

— É do hospital, mas em breve devolverei a eles – disse Estevão calmamente.

— Ah enfim – iniciou Herbert – Isso é indiferente agora. Enfim primo, eu vi o que aconteceu de madrugada no jornal – disse levantando o jornal para que ficasse a vista – E sinceramente eu não sei como tu não morreste nesse ataque, e tampouco como sobreviveu – disse olhando nos olhos de Estevão.

— Fôra um golpe de sorte – retrucou Estevão – Foi uma reação rápida. Foi esse o motivo de eu ter sobrevivido me escondi atrás da fonte da praça e isso conseguiu me bloquear dos tiros. Posso ver? – perguntara apontando para o jornal.

— Ah sim.

Herbert entregara o exemplar para Estevão, e ele viu logo na manchete:

*

A República.

Atentado mata 4 e assusta população.

Hoje de madrugada por volta das 2h da manhã, a guarda real do Don Imperador Luíz I encontrou dificuldades após um atentado na conhecida Praça de Mársea, que fica localizada no centro da cidade média. Ainda está para ser averiguado, mas é relatado que a guarda sofreu dois ataques, sendo o primeiro ontem próximo da meia-noite matando inexplicavelmente quatro oficiais. E o segundo muito mais sorrateiro, quando os homens sobre o comando do Major Alex Hoye foram investigar o ocorrido e nesse meio tempo sofreram um segundo ataque, encurralando a equipe de Hoye e do Don Luíz.

Não é certeza, porém há dizeres que afirmam que o Imperador estava presente no segundo atentado, e que com a sua grandiosíssima e rápida resposta de fogo, conseguiu manter o controle e afastar o grupo não identificado. Ainda não é possível dizer se os ataques fôra proveniente dos “rebeldes”, ou se foi ação de um terceiro nessa operação. Também é sabido que a bela fonte de Mársea que fôra construída pelo o Barão engenheiro Johann Dorn foi grandemente destruída pelas várias balas recebidas durante o confronto. Medindo a pequena catástrofe e a confusão, os oficiais irão fechar a praça por tempo indeterminado, até que as coisas sejam resolvidas, e a praça da fonte possa ser visitada novamente.

*

Após ler, Estevão jogara o jornal sobre a maca. Herbert olhou agoniado e perguntou:

— Primo, serei franco. Desde quando você retornou para Lisboa, você tem se comportado de uma maneira estranha. Eu não sei o que se passou enquanto você esteve fora, e talvez nem seja importante eu saber, porém há coisas que eu preciso saber e, preciso que me dê explicações. Diga-me, o por que....

—... Prometo primo – disse Estevão cortando a fala de Herbert – Que amanhã conversaremos melhor, e te falarei algumas coisas de que preciso.

— Amanhã? – Dissera Herbert – E o que pretendes fazer hoje?

— Preciso resolver um assunto, que ficou pendente desde quando eu cheguei.

— Mas... – iniciara Herbert – O imperador nos chamou para tomarmos vinho hoje à noite – dissera de forma incisiva e clara.

— Mas eu não irei, vais por mim e peças mil perdões – Finalizara Estevão.

—_____________________//______________________

Enquanto isso no palácio real, o imperador se encontrava sentado em sua grande e almofadada cadeira real vermelha, em sua grande sala, tendo a sua direita o velho barão George Samuel, que também era seu conselheiro. E na sua esquerda estava o Patrício real Donovan, que ficara no comando do palácio de Luíz quando este partira para a Praça. Hoye estava em pé de frente para o imperador, no extenso e bonito hall que pertencia à sala do imperador. Estava aguardando a aprovação de seu superior, de ir à caça, de descobrir quem fora o autor das mortes. Tudo que Hoye precisava, era da aprovação de Luíz.

— Então meu senhor, o que achas de meu pedido? – Iniciara Hoye, o Major ruivo – Minha pretensão é de procurar nas cidades alta, média, baixa e até a zero meu senhor. Sim, a zero. Pois penso que a medida requer tal ação – disse com firmeza.

— A cidade zero?— indagara o velho barão conselheiro George – Mas aí é estar pedindo para assinar um tratado de guerra. Há muitos anos não vamos para aquele lado, e a sua localização é muito difícil.

— Mas temos Éron, o barão dos transportes – retrucara Hoye, firme para o velho conselheiro.

Nisso, próximo de Hoye, do imperador e de George, estavam passando dois homens que Luíz fez questão de chamar:

— Éron e Didier, venham para cá – disse o imperador com firmeza.

E assim os dois homens se apresentaram próximo de Hoye ao imperador.

— Sim senhor, aqui estamos – disse Éron.

Éron era um sujeito comum. Um típico nobre gordo com grandes costeletas e joias em sua roupa e corpo. Mesmo sendo nobre não possuía muita beleza, seu nariz era grosso cheio de cravos. A única coisa que “salvava” seu porte era seu cabelo que era de um tom preto fortíssimo, e sua altura, 1,70cm.

— Preciso que nos informe com clareza, onde é mais rápido ir para a cidade zero – Solicitou o imperador.

— Cidade zero? – perguntara Éron automaticamente, sem perceber. Como teve o silêncio do imperador como resposta, ele se reposicionou e disse – Senhor, se queres um caminho mais rápido é pelas florestas da cidade baixa, o que daria uma margem de no máximo 2 dias. Seria um caminho com coches e cavalos. Porém – retomou – Se o senhor pretende uma viagem mais segura, aconselho-te o mar, as embarcações. Entretanto chegaríamos à cidade zero em média de 5 dias.

— Hum, entendo – iniciou Luíz – E o que poderíamos encontrar nessa floresta baixa?— perguntara o imperador.

— Lobos selvagens, alguns caçadores que atacam à surdina, e qualquer tipo de bicho ou inseto altamente nocivo à saúde, entre outros perigos desconhecidos. Sem contar que a floresta é muito nebulosa de noite, e a névoa se mostra constante e presente.

— Compreendo – dissera Luíz – E você Didier, como pode nos ajudar nessa questão?

Didier, em sua aparência tinha seus 1,80cm. Dos barões era o único de cor mulata, incrivelmente semelhante ao de Stella. Era completamente careca e seu rosto totalmente quadrado, com aspecto robusto e bruto. Era musculoso, e tinha totalmente um porte de capataz. Seu olhar normalmente era seco e frio.

— Senhor – Iniciou Didier – Como barão dos escravos, creio que podemos atingir dois objetivos com um único ato.

— E qual seria?

— Durante a busca, quando Hoye se dirigir à floresta baixa, poderíamos utilizar alguns negros escravos como cobaias, os fazendo irem à frente abrindo caminho e ficando totalmente expostos caso algum bicho, inseto ou animal tentar nos atacar. Digo dois objetivos, porque na cidade baixa existe uma decente concentração de escravos, assim, se houver algum covarde e fofoqueiro, será nossa oportunidade de chegarmos até o autor do crime.

— Mas é uma excelente oportunidade para algum deles fugirem – disse George, o conselheiro.

— Não será, porque Mario irá junto – respondeu Didier.

— Mario? – perguntou George, meio perdido.

— O capataz – respondera Hoye roçando sua barba ruiva cheia – Aquele que fizera seu show, castigando uma escrava com um chicote em praça pública.

— Mas e a questão dos homens? – Perguntou o imperador a Hoye.

— Senhor – Dissera Donovan que até o momento escutava tudo. Se aproximando de Hoye e Luíz retomou dizendo – Se me permite interferir, a que eu saiba Bryan e seus homens chegam a nossa capital hoje, o que significa que teremos um número maior e mais concentrado se necessário.

Nisso o imperador olhara diretamente para George, já que ele era o responsável por escrever as cartas do império, e de recebê-las também, sendo o principal mensageiro. O velho barão entendeu a mensagem que aquele olhar quis dizer, porém nada disse. Continuou calado.

Donovan dera mais alguns passos a frente e continuou a sua fala – O que penso é o seguinte, o melhor a se fazer é reunir os homens em nosso quartel general do palácio, os instruí-los sobre a ameaça iminente que estamos tendo desses ataques, e, começarmos a ir atrás desses assassinos pela cidade alta. Assim, quando Bryan estiver aqui, poderemos agir na cidade média pra baixa, principalmente na floresta caso seja realmente necessário – Disse olhando para cada um que estava ali, olho no olho – É o que penso – disse por fim.

— Bem, senhor, eu considero justo – respondeu Hoye – Acho que vale a pena seguir esse pensamento.

Didier continuara calado, apenas observando com o seu olhar seco.

Éron parecia ansioso demais.

O imperador acariciava seu bigode e olhava para um ponto do além, sem mirar nada em específico. Com os pensamentos longe, o seu cérebro trabalhava igual uma máquina de engrenagens a vapor.

— Meu senhor – iniciara altivo e preocupadamente George, o velho – Ainda não considero sábio irmos à floresta baixa, teremos muita dor de cabeça e prejuízo, e essas coisas nós não precisamos a essa altura do campeona...

— BASTA! – Disse o imperador batendo fortemente sua mão direita na grande cadeira. Com o barulho do tapa fez-se um pouco de eco na grande sala – Estou farto, quero que isso se resolva logo Hoye. Portanto deixarei essa responsabilidade em suas mãos meu caro, parta com a minha benção, faça o que for preciso, mas pegue esses crápulas e insolentes.

— Pode deixar meu senhor – Disse Hoye fazendo uma continência altamente respeitosa.

E assim.

O silêncio reinava, assim como Didier fazia normalmente, e o rosto do velho sábio George continuava atônito e aflito, porém nada se atrevia dizer. O imperador respirara fundo e disse e um alto bom som.

— Se for necessário, iremos não somente à floresta baixa, como na cidade zero.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham apreciado =)

Até a próxima meus queridos e aguardo o feedback de vocês.

Um forte abraço.



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