Prazer y pecado - tekila escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 29
#29 - Mais um?




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— Você gosta de mulher também? - Falou brincando e Fernanda a encarou morrendo de ciúmes.

— Eu não.- Maria disse.

Dionísio até freou o carro no mesmo momento. Milena sorriu olhando ela com mais amor e mais sorrisos. Victória observou as meninas, alisou a barriga.

— Milena, isso não se pergunta... - Fer falou toda enciumada.

— Eu tô brincando, Fernanda, para de ciúmes. - Cutucou ela. - Sua irmã é linda, mas eu amo só você. - Falou rindo e beijou seu rosto e Dionísio engasgou.

Maria começou a rir e a olhou com amor a família.

— Mãe...Onde vamos?- Maria estava encantada com aquela palavra "Mãe"... Victória sorriu e disse com amor.

— Vamos passear papai, mamãe e filhinhas!

— Eu quero ir ao parque e aquela sorveteria que papai sempre me leva.

Dionísio parou para pensar onde seria aquela sorveteria e não conseguiu responder a filha não sabia onde era e suspirou era como se as memórias sumissem, ou melhor, não era a vida dele.

— Eu quero ir onde mamãe estiver.-  Maria disse amorosa.

— Vamos na sorveteria, eu amo sorvete!

— Pai, vamos lá? - Fernanda o olhou. Dionísio respirou fundo e disse.

— Minha filha, você pode me dizer o caminho? - falou constrangido. - Eu não estou conseguindo me lembrar. - Passou a mão no cabelo.

Victória tocou a mão dele e suspirou sentindo tristeza.

— Amor, aquela do lado banco. Ela sabia bem que era complicado para ele sentir que não sabia as coisas, ter duas personalidades.

Estava preso em um castelo dentro de si mesmo imaginando que ele poderia ser dois ou mais. Para Sandoval o que importava era ter o seu amor em todas as personalidades que ele tivesse. Ela não queria saber se Dionísio era um dois ou três apenas queria ter o amor dele em todas as personalidades. Segurou o ombro dele com carinho sendo o apoio que ele era para ela quando precisava aquela família e a seguir em frente e ela não mediria esforços para que ele fosse feliz.

Ele suspirou. Estar ao lado dela era maravilhoso e tudo que ele mais queria era continuar ali sendo o homem daquela mulher maravilhosa. Às vezes, tinha a impressão de que aquela vida do seu outro eu era muito melhor do que a vida dele. Suspirou o pesado de novo pensando que às vezes ia precisar pedir ajuda para determinadas coisas.

— A do centro? - Olhou para ela no sinal.

— Sim, papai, essa mesmo tem o melhor sorvete do mundo e Maria tem que provar o de avelã. - Foi a primeira vez que ela incluiu a irmã.

— Sim, amor, vamos por essa rua...

Maria segurou a mão da irmã toda tímida.

— Esse é bom? De avelã?

— Sim! - a olhou nos olhos. - Eu como desse de limão, abacaxi de maracujá... - Ela riu. - Papai come de chocolate e suja a camisa toda vez. - Começou a rir.

— Filha, Milena... Milena vai gostar de qual?- Victória sorriu querendo as filhas bem.

— Milena não gosta! - Falou rindo dela sabendo que ela iria retrucar.

— Como não? Eu amo sorvete, Fernanda!

Fernanda riu alto.

— Ela amaaaaaaaa de morango, mãe.

Maria riu também.

— Eu adoro tudo que seja doce...- Estava se ambientando.

— Então, vai ter que provar o de doze bolas. Papai, vamos apresentar a ela como o senhor me apresentou a primeira vez doze tipos diferente e não pode sobrar nenhum e aí ganha um presente.

Dionísio apenas assentiu concordando com a filha e virou o carro a direito estava quase chegando.

— Doze?- Maria perguntou inocente porque sentia que era um jeito lindo a irmã cuidar dela.- Eu nunca comi nem três, você e Milena vão ter que me ajudar!!!!- Foi carinhosa com ela e sorriu.

Milena negou com a cabeça.

— Não pode que eu também passei por isso e só consegui comer seis perdi o presente. - Falou rindo.

— Perdeu mesmo ia ganhar um relógio de ouro, mas ficou pra mim. - Mostrou no braço amava aquele relógio.

— Eu ganho toda vez ninguém é páreo pra mim. - Falou toda convencida.

Dionísio parou o carro. Victória estava um pouco pesada e sentiu os pés, aquela gravidez a deixava tão cheia de vontades, manias. Maria sentiu uma alegria e sorriu ao estar ali. Era a primeira vez que ela era filha de alguém e estava sendo amada como deveria. Queria ser cuidada como ela deveria ser. Tudo que um filho precisa é ser cuidado, amado e acarinhado como necessário. Estava certo de que os tempos tinham mudado e a mãe daria a ela todo o amor que ela precisava naquele momento. 

— Mãe, demora pra chegar?- Estava atenta.

— Já chegamos!

Fernanda tirou o cinto e já desceu. Maria desceu toda feliz e ficou olhando tudo.

— É grande senhor Dionísio!- ela disse educada com ele saindo do carro também.

Dionísio sorriu e foi para o outro lado e segurou a mão de Victória.

— Você tem que ver lá dentro. - Ele disse como se soubesse como era o local estava se sentindo estranho pela primeira vez.

Ela segurou a mão dele com amor e disse baixo.

— Está se sentindo bem?- Era uma tensão. Ele olhou para ela.

— Não sei...

Fernanda segurou a mão de Milena e foi mostrando tudo a Maria.

— Elas vão se dar bem, nossa filha parece estar baixando a guarda.

— Ela é amorosa, ela é nossa menina e está assustada, só isso!

— Elas vão ser amigas. - falou com calma e olhou as três a frente.

— Elas serão amigas...- ele estava perto dela e Victória disse agarrando ele num beijo.

— Amor, estou piscando, quero você.- disse toda excitada os hormônios estavam em alta.

Dionísio sorriu segurando ela pela cintura e mordeu seu pescoço.

— Até ontem não queria nada comigo e hoje tá aí toda piscando! - Cheirava enquanto falava. - Te fiz gozar e nem entrei em você no banho e temo lhe informar que o passeio hoje vai ser longo. - Beijou mais ela e subiu para seus lábios.

— Amor, eu quero você sempre não fala assim. - ela disse rindo porque amava mesmo a companhia dele.- Eu quero você bem perto e dentro de mim, você me deixou sem gozo hoje. Eu quero e preciso muitas vezes.- ela riu e agarrou ele mais.

— Mamãe, aqui não é lugar! - Fernanda chamou atenção deles.

— Viu aqui somos pais apenas! - Ele a beijou na boca e disse baixinho só pra ela ouvir. - Daqui a pouco você vai no banheiro e eu te dou um pouco de prazer. - Apertou o traseiro dela

— E pecado?- ela sorriu sendo linda para ele como gostava de ser.- Vamos logo dar comida a essas meninas, senão Fer morre de fome! Vai no sorvete mesmo!

— Todo o pecado do mundo! - deu um monte de selinhos nela. - Vamos compra doze pra cada uma. - Ele riu e caminhou com ela entrando.

Victória gargalhou a fome que sentia com aquele bebê, seria para doze bolas.Olhou firme para elas e sorriu percebendo que elas se davam bem naquele momento.

— Fer...- ela chamou a filha enquanto Dio e as meninas iam escolher seus sorvetes.

Ela olhou a mãe.

— O que foi, mamãe? - Se aproximou dela.Beijou ela e apertou.

— Você está bem, minha vida? Você dormiu ou passou a noite acordada?- Queria saber se a filha estava bem de verdade.

Ela sorriu tímida.

— Eu dormi sim, mamãe... Muito bem. - Beijou a mãe. - Foi só uma vez e a gente dormiu, estávamos cansada do desfile.

Ela apertou a filha com amor. Olhou a mãe um pouco mais séria.

— Precisa fechar a porta, amor.- Disse com calma...

— Mais estava fechada...- Mordeu os lábios.- Alguém nos Viu?- Falou com vergonha? - Meu pai nos Viu?- Deduziu.- Por isso ele está nervoso e nem lembrava onde era aqui? - Roeu a unha.

Victória suspirou, a filha era tão linda e começava um momento lindo.

— Seu pai te viu sim, mas ele está bem e apenas teve ciumes da filha dele já ser uma mulher, só isso!

— Não, mamãe, ele não pode ver a gente assim... Ele está decepcionado fala a verdade. - Olhou o pai nervosa.- Ele não gosta do meu namoro, né?

— Ele te ama, Fer, está com ciúmes!Se você for olhar para ele vai ver que está com ciúmes seus e dela.- Disse amorosa porque era a verdade, Dionísio amava as duas mais que tudo.- Minha filha, seu pai ama você do jeito que for!

Fer abraçou a mãe tremendo. Era novo para ela como era para todas as pessoas a sua volta aquele interesse por alguém do seu mesmo sexo. O grande mal da humanidade e achar que as pessoas decidem as coisas do coração e não funciona assim. Cada um de nós escolhe amar alguém de modo irracional. Se as escolhas do coração fossem todas de modo racional nenhuma pessoa sofreria por amor e amaria somente aqueles que podem correspondessem. Não é uma orientação um desejo da alma e por isso, Fernanda tinha muito medo de ser julgada.

— Eu só quero ser feliz com a aprovação de vocês só isso.

— E você tem, meu amor, mas seu papai viu a sua bundinha branca pelada.- ela disse rindo para acalmar a filha.- Ele não aguenta isso não, ficou tenso, tá bom? Vamos tomar seu sorvete!

Fernanda riu.

— Uma vergonha isso! Uma vergonha!- Caminhou com a mãe e olhou para o pai e foi até ele o enchendo de beijo e ele sorriu amava aquele carinho todo.- Me desculpe por mostrar a minha bundinha!

Ele riu.

— Seu pai é um velho, não aguenta esse tipo de coisa não. - Ele riu deixando ela calma.

— Eu vou cuidar mais, tá pai!

— Eu sei que vai filha, agora vai pegar seu sorvete!

Ela o beijou mais e foi buscar seus sorvetes.Victória sorriu e olhou Maria e Milena sentadas conversando e quando Fernanda sentou com o sorvete dela, Maria disse:

— Fer, é uma delícia mesmo!Uma delícia de todos os sabores, eu amei...- Comeu esfomeada.

Milena sorriu e se aproximou de Fer a beijando na boca.Maria olhou as duas e riu. Fernanda sorriu para ela e voltou a comer.

— Tem que comer tudo pra ganhar o prêmio!

Dionísio tocou a perna de seu amor e sorriu dizendo.

— Maria tem que arrumar um namorado também pra mim terminar de enfartar.

— Amor...- ela disse amorosa com ele dando sorvete em sua boca.- Ela acabou de chegar, acho que nem pensa nisso!- ela olhou a filha com todo amor que tinha no coração, estava em choque ainda com ela e sua presença ali.

— Maria, você tem namorado? Por que não conta um pouco de você pra gente.? - Ele falou todo educado com ela querendo que ela contasse algo para que eles se fizessem ainda mais presente em sua vida.

Ela suspirou e sentiu que era complicado.

— Eu tive um namorado sim... Mas ele se foi, ele gostava de mim e nos beijamos uma vez, mas ele se foi....

— Foi pra onde? - Fernanda a olhava curiosa.

— Ele foi embora, disse que tinha que viajar... isso que minha vó me disse.- ela disse com calma e pensou como aquilo tudo era possível.

Victória segurou a mão da filha.

— Amor, se não quiser, não conte!

— Cuidado aquela velha é uma mentirosa. - Dionísio falou com certeza porque a conhecia bem.

Ele conhecia Bernarda e todas as artimanhas dela o que tinha vivido perto durante um tempo aquela personalidade ele conheci a família Iturbide melhor que qualquer outra pessoa. Olhou para Victória suspirando e pensando as coisas que ele sabia que poderia revelar daquela gente tão estranha com quem ele não queria mais conviver.

Ele sabia muito bem que as coisas seriam mais complicadas quando fosse até lá acompanhando Victória na tal visita que ela queria com João.Eram inimigos e quando Bernarda o visse, as coisas ficariam ainda mais complicadas porque ela diria que ele estava trocando a família dela pela de Victória alguém que ela odiava mais que qualquer outra pessoa no planeta.

E naquele momento, Dionísio sentiu uma dor de cabeça tão grande e tão profunda abaixou a cabeça sentindo que  tudo a sua volta estava girando e quando ele ergueu os olhos e olhou para a Victória não era mais aquele homem...


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