Amor Real escrita por lovestories


Capítulo 13
O duelo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês, pessoal! Desculpe pela demora, ocorreram muitas coisas na minha vida nestes dias.



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Pedro e Edmund se encaminharam para o chão de pedra posicionado no meio do campo. Miraz e seus generais os aguardavam do outro lado, enquanto se preparavam. Edmund e Orios se comportaram como a equipe técnica de um lutador de boxe, MMA ou qualquer outro tipo de lutas marciais. Ambos os oponentes se posicionaram na arena e se encararam em desafio. 

— Ainda há tempo para desistir. - Miraz provocou. 

— Fique a vontade. 

— Quantos mais terão que morrer pelo trono? 

— Apenas...um!

Eles começaram a gladiarem fervorosamente. Embora tivesse mais idade, Miraz estava lutando muito bem para o descontentamento de Pedro e os narnianos. Porém, o garoto conseguiu ferir o rei dos telmarinos na coxa, dando-lhe vantagem, assim como Miraz que derrubou Pedro no chão e pisou com toda a sua força no braço dele, fazendo o garoto gemer de dor. 

Leah observava tudo da colina e soltava um grito sofrido toda vez que Pedro se machucava. Ela não sabia como estavam as coisas entre eles, mas aquela dor no coração que sentia ao pensar em perdê-lo estava a consumindo. Ele não poderia morrer, não sem saber sobre os sentimentos dela.

Leah olhou para cima onde sua irmã estava. Ela riu internamente ao pensar a palavra irmã. Até pouco tempo só tinha o professor como família e agora tinha uma irmã gêmea com poderes mágicos assim como ela. Pensando bem, as duas até que tinham personalidades parecidas, poderiam se dar muito bem; ou não. Mas Leah estava disposta a tentar, poderia juntar os seus poderes com os dela, já que não acreditava que Miraz fosse cumprir o acordo caso Pedro não ganhasse. 

A garota observou Caspian aparecer montando um cavalo com Susana. Lúcia foi sozinha, afinal! Pedro ficou observando os dois, claramente preocupado com a irmã menor sozinha na floresta e se daria tempo de ela achar Aslan. Miraz olhou para o garoto e perguntou ofegante:

— Vossa Majestade precisa de uma pausa?

— Cinco minutos. 

— Três! - bradou. 

Pedro se voltou para os irmãos sentindo uma dor visível em seu rosto. Perguntou preocupado a Susana:

— Lúcia? 

— Ela passou... - começou surpresa com o estado do irmão. - Com uma pequena ajuda. 

— Obrigado. - Pedro agradeceu a Caspian. 

— Você estava ocupado. 

— É melhor subir lá. Por preocupação. - sugeriu a Susana. - Não creio que os telmarinos cumprirão a sua palavra. 

Susana concordou, se aproximou e deu um abraço no irmão, sem atentar aos ferimentos. Pedro gemeu de dor. 

— Desculpe. 

— Tudo bem. - gruniu.

— Tenha cuidado. 

Edmund observou os narnianos atrás deles e percebeu que estavam desacreditados em Pedro, já que o seu estado físico não era o dos melhores. Então sugeriu:

— Continue sorrindo. 

Pedro obedeceu e o povo veio a loucura, menos Leah, Lottie e Trumpnik que sabiam exatamente o que ele estava fazendo. Susana correu até o alto da colina, se acomodando junto aos outros arqueiros. 

— Lúcia está segura? - Lottie perguntou. 

— Estará. - respondeu firmemente. 

Lottie decidiu ficar com os arqueiros, pois a sua pontaria era melhor do que a habilidade com espadas, embora Edmund houvesse a ensinado muito bem. Porém, ela podia contar com uma carta na manga: a luz dentro dela, bem como a sua irmã, Leah. Elas ainda não haviam conversado sobre esta história, pois resolveram perguntar a Aslan quando ou se ele aparecer, mas de certa forma, Lottie queria que fosse verdade, queria ter uma irmã. 

Caspian afastou o escudo do braço machucado de Pedro que gemeu, outra vez, de dor. 

— Acho que está deslocado. 

Edmund se voltou ao irmão e o ajudou com o braço ferido. 

— O que será que acontece em casa se morrermos aqui? - Pedro indagou, porém Edmund não soube responder. - Você sabe que sempre me apoiou e eu nunca...

Edmund interrompeu o discurso sentimental e com significado de despedida de Pedro, retornando o seu ombro ao lugar devido, fazendo Pedro urrar de dor. 

— Deixa pra depois. - Ed disse sério e se afastou. 

Pedro e Miraz voltaram ao combate violento, com direito a vários golpes certeiros e errados. Miraz quase decepou a cabeça de Pedro várias vezes, até que o garoto, em um ato rápido e pensado, acertou a coxa de Miraz, onde ele mesmo havia feito um corte profundo. O rei não aguentou continuar em pé, caindo de joelhos no chão de pedra. Ele pediu uma pausa quando Pedro se aproximou para golpeá-lo.

— Isso não é hora para cavalheirismo, Pedro! - Edmund advertiu.

Pedro encarou Miraz com os punhos cerrados, até que decidiu deixá-lo se erguer. Já havia ganho a luta. Então, ele se voltou ao irmão no começo do pequeno pátio de pedra e Edmund olhou com horror para o irmão, bradando:

— Cuidado!

Pedro se virou em tempo suficiente de ver Miraz empunhar a sua espada para atacá-lo, porém o garoto conseguiu arrancar o instrumento da mão dele, golpeando o seu estômago em seguida. Miraz congelou com o ato, se debruçando nos braços de Pedro para depois se ajoelhar diante dele, esperando o fim da batalha. Pedro empunhava a espada para a cabeça de Miraz com fúria nos olhos. 

— Qual o problema, garoto? - Miraz começou em desafio. - É covarde demais para tirar uma vida? 

— Não cabe a mim tirá-la. - gruniu em raiva.

O garoto se virou, sinalizando para Caspian. O futuro rei relutou diante da oferta, porém seguiu o que o seu coração pedia.  Aquela era a grande chance do príncipe: o seu maior inimigo e assassino de seu pai estava rendido aos seus pés, esperando a morte. Caspian empunhou a espada para Miraz. 

— Talvez eu tenha me enganado...Talvez você tenha as qualidades de um rei telmarino, afinal. 

Miraz abaixou a cabeça, esperando o golpe fatal. Caspian urrou alto como se aquele momento fizesse todo o seu ser doer, por fim, enterrou a ponta da espada em um pedaço de grama sobressalente no pátio de pedra. Miraz levantou a cabeça,  confuso com o que acabara de ocorrer. 

— Não um como você. - Caspian gruniu com fúria. - Fique com a sua vida...mas estou devolvendo aos narnianos o reino deles. - afirmou firmemente. 

Quando Caspian retornou ao seu lugar ao lado de Edmund, o líder dos centauros levantou a sua espada em reverência e todos os narnianos gritaram com orgulho e amor ao príncipe. 

Leah não aguentou ficar em seu lugar e correu até onde a realeza estava. Chegando lá, puxou Pedro pela nuca e roubou um beijo arrebatador. O garoto retribuiu, um pouco surpreso, com tamanha força e paixão que Leah teve que se inclinar para trás. O beijo lhe fizeram sentir tantas coisas, mas a principal era a segurança de que ambos estariam ali um para o outro diante de qualquer adversidade. Eles encerraram o laço vagarosamente, mas não se desgrudaram. 

— Eu cumpri o que prometi. - Pedro lembrou com um sorriso. 

— Eu também. - respondeu dando um rápido selinho nos lábios macios dele. 

— Vocês estão juntos? - Edmund indagou com um sorriso malicioso. 

Ambos olharam um para o outro, porém antes que pudessem responder, viram Miraz cair no chão do outro lado da arena com uma flecha fincada nas costelas. Era uma flecha de Susana, mas ela não havia lançado, então Leah constatou que o general das tropas havia feito aquilo por conta própria. Em cinismo, o general gritou ao Exército:

— Traição! Eles o acertaram!...mataram nosso rei!

— Preparem-se! - Pedro ordenou as suas tropas. 

— Pedro! - Caspian avisou ao rei, apontando para atrás dele. 

Leah avistou o telmarino e o abateu antes que dissesse a palavra "faca", decepando-lhe a cabeça. O sangue dele espirrou um pouco em seu rosto, mas ela não se importou. 

— É melhor você voltar ao seu lugar. - Pedro sugeriu, se aproximando da garota. - Se as coisas não saírem como o combinado... - ele apontou para a garganta dela. - Não tenha medo de usar. 

— Ok!

A garota deu meia volta em direção ao seu antigo posto, correndo em seguida, porém ouviu uma voz grave atrás de si. 

— Leah! - a garota se virou para encarar Pedro. - Não morra! 

Ela observou que no olhar dele havia preocupação e medo de perdê-la. Aquilo aqueceu tanto o seu coração que sentiu como se ondas estivessem saindo de dentro dela.

— Eu prometo! - afirmou com um sorriso. 


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