O tigre e a borboleta escrita por AkiraR


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores!

Vocês ainda estão ai? Aqui tem mais um capítulo para vocês.
Desculpem qualquer erro.
E até o próximo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/747163/chapter/9

 

Ana abriu os olhos lentamente, não fazia ideia de onde estava ou do que havia acontecido. Sua cabeça latejava, olhou para o lado e viu Perona com uma camisa enorme que mais parecia um vestido. Notou que também usava uma, mas essa parecia uma social, estava um pouco desbotada.

Sentiu uma dorzinha no braço e o viu enfaixado. Levantou e foi até um espelho viu dois hematomas no rosto e um band-aid na bochecha. Respirou fundo. Abriu a porta do quarto devagar, piscou várias vezes para se acostumar com a luminosidade.

—Cora-san, tem uns amigos nossos que viram até aqui hoje! Tem algum problema? _Chopper perguntou.

—Tudo bem! _O homem respondeu. _Law, você devia ter me ligado! Eu iria busca-los!

—Hai, hai! _Law repetia a mesma frase.

—B-boa tarde! _Ela os encarou. Chopper estava com uma roupa bem maior que ele. E Zoro estava dormindo no sofá, também não estava de uniforme.

—Ana-ya! Tudo bem? _Law a olhou e pareceu corar levemente.

—Hai! Ano... _Ela levantou o braço. _Só lembro de ter ganhado de Monet...

—Você desmaiou depois, por causa do efeito do sonífero! E te trouxemos para casa do Tral, quer dizer ele que te carregou no braço! _Chopper sorriu.

—Serio? _Ela o olhou e sorriu. _Obrigada!

—Não foi nada... Seu braço está melhor? Monet fez um corte grande, mas não foi fundo... _Ele a olhou.

—Esta sim... _Ela olhou o homem mais alto. _Ano... Sou Ana! Ana Redfox!

—Redfox? _Corazon a encarou e depois olhou o Tralfagar.

—Hai! Redfox! _Law afirmou. _Esse é Corazon!

—Oi, Cora...san! _Ela sorriu.

—Redfox-san, sente-se bem? _Ele perguntou.

—Hai! _Ana sorriu.

—Vou ligar para os seus pais! A proposito os pais de todos! Hoje dormiram por aqui! _Corazon falou levantando-se. Retirou-se da sala deixando os adolescentes a sós.

—Eu falei que daria! Boa tarde! _Perona caminhou até eles.

—Boa tarde Perona! _Ana sorriu sendo abraçada por ela.

—Falei ao Law que essa camiseta serviria, mas ele ficou discutindo com o Cora-san! _Ela riu. _Tudo bem Ana?

—Hai!

As duas se sentaram com os garotos. Eles estavam bem tranquilos com tudo que ocorrera.

—Ana-ya você é capoeirista? _Perguntou.

—Hai!

—Você é boa brigando! _Chopper comentou.

—Pois é! Só não venci aquele covarde por causa do sonífero! _Ela resmungou.

—Mas deu um belo soco naquela hora em que fugiu! _Perona lembrou.

—Tenho impressão que ainda iremos ficar em apuros por causa disso... _Law falou pensativo.

—Exatamente por isso que darei um jeito de falar com Garp! Ele sabe quem é o garoto! _Corazon apareceu. _Os pais de vocês deixaram dormirem aqui! Ano... Sinto muito pelo Donflamingo!

—Como? _Ana não entendeu muito bem.

—O monstro chamado Donflamingo é meu irmão mais velho! _Ele falou cabisbaixo.

—Não é culpa sua ele ser o que é! Então não tem o porquê se desculpar, Cora-san! _Ana sorriu.

Eles a encararam, Ana sabia o que dizer para não deixar alguém triste e também sabia quando tinha que dizer o que pensava, embora as vezes falasse na hora errada por puro impulso.

Corazon a encarou surpreso, ninguém havia lhe dito isso antes. Sempre se sentira culpado pelos feitos do irmão, mesmo tendo fugido com Law. Ele sorriu e a abraçou.

—Obrigado! _Ele sussurrou.

Law encarou o tutor, que parecia querer chorar, e Ana que o encarava sem entender. Ele sorriu para ela, aproximou-se dos dois e bateu levemente no ombro dele.

—Gomene, Ana-san! _Ele se afastou com os olhos marejados. Law apenas riu e foi até a cozinha.

—Ano... _Ana não sabia o que falar.

—Arigato! _Ele foi até a cozinha escondendo o rosto.

 

—Você precisa se controlar! _Law entregou um copo d’água a ele.

—Gomen Law! _Ele sorriu. _Sua amiga é filha dos Redfox... Sabe o que significa, não é? Ela vai ficar em apuros!

—Sei, mas não quero que isto aconteça... Tem alguma maneira de intervir, não é? _Law o encarou sério.

—Talvez! Sabe que ele tem o cargo de shichibukai, não sabe?

—Hai!

—E sabe que isso complica! Tanto para prendê-lo, como para mudar isso! A empresa Redfox decolou. Ele está interessado por ela e o governo vai apoia-lo!

—Droga! Mas podemos tentar mudar isso! _Law insistia.

—Talvez possamos, mas é isso que você quer?

—Se for a única coisa que eu possa fazer para ajuda-la... _Ele pensou. _Então sim! De qualquer maneira isso iria acontecer, não é?

Os dois se encararam por alguns minutos.

—Cora-san, não comente sobre aquilo! _Law falou sério. _Nem sobre a empresa!

 

—O que houve? _Ana estava espantada com a ação do Corazon.

—Não sei! _Perona a encarou.

—Donflamingo é irmão dele?! A proposito ele é terceiro ano, não é? _Ana encarou os dois.

—Não, Donflamingo faz um curso avançado na escola! _Chopper falou.

—Law é parente dos dois? _Ana questionou.

—Não, Cora-san é tutor dele. Ele perdeu os pais e a irmã mais nova aos nove anos... _Chopper a encarou, e parou de falar quando os dois retornaram à sala.

—Minna-san eu vou sair, mas volto mais tarde! _Corazon os encarou. _Cuidado!

Ele estava de saída quando ouve a campainha.

—Tralfagar! _Uma garota gritou. _Se Ana estiver ferida você morre!

Eles ouviram isso da sala. Aquela voz era inconfundível, só podia ser a Nami. Law levantou e foi até a porta receoso, pois sabia que a garota o mataria, Ana se pôs a sua frente sorrindo.

—Tudo bem! _Ela sorriu, segurou sua mão e entrelaçou seus dedos. O puxou com delicadeza até a porta que Corazon abria.

—Tralfagar! _Sanji rosnou ao ver a mão dos dois entrelaçadas. Ana logo soltou.

—Sanji-kun! _Ela abriu um sorriso enorme.

—Mellorine! _Seus olhos viraram corações ao ver a garota com o curto vestido improvisado com a camisa do Law.

—Ana! Tai jovu... O que foi isso no seu braço? _Ela já ia na direção de Law, quando Ana passou na frente.

—Nami-nee, estou bem! Isso não foi por causa do Law! A Monet fez isso enquanto lutávamos! _Ana tentava acalmar a fera, que procurava uma brecha para matar Law. Ana andava de costas para perto de Law.

—Vocês lutaram?! _Agora Nami tentava bater nele com Ana no meio mesmo.

—Nami-nee... _Ana escorregou e bateu em Law, que ao tentar apoia-la perdeu o equilíbrio, mas foi puxado pela camisa. A azulada evitara que ele caísse, mas agora tinham os rostos próximos.

Nami que ia na direção dele também escorregou, fazendo-os encara-la tentando equilibrar-se.

—Acho que o chão está molhado! _Corazon falou recebendo um olhar mortal da ruiva.

—Tralfagar! _Sua ira aumentou.

—Sabe, foi ele que me trouxe até aqui... Andando! _Ana falou. _Não foi culpa dele, eu ter me machucado!

—Até aqui?

—Isso! _Ana confirmou. _Acho que você pode não mata-lo, não é?

Os olhos de Ana brilhavam como os de cãezinhos. Nami não resistiu ao pedido e se acalmou.

—Boa tarde Cora-san! _Robin quebrou o silencio.

—Boa tarde Robin! Boa tarde minna-san! _Ele sorriu. _Fiquem a vontade, mas tenho que ir agora!

Law, Ana, Sanji, Nami, Robin, Usopp e Kaya foram para a sala.

—Koala me pediu para ver se estava melhor! _Kaya comentou.

—Ela e Sabo não podiam vir e conseguiram segurar Luffy por lá! Já que ele faria muita bagunça! _Nami falou. _Brook, Frank, Vivi e Kohza também não puderam vir, mas pediram para informa-los do estado de vocês.

O grupo passou o tempo conversando de como fora a luta. Ana preferiu deixar algumas partes de fora para Nami não voltar a tentar assassinar o Tralfagar.

Após as despedidas e o jantar, os cinco foram para os quartos. Tralfagar não ficou no quarto e saiu após os dois garotos dormirem. Ana conversou por um bom tempo com Perona e quando a rosada finalmente adormeceu, Ana, cansada de se revirar na cama, saiu do quarto.

Ana seguiu até o que parecia uma varanda. Era um pouco alta e era cercada por algo parecido com um parapeito, mas com espaços entre o chão e duas madeiras. Law estava sentado com os pés pendurados para fora da varanda.

A azulada aproximou-se silenciosamente, observando-o pensar. Quando ela estava de pé atrás dele, ele levantou a cabeça e a encarou.

—O que faz acordada a essa hora? _Ele perguntou, voltando a encarar o infinito.

—Não consigo dormir e vejo que tenho um parceiro de insônia! _Sorriu.

—É...

Ela ajoelhou-se atrás dele e o abraçou encostando a cabeça em seu ombro, ele ficou um pouco tenso.

—O-o q-que está...

—Arigato... _Ela sussurrou no ouvido dele. _Por me carregar e me salvar... Lutar contra Donflamingo...

Ela ficou em silêncio por alguns segundos.

—Se você... Vocês não tivessem chegado naquele momento não sei o que teria acontecido... _Ela suspirou pensando no que poderia ter acontecido. E beijou-lhe a bochecha. _Arigato, Law! Arigato...

—Ana-ya... Por que se negou a se afastar de mim? _Ele perguntou.

—Ano... _Ela não sabia o que dizer. _Porque... Você é meu amigo... Não é Tralfy?

—H-hai! _Ela sorriu e o abraçou mais apertado, sentando-se no chão.

Encostou a cabeça nas costas dele. Ele ficou quieto, enquanto ela sorria de olhos fechados.

—Ana-ya... Você não sentiu medo?

—Na verdade senti sim, só não queria demonstrar. Aquele cara me dá calafrios... _Ela sussurrou. _E o que ele queria... É o que me deixa com mais medo...

Law sentia-se culpado por tudo aquilo. Ele vira Donflamingo tentar abrir a blusa dela duas vezes, sabia muito bem o que ele queria, além disso, havia machucado-a: duas manchas arroxeadas e um corte no rosto, feitos por ele, além do corte da Monet.

—Gomen... Ana! _Ele baixou a cabeça.

Ela o soltou e se sentou ao lado dele encarando o.

—Não foi sua... _Ele virou-se para ela.

—Foi sim... _Ele tocou o corte no rosto dela.

—Não foi não! _Ela segurou a mão dele no rosto dela. _Não foi sua culpa!

—E ele vai tentar de novo...

—Então me proteja, me salve de novo!

—Ele vai fazer pior... _Ele a viu estremecer, e sentiu perder a calma.

—Eu sei... E é por isso que estou lhe pedindo... _Ela o sentiu começar a ficar nervoso e se aproximou mais dele, envolvendo o em um abraço. Ele passou uma das mãos em volta da sua cintura, apoiando a cabeça em seu ombro. Com a outra mão pegou a mão dela em seu pescoço. Entrelaçaram os dedos. Ana acariciou os cabelos dele por baixo do chapéu. _Me proteja...

—Claro... _Sussurrou.

Os dois ficaram em silêncio ouvindo os batimentos dos próprios corações. Os dois estavam de olhos fechados sentindo a brisa gélida. Em silêncio Corazon os observava, e da mesma maneira que veio, foi para o quarto.

Law se tornara um homem tão frio ao longo dos anos e em questão de semanas estava mudando por causa daquela garota. Não queria se importar com ela, mas não conseguia, de qualquer forma teriam seus destinos ligados.

 

Ela tremeu de frio. Ele reparou que aquela sua camisa social tinha um tecido fino.

—Aqui está frio, quer entrar?

—Se não se importar... _Ele riu e a guiou na escuridão até o sofá.

Ainda de mãos dadas se sentaram no sofá, onde adormeceram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O tigre e a borboleta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.