Amizade Improvável escrita por Hi Aniki


Capítulo 5
Especial de Natal – Papai Noel Bêbado, Amigo Oculto que deu Errado e Guerra Pela Comida


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal gente o/
E aí, ganharam muitos presentes? Comeram pacas?
Eu consegui não atrasar o capítulo, vitória pra mim :3
Espero que gostem desse capítulo especial de Natal :3 (planejo fazer um de ano novo mas não sei se vou conseguir)
Boa leitura ^-^



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O dia 25 de Dezembro havia chegado; ou seja, era Natal. No Japão, o Natal era apenas um feriado pois poucos praticavam a religião cristã, então para eles era um dia de folga para presentear entes e amigos queridos, comer bastante e ficar ao lado de quem ama; ou sair com os amigos para beber, viajar para relaxar do trabalho ou olhar as belas decorações de suas cidades no frio do inverno, com a neve cobrindo o chão e tomando bebidas quentes dentro de casa com os aquecedores e debaixo dos kotatsu’s.

Obviamente que nosso grupo havia se reunido para comemorarem juntos o Natal, se reunindo na casa dos irmãos Shimura e com direito á uma brincadeira que as vezes dá certo, e as vezes muito errado: Amigo Oculto. Por volta do dia 10, Kagura pediu para Hijikata á ajudar com isso, contatando os amigos que iam para a festinha da casa da Tae-san para falar sobre a brincadeira. Ele o fez e dia 11 todos se reuniram para tirarem as pessoas que deveriam presentear. É mais do que certo que algumas caras não foram das melhores e outras foram tão boas que chegavam á ser óbvias. Os dias se passaram e todos já haviam comprado seus presentes e no final da tarde do dia 24, véspera de Natal, o grupo se juntou no dojo para comerem a ceia de Natal que – graças aos Deuses – não foi preparado por Tae, ou todos iriam ter uma bela diarreia. Eles comeram, beberam, conversaram e trocaram os presentes, coisa que deu muito errado e no dia 25, o lugar estava um caos, tinha um ser caído de bêbado vestido de Papai Noel abraçado á árvore de Natal – que nem dava direito para ver quem era; tinha comida espalhada em alguns lugares – inclusive no teto, papéis de presente para tudo quanto é lado, marcas de que houve uma bela briga, vidros e enfeites quebrados, pessoas dormindo no chão – algumas pelo efeito do álcool, outras não; e havia presentes jogados em alguns cantos da casa.

Oh sim, isso é o que rolou na manhã do dia 25. Deixe-me contar o que aconteceu na noite anterior pra ter terminado nesse estado...

 

 

*~*~*~*~*

 

 

Dia 24 de Dezembro, 17:41 da tarde, véspera de Natal. Tal data era, no Japão pelo menos, apenas um feriado que as pessoas usavam para aproveitar com suas famílias – mas no nosso grupinho, poucos tinham realmente uma família completa e olhe lá. Mas eles juntos já formavam uma espécie de família conturbada e doida, então okay. Para não deixar o dia passar em branco, Tae convidou algumas pessoas para passarem a virada da noite para comemorarem o Natal juntos como amigos; e no final, os Shimura iam receber 14 convidados em sua casa. E a pouco mais de 2 semanas, Kagura tinha tido a ideia de fazer um amigo oculto entre todos, o que foi um bom plano no começo – mas que no final se mostrou ser um desastre. Ela falou disso com Hijikata, que ficou encarregado de avisar para os outros sobre a brincadeira. No dia seguinte, eles se reuniram para tirarem o papel com o nome da pessoa que deveriam presentear. Umas reações foram boas e outras ruins, então já dá pra notar que coisa boa não ia vir. Enfim.

A neve caía enquanto o céu já estava escuro parcialmente quando os convidados começaram á chegar em suas roupas de frio. Os primeiros á chegar foram os quatro policiais do Shinsengumi – Kondou, Hijikata, Okita e Yamazaki, todos já com seus presentes em mãos. Cada presente era diferente em tamanho e forma, de embrulhos diferentes mas bem natalinos – e pelo menos ninguém estava usando aqueles suéteres ridículos de natal. Poucos momentos depois, Kyuubei apertou a campainha, sendo recebida por um abraço de Tae. Depois de longos minutos, Gengai e Tama chegaram acompanhados dos ninjas Hattori e Sa-chan – a mulher de óculos ficou sabendo que Gintoki ia na festa e convenceu ele á deixar ela ir também, levando o outro ninja consigo. E por fim, chegaram as pessoas do Yorozuya e do bar de Otose-san – ou seja, Sakata, Kagura, Catherine e a própria Otose.

Das pessoas na festa, apenas os ninjas que não sabiam que Gintoki e Hijikata estavam namorando – o que não diz que uma hora ou outra não iam descobrir. Gengai foi informado sobre isso pela Tama e Kyuubei acabou vendo os dois se beijando em um beco certa vez, mas preferiu deixar quieto pois não era de sua conta. Enfim.

Eles se sentaram ao chão e nas almofadas e sofás que haviam no lugar; uns assistiam á televisão e os outros jogavam conversa fora até o horário apropriado para a ceia de Natal. E era inacreditável como uma simples refeição podia causar tanto rebuliço. Primeiramente que quase todos estavam atrás do maior e mais suculento pedaço do peru, chegando á cair literalmente na porrada para consegui-lo e no fim foi Kagura que conseguiu comer, já que era a mais forte. Depois que Toushi ficava falando que quem não se comportasse direito á mesa deveria cometer seppuku, Ayame ficava se agarrando em Gintoki, Kondou-san tentava se agarrar em Otae-san – mas era sempre esbofeteado, dentre outras coisas, já que os adultos bebiam saquê e cerveja; apenas os menores de idade não beberam álcool, mesmo que quisessem não beberam álcool – claro, com o vice-comandante demoníaco ali do lado, seria impossível. A ceia foi tão conturbada que chegou á ter guerra de comida quando Okita jogou ‘sem querer” purê no rosto da amanto ruiva. Depois foi a ninja de óculos querendo enfiar a tão amada maionese de Hijikata em sua guela quando Yamazaki, sem querer e pelo efeito do álcool, acabou falando sobre o relacionamento dos samurais e a Sarutobi enlouqueceu, dizendo que o moreno roubou seu homem e que deveria morrer, e Gintoki tentava impedir a garota de cabelos roxos, mas ela obrigou Hattori á impedir que o prateado fizesse algo. Tama estava quieta em seu canto tomando seu óleo, Hasegawa, Otose e Catherine estavam fumando mais afastados, Shinpachi tentava acalmar os outros junto á Kyuubei e Yamazaki, mas era quase impossível. Então okay, vamos voltar á comer como se não estivesse rolando um pandemônio no quarto.

Refeição terminada, estava na hora de abrir os presentes do amigo oculto. Vamos fingir que tudo ia dar certo, apenas vamos fingir. Eles se sentaram em roda perto da árvore e com presentes em mãos. Alguns mais sensatos suavam frio por já imaginarem o que iria acontecer e por um tempo, ninguém quis ser o primeiro. Até que Tama fez isso.

— Bem, eu acredito que eu deva dar dicas de quem é meu amigo oculto. – Ela disse se levantando e olhando para todos, depois prosseguiu. – Meu amigo oculto é uma mulher que mora comigo, é um amanto e tem sensibilidade ao sol. – Assim que ela descreveu a pessoa, os olharem viraram para Kagura, que sorriu e se levantou em um pulo e foi abraçar á empregada robô, agradecendo pelo presente. Ela abriu rapidamente o papel de presente e viu que dentro da caixa tinha uma máquina engraçada com um sukonbu dentro. A mesma olhou confusa para a mulher de cabelos verdes. – Essa é uma máquina que Gengai-sama projetou para mim como seu presente. Você coloca um sukonbu dentro da máquina, adiciona um pouco de água, esperar 10 minutos e depois vai ter mais 20 á 30 da comida dentro da máquina. – Ela explicou para a menina que ficou encantada com o presente, agradecendo novamente. Colocou a caixa de lado e se levantou com seu presente em mãos, fazendo uma cara de desgosto.

— Meu “amigo” oculto é um policial. – Ela apenas precisou dizer isso com aquela cara para todos virarem seus olhares para Okita. Mais óbvio impossível. Ele fez a mesma cara que ela e se levantou indo pegar o presente, mas ambos tinham um leve sorrisinho de canto. Ele tirou o papel de presente com calma e viu ser um livro sobre a história dos instrumentos de tortura. Ele ficou surpreso e olhou para Kagura novamente, que apontou para Gintoki. Oh, claro, fazia certo sentido. Deixou o livro de lado e pegou seu presente.

— Eu quero matar essa pessoa. – Todos olharam para Hijikata, que apenas deixou a fumaça sair pelas narinas. Deu de ombros e pegou o presente e agradeceu formalmente, depois colocou a caixa para ter certeza de que aquilo não era uma bomba. Confirmando que estava tudo bem, tirou o embrulho com cuidado e o abriu, vendo ser uma espécie de maionese alienígena. Nem iria perguntar onde o rapaz havia conseguido – pois imaginava ser de formas não muito legais, mas ia deixar pra lá. Pousou o presente perto de seu acento e pegou o presente que havia comprado.

— Meu amigo secreto é uma mulher e não é humana...nem orgânica. – Se virou para Tama, que se levantou e agradeceu pelo presente. – Desculpe-me, não sabia exatamente o que lhe dar. – O presente era claramente uma roupa, mas estava embrulhado de forma tão bonita que dava pena de abrir. Mas ela o fez e a tal roupa era uma bela yukata de cor rosa claro com detalhes de estrelas azuis e nuvens brancas. Okay, Tae percebeu que aquilo era uma yukata de lançamento e que era cara e muito elegante e ela o quis. Que puta inveja daquela robô.

E por falar na Shimura mais velha, ela decidiu que iria dessa vez, já a empregada já tinha ido. Ela se levantou com um sorriso no rosto e presente em mãos.

— Meu amigo secreto é alguém que conheço desde criança e até hoje é meu amigo. – Kyuubei sorriu e se levantou, já sabendo que era ela. Agradeceu á Tae e retirou o embrulho e abriu o potinho, vendo belos cookies. – Eu mesma fiz, espero que goste Kyuu-chan. – Tae disse sorrindo, mas não via dentro do pote. A mulher de tapa-olho olhou para a amiga por um instante e viu que atrás dela Shinpachi segurava um papel escrito “ Eu comprei esses cookies. ” Kyuubei agradeceu novamente e fechou a tampa e Shinpachi escondeu o papel. A mulher sem um dos olhos adorava sua amiga Tae, mas era impossível comer qualquer coisa feita pela mulher. Deixando o pote de lado, pegou seu presente e limpou a garganta.

— Meu amigo oculto usa óculos, é homem e é maior de idade. Bem maior de idade. – Fez-se um silêncio momentâneo até que Gengai se levantasse e fosse pegar o presente nas mãos da mulher. Ele agradecia rindo da “piadinha” dela e quando ela disse que “não sabia o que dar de presente”, igual á Hijikata. Mas quando o inventor abriu a caixinha, viu ser um novo par de óculos de proteção, só que mais moderno. Ele nitidamente amou o presente, fechando a caixinha novamente com todo o cuidado do mundo e pegou o presente que havia comprado.

— Meu amigo secreto é um amanto. – Não foi necessário mais detalhes. O único amanto que havia sobrado fora Catherine, que foi felinamente pegar seu presente e agradecendo ao velho por ele. Ao abrir o embrulho, viu ser um pote bem lacrado, mas de dentro dele emanava um cheiro delicioso que a amanto felina reconheceu na hora: Erva de Gato. Ela deixou o pote de lado para não causar nenhuma cena embaraçosa com aquela planta – pois sabia que aquilo poderia acontecer.

— Meu amigo secreto é um gorila. – Ela disse de forma cínica e com pose de destemida. Todos olharam para o comandante do Shinsengumi, que se levantou e agradeceu o presente, cumprimentando a mulher com um aperto de mão. A caixa que havia recebido era nitidamente de alguma bebida, coisa que alegrou o homem. Abriu só um pouco da caixa para ver que era saquê, e aquilo o deixava feliz – pois, acreditem, ele achou que ia ganhar um cacho de bananas. Colocou a garrafa no chão e abriu um grande sorriso, nem precisou dar dicas.

— É a Tae-san. – Fez-se um coro na sala, deixando o comandante meio envergonhado. Mas estava claro que Tae era sua amiga secreta. A mulher apenas se levantou e foi pegar seu presente, agradecendo e recebendo um abraço apertado do homem – isso porque ela permitiu, já que era Natal. Tae estava um pouco receosa do que poderia ganhar de Kondou, visto seu amor por si, principalmente que ela havia ganhado duas caixas como presente. Um mais leve e o outro mais pesado. Primeiro ela abriu o mais leve, vendo ser uma yukata da mesma linha que Tama havia ganhado de Hijikata (isso porque os dois homens compraram os presentes no mesmo lugar) e a cor era azul celeste com detalhes de borboletas douradas e flores vermelhas. Quanta beleza em uma roupa só (e dinheiro, porque aquilo foi caro pra porra, roupas de linha nova custam o olho da cara). Depois ela foi abrir o mais pesado, vendo ser um pote grande de Bargain Dash, sua comida favorita. Ela sorria feliz e satisfeita com os presentes e agradecia novamente ao homem, e se ele não fosse tão esquisito, ela até mesmo lhe daria um beijo na bochecha.

Por já ter fechado outra rodinha de presentes, Shinpachi decidiu que Gintoki deveria ser o próximo. Meio sem vontade, o homem se levantou com o presente em mãos. Era uma caixinha meio pequena até. – Meu amigo oculto é um ninja. – Sa-chan ficou animada com a dica. – Um homem. – Ele disse isso olhando para a mulher, vendo ela fazer uma cara meio desapontada. Hattori, ao notar que era ele, se levantou e agradeceu. Abriu a caixa e viu ser pomadas para hemorroidas. Apenas abriu um meio sorriso sem graça e voltou para seu lugar e pegou o presente que havia comprado.

— Meu amigo secreto trabalha no Yorozuya e usa óculos. – Shinpachi sorriu e se levantou, pegando uma caixa e um embrulho menor do homem. Curioso abriu primeiro o menor e viu ser o novo CD de Otsuu-chan. Ele ficou surpreso ao ver que o ninja sabia de seus gostos musicais. E quando foi ver o que tinha na caixa, era um action figure da mesma na versão do novo álbum. Ele quase teve um troço, mas se conteve. Deixou os presentes em seus lugares com o maior cuidado do mundo e foi pegar o presente que havia comprado.

— Meu amigo secreto....foi quem sobrou do Shinsengumi. – Ele disse meio sem graça enquanto olhava para Yamazaki. O policial apenas sorriu e foi pegar seu presente, agradecendo. O abriu rapidamente e viu ser um novo par de raquetes e uma peteca. Guardou o presente e pegou o que tinha comprado.

— Meu amigo secreto é uma mulher mais madura e um dos 4 Devas. – Ele disse e Otose se levantou, agradecendo ao rapaz, que se sentou novamente em seu lugar. Ela retirou o papel de presente e viu ser um guarda-jóias, e quando o abriu, tinha uma bela presilha de borboleta dentro. Chique, elegante e levemente caro. Mas de muito bom gosto. Ela sorriu ao policial e guardou a caixa.

— Meu amigo secreto está sempre de óculos escuros. – Os olhos se viraram para Hasegawa. Ou melhor, Madao. Ele foi até a mulher mais velha e agradeceu pelo presente, o abrindo e vendo ser um novo par de óculos escuros. Ele sorriu e guardou a caixinha do óculos perto de seu acento e foi buscar o presente que havia comprado com certo custo.

— Meu amigo secreto é uma mulher de óculos. – ele disse só isso e Ayame veio lhe agradecer e pegar logo o presente. Ela abriu a caixa e viu ser um chicote – daqueles do tipo sexual. Ela o encarou por um tempo e sorriu, feliz com o presente (iria usar aquilo para chicotear Hijikata mais tarde por roubar seu boy magia).

Mas antes que ela pudesse falar sobre seu amigo secreto, Gintoki foi até si, com sua cara tediosa de sempre. Só tinha sobrado ele, então....Ela lhe entregou o presente e o abraçou muito forte, chegando a passar as pernas no entorno de sua cintura. O vice-chefe apenas assistiu aquilo calado e normal, pois sabia que Sakata não gostava de mulheres pegajosas, ou seja, dela em particular. O prateado abriu a caixa – que era grande e a primeira coisa que pegou lá de dentro foi uma calcinha rosa-choque. Um silêncio constrangedor se fez presente no lugar – pois todos já tinha percebido que a peça íntima era da ninja, já que estava escrito “Sa-chan” na parte de trás. Jogando a peça para a menina e dizendo um “não obrigado” ele retirou o grande presente que tinha ganhado, uma máquina de chicletes, muito parecido com uma máquina de pachinko, numa versão menor. Ele realmente ficou encantado com o presente e contente, mas não ia abraçar a mulher novamente.

Bem, tudo estava bem certo? Mas mais cedo eu não tinha dito que deu merda? Pois é, mas não foi durante a brincadeira, e sim depois, quando algumas pessoas ficaram inconformadas que outras ganharam presentes muito melhores e perguntavam “que era injusto porque ninguém colocou limite de dinheiro” e coisas assim. Daí já viu né? Foi briga pra todo lado, já que em meio á discussão, o povo bebeu e bebeu e bebeu....Até teve o Madao vestido de Papai Noel – já que aquela fantasia era para o novo emprego dele. E como dá pra imaginar, foi comida voando novamente, coisas de vidro sendo quebradas, pessoas desabando trêbadas no chão, outros correndo por aí para escapar da briga e ir guardar os presentes para não se quebrarem.....

E então a manhã do dia 25 havia chegado. Nada demais havia acontecido, não é mesmo?

 

 


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Notas finais do capítulo

E é isso gente :3
Espero que tenham um ótimo Natal e um Ano Novo bom - e que 2018 não coma nossos rabos como foi 2017
Desculpa qualquer erro e até o próximo capítulo ^-^
Kissus >3



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