True love's kiss escrita por Beatrix Costa


Capítulo 6
Casamento... e certas verdades!


Notas iniciais do capítulo

Oi maltinha!!!! Capítulo pequeno, mas cheio de surpresas...
Espero que gostem, BOA LEITURA ♥



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—Zelena! Despacha-te, ainda temos de escolher os sapatos! – gritou Regina do fundo das escadas da sua casa.

—Ela costuma ser assim tão demorada? – perguntou a voz de uma bela loira.

—Normalmente… UAU…

A morena ficou de queixo caído, como quem acabara de ver a obra mais bela do mundo! Miss Swan estava perfeita aos seus olhos! Ostentava um belo vestido vermelho, que lhe disfarçava levemente o barrigão de quase 9 meses de gravidez; calçava umas sandálias gladiadoras básicas de cano alto; todos os seus fios de cabelo se encaixavam perfeitamente num coque; a maquilhagem era suave e dava-lhe um ar delicado; as unhas (pela 1ª vez desde que Regina se lembrava) arranjadas.

—Ei, eu sei que estou feia, mas também não é preciso exagerar!

—Eu… Não! Não! Pelo contrário! Estás incrível! – a esta altura já Regina estava completamente corada.

—Ahahahah, estou a brincar contigo!

Emma aproximou-se e ajeitou levemente os cabelos da morena com as suas mãos de fada.

—Pronto, agora estás ótima!

O coração de Regina batia a 100 ao minuto, parecia que a qualquer momento que sairia pelo peito fora. Tinha algo para lhe perguntar! Andava a planear isto há dias! Iria correr bem… esperava ela.

—Emma, tu gostavas de…

—Já estou pronta!!! Vamos lá, quais são as opções dos sapatos? – perguntou Zelena, interrompendo a irmã, que teve de conter a sua fúria momentânea para não a fulminar com o olhar.

—Estão aqui mana. É só escolher.

Dentro de uma grande caixa havia vários pares de sapatos cuidadosamente organizados em pequenos compartimentos. A ruiva não se decidia.

O telemóvel de Emma tocou, e ela foi atender na cozinha.

—Porque é que ainda não a convidaste para sair? – perguntou Zelena, extremamente casual, enquanto observava cuidadosamente cada par de sapatos.

—O… que… de que é que estás a falar?! – Regina estava estupefacta com a perspicácia da irmã.

—Ahahah! Regina, conheço-te desde sempre, apesar de nunca ter reparado no teu gosto pelo género feminino! Está na cara que gostas da Emma, só faltava andares com isso escrito na testa. E a maneira como dizes “Miss Swan” … é obvio que estás caidinha por ela!

Regina hesitou por momentos, mas não teve maneira de o negar. Simplesmente corou, e prosseguiu com uma conversa casual.

—Então, já te decidiste ou vou ter de ser eu a escolher por ti?

—Já – Zelena acabou por se escolher um par de sapatos de tacão alto brancos, cada um com pequenas esmeraldas em formato de laço. – A sério mana, convida-a para sair!

—Eu ando a tentar Zelena, mas coisas não são assim tão simples…

—Podem ser, é só uma questão de nós as facilitarmos. O tempo não é ilimitado Regina, achas que vais ter esse corpinho divinal para sempre? Aproveita enquanto podes.

—És mesmo parva! – sussurrou Regina entre risadas indignadas.

Alguns minutos depois Miss Swan reapareceu. A chamada que recebera era para marcar o dia do parto, que seria daí a aproximadamente duas semanas.

—Aposto que deves estar muito entusiasmada! Quer dizer, em pouco tempo vais ter um bebé nos braços, o teu bebé! – disse Zelena, com um brilhozinho nos olhos.

—Não tão entusiasmada como tu estás hoje. Devíamos ir indo, senão chegamos atrasadas… mais do que o que é suposto.

As três foram para o carro e Emma dirigiu até ao local da cerimónia, que seria num jardim aberto, para que houvesse espaço suficiente para todas, visto que estaria lá a cidade em peso.

—Não foi fácil, mas acho que encontramos o lugar perfeito! – sussurrou Emma para a morena que ia ao seu lado.

—Sim, acho que tens razão… - Regina encheu os pulmões de ar, olhou para trás e a irmã fez-lhe um sinal com as mãos – Emma, tu gostavas de ir beber qualquer coisa logo à noite?

—Sim, porque não! Desde que me acompanhes num sumo de laranja…

—Ahahah pode ser!

Regina voltou-se para trás, entusiasma, e a irmã devolveu-lhe um sorriso. A morena não percebeu bem se tinha deixado clara a intenção de que aquilo seria um encontro, mas deixaria as coisas correr conforme o tempo. Se tivesse sorte, talvez até conseguisse roubar um beijo a Miss Swan, um beijo que ela sentisse e disfrutasse. Ao chegar ao local do casamento, Zelena fez um pedido inesperado à irmã: que esta a levasse ao altar. Regina hesitou por momentos… a ideia de entregar a sua irmã ao homem que lhe roubara a mulher que amava não lhe agradava rigorosamente nada! Mas quando lhe viu o brilho nos olhos não resistiu.

—Ok, vamos lá então!

As irmãs e Emma foram avisadas de que estava tudo mais que pronto! Regina indicou a Emma que se sentasse numa das cadeiras vazias na fila da frente. Ela assim o fez. E num momento muito especial Regina levou a sua irmã mais velha ao altar, com a esperança de que um dia fosse ela a estar no seu lugar. Depois sentou-se ao lado de Emma, mas reparou que algo não estava bem. A loira tinha uma expressão assustada, como se tivesse acabado de ver um monstro, mas ao mesmo tempo também demonstrava sinais de raiva e revolta. Ela não conseguia desviar o olhar de Hook, que também fixava o seu em Emma. “Puta merda!”, foi a única coisa que Regina pensou. Como pudera ser tão burra! Como é que nunca chegara à conclusão de quem poderia ser o pai do bebé de Emma! Só lhe apetecia dar com a cabeça na parede.

—Bom, damos inicio à cerimónia então? – questionou a notária.

Killian Jones teve a lata de ser o 1º a responder que sim. E durante a cerimónia inteira não se atreveu a olhar mais para Miss Swan, que se ria silenciosamente de escárnio, e nunca se sentira tão desiludida na vida. No final da cerimónia os noivos beijaram-se apaixonadamente e todos aplaudiram de pé, exceto uma certa loira…

—Emma, se quiseres podemos ir embora – sussurrou Regina a Emma – Eu já percebi o que é que se passa…

—Oh sim, eu vou-me embora, mas antes tenho de ir falar com aquele traste!

Emma deixou acalmar os ânimos e puxou Hook para um canto bem afastado de tudo e de todos. A Perfeita seguiu-os, para garantir que a situação não descarrilaria. Escondida atrás de uma árvore, conseguiu ouvir a discussão toda.

—Eu tentei contactar-te durante meses e tu NUNCA me respondeste! Nunca te ocorreu que eu poderia mesmo precisar de falar contigo! Nunca te ocorreu isto! – Emma apontou para o barrigão.

—Emma… desculpa… se eu soubesse…

—Porquê? É a minha única questão! Porquê que te foste embora sem dizer uma palavra!

Killian hesitou e finalmente chamou-lhe a atenção para o gancho que tinha no lugar da mão.

—Por causa disto!

—O quê! Estás a gozar comigo certo? Tu abandonaste-me GRÁVIDA porque perdeste uma mão?!

—Eu tive medo que tu já não me olhasses da mesma maneira! Emma, desculpa, eu tive medo, medo que tu me achasses uma aberração.

Emma deu algumas voltas num curto espaço, sem saber para que lado se haveria de virar.

—Vais assumir a criança certo? – Hook baixou o olhar e suspirou – Killian! Tu vais assumir o bebé, não vais?!

—Emma, eu acabei de me casar, e amo muito a Zelena…

—Sabes que mais! Tens toda a razão! Eu acho-te uma aberração! Mas não por causa desse gancho, é pelo que me fizeste. – Fez uma pausa dramática – E vou dizer-te mais… se tu achavas que eu, como tua namorada, não iria querer estar mais contigo por não teres uma mão, então tu realmente não me conheces. Talvez seja mesmo melhor tu me teres deixado! Não valíamos a pena… nunca iria resultar.

Emma abandonou o local e Regina seguiu-a apressadamente. A loira só parou em frente à porta do carro, perante as chamadas de Regina, que quando chegou perto dela a abraçou por trás.

—Emma, eu lamento muito!

Emma não foi capaz de prenunciar uma única palavra durante minutos. Só recebeu o abraço de Regina e chorou compulsivamente, sem enfrentar a sua face. Quando finalmente se virou para a morena lamentou-se.

—Eu vou ter de o criar sozinha… como é que eu… eu não consigo…

—Consegues sim Emma! Porra, claro que consegues! E eu vou estar aqui para te ajudar… sempre. O teu filho talvez não vá ter um pai, mas pode ter duas mães!

A loira enfrentou a morena de uma maneira pouco usual. Não era uma expressão de agradecimento, admiração ou amizade, era algo mais forte, mais intenso, que não a deixava indiferente. Quando as faces se aproximaram (quase se tocando), a loira parou repentinamente. Olhou para a parte de baixo do vestido e nela se instalou uma expressão de choque. Estava na hora!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Deixem o feedback, brevemente haverá mais ;)
BJS & ATÉ AO PRÓXIMO ♥



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