O Gato Preto escrita por Ophelia


Capítulo 1
01


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! xD Tudo bem com vocês? Espero que sim :) Hoje eu estava maratonando universo Marvel com minha prima quando tive essa ideia -q vai ser uma short fic e olha só, já foi até finalizada! Pasmem UHASUAHSUAH Enfim, espero que gostem :)



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A caixa de papelão em suas mãos balançava ritmada e os audíveis “miaus” fininhos a faziam sorrir enquanto caminhava em direção a seu apartamento, acompanhada por sua amiga tagarela de nome Darcy, lhe comentando animadamente sobre o fim das provas da faculdade naquele semestre e como havia gente escrota em sua sala, o que sempre a fazia rir.

— É ridículo, Max! — Disse Darcy irritada quando pararam no farol para atravessar a rua. — Quer dizer, eu sei que as pessoas têm opiniões diferentes, mas eu não saio ofendendo ninguém porque discorda de mim e...

— Darcy...

— Isso é muito ridículo e ultrajante!

— Darcy! — Max exclamou um tanto assustada quando olhou para cima e viu no topo dos prédios o que parecia ser uma grande nave que criou uma sombra aonde estavam, fazendo não só ela, mas todas as pessoas pararem o que estavam fazendo quase imediatamente. — O que é aquilo...

A pergunta foi cortada quando pequenos pontos luminosos saíram da nave grande, comandados por robôs alongados em poder de lanças que soltavam raios, atingindo os veículos e tudo o que viam pela frente.

— MEU DEUS DO CÉU! — Darcy pegou em seu braço com tanta força que Max até gemeu de dor, acompanhando as pessoas que corriam desesperadas da destruição que se iniciara por todos os cantos. — MAX DEIXA ESSA CAIXA!

— Não! — Max a olhou irritada, porém não sabia com o que proteger os gatinhos além do próprio corpo, fazendo-os balançar e principalmente, tentarem sair da caixa por medo dos barulhos. — Ei, ei, fiquem aqui dentro. — Disse ela enquanto corria, tentando mantê-los dentro da caixa, seguindo Darcy até um beco lotado de pessoas que buscavam refúgio.

A cidade queimava e diversos veículos explodiam ao mesmo tempo, além de prédios que tinham suas janelas destruídas, causando ainda mais desespero em todos que tentavam encontrar um local seguro.

Em algum momento, Max se viu sozinha. — Darcy?! DARCY! — Berrara, travando o maxilar quando escutou outra explosão, encolhendo-se por cima da caixa para que nenhum dos quatro felinos de pelagem preta escapulisse em direção a um cantinho menos barulhento.

Sem opções, Max procurou pela polícia ou quem sabe pelos bombeiros que com toda a certeza deveriam estar na rua numa situação daquelas. Saiu do beco e seguiu até a avenida, porém tudo o que via era destruição e poucos policiais tentando derrubar os robôs alongados sem obter qualquer tipo de sucesso.

— Moça, vá pra dentro da loja, pra dentro da loja, rápido! — Um policial de baixa estatura com um bigode meio grisalho gritou para ela, apontando um grupo de pessoas assustadas que estavam se protegendo da destruição. Os carros da polícia pareciam formar uma espécie de barreira entre as criaturas robóticas e as pessoas, porém, algo dizia a Max que aquele local não ia durar muito.

Ela correu até lá com a caixa em mãos, protegendo os gatinhos na caixa como podia quando o primeiro robô alongado usou o bastão eletrificado para explodir o carro da polícia, fazendo-a gritar e as pessoas na loja se empurrarem.

Uma garçonete chorosa era o alvo até que algo se colocara com muita rapidez e um tremor entre ela e a criatura robótica. Max não pode ver muito bem o que era, mas viu as cores: azul, vermelho e branco numa espécie de roupa militar e um escudo circular que protegera tanto ela como os outros.

— SAIAM DAQUI, VAMOS! — Berrou o homem, entrando em luta com o robô.

Max foi a primeira a sair correndo, porém sem saber para onde. Na verdade, ninguém ali sabia exatamente para onde e o que poderiam fazer e isso deixava todos desesperados.

— Pessoal, por aqui, pessoal!

Ela ergueu os olhos ao ouvir alguém dizer do alto tais palavras, encontrando uma armadura vermelha e dourada que sabia pertencer ao Homem de Ferro por conta de Darcy e suas notícias bombásticas sobre os heróis que vinham aparecendo daquela maneira tão aleatória.

Ele guiou todos até a escadaria do metrô, mas Max decidiu não ir por duas razões: a primeira era que era arriscado e a segunda que ela tinha pavor de metrô, por isso permaneceu em seu caminho, afastando-se de vez do grupo de pessoas apavoradas. Tinha que encontrar um jeito seguro de ir para casa, mas não sabia nem se sua casa estava de pé ainda.

Exausta, sentou-se num cantinho, mantendo a caixa de felinos perto de seu corpo. — Nós vamos pra casa, está bem? Eu prometo... — Falou, acariciando atrás das orelhas de cada um até ter coragem para se levantar, seguindo com mais um pouco de coragem até uma rua que a levaria o mais próximo de sua casa.

Correu o máximo que seu medo e suas pernas permitiram, arfando assim que encontrou um ponto conhecido de sua casa, agradecendo minimamente pela briga ainda não ter chegado ali já que estava tudo inteiro.

Estremecera, mantendo a rapidez nos passos quando ouviu uma explosão e o carro vermelho do senhor Fitz fora pelos ares, assim como o veículo policial que estava a caminho do centro, fazendo-a recuar uns bons passos quando sentiu-se encarada pelo robô.

Sua maior preocupação naquele momento não fora sua segurança, mas a dos gatinhos dentro da caixa e por isso, ela começara a correr com lágrimas nos olhos e mais trêmula do que conseguia mensurar até seu caminho ser barrado por outro robô.

Sem escapatória, Max repuxou os lábios e estava prestes a largar a caixa para que eles não fossem atingidos quando um dos gatinhos pulou fora da caixa, fazendo-a arregalar os olhos quando este correra e subira num daqueles estranhos veículos abertos que fazia com que os robôs voassem.

A gatinha escalou o pé calçado com uma bota e, em seguida, pendurou-se nas vestes verdes de quem pilotava a máquina, fazendo com que este parasse por um momento e encarasse o pequeno animal, soltando-o de suas vestes.

— Mas o que é isso... — Disse o homem intrigado com seu elmo dourado de chifres longos. Era pálido e seus olhos eram de tom azul claro e por alguma razão, Max o achou suado demais para estar bem. Em seguida, encarou-a com curiosidade, observando a caixa em suas mãos e os outros pequenos seres de pelagem escura que carregava.

Max prendeu a respiração e tudo o que pode imaginar foram os piores cenários, fazendo-a estremecer quando ele acariciou atrás das orelhas da gatinha e, em seguida, saiu de seu transporte, carregando um cetro dourado com a ponta azulada.

Sem dizer uma palavra, ele encarou os dois robôs, que se afastaram para continuar a destruir outros pontos da cidade. Com a gatinha numa das mãos, observou os outros pequenos felinos, colocando-a junto a eles.

Deu-lhe um pequeno sorriso antes de retornar a seu veículo, acompanhando os robôs com velocidade.

Max respirou fundo e abraçou a caixa com certa força, observando a figura quase disforme sumir em meio ao rastro de destruição.


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