Another Me escrita por warick


Capítulo 12
Capitulo 11 – Chegada a Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora pessoal, a desculpa ta nas notas finais.



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— Eu sou Luna Lovegood, posso me sentar com vocês?

Eu congelei, pois eu não tinha me preparado mentalmente para conhecer um dos personagens principais dos livros. Vendo que eu não conseguiria resolver a situação fiz o de sempre, coloquei oclumencia na força total.

Com os meus pensamentos mais claros pude notar algo que eu não tinha notado antes, a maneira com que ela se apresentou era idêntica à que um personagem importante de um anime se apresentaria para os outros, com esse pensamento dei mais uma congelada.

— Sim, você pode. – respondeu Marcia.

Luna Lovegood sorriu agradecida para ela e arrastou o malão para dentro do compartimento e fechou a porta.

— Poderia me ajudar a colocar isso no bagageiro? – perguntou Luna apontado para a mala.

Eu assenti e peguei o malão com um pouco de ajuda de magia de levitação e coloquei no bagageiro.

— Muito obrigada... – falou Luna sorrindo largamente.

— Alex Grant.

— E eu sou Marcia Pasquali.

Luna se sentou no banco na minha frente e do lado da Marcia e ficou sorrindo. O silencio durou algum tempo, nem eu nem Marcia éramos bons em conversar com pessoas da nossa própria idade que não conhecíamos antes.

— Então. – começou Luna. – vocês se conheceram no trem mesmo ou já se conheciam antes?

— Nós já nos conhecíamos. – falei.

— Nossos pais são amigos e nos conhecemos em um natal. – complementou Marcia.

— Você tem sotaque de Portugal, estou certa? – perguntou Luna.

Marcia sorriu nisso, a maioria dos Ingleses não se importava com a maioria dos estrangeiros, eles não discriminavam eles, mas não davam importância para a cultura dos outros países.

— Sim eu sou. – respondeu Marcia.

E para nossa surpresa.

— Que bom, eu estava perdendo a pratica do meu português. – falou Luna em português.

— Você sabe falar português? – perguntou Marcia.

— Não, ela acabou de falar em Mandarim – respondi sarcasticamente.

Marcia me mandou um olhar raivoso.

— É eu sei Português, minha família foi visitar Brasil em uma pesquisa sobre os animais mágicos do país há um tempo atrás e meu pai diz que sempre temos que aprender a falar a língua dos países que vamos, seria muito rude com eles se nós não fizermos isso.

— E o que vocês encontraram lá? – perguntei.

— Por ser um pais muito grande e ter muitos ecossistemas a variedade de seres é bem grande, nós fomos para o norte do país na floresta amazônica, tem muitas cobras e muitos animais aquáticos, os seres que eu achei mais interessante são o curupira e o boitatá.

— Nunca ouvi falar deles. – falou Marcia.

— Eles só existem no Brasil mesmo, o curupira é parecido com um elfo domestico, mas tem o corpo todo coberto por folhas e tem os pés ao contrário, eles são conhecidos por atacar qualquer ser que destrua a floresta que eles chamam de casa. O boitatá é uma cobra de fogo que aparece quando um fogo fátuo aparece em uma área com magia ambiente muito alta, geralmente vive por pouco tempo 1 hora no máximo e ela tenta comer os olhos de todos que estão por perto.

Marcia pareceu ficar enojada pela ultima informação.

— Foi uma pena que não achamos nenhum Bufador de chifre enrugado.

Eu sorri, tinha demorado um pouco para os animas da Luna aparecerem.

— Eu também nunca ouvi falar desse. - falou Marcia.

— Eles são animais muito tímidos, eles se escondem dos olhos humanos e só aparecem se a pessoa ganha a confiança dele.

— Como o Demiguise?

— O Demiguise só se camufla com o que está atrás dele, tanto que é possível ver uma distorção quando eles se movimentam quando eles são filhotes, os adultos aprendem a ser mais precisos nisso. O bufador tem uma magia que é impossível de ele ser achado.

— Como um poderoso não-me-note? – perguntei.

— Sim. – Luna respondeu sorrindo.

— Então seus pais são magizoologistas? – perguntou Marcia.

— Não, meu pai é o editor d’O Pasquim e minha mãe é uma criadora de feitiços.

— Ela já fez muitos feitiços? Você pode nos ensinar? – perguntei curioso.

— Ela fez alguns, mas não vou poder ensinar, minha mãe seria multada por causa disso.

— Por que disso? – perguntei.

— O ministério regula muito a criação de feitiço e a papelada para oficializar os feitiços para ensinar para alguém fora da família que não é um aprendiz não vale a pena fazer.

— O ministério Ingles regula isso também? – perguntou Marcia.

— Sim, qualquer feitiço que você invente pode ser ensinado para a família, mas se quiser ensinar para outra pessoa ou colocar em um livro você vai ter que pagar um oficial do ministério para verificar o feitiço, completar uma enorme papelada e esperar por um bom tempo se você não quiser perder dinheiro com suborno.

— Então provavelmente tem muitos feitiços por ai muito uteis que não são conhecidos por causa do Ministério? – perguntei.

Ela assentiu.

— Hm, então não é impossível Lockhart ter destransformado um lobisomen com um feitiço certo? – perguntei.

— Não, deveria ser um feitiço muito poderoso para anular a maldição ou o lobisomen era recém mordido. – respondeu Luna.

Mais uma coisa sendo perdida para idiotice, se a história do livro aconteceu de verdade, esse feitiço pode ter sido perdido quando o idiota do professor obliviou o bruxo.

— E os seus pais o que eles fazem? – perguntou Luna.

— Meu pai cuida dos negócios de família no lado no-maj. – respondi, não era tudo que ele fazia, mas essa era a parte que não chamava a atenção.

— Meu pai é professor de runas em Santo Antônio e minha mãe faz e vende poções. – respondeu Marcia.

— Meu pai falou dessa escola um dia, ele disse que era uma das melhores escolas para aprender runas antigas e o básico de círculos rúnicos.

Marcia sorriu largamente pela loira saber sobre isso.

A conversa continuou por algum tempo, eu juntando a conversa de vez em quando se o assunto me interessava.

Quando deu meio dia, eu já estava ficando com fome, mas não queria atrapalhar a conversa das duas.

Um barulho soou na nossa cabine e uma voz que parecia ser transmitida por rádio logo foi escutada.

— Boa tarde senhores, o horário de almoço começou, se vocês quiserem almoçar no vagão restaurante encaminhem-se para o terceiro ou decimo quinto vagão, se quiserem almoçar na suas cabines batam com suas varinhas na caixa que está na porta de cada cabine e para escolher o que comer batam com suas varinhas no menu e dizer o nome da sua comida, tenham um bom apetite.

Com um barulho de rádio desligando a voz sumiu.

— Não sabia que dava para comer na cabine. – falei.

— Pelo que meu pai disse, os alunos estavam reclamando que tinha muita gente tentando comer nos restaurantes ao mesmo tempo fazendo ficar com filas enormes. – comentou Luna.

— Por que não expandir o restaurante com magia? – perguntei.

— Seria muito difícil expandir um vagão de trem para conter todos os alunos de Hogwarts, o trem é algo que não está fixado por isso é difícil fazer com que a magia ambiente alimente o feitiço de expansão, provavelmente iria quebrar o feitiço na primeira vez que passasse por uma área com menos magia que o normal. – respondeu Marcia.

— Mas isso não seria igual para os nossos malões? – perguntei.

— Não, além dos malões serem criados para expandires eles são feitos de uma madeira que absorve muito bem esse tipo de magia, enquanto que esse trem parece ter sido feito por no-maj e é de metal.

— E não se deve mover malões com feitiços de expansão enquanto eles estão abertos, não é muito bonito o resultado. – Luna estremeceu contando.

— Uma parte do espaço comprimiu aleatoriamente ou os objetos que estavam dentro foram expelidos? – perguntou Marcia.

— Os dois, um dos animais que estava dentro teve sua cabeça reduzida e morreu logo depois. – Luna respondeu tristemente.

— Esse malão não foi feito muito bem então, é norma ter pelo menos dois encantos no malão para não poder movimentar enquanto aberto e para ativar mais alguns feitiços de segurança se tiver seres vivos dentro.

Luna continuou cabisbaixa.

— Que tal nós pedirmos para comer aqui então? – perguntei tentando mudar de assunto.

As duas pensaram por um tempo e concordaram, eu pedi um prato de massas e as duas um de peixe. Eu notei que o menu só tinha comida do oeste europeu, tomara que em Hogwarts tenha mais variedade, eu gosto de comida japonesa, principalmente aquelas que servem nos sushis

O trem passou por vários campos e florestas, alguns alunos passavam pelas cabines procurando amigos ou simplesmente andando, eu podia jurar que eu vi Malfoy e seus guarda-costas passando, provavelmente procurando aquele que ele admirava secretamente (por que outro motivo ele encontraria ele todos os anos no trem de ida e de volta para Hogwarts?).

A viagem foi passando a conversa foi fluindo, nisso eu notei que Luna tinha alguns tiques, ele olhava para algo no ar por uma fração de segundo e continuava o que estava fazendo antes, e quando isso ocorria ela passava a mão direita no colar de rolha que estava no pescoço dela.

Eu provavelmente não teria notado isso se não fosse por eu estar extremamente entediado, mesmo que a conversa começou interessante agora ela estava em assuntos de garotas, eu fingia que estava escutando, eu não podia tirar um livro para ler que isso seria considerado rude, eu não poderia dormir por isso ser considerado rude e eu não iria sair do compartimento por estar com medo de encontrar e ter que conversar com um outro personagem principal dos livros.

Como não tinha nada o que fazer eu fui estendendo minha percepção magica pelo trem, o trem estava cheio de magia, eu podia sentir algumas de proteção, alargamento, detecção e alguma que sentia como uma magia de multiplicar objetos, essa última eu não tinha nenhuma ideia do porque ela existia ou o que fazia.

Luna me olhou inquisitivamente por alguns segundos e voltou a conversar com Marcia depois que viu que eu não estava fazendo nada.

Depois de ver as magias do trem eu olhei para os outros alunos, alguns estavam conversando, outros lendo livros, jogando xadres e aquele jogo de bolas de gudes que jorravam líquidos, alguns estavam andando pelo corredor, e outros estavam...

Consegui com a ajuda da Oclumencia parar o sangue que insistia de subir para o meu rosto, melhor eu parar de bisbilhotar o que os outros estão fazendo.

Quando eu estava prestes a parar com a minha detecção eu senti um pequeno uso de magia no compartimento que estávamos, a magia vinha de Luna.

Olhei para ela tentando ver o que ela tinha feito e vi que a mão dela estava no colar que ela tinha.

O que o colar tinha feito?

Eu sorri internamente, algo de interessante tinha ocorrido e agora eu não estava mais entediado.

Voltei a prestar atenção a conversa, que agora estava no assunto de técnicas de escrita com penas e qual a melhor pena para ser usada.

Não aguentei 3 minutos ouvindo, será que elas estavam tentando me matar de tédio ou será que elas estavam tão entediadas que qualquer assunto servia para escapar dele?

Não demorou muito para Luna mais uma vez olhar para o nada, dessa vez eu estava observando ela e vi que ela realmente parecia estar olhando para algo um pouco a cima da cabeça da Marcia. Eu mandei uma pequena esfera de magia, que era invisível para qualquer um que não sabia o que procurar, para o lugar onde ela estava olhando.

A esfera não iria fazer nada além de colidir com algo e se dissipar. Para minha surpresa a esfera passou por onde Luna estava olhando e perdeu metade do poder então bateu silenciosamente no vidro atrás da Marcia e se dissipou.

Luna virou rapidamente a cabeça na minha direção e olhou diretamente nos meus olhos. Eu me senti estranho com esse olhar, como se eu estava sendo analisado por um alienígena.

Prestando mais atenção na Luna consegui detectar que os olhos dela estavam radiando um pouco de magia, coisa que eu não sabia que era possível sem usar um feitiço ou usar reforço.

Ela percebendo o que fez tocou rapidamente no colar dela e a sensação estranha que eu estava sentido sumiu.

Marcia olhou confusa para nós dois, Luna tentou distrair ela continuando a conversa, mas Marcia continuou olhando para nós tentando descobrir o que tinha acontecido.

— É melhor você deixar isso de lado. – falei depois de algum tempo.

— E o que é isso? – perguntou Marcia.

— É algo pessoal, por favor respeite. – respondi.

Mesmo falando isso eu tentei entender o que eu tinha sentido. Nada que o Malcon tinha me explicado sobre magia me ajudou nesse momento, então eu decidi usar oclumencia para procurar no lugar onde provavelmente tinha alguma informação: minha coletânea de informações inúteis de animes, jogos e fanficts.

Não demorou muito para eu chegar a Fate/stay night e a magia ocular conhecida como olhos místicos, que é somente o que eles chamavam olhos que tem poderes como o olhos da percepção da morte (poder do personagem principal de Tsukihime), sharingan, etc.

Droga’ pensei ‘Agora que eu descobri o que era não tem nada mais para fazer’.

A conversa entre as duas continuou, menos animada é claro e Marcia de tempos em tempo mandava um olhar para mim.

— Vou ir ao banheiro. – falou Marcia depois de algum tempo. – Você quer ir junto? – perguntou ela para Luna.

— Não muito obrigada.

— Também não – respondi.

— Não perguntei para você. – replicou ela.

— Só queria ser educado. – falei tentando fazer cara de cachorro chutado.

Luna riu do nosso lado e Marcia saiu logo em seguida.

— Então... – ela começou.

— Espera. – falei.

Com minha magia eu procurei qualquer tipo de feitiço de escuta que Marcia poderia ter colocado antes de sair e eu não encontrei nenhum. Não sei se eu estava realmente esperando que uma aluna que ainda não tinha entrado em Hogwarts soubesse de um feitiço assim ou se eu já estava virando paranoico, mas fazer o que?

— Pode falar.

Quando voltei minha atenção para Luna, a sensação estranha tinha voltado.

— Pode diminuir um pouco o ‘olhar’? Isso me dá uma sensação estranha.

Ela sorriu e a sensação diminuiu.

— Então, o que você descobriu? – perguntou ela.

— Que você tem algum tipo de magia nos olhos que permite ver mais do que outras pessoas.

— Sim. – concordou ela com um sorriso e não falou mais nada.

Vendo que ela não iria falar nada continuei.

— Você consegue ver magia sendo usada, algum tipo de ser invisível e auras?

— Sim, e ele disse que foi muito deselegante de sua parte fazer aquilo.

— O ser invisível? – perguntei, o que ela assentiu. – Eu peço desculpas por isso, mas eu estava curioso para ver o que aconteceria. E qual seria o nome do nosso visitante?

— Eu não sei. – respondeu ela. – Eles nunca deixam nomes, nomes tem poder.

Isso era algo que eu sabia e usava, meu nome é Alexander Noctis Grant, mas somente eu e Malcon sabíamos disso, para todo o resto do mundo eu era Alex Grant, não era grande diferença, mas era suficiente para importar.

— E o que você chama eles?

— Portaguizos.

Olhei confuso para ela.

— Eles guardam portas e quando aparecem um barulho de guizos soa. – falou ela com um encolher de ombros.

Quem sou eu para julgar o nome que os outros criaram? Eu nomeei meu gato com o nome de uma raça de um jogo.

Agora que eu me lembrei que não tirei ela do malão.

— Eles falaram para você entrar na nossa cabine? – perguntei.

— Não, eu te vi quando minha família estava na estação, vi que você estava olhando para nós do trem e eles disseram que você foi mandado para ajudar.

Demorou três segundos para entender, quando eu entendi meu corpo ficou tenso.

— Eles disseram no que eu vou ajudar? – perguntei.

— Não. Eles não me contam muita coisa, só me dão dicas.

— Como o que?

— Qual é a melhor maça para comer, qual caminho ir, se vai chover ou não, teve uma vez que me disseram para procurar uma carta embaixo do armário da cozinha.

Coloquei minha oclumencia no máximo.

— A carta era importante?

— Não sei, a carta era para minha mãe.

A porta da cabine se abriu e Marcia entrou.

— Já terminaram de conversar o assunto secreto que não querem que eu saiba? – perguntou ela.

— Sim. – falei. – Obrigado por sair.

Ela revirou os olhos, eu pude ver que ela ainda estava chateada por ter sido deixada de fora, mas entendia que tinha coisas que não poderiam ser faladas para qualquer um.

— Soube no caminho que falta 10 minutos para nós chegarmos a estação.  – falou Marcia.

— Eu só vou colocar as minhas vestes por cima da minha roupa. – eu já estava com a maior parte do uniforme já colocado só faltava as vestes que iam por cima e da gravata.

Sai do compartimento para as duas se trocarem e logo o trem parou na estação.

Os alunos foram saindo e fazendo uma multidão que se empurrava de um lado para o outro, por ter visto que isso iria ocorrer eu consegui convencer as duas para ficarmos no trem até dar uma esvaziada.

— Primeiros anos! Por aqui! Primeiros anos! – ouvi o grito de Hagrid quando saímos do trem.

Mesmo sabendo o como Hagrid era eu me espantei na primeira vez que o vi, o cara era enorme tinha pelo menos 2,50.

Nós três fomos até o guarda-caças que nos indicou o caminho para um pequeno porto com vários barcos de remo.

— Quatro em cada barco, tenham cuidado para não virar. – falou mais uma vez Hagrid.

O caminho para os barcos estava escorregadio, eu quase cai duas vezes nos degraus da pequena escada que levava ao porto, chegando lá eu pude ver que a maioria dos primeiros anos já tinha escolhido os seus barcos e que não tinha nenhum com três lugares sobrando.

— Dividir e conquistar é o jeito. – falei.

Luna sorriu com a minha piada enquanto Marcia revirou os olhos mais uma vez.

Acabei indo parar em um barco com outros 3 rapazes, eu não consegui reconhecer nenhum deles. Se bem que o único personagem masculino mais novo do que Harry que aparece nos livros é Colin Creevey.

Os três estavam em uma conversa animada sobre quem iria entrar nos times de quadribol das casas. Não muito tempo depois que eu peguei meu lugar no barco Hagrid se sentou em um barco proporcional ao tamanho dele.

— Segurem-se que já estamos partindo. – falou e deu um leve pancada com uma sombrinha cor de rosa no barco dele.

Com isso todos os barcos partiram ao mesmo tempo, as aguas do lago estavam calmas e não tinha nenhum balanço, o céu estava sem nuvens e escurecendo.

— Após essa volta vamos conseguir ver o castelo. – falou o gigante.

A vista do castelo era linda, com o sol quase se pondo fazia com que o castelo aparentasse ser mais majestoso do que já era.

Então eu senti a magia do castelo, eu nem precisava usar minha detecção para sentir, era tão poderosa, a única coisa que eu poderia comprar é quando eu fazia o ritual de purificação e chamava o que poderia ser considerado uma deusa.

Fiquei curioso para ver o que iria acontecer se eu tentasse analisar o castelo com minha magia, mas não fiz por medo de ficar ‘cego’ pelo tamanho do poder do castelo.

As bordas das proteções da escola foram se aproximando rapidamente, quando nós passamos por elas eu estremeci tentando conter minha reação a estar em um lugar tão magico.

Com a pressão sendo tão grande eu fiquei com medo de meus sentidos mágicos ficarem cegos, e esse medo cresceu quando algo cutucou meu núcleo magico, por reflexo eu tentei expulsar o intruso, mas a tentativo não surgiu efeito, a pressão de repente sumiu e eu tive a impressão de algo me observando atentamente.

Esse algo era um ser muito grande e poderoso... que estava feliz como um filhote quando o dono volta para casa.

Isso era algo muito estranho.

Realmente estranho.

É como se você encontra o chefão bônus de um jogo e ele decide que vai ser seu mais fiel seguidor.

— Abaixem-se! – gritou Hagrid.

Olhei para minha frente e vi que tinha uma entrada do castelo que levava a um porto no interior, na entrada havia um portão de ferro que poderia ser abaixado para a defesa, o portão estava meio fechado de forma que ele ficasse a 1,50 acima do nível da agua (eu poderia ficar de pé no barco e não tocaria no portão).

Eu fui o único que não se abaixou.

Chegamos ao porto e descemos dos barcos, me juntei com minhas companheiras.

Uma porta se abriu e dela saiu uma mulher do uns 50 anos com um semblante sério.

— Professora McGonagall, eu tenho a honra de lhe entregar os novos alunos, foi uma viagem muito calma pelo lago.

— Muito obrigado Hagrid, eu lhe agradeço por traze-los para mim. – respondeu a professora.

Eu estava confuso por eles serem tão formais entre si.

— Agora me sigam. – falou ela com uma voz autoritária.

Eu, Luna e Marcia nos entreolhamos, eu dei os ombros e segui, logo as duas fizeram o mesmo.

A vice-diretora nos levou por um corredor que tinha várias portas, uma delas era gigantesca, provavelmente era a do Salão Principal, nós acabamos por ser deixados em uma das portas do lado da porta para o Salão.

Eu vi que todos a minha volta ficaram nervosos por serem deixados sozinhos e por estarem tão perto da seleção, eu estava tentando ficar calmo, mas a gigante presença que estava me observando não me deixava me concentrar na oclumencia.

— Como você acha que vamos ser escolhidos? – ouvi alguém perguntar.

— Meu irmão disse que temos de cantar uma música na frente de todo mundo. – respondeu outra pessoa.

— Ouvi dizer que você tem que fazer algum tipo de magia.

— Temos que fazer magia?

Tentei bloquear o que eles estavam falando depois disso.

Olhei para minhas amigas e vi que Marcia estava um pouco verde e Luna estava olhando para o nada.

— Vocês sabem que não precisa se preocupar. – falei.

— Então por que você está se preocupando? – perguntou a portuguesa.

Isso eu não conseguia responder.

Um grito afeminado veio da minha direita, olhando para a origem do barulho vi uma garota apontando para um grupo de fantasmas que estavam saindo de uma parede acima de nós.

Os fantasmas estavam discutindo sobre uma festa de morte que eles tinham ido.

— Olha, não são os novos alunos? – perguntou um deles.

— Sim, espero que vocês entrem na minha antiga casa, a grifinória. – falou outro.

E com isso eles saíram pela parede na qual a porta estava. Não muito tempo depois dos fantasmas passarem a professora voltou para nos buscar.

Formando duas filas (uma para garotos e uma para garotas) seguimos ela e entramos no Salão Principal. Os filmes não se comparavam ao original, era algo realmente ‘magico’.

Tudo aconteceu como eu li nos livros, Dumbledore cumprimentando todos os alunos, a vice-diretora colocando o chapéu no banquinho e o chapéu cantando. Eu não consegui prestar muita atenção nisso, eu estava nervoso, o que o chapéu iria dizer quando ele fosse colocado em cima da minha cabeça.

A presença tentou me acalmar, mas as tentativas dela só estavam piorando o meu estado.

Percebi que eu tinha me distraído com meu debate interno quando ouvi uma voz falar alto:

— Creevey, Colin.

“Ainda bem que ainda não passou pelo meu nome, imagina a vergonha que seria...”

Os nomes foram passando rapidamente, até que:

— Grant, Alex.

Tentando manter a calma fui até a frente e me sentei no banco, onde McGonagal colocou o Chapéu Seletor na minha cabeça.

No momento que o chapéu cobriu os meus olhos (ele era tão grande que cobriu a minha cabeça e só parou no meu nariz) eu senti um pouco de vertigem.

Quando abri os olhos me dei conta que eu não estava mais no mesmo lugar.

Eu podia dizer que o que eu estava vendo era o Salão Principal, mas ele não tinha o teto encantado e estava vazio além de mim, a cadeira que eu estava sentado, a mesa dos professores e as quatro cadeiras que tinha nessa mesa.

— Você tem uma boa defesa. – disse uma voz masculina.

Nas cadeiras que estavam vazias antes, agora tinha quatro pessoas, dois homens e duas mulheres vestidos nas cores vermelho, verde, amarelo e azul.

Não demorou muito para descobrir quem eles eram.

— Um pouco clichê, você não diria? – falou Rowena Corvinal.

— Sim. – respondi.

— Não se preocupe que nós não vamos falar nada sobre os seus segredos para ninguém. – continuou Corvinal. – Nossos originais não encantaram o chapéu com esse propósito.

— Então vocês são copias colocadas no chapéu para selecionar quem vai para que casa? – perguntei.

— Sim. – confirmaram os 4 simultaneamente.

Eu já estava começando a me acalmar, mesmo isso não sendo o esperado era algo que eu já tinha lido então era algo que eu poderia lidar.

— Vocês podem me dizer sobre a presença que eu senti ao entrar em Hogwarts? – perguntei.

— Você já sabe a resposta. - Helga Lufa-Lufa respondeu.

Eu já sabia a resposta? As únicas coisas que poderiam ser eram...

— A Horcrux de Voldemort tomou conta da escola? – perguntei com medo.

— Não. – respondeu Sonserina.

— Um deus ou um espirito poderoso vive na propriedade?

— Não está certo, mas também não está errado. – respondeu Corvinal.

— Hogwarts tem uma consciência?

— Correto. – respondeu Grifinória.

Eu sorri, se isso estava correto então meus anos aqui seriam muito mais fácil, vendo que a presença estava feliz por eu estar aqui, mas então um pensamento ocorreu.

— Se a escola tem consciência por que ela não ajudou Harry Potter ano passado?

— Isso é culpa do ... – os quatro começaram a falar, mas como se fosse um rádio fora de sintonia o resto foi ininteligível para mim.

— Algum tipo de maldição para vocês não falarem? – perguntei.

— Sim. – mais uma vez os quatro falaram em uníssono, era meio assustador, mas eu estava começando a me acostumar.

— Isso que está acontecendo agora acontece com todo mundo? – perguntei.

— Só com aqueles que tem uma boa defesa ou são naturais nisso. – falaram os quatro. – Passamos muito tempo conversando, precisamos selecionar você para a CORVINAL!!!

Depois de eles gritarem o nome da casa McGonagal tirou o chapéu da minha cabeça, usando mais uma vez oclumencia para impedir de eu mostrar que algo não normal aconteceu, fui para a mesa da Corvinal, que estava me aplaudindo.

Hogwarts (eu precisava arranjar um nome para diferenciar a consciência do nome da escola) estava emitindo uma sensação de alegria e algo como o bater de palmas? Como isso pode ser uma sensação?

Eu observei a seleção para gravar os nomes dos meus colegas, Marcia e Luna foram selecionadas para Corvinal também, o resto da festa eu passei no meu piloto automático, tentando digerir o que tinha acontecido.

Só voltei a notar o meu arredor quando paramos na frente da águia que guarda a porta do nosso Salão comunal.

— Essa é a entrada para nossos dormitórios. – falou o monitor. – Ela vai dar uma charada que você tem que responder para poder entrar, se você não responder certo você vai ter que esperar outro aluno para abrir a porta, poderia me dar a charada? – perguntou ele para a estátua.

— Me alimente e eu vivo, me dê uma bebida e eu morro, o que eu sou?

Os alunos se entreolharam, eu não sabia da resposta, eu sempre fui uma negação para qualquer tipo de charada.

— O fogo. – respondeu um dos meus colegas.

A porta se abriu e entramos.

— As escadas a direita são os dormitórios masculinos, a da esquerda são os femininos, a porta ao lado da entrada é a nossa biblioteca, com os livros mais usados e na porta do lado da escadaria masculina é a sala de estudo para poções, que vocês só vão poder usar depois do seu terceiro ano, com supervisão é claro.

Depois de o monitor acabar de explicar as regras, todos os alunos do primeiro ano foram para seus quartos, que eram no primeiro patamar da torre.

Cada ano tinha um andar, que era um corredor com várias portas, cada porta tinha o nome do dono, os quartos eram individuais e tinham um banheiro simples, a mobília do quarto era uma cama, um criado mudo, um armário e uma escrivaninha com cadeira, sem nenhuma decoração sendo que se o aluno quisesse ele poderia fazer o que quiser para decorar.

Tomei banho e fui me deitar, o dia tinha sido muito estranho.

Primeiro a mãe da Luna estava viva, isso era diferente dos livros, eu não tinha feito nada para mudar a morte dela, eu até tinha escrito uma carta uns 3 meses depois de receber minhas memorias, mas eu desisti para ter mais segurança para o plano para acabar com Tom Riddle, Malcon pegou a carta quando viu o que eu estava fazendo e falou que iria dar fim a ela.

“Luna falou sobre uma carta que era endereçada para a mãe dela, não? Será que Malcon mandou?”

Eu teria que conversar com ele mais tarde sobre isso.

Segundo foi que Luna era diferente do que era no original e era um tipo de ‘vidente’?

Terceiro era que Hogwarts tinha consciência, eu já sabia que isso seria uma possibilidade, muitos objetos inanimados deixados em um lugar muito magico já tinham criado consciência, não era algo novo, só que nunca foi documentado algo desse tamanho.

A pergunta seria por que ela não podia ajudar Harry Potter? Dumbledore proibiu? Ela não é forte o suficiente para fazer algo? Ela é proibida de ir contra um dos moradores? (Quirrel era um professor contratado na época por isso poderia ter proteção contra ela).

E por último a minha conversa com os quatro fundadores, que não foi tão fora do que eu esperava, quem melhor do que eles mesmos para selecionar os alunos para as casas? Mesmo eu não concordo com algumas das seleções não quer dizer que eles não estão no lugar que eles deveriam estar como Hermione não estar na Corvinal, Draco não estar na Grifinória, Neville na Lufa-lufa, ...

Melhor eu ir dormir e pensar nessas coisas amanhã.

— Boa noite Hogwarts. – falei brincando.

Uma sensação de felicidade passou por mim.

— Isso vai demorar um tempo para se acostumar. – resmunguei.


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Notas finais do capítulo

Nota do autor: Desculpem a demora, mas a conversa com Luna demorou para ser feita, eu não sabia direito se eu queria ela como ela era nos livros (que o pai dela tinha perdido um pouco da sanidade pela morte da esposa e assim não conseguindo criar ela direito e detectar qualquer dom magico que ela possa ter).
Esse capitulo foi o maior capitulo que eu fiz em todas as minhas ficts, antigamente eu me esforçava para elas terem 2 000 palavras e esse tem 5 000.
Uma coisa que eu estou procurando é sobre transfiguração.
Transfiguração tem encantamentos para cada transformação, tem um encantamento para certas áreas ou um único encantamento para tudo?
Por exemplo transformar um cão em um travesseiro é o mesmo encanto para transformar um gato em um? O processo reverso tem o mesmo encanto ou são diferentes?



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