Entre Amigos escrita por duuhalbuquerque
Thiago ao chegar a casa largou seu casaco sobre o sofá.
Procurou seus pais, mas parecia que os mesmo haviam saído. Abriu a geladeira, e como sempre fazia, bebeu água em uma da garrafas. Aproveitava que sua mãe não estava, pois a mesma sempre reclamava quando o via fazendo aquele tipo de coisa.
Decidiu ir ver sua irmã, continuava muito preocupada com a menina. A mesma não comia nada desde o incidente. Chegou ao segundo andar até o quarto de sua irmã, bateu na porta, na tentativa da garota deixá-lo entrar.
– Ísis? –
A porta se abriu sozinha, deixando uma parte do quarto escuro da garota aparecer.
Thiago mesmo estranhando, entrou no quarto, e uma cena chocante impactou-se sobre o mesmo. Seus olhos ficara estatelados, suas mãos e pernas trêmulas. O chão havia se aberto e Thiago se afundava numa profunda escuridão e dor.
Mais três dias se passara, e para o alivio de Rodrigo, Eduardo e os outros, o corpo de Bruno ainda não havia sido encontrado.
Rodrigo passava pelo corredor, como de costume, flertando com todas as meninas que sorriam para ele. Ao caminho encontrou-se com Eduardo e Igor.
– Como sempre, fazendo sucesso entre as meninas hein! – Brincou Igor.
– Faço o que posso – Sorriu Rodrigo, deixando um ar de convencido aparecer em seus olhos.
Os três caminharam até suas salas, Eduardo e Rodrigo entraram e logo se sentaram nos fundos. O professor de Química, Alberto, já dava sua aula. E ao ver os dois alunos entrando atrasado, demonstrou um olhar de reprovação, e continuou sua matéria.
Rodrigo pegou um livro, que dentro havia uma revista. Mas algo lhe chamou a atenção sobre sua mesa. Havia um papel pequeno dobrado, o mesmo pegou e abriu.
Podia ver que havia algo escrito em caneta preta.
Até quanto vai esconder isso?
Ao ler aquilo, amassou o papelzinho e jogo dentro de sua mochila. Olhou rapidamente para Eduardo, o mesmo conversava com outro aluno.
O que aquilo significava? Referia-se ao Bruno? Não. Não é possível! Por que só agora fizeram isso? Seria um de seus amigos? Mas o que ia ganhar fazendo esse tipo de ameaça, pelo contrário, todos iriam sair perdendo.
Foram horas de pensamentos confusos, e não chegava a nenhuma conclusão óbvia.
Rodrigo já havia contado para Eduardo sobre o bilhete, o mesmo tivera a mesma reação que seu amigo. Agora ambos se aproximava de Mariana, que conversava com uma menina no pátio.
Quando a amiga de Mariana saiu, Rodrigo contara para a garota sobre o que havia acontecido.
– Como assim se fui eu? Por que eu faria isso, Rodrigo? – Revoltou-se Mariana, após uma pergunta do garoto.
– Desculpa... Não se ofenda... Apenas fiz uma pergunta – Falou Rodrigo, enquanto ascendia um cigarro em sua boca.
– Mas quem poderia ter feito isso? – Indagava Eduardo.
– Um de nós não pode ter sido... – Negou Mariana, ainda sentada num banquinho.
– E por falar nisso... Tem notícias do Thiago e da Ísis?– Perguntou Rodrigo.
– Liguei para ele antes de ontem... Ele disse que está faltando porque está doente, vou ver quando posso ir lá pra vê-lo – Lembrou-se a garota.
– Será que foi o Igor? – Duvidou Eduardo, arqueando uma de suas sobrancelhas.
– Ele, com exceção de Eduardo e Ísis, são os únicos que não seriam presos casos descobrissem... Automaticamente seriam os suspeitos dessa ameaça – Insinuou Mariana.
– Eu nunca faria isso, afinal, o Rodrigo é meu melhor amigo e eu não gostaria de vê-lo em problemas – Disse Eduardo, deixando uma feição desagradável em seu rosto para Mariana.
– Tudo bem, tudo bem... Não adianta ficarmos brigando por causa disso... Além do mais, esse não é um lugar apropriado pra esse tipo de assunto – Interrompeu Rodrigo, terminando de fumar e jogando o cigarro na grama.
Eduardo ia passar a noite sozinho. Ele adorava quando isso acontecia, seus pais mais uma vez iam viajar a negócios. A casa era toda para ele!
Era uma noite chuvosa, Eduardo decidiu pedir uma pizza, odiava ter que ir pra cozinha preparar alguma coisa.
O garoto conversava com alguns amigos pelo computador enquanto esperava sua tão desejada pizza chegar. Alguns relâmpagos refletiam na janela de seu quarto, pingos fortes batiam na janela. Ventava muito, e por isso sabia que sua pizza ia demorar.
Depois de aproximadamente vinte minutos, a pizza chegara. O entregador a deu nas mãos de Eduardo. Em seguida o garoto fechou a porta e pôs a pizza na mesa.
Sua casa era consideravelmente grande, tinha um aconchegante sofá de couro, uma televisão de mais trinta polegadas e diversos decorativos espalhados.
Eduardo abriu a caixa de papelão aonde vinha a pizza, um delicioso aroma quente subiu entre suas narinas, causando uma deliciosa sensação.
Aquela pizza de presunto realmente parecia apetitosa, mas algo no canto da caixa atiçou a curiosidade do garoto. Era um papel branco amassado, e algo em caneta estava escrito nele.
Eduardo logo se lembrou da ameaça que Rodrigo havia recebido, e sua feição logo mudou. Seus olhos arregalados mostrava o temor que corriam em suas veias agora.
Você acha que nunca vão descobrir?
Eduardo leu todas as letras. E aquilo claramente era uma ameaça, assim como Rodrigo havia recebido.
– Quem é o babaca que está fazendo isso? – Pensou, indo até a janela da sala.
Para seu desespero, entre a chuva pôde se perceber um vulto correndo para a garagem de sua casa. Eduardo subitamente fechou a janela e a cortina. Em seguida correu até a porta de vidro da varanda e a trancou.
Sua respiração ficara ofegante, por um momento pensou em chamar a policia.
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