Entre Amigos escrita por duuhalbuquerque


Capítulo 4
Capítulo 4




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         Thiago ao chegar a casa largou seu casaco sobre o sofá.

Procurou seus pais, mas parecia que os mesmo haviam saído. Abriu a geladeira, e como sempre fazia, bebeu água em uma da garrafas. Aproveitava que sua mãe não estava, pois a mesma sempre reclamava quando o via fazendo aquele tipo de coisa.

Decidiu ir ver sua irmã, continuava muito preocupada com a menina. A mesma não comia nada desde o incidente. Chegou ao segundo andar até o quarto de sua irmã, bateu na porta, na tentativa da garota deixá-lo entrar.

 

      – Ísis?

 

A porta se abriu sozinha, deixando uma parte do quarto escuro da garota aparecer.

Thiago mesmo estranhando, entrou no quarto, e uma cena chocante impactou-se sobre o mesmo. Seus olhos ficara estatelados, suas mãos e pernas trêmulas. O chão havia se aberto e Thiago se afundava numa profunda escuridão e dor.

 

         Mais três dias se passara, e para o alivio de Rodrigo, Eduardo e os outros, o corpo de Bruno ainda não havia sido encontrado.

Rodrigo passava pelo corredor, como de costume, flertando com todas as meninas que sorriam para ele. Ao caminho encontrou-se com Eduardo e Igor.

 

      – Como sempre, fazendo sucesso entre as meninas hein! – Brincou Igor.

      – Faço o que posso – Sorriu Rodrigo, deixando um ar de convencido aparecer em seus olhos.

 

Os três caminharam até suas salas, Eduardo e Rodrigo entraram e logo se sentaram nos fundos. O professor de Química, Alberto, já dava sua aula. E ao ver os dois alunos entrando atrasado, demonstrou um olhar de reprovação, e continuou sua matéria.

         Rodrigo pegou um livro, que dentro havia uma revista. Mas algo lhe chamou a atenção sobre sua mesa. Havia um papel pequeno dobrado, o mesmo pegou e abriu.

Podia ver que havia algo escrito em caneta preta.

 

Até quanto vai esconder isso?

 

Ao ler aquilo, amassou o papelzinho e jogo dentro de sua mochila. Olhou rapidamente para Eduardo, o mesmo conversava com outro aluno.

O que aquilo significava? Referia-se ao Bruno? Não. Não é possível! Por que só agora fizeram isso? Seria um de seus amigos? Mas o que ia ganhar fazendo esse tipo de ameaça, pelo contrário, todos iriam sair perdendo.

Foram horas de pensamentos confusos, e não chegava a nenhuma conclusão óbvia.

 

         Rodrigo já havia contado para Eduardo sobre o bilhete, o mesmo tivera a mesma reação que seu amigo. Agora ambos se aproximava de Mariana, que conversava com uma menina no pátio.

Quando a amiga de Mariana saiu, Rodrigo contara para a garota sobre o que havia acontecido.

 

      – Como assim se fui eu? Por que eu faria isso, Rodrigo? – Revoltou-se Mariana, após uma pergunta do garoto.

      – Desculpa... Não se ofenda... Apenas fiz uma pergunta – Falou Rodrigo, enquanto ascendia um cigarro em sua boca.

      – Mas quem poderia ter feito isso? – Indagava Eduardo.

      – Um de nós não pode ter sido... – Negou Mariana, ainda sentada num banquinho.

      – E por falar nisso... Tem notícias do Thiago e da Ísis? Perguntou Rodrigo.

      – Liguei para ele antes de ontem... Ele disse que está faltando porque está doente, vou ver quando posso ir lá pra vê-lo – Lembrou-se a garota.

      – Será que foi o Igor? – Duvidou Eduardo, arqueando uma de suas sobrancelhas.

      – Ele, com exceção de Eduardo e Ísis, são os únicos que não seriam presos casos descobrissem... Automaticamente seriam os suspeitos dessa ameaça – Insinuou Mariana.

      – Eu nunca faria isso, afinal, o Rodrigo é meu melhor amigo e eu não gostaria de vê-lo em problemas – Disse Eduardo, deixando uma feição desagradável em seu rosto para Mariana.

      – Tudo bem, tudo bem... Não adianta ficarmos brigando por causa disso... Além do mais, esse não é um lugar apropriado pra esse tipo de assunto – Interrompeu Rodrigo, terminando de fumar e jogando o cigarro na grama.

 

         Eduardo ia passar a noite sozinho. Ele adorava quando isso acontecia, seus pais mais uma vez iam viajar a negócios. A casa era toda para ele!

Era uma noite chuvosa, Eduardo decidiu pedir uma pizza, odiava ter que ir pra cozinha preparar alguma coisa.

O garoto conversava com alguns amigos pelo computador enquanto esperava sua tão desejada pizza chegar. Alguns relâmpagos refletiam na janela de seu quarto, pingos fortes batiam na janela. Ventava muito, e por isso sabia que sua pizza ia demorar.

         Depois de aproximadamente vinte minutos, a pizza chegara. O entregador a deu nas mãos de Eduardo. Em seguida o garoto fechou a porta e pôs a pizza na mesa.

Sua casa era consideravelmente grande, tinha um aconchegante sofá de couro, uma televisão de mais trinta polegadas e diversos decorativos espalhados.

Eduardo abriu a caixa de papelão aonde vinha a pizza, um delicioso aroma quente subiu entre suas narinas, causando uma deliciosa sensação.

Aquela pizza de presunto realmente parecia apetitosa, mas algo no canto da caixa atiçou a curiosidade do garoto. Era um papel branco amassado, e algo em caneta estava escrito nele.

Eduardo logo se lembrou da ameaça que Rodrigo havia recebido, e sua feição logo mudou. Seus olhos arregalados mostrava o temor que corriam em suas veias agora.

 

Você acha que nunca vão descobrir?

 

         Eduardo leu todas as letras. E aquilo claramente era uma ameaça, assim como Rodrigo havia recebido.

 

      – Quem é o babaca que está fazendo isso? – Pensou, indo até a janela da sala.

 

Para seu desespero, entre a chuva pôde se perceber um vulto correndo para a garagem de sua casa. Eduardo subitamente fechou a janela e a cortina. Em seguida correu até a porta de vidro da varanda e a trancou.

Sua respiração ficara ofegante, por um momento pensou em chamar a policia.


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