San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 87
163. Os Dias Passam


Notas iniciais do capítulo

Hei, pessoinhas!

Tudo certo? Vamos dar um pulinho no tempo para apressar alguns acontecimentos, que particularmente estou ansiosa para escrever xD

Boa leitura!



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Quando acordei e senti um peso na minha barriga e entre o ombro e o pescoço, abri um sorrisinho e os olhos, vendo a cabeça de Yan apoiada em mim e seu braço sobre o meu tronco. Era a coisa mais fofa que eu já tinha visto. Eu não queria me mexer, porém, minha bexiga estava cheia e eu realmente precisava ir no banheiro ou poderia molhar o colchão.

Devagar, tirei o braço dele de cima de mim ao mesmo tempo que me afastava, tentando não mexer a cama. Me sentei, tendo a certeza de que ele ainda dormia e levantei, notando que Lili e James não estavam por ali. Fui ao banheiro e depois desci para a cozinha, já ouvindo eles conversando.

— Bom dia, donzela — desejou Lili sorrindo, segurando uma xícara perto do rosto, apoiada na ilha.

— Bom dia. — Ri do seu tom e me sentei na banqueta ao lado de James. — Já comeram? — Dei uma olhada para trás, vendo a mesa já posta.

— Não, só fiquei com vontade de tomar café. Fiz agora.

— Já se sente a dona da casa, né? — brinquei.

— Me sinto confortável o suficiente para cozinhar sem alguém daqui por perto. — Deu de ombros.

— Já somos da casa, Bru — comentou James, rindo da Lili.

— Eu sei, estou brincando.

Lili virou o rosto para a porta, e James e eu olhamos também, por reflexo, vendo Yan entrar bocejando. Como era lindo a carinha de sono dele.

— Não tá um pouco cedo para acordar num domingo? — perguntou ele, parando do meu lado.

— Ué, então volta a dormir — respondi rindo.

— Não vou conseguir. E tô com fome.

— Eu vou cutucar o Júlio pra gente comer logo. — James levantou e saiu da cozinha.

Lendo o pensamento uma da outra, Lili e eu já seguimos para a mesa, nos sentando lado a lado. Yan se sentou na cadeira a minha frente e começamos a nos servir. Logo os dois meninos vieram e se juntaram a nós.

Enquanto meu namorado explicava a sensação de pisar em coisas estranhas no mar, fiquei o admirando, pensando em como aquilo poderia ser real. Yan ali, com a gente, na casa do Júlio, era algo que eu nunca imaginaria. Não só ali como em outros lugares. Era uma coisa de louco. Ainda tinha a impressão que era tudo coisa da minha cabeça.

Depois de comer, os meninos foram arrumar a bagunça do quarto e nós duas fomos lavar e secar as louças.

— Você nem tá feliz, né? — questionou Lili, ensaboando as xícaras.

— Nem um pouco. — Ri, a observando.

— Vocês deram uma escapadinha de noite, não foi? — maliciou, e eu corei, mesmo que não tenha sido nada combinado.

— Não, eu fui beber água e depois ele apareceu lá pra beber também.

— Mas com certeza vocês aproveitaram um pouco. Vocês demoraram um pouco pra voltar. Eu acho. Estava meio dormindo, perdi a noção do tempo.

Eu sabia que minha cara ia me entregar de qualquer jeito, então nem adiantaria negar. — Sim, né.

— Hm. Gostei. São espertos. Deram uns beijinhos onde?

— Na escada. Ficamos na mesma altura. — Comecei a secar as louças para tirar o foco da minha cara quente.

— Ah, que lindo! Tá aprendendo. Isso aí, garota!

Dei risada revirando os olhos. — É tudo tão... diferente.

— Sei como é. Dá pra ver a forma que você olha pra ele, e ele pra você. É muito fofo.

— Que droga, eu nem reparo que fico olhando pra ele.

— Sinto lhe dizer, mas você faz uma bela de uma cara apaixonada. — Ela riu.

Resmunguei, e na hora ouvimos conversas se aproximando.

— Ainda estão aí? Nossa — reclamou Júlio.

— Vem lavar, então! — Lili retrucou, oferecendo a buchinha para ele.

— Eu não. Você começou, você termina.

— Então não enche o saco.

Apressamos as coisas e terminamos. Fomos nos trocar e passamos o resto da manhã e tarde na praia. À noite, voltamos para a escola e eu dormi igual uma pedra. Foi difícil acordar na segunda, mas as provas nos esperavam.

Quase todos os dias tiveram provas, e apesar disso não foi uma semana cansativa. Talvez porque eu estivesse apaixonada? Talvez. Mas em todos os momentos, mal via a hora de ver Yan de novo, mesmo entre as aulas. Era tão besta e tão bom.

***

Desliguei o despertador e encarei o teto, sem acreditar que o dia chegou. Parecia que estava tão longe... Foi ontem que voltamos de férias e agora...

Hoje eu completo dezessete anos de vida. Que loucura. E pensar que eu mudei tanto... Passei por tantas coisas. Bobas, mas coisas importantes para mim. Eu não me sentia mais velha, mas de alguma forma sabia que tudo estava mudando aos poucos.

Enquanto escovava os dentes, lembrei do que me esperava. Yan ficou a semana inteira me atiçando sobre o meu presente. Claro que ele não quis dizer o que é, mesmo que ficasse pedindo para que eu adivinhasse.

Estava terminando de me trocar no banheiro quando ouvi a minha porta ser aberta e fechada com força. Me apressei, já achando que tinha acontecido algo e saí, encontrando Lili fazendo cara de inocente que não enganava ninguém, com as mãos atrás das costas e balançando o corpo para frente e para trás.

— O que foi? — perguntei, cautelosamente.

— Vim te desejar feliz aniversário, ué! — Abriu os braços e um sorrisão. — Vem, vem!

Dei risada e fui abraçá-la apertado. Palavras nem eram necessárias. Nos soltamos depois de um tempo, pegamos nossas mochilas e descemos. Comecei a estranhar quando Lili continuou andando em direção ao refeitório, ao invés de esperar os meninos, mas a segui, curiosa para saber o que eles estavam aprontando.

Os meninos já estavam na mesa, e cada um veio me abraçar quando fomos deixar as mochilas lá. Só Yan que ainda não tinha chego. Após os abraçamos apertados, Lili e eu fomos pegar nosso café e voltamos. Começamos a comer, Yan chegou, me deu um abraço por trás e um beijo no rosto.

— Parabéns. Depois falo sobre seu presente — sussurrou no meu ouvido, e nem me deu a chance de responder, pois se ergueu e foi para o outro lado da mesa se sentar.

Notei James e Lili se olhando e os observei.

— O que vocês estão tramando? Melhor falar logo.

— Dá logo pra ela! — exclamou Lili, cheia de energia.

James riu e abaixou, puxando uma caixa média debaixo da mesa, e a colocou sobre o tampo.

— Conseguimos isso em primeira mão. Aproveita.

Dei uma olhada para todos os rostinhos ansiosos que me encaravam e olhei a caixa, tentando imaginar o que era. Ao pegá-la, notei que era pesada. Tirei as fitas adesivas com cuidado, porque não queria rasgar aquele papel de presente bonito, e puxei, vendo a caixa de papelão propriamente dita.

Lili me ajudou, puxando minha bandeja para que eu deixasse a caixa na minha frente. Abri as dobras e puxei a parte de cima. Meus olhos se arregalaram e não pude impedir minha boca de abrir exageradamente.

Peguei aquele livro, passando os dedos pelo título em alto-relevo. Era o livro da Bia. "Através do Tempo". Com capa e contra capa colorida.

— Eu não tô acreditando nisso... — falei, surpresa, abrindo a primeira página, encontrando um textinho escrito à mão.

"Bruna, fico muito feliz em anunciar que você é a primeira pessoa a ter esse livro impresso. Espero que você leve nossos queridos personagens para o resto da vida e aproveite! Feliz aniversário!

Bia."

— Nós fizemos uma vaquinha pra imprimir o livro — disse Lili. — Eu não tinha ideia de como era caro.

— Vocês não precisavam ter gastado tanto, então.

— Não gastamos quase nada — comentou James. — Claro que não vamos falar o valor, mas dividimos entre nós quatro.

— Vocês são os melhores amigos do universo. — Eu não conseguia tirar o sorriso da cara.

— Não acabou não — apressou Lili. — Tem outro livro aí.

Puxei o livro para o lado e me deparei com outro, mais simples, mas que me surpreendeu tanto quanto ou ainda mais. "Através do Tempo – Entre Vidas" estava escrito na capa branca.

— Quê?! Ela terminou?!

— O Bebê ficou enchendo o saco dela, por isso não é a versão definitiva. — Lili riu. — E por isso também ainda não tem capa e é mais simples...

— Mas já é incrível. Eu amei! Não vejo a hora de ler! Ai, muito obrigada. Vocês são demais.

— Você merece. — Ela me abraçou de novo. — Claro que sem a ajuda da Bia, isso não teria sido possível.

— Eu vou agradecer ela hoje. Pode deixar... Amei!

— Quero ler depois de você, hein — disse James.

— Tudo bem, eu deixo você ler. Depois que eu acabar.

Guardei meus novos livros de volta na caixa para não correr o risco de sujar e voltamos a comer. Eu estava muito feliz.

Acabou que Yan não me disse nada sobre o meu presente, então fomos para nossas aulas. Apenas no almoço ele se sentou ao meu lado na mesa.

— Houve um imprevisto e eu não vou poder te dar seu presente hoje — explicou ele, fazendo um bico.

— Não tem problema, depois você me dá. Que tipo de imprevisto aconteceu?

— Hm... Eu pedi pra minha mãe fazer uma coisa, mas ela é cabeça de vento e esqueceu e só foi fazer ontem.

Ele estava tomando todo o cuidado para não me deixar saber o que era o tal presente, e isso só me deixava mais curiosa.

— Você não vai mesmo me falar nada? Uma dica?

— Não. É surpresa. — Sorriu, mostrando a covinha na bochecha. Só aquilo já era um baita presente.

Suspirei, fingindo impaciência. — Tá bom, tá bom.

— Mas, bom, eu tenho algo pra te pedir, só que você não precisa se sentir obrigada a aceitar.

— Assim você me deixa com medo.

Ele riu. — Não é pra tanto.

— Vai, pede.

— Será que você... gostaria de passar o fim de semana lá em casa?

Uau... Dormir lá...?

Yan notou a cara que eu fiz, mesmo que eu tentasse disfarçar. — Não precisa responder agora. Pode pensar, não tenho pressa. Mas não é pra aceitar se você não quiser ir.

— Tá. Tudo bem. Vou pensar.

— Ok. De qualquer forma, vou te dar seu presente no sábado, você dormindo lá ou não.

Concordei e ele me deu um beijo na têmpora.

Ai, ai...


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Notas finais do capítulo

E aí, Bubu deve aceitar ou não? ~até parece que eu não sei o que vocês vão responder kkk

Até mais o/



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