San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 86
162. Primeira Noite


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas!

Vamos nos deliciar com momentos Bryan ♥

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746722/chapter/86

Assim que abri os olhos, lembrei do que me esperava. Abri um sorriso nervoso e esfreguei os olhos, tentando afastar aquela ansiedade boba. Olhei para o lado, e Lili ainda dormia. Tentei voltar ao sono e cochilei mais alguns minutos, acordei, dormi de novo, e depois não consegui mais. Levantei, fui ao banheiro e me troquei. Quando desci, vi Alex no sofá e me juntei a ele, enquanto Michele preparava o café da manhã.

Um pouco depois, fomos acordar a Lili pulando na cama, comemos e arrumamos as coisas. Pegamos uma carona até a casa do Júlio e Leo nos recebeu simpaticamente, como sempre. Como seu filho ainda estava dormindo, ficamos ali na sala conversando enquanto ele jogava. Até Roberta acordou antes e veio ficar conosco. Só meia hora depois, o belo adormecido levantou, foi comer e James chegou. E eu ficava cada vez mais nervosa, ficando ainda mais quando fomos nos trocar.

Enquanto passávamos protetor, ouvimos a campainha tocar. Meu estômago se agitou. Só podia ser Yan. Vi Lili revirar os olhos e rir com a minha reação.

— Vai lá receber seu namorado, já tô acabando.

Como eu já tinha colocado o short e a regata, a deixei no banheiro e desci, encontrando Júlio apresentando Yan para seus pais. Ele me viu quando eu estava descendo as escadas e sorriu, e eu não pude deixar de sorrir de volta.

Ele veio me encontrar no último degrau e nos abraçamos rapidamente, mas apertado.

— Achei que tinha se perdido — brinquei assim que nos afastamos.

— Não, só dormi um pouquinho a mais do que devia.

— Ah, sei... Daqui a pouco vamos sair. Já comeu?

— Sim. Só preciso me trocar.

— Mostra onde é o quarto, Bru — disse Júlio. — Eu vou limpar a areia dos gatos e já saímos.

— Tá. Vem. — Segurei a mão de Yan e o puxei escada acima. Quando entramos no quarto, Lili estava guardando suas coisas na mochila e os dois se cumprimentaram.

Yan deixou a mochila em cima da cama e tirou suas roupas. Eu expliquei onde era o banheiro e ele saiu. Lili só me lançou um olhar e um sorrisinho malicioso e me deixou sozinha. Não demorou muito para que o meu namorado voltasse e guardasse suas outras roupas. Não pude deixar de ficar com vergonha, já que ele estava apenas de bermuda.

— Passa protetor nas minhas costas? — pediu ele, me estendendo uma embalagem de protetor solar fator sessenta.

Sem dizer nada, peguei, despejando uma boa quantidade na palma da mão e comecei a espalhar em suas costas, já sentindo o rosto esquentar. Era a primeira vez que eu o tocava daquele jeito. Passei nas costas, lombar, cintura, parte de trás dos braços, ombros, nuca...

Ele virou e eu continuei a passar no pescoço, atrás das orelhas e, para disfarçar um pouco, melequei a ponta do seu nariz.

— Pronto.

— Já passou? — Deu risada, tirando o protetor dali e passando no meu.

— Sim.

— Então vamos aproveitar o dia na praia. — Yan se aproximou e me deu um beijinho na boca, e antes que ele se afastasse, segurei seu rosto e estendi um pouco mais aquele contato. Acabamos sendo interrompidos por um berro da Lili lá de baixo, nos apressando.

Descemos rapidinho e saímos. Caminhamos conversando, bem animados, por finalmente ter um dia de calor e voltar a ter um bronzeado decente. Quando chegamos na areia, observei Lili tirar as roupas, e James, sua camiseta. Suspirei e fiz o mesmo, percebendo que eu não estava tão envergonhada quanto achei que estaria.

— Quem vai primeiro? — perguntou James.

— As damas primeiro, claro — respondeu Lili, me puxando pela mão, nem me dando tempo de falar algo.

Fiquei imaginando se Yan ficou me observando e, sem aguentar de curiosidade, olhei para trás. Ele estava conversando com os meninos, e das três olhadas que eu dei até chegarmos na água, ele não virou nenhuma vez. Eu não sabia se ficava feliz ou não.

A água estava gelada, como sempre era quando entrávamos. Aproveitamos um pouco, até acostumar com a temperatura, e voltamos. Novamente, não recebi nenhum olhar. Quando comecei a ficar neurótica sobre ter feito algo errado, me sentei na toalha ao lado do Yan e ele segurou minha mão, me dando um beijo rápido no rosto e reclamando do salgado, sendo que eu nem tinha molhado a cabeça, e foi nadar com os meninos.

Lili deitou de barriga para cima e eu fiz o mesmo. Dei uma olhada para baixo, querendo ver como eu ficava e ajeitei o biquíni para que nada ficasse aparecendo.

— Você tá muito neurótica com o corpo, Bru. Você tá ótima — sussurrou Lili, de olhos fechados. — Tem medo do quê?

— Nada, ué. É só... Sei lá. Não sei explicar.

Ela deu uma risadinha. — Eu sei como é. Dá uma insegurança. Eu vi que ele não ficou te olhando enquanto a gente ia nadar. Não queria te deixar com vergonha.

Ah... Faz sentido.

Algum tempo depois, senti alguém se sentando ao meu lado, e eu abri os olhos, vendo Yan ajeitando a toalha para deitar do meu lado.

— Mas já? — questionei, surpresa por ele ter voltado logo.

— Sim. Depois a gente vai lá junto.

Sorri e demos as mãos, virando o rosto para o céu para pegar sol. Os meninos voltaram uns dez minutos depois, e Yan me puxou para a água. Quando o nível estava em nossas cinturas, ele me puxou para seus ombros e começou a nadar comigo nas costas. Me prendi bem ao seu corpo, cruzando as pernas em sua barriga e abraçando seu pescoço.

Quando ele se cansou, me puxou para frente, sem me soltar, ficando com os nossos rostos próximos. Eu demorei para perceber que o calor que eu sentia na cara não era por causa do sol.

— Hoje tá um dia muito bonito — comentou ele, apoiando os braços na minha cintura.

— Verdade. Ainda bem. Nosso primeiro dia na praia.

— Ah, mais ou menos. Nós já fomos na praia, só não nadamos.

— Hm... É mesmo. Molhamos os pés e ficamos cheios de areia.

— É. Eu sempre ficava me lembrando daquele dia, quando estava em São Paulo. Ficava imaginando coisas que eu poderia ter feito.

— Tipo o quê?

— Ter te enchido de beijos, ué. — Sorriu e me deu um beijinho rápido.

— Teria sido muito bom.

— Teria, mas agora posso fazer isso quantas vezes eu quiser.

Yan me abraçou apertado, e eu devolvi o aperto em seu pescoço. Fiquei envergonhada por estar tão perto dele, praticamente grudados naquela posição, mas como haviam pouquíssimas pessoas por ali, não me preocupei tanto.

Um tempo depois, voltamos para a areia e ficamos o resto do tempo tomando sol. Na hora do almoço, fomos para casa, almoçamos, ajudamos na louça e ficamos por lá, jogando videogame, comendo salgadinhos e dando risada. No começo da noite, Roberta e Leo arrumaram as coisas e partiram para o bar, nos deixando sozinhos.

Nem demoramos para arrumar os colchões no quarto do Júlio, já que estávamos cansados de tanto nadar. Júlio e James dividiram a cama, Lili em um colchão de solteiro e outro de casal, comigo e Yan.

Apaguei bem rápido, porém, acordei minutos depois com a garganta seca. Provavelmente meu corpo estava sentindo a desidratação por causa do sol.

Com toda a preguiça do mundo, me arrastei para a ponta do colchão, tentando não mexer muito e levantei, calçando os chinelos. Andei pelo corredor levemente iluminado e desci, indo para a cozinha e direto para a pia. Peguei um dos copos que estava no escorredor e enchi com água do filtro, tomando tudo em três goles, e ainda enchi mais uma vez.

— Também quero. — Derrubei água em mim com o susto e afastei o corpo, virando e vendo Yan entrando na cozinha.

— Que susto! — exclamei no sussurro, começando a rir da minha reação, ao mesmo tempo que secava a água do queixo e boca.

— Foi mal. — Riu baixinho, pegando outro copo e enchendo.

Terminei de tomar e lavei o copo, o colocando de volta. — Você também tá se sentindo mais desidratado que uva passa?

— Mais ou menos. — Bebeu e encheu mais um pouco. — Posso te deixar molhada, se quiser. — Indicou o copo, e aí fez uma cara engraçada, como se pensasse no que disse.

— Que foi? — perguntei rindo.

— Nada. — Terminou, lavou o copo e deixou no lugar. — Vamos? — Concordei, ele segurou minha mão e andamos para a sala.

Havia pouca luz que entrava pelas janelas da sala, então estava bem escuro, o que me deixava bem inquieta estando ao lado do Yan. Comecei a sentir uma vontade grande de ficar um tempo ali com ele, e só de pensar nisso, meu coração começou a bater mais rápido.

Bom, qual era o problema de aproveitar um pouquinho?

Pisei primeiro no degrau e me virei para ele, segurando seu rosto e lhe dando um beijo singelo. Ficamos na mesma altura. O senti rindo e, ao mesmo tempo que me beijava de volta, segurou meu rosto com uma mão e a minha cintura com a outra.

Aquele beijo se tornou mais apaixonado sem que eu percebesse. Senti as bochechas quentes, depois a nuca, os ombros e costas, as mãos, e logo o corpo todo estava daquele jeito. Só havia o som das nossas respirações baixas e uma coisa ou outra vindo de nossas bocas se movendo, e aquilo me causava sensações que eu nem sabia descrever, igual a mão dele que deslizava da cintura para parte das costas. Eu me sentia quase culpada em desejar que ela explorasse mais lugares. Era como se tudo estivesse sensível e pedisse por mais toques.

Em uma reação quase automática, me ergui um pouco, quase ficando na ponta dos pés, enquanto minhas mãos iam para os cachos escuros do Yan. Senti um arrepio na pele quando as mãos dele desceram para os meus quadris, nem forte e nem fraco demais.

O sono já não estava mais ali, nem sabia o que era aquilo. Eram tantas sensações ao mesmo tempo que eu não sabia em qual prestar mais atenção. Porém, tinham algumas coisas que eu nunca tinha sentido antes que estavam se sobressaindo. Estavam... queimando?

Yan terminou o beijo e se afastou um pouco, dando um suspiro, e depois um sorriso. Dei um sorrisinho envergonhado, parando para pensar nas coisas que fiz.  Lhe dei um selinho, segurei sua mão e comecei a subir na frente, querendo esconder a cara. Felizmente o quarto estava escuro o suficiente para não ver nada a não ser algumas silhuetas dos móveis, e eu rapidamente me deitei.

Ainda estava sentindo tudo, como se as mãos de Yan ainda estivessem em mim. Era impressão minha, ou... eu tinha deixado um xixizinho escapar? Não, não poderia ser isso, eu teria percebido...

Ao deitar do meu lado, Yan colocou o braço em baixo do meu pescoço, e eu apoiei a cabeça em seu ombro, deixando o braço atravessado em seu peito e fechei os olhos, suspirando, feliz. O senti dar um beijo em minha testa e eu sorri, tentando, assim como sempre, memorizar aquele momento, o que não seria difícil. Nem um pouco.

Acabei demorando para dormir. Ainda me sentia enérgica, mesmo quando notei que ele dormira antes. Comecei a fazer carinho em seu peito conforme pegava no sono e logo parei, adormecendo.

Em determinado momento, acordei quando me virei, sentindo Yan me abraçar, deitando de conchinha. Era engraçado como eu me sentia acolhida em seus braços, até parecia que era pequena demais. A sensação de intimidade e carinho era quase palpável, e eu dormi mais uma vez, dando um sorriso sonolento.

A nossa primeira noite juntos não poderia ser melhor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bru está descobrindo coisas novas, hein ( ͡° ͜ʖ ͡°)

Espero que tenham gostado! Até mais o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.