San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 55
131. Término


Notas iniciais do capítulo

Hei, pessoinhas!

Demorei, mas cheguei. Acabei de terminar de escrever o capítulo.

Algumas pessoas vão ficar felizes, outras tristes, ou meio felizes e meio tristes. Me contem depois kkk

Boa leitura!



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Felizmente, eu já estava muito melhor quando chegamos na casa de James. Ele até tinha avisado seus pais sobre mim, para caso eu ficasse mal de novo, porque assim eles me levariam ao pronto socorro, caso necessário. O que não foi.

Terminamos o dia rindo mais do que sei lá o quê na sala, novamente com os colchões na frente do sofá. Foi uma noite maravilhosa, muito necessária para me fazer esquecer do ocorrido.

Assim que terminamos de tomar café, na terça, em pleno feriado de carnaval, fomos colocar nossas roupas de banho e ir para a piscina. As dez horas da manhã, o sol já estava tão ardido quanto no dia anterior.

Tomamos um bronze, nadamos, almoçamos, ajudamos com as louças e voltamos à piscina, ficando deitados no chão, tomando um pouco mais sol do meio da tarde.

Ouvimos a campainha tocando, e uns minutos depois, Lúcia, a mãe de James, veio o chamar, dizendo que Erica havia chego.

— Você chamou ela? — Lili perguntou.

— Não... — respondeu, pensativo. — Ela nem me mandou mensagem nenhuma... — Levantou e entrou.

Lucas e Lúcia estavam conosco na piscina, brincando. O pai de James estava viajando.

Montei nas costas de Bernardo enquanto ele nadava, e Lucas quis fazer o mesmo com Júlio, o que fez os dois rirem tanto que engoliram água.

Lili avisou que iria no banheiro e entrou, só que voltou rápido demais com uma cara estranha.

— Que foi? — questionei assim que ela entrou de novo na água.

— Os dois estão quebrando o pau lá dentro — falou, surpresa.

— Ué, por quê? — Júlio se aproximou para ouvir melhor, já sem Lucas em seus ombros.

— Não sei, não prestei atenção, quando entrei já ouvi a Erica falando alto e voltei, não queria atrapalhar... O negócio estava feio.

— Mas por que diabos ela ia brigar com ele? — Bebê falou.

— Não faço a ideia. Quem é o chato nessa relação é ela. James nunca faz nada de errado.

Ficamos com aquele ar um tanto pesado e pensativo, esperando James voltar junto com Erica, já resolvidos. Mais de dez minutos depois, ele voltou, sozinho, com uma cara de cansado.

Nós quatro ficamos o observando enquanto se aproximava e entrava na piscina.

— O que aconteceu? — Lili foi a primeira a começar o interrogatório.

James a olhou, pensativo, ficando assim uns segundos. Abriu a boca, como se tentasse achar as palavras. — ... Ela terminou comigo.

— Quê?! — Todos disseram ao mesmo tempo, surpresos.

— Ela... — E riu, de forma inconformada. — Ela disse que eu traí ela com a Bru.

Os olhares foram para mim rapidamente.

— Ela bebeu? — Lili falou, incrédula.

— Eu estava achando que sim. — James puxou os cabelos molhados para trás. — A amiga dela viu eu e a Bru abraçados ontem no bloco de carnaval...

Senti minha boca abrindo levemente, totalmente chocada. — Mas...

— Sim, eu expliquei que você estava passando mal — exclamou. — Pelo jeito a amiga dela nos seguiu até a escola, é mole? Deve ter contado até quantas vezes a gente riu no caminho.

— E a Erica acreditou nisso tudo? — Júlio falou.

— Claro, né. Foi a amiga dele que viu... Ela não acreditou em mim.

— Por que você não nos chamou? A gente podia ter confirmado... — Lili disse, impaciente.

— Ela nem me deixou fazer isso. Não queria ouvir desculpas... E sei lá o quê, estava cansada disso porque era óbvio que eu sentia algo pela Bru e que era só questão de tempo de eu fazer alguma coisa.

— Meu Deus... Você não quer que eu vá falar com ela, na escola? Posso tentar, pelo menos.

James suspirou, desanimado. — Não, deixa quieto. Duvido muito que ela vai acreditar em você...

Lili tocou seu ombro, também chateada.

Eu não sabia o que dizer. De certa forma, a culpa foi minha e também não foi. Eu realmente estava mal...

— Sinto muito, James — pedi, sem graça.

— Nem se atreva a pedir desculpas, Bru. — Ele me olhou seriamente. — Você estava mal, o que eu ia fazer? Te deixar andando sozinha? E se você desmaiasse de novo? Não, nem vem.

— Ele tem razão — concordou Lili. — Você não tem culpa. A Erica é uma idiota insegura. Perder um namorado maravilhoso desse... É uma louca mesmo.

— Lili... — James a repreendeu, mas acabou sorrindo.

— Olha pelo lado bom, não vai mais ter alguém te enchendo o saco por sair sem ela. — Bernardo falou e eu lhe dei uma cotovelada. — O quê? É verdade.

— Caramba, agora só eu estou namorado... — Júlio disse, de repente. — Que chato.

— Se está achando ruim é só terminar. — Bebê riu.

Todos acabaram rindo.

— Vai, esquece isso. — Lili jogou água em James. — Estamos aqui para alegrar seu dia.

Ele retribuiu, rindo. — Eu sei.

Apesar de estar chateado, James ficou conosco, tentando se distrair. E o melhor é que todos faziam ele rir, cheios de apoio e querendo que ele ficasse bem.

Um pouco mais tarde, enquanto estávamos na cozinha, dando uma ajuda com o jantar, James começou a cortar cebolas, enquanto sua mãe fazia feijão.

— E o que a Erica queria hoje mais cedo? Ela não quis ficar?

Eu estava sentada no balcão perto deles, picando alguns tomates para a salada e os observei.

— Ela... terminou comigo. — James respondeu, dando de ombros.

— O quê?! — Encarou o filho, abismada. — Como assim, James?

— Por que esse espanto todo? — Ele estranhou.

— Essa menina é doida por você. Como terminou assim, sem mais nem menos?

— Ela achou que eu estava a traindo com a Bru, porque uma amiga dela nos viu abraçados ontem no bloco e indo para a escola.

Lúcia permaneceu com a boca um pouco aberta, mesmo mexendo o feijão na panela de pressão, sem acreditar naquilo.

— Em que universo o meu filho trairia a namorada?! Ela está completamente maluca.

James deixou escapar um sorriso. — E ela disse que era questão de tempo até eu largar ela para ficar com a Bru.

— Meu Deus do céu... — resmungou, negando com a cabeça.

Ele riu e percebeu que eu estava olhando, e também negou, dando uma revirada de olhos a lá Lili e eu lhe de um sorriso de apoio.

Depois que jantamos todos na varanda, com música de fundo e risadas, lavamos as louças e juntamos novamente os colchões na sala.

E como brincamos muito na piscina, estávamos completamente exaustos. Assim que deitamos, lá para as dez da noite, Lili e Júlio foram os primeiros a capotar. Depois, Lucas e Bebê, que dividiam um colchão.

Aqueles dois estavam bem amigos, o que me surpreendeu um pouco.

James desligou a televisão e voltou a deitar ao meu lado, no colchão que dividia com Júlio. Suspirou e me deu um sorrisinho.

— Você está bem? — perguntei, sussurrando.

— Acho que sim. — Se deitou de lado, de frente para mim.

Também fiquei de lado. — Ajudamos um pouco a te animar?

— Claro. Com certeza não seria a mesma coisa sem vocês aqui. — Sorriu. — Eu percebi os esforços, principalmente da Lili quando começou a contar piada sem graça. Era tão sem graça que ficava engraçada.

Eu ri baixinho. — Quando precisamos lembrar de coisas engraçadas, só lembramos das piadas ruins.

— Isso é verdade... — Ficou de barriga para cima, encarando o teto. — Eu acho... que se vocês não estivessem aqui... Eu teria ficado no quarto, quieto.

— Fazendo nada?

— Sim. Tipo, eu não estou super triste, só... estou chateado. Eu sei que nosso namoro não estava o melhor do mundo... Eu estava cansando, só não queria terminar de fato. Sei lá, é um pouco confuso.

— Estou vendo.

— A pior parte vai ser que os amigos dela vão me olhar torto, e provavelmente para você também. — Me olhou. — É bem provável que a maioria deles já fosse a favor desse término.

— Por quê?

— Não sei... Alguns pareciam não gostar quando eu estava no meio do grupo. Na realidade, tinha um menino que parecia gostar da Erica, então sempre que eu estava com ela, ele me olhava de um jeito bem...

— Ciumento?

— É, pode ser.

— Que coisa chata... Você nunca falou sobre isso com ela?

— Para quê? Eu não queria que ela se afastasse dos amigos. E ia parecer que eu era o maníaco ciumento e dar mais motivos para eles não gostarem de mim.

— Hm... É, realmente.

Ele suspirou. — Bom, agora o jeito é seguir a vida... E aguentar os olhares raivosos deles sobre mim. — Deu uma risada.

— Estaremos juntos, pelo jeito. — Também ri.

— Duvida quanto que a Lili vai dizer para andarmos de mãos dadas só para provocar?

— Não duvido absolutamente nada. Não sei se acho que essa ideia é engraçada ou sacanagem.

— Sacanagem foi o que eu passei com esse rolo, isso sim. — Me deu uma cotovelada de leve, brincando.

— Ai, desculpa aí. — Dei risada.

— Enfim, não quero pensar nisso antes da hora chegar. Na quinta veremos isso. — Bocejou. — Boa noite.

— Boa noite.

James virou de barriga para baixo, esticando os braços debaixo do travesseiro e afundando metade do rosto na almofada.

Tadinho... Ele não mereceu isso... A Erica poderia ter mais senso.

É difícil eu ter raiva das pessoas, mas ela conseguiu me fazer ter raiva dela.

Bom... Só posso torcer para que James fique bem. Mas com certeza vamos estar ali por ele e ajudar no que for preciso.

Afofei meu travesseiro e fechei os olhos, dormindo rapidamente.


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Notas finais do capítulo

~Abraçando James com todas as minhas forças do meu ser :

Até semana que vem o/



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