San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 39
115. Relembrando + Muitos Beijos


Notas iniciais do capítulo

Hei, pessoinhas! Tudo certo?

Mais um capítulo do baile, e agora sim, senhoras e senhores, teremos Bruyan para dar e vender ♥

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746722/chapter/39

Segurei o pescoço do Yan com as duas mãos, e ele minha cintura, enquanto mais uma música começava.

Closer... Closer... Closer... Closer...

Turn the lights off in this place, and she shine like a star, and I swear I know her face, I just don’t know who you are. Turn the music up in here. I still hear her loud and clear. Like she’s right there in my ear, telling me that she wants to own me, to control me. Come closer, come closer…

Oh I just can’t pull myself away, under her spell I can’t break. I just can’t stop… — cantei de olhos fechados, aproveitando a sensação da música.

— Você fica tão bonitinha cantando as músicas. — Yan comentou e eu corei.

Abri os olhos na hora, o vendo me observar. Balancei a cabeça, envergonhada.

Ele sorriu. — ... Under her spell I can’t break, oh I just can’t stop… — cantou, baixando o tom da voz e se aproximando.

Acabei rindo antes de beijá-lo.

Daqui a pouco meu coração falharia, já que acelerava de forma tão repentina.

Toquei seu cabelo, sentindo a macies dos fios. Deslizei os dedos por seu maxilar, vendo como sua pele era macia, igual de bebê.

Era tão bom estar assim com ele. Eu me sentia querida. Ele fazia com que eu me sentisse assim, então eu queria que ele sentisse o mesmo.

Segurei as laterais de seu rosto e inclinei um pouco mais a cabeça. Nossos lábios se enroscavam suavemente e a mão dele também foi para o meu rosto, fazendo um carinho delicado em minha bochecha.

Suspirei inconscientemente, o que me fez corar mais do que o normal. Parecia que tudo o que eu sentia por ele estava sendo liberado naquele momento, de uma vez.

Aquele suspiro nada mais era do que amor, uma paixão que eu sentia em cada parte de mim e que eu queria mostrar, mesmo que ele não se sentisse da mesma forma.

O perfume dele enchia meu peito, e eu queria que ele ficasse ali sempre que eu sentisse saudade. Era um aroma que eu tinha certeza que nunca esqueceria completamente, e mesmo que esquecesse, se o sentisse de novo, sentiria tudo o que eu estou sentindo nesse momento.

Esse baile não poderia ser mais perfeito para mim.

Deslizei as mãos para baixo e abracei sua cintura, e Yan me deu um último beijo simples.

— E agora, como está sendo o seu baile? — Ele questionou, ainda com o carinho em meu rosto.

— Se eu disser que perfeito, será que é exagero?

Ele sorriu. — Acho que não, se para você está, por que seria exagero? O importante é o que você acha.

— Então está perfeito. — Ri. — E para você?

— Mais do que perfeito. Menos do que isso, seria mentira.

— De verdade?

— Claro. Olha só o que está acontecendo, você já parou para analisar?

— Mais ou menos, eu acho. Mas como assim?

— Estamos juntos, de verdade, não por causa do teatro. Estamos abraçados, nos beijando... Tem ideia de quanto tempo faz que isso deveria ter acontecido?

— Hm... não sei, me conta você. — Eu nem sabia o que dizer!

— Vamos ver... — Olhou para cima, fazendo graça. — Talvez uns... sete meses?

— Tudo isso? — Fiquei surpresa. Eu nunca tinha parado para pensar no tempo.

— Sim. Eu achei que nós iriamos... nos beijar, naquele dia que eu te trouxe aqui no ginásio.

Santo Cristo! — Eu... também achei — admiti, morrendo de vergonha.

Ele riu. — Eu pensei muito naquele dia, enquanto estávamos aqui deitados no chão, mas eu sabia que não seria certo, que as coisas iriam acontecer quando tivessem que acontecer. Ou mesmo no dia do museu, quando estávamos naquela seção de filmes antigos... De certa forma, eu sabia que você não estava pronta.

— E como sabia?

— Só pela forma que você reagiu quando eu beijei aqui. — E ele deu um beijo rápido no canto da minha boca. — Lembra? — Começou a rir e eu quis esconder minha cara em chamas.

Afirmei, balançando a cabeça. — Eu... fiquei com tanta vergonha.

— Eu sei. Você deu uma travada na hora e eu até me arrependi um pouco. Mas só um pouco.

Dei risada. — Ah é?

— Sim, mas eu precisava avançar as coisas aos poucos, não tive outra opção, sabe? — disse, brincalhão.  — Mas depois, eu fiquei achando que você ficou feliz com isso. Preciso até admitir uma coisa.

— O quê?

— Depois que eu chamei você para ir na livraria, no dia seguinte... eu vi você dançando no seu quarto.

Gelei e encarei seu peito, travada.

Ai-meu-Deus...! ELE ME VIU NAQUELE DIA. SOCORRO.

— Você estava dançando na frente da porta, como eu não ia ficar olhando? — Ele disse rindo, tentando se justificar.

Tapei o rosto com as mãos e encostei em seu peito, e ele me abraçou.

— Não vou pedir desculpa porque eu não me arrependo nem um pouco. — Riu mais ainda. — Estava tão fofinha.

— Chega, pelo amor de Deus — supliquei.

— Ok, ok. Olha aqui. — Puxou minhas mãos e me olhou. — Não adianta esconder a cara agora, já aconteceu e eu vi. Pronto, só isso. — Deu um beijinho carinhoso em mim.

Suspirei meio rindo. — Tá bom, tá bom.

— Lembra do dia da livraria? Como você foi meu amuleto da sorte?

— Lembro... Mas foi pura sorte.

— Não acho que foi. Enfim... Depois do feriado tivemos nosso ensaio particular...

É... onde nos beijamos de verdade pela primeira vez... Lembro como se fosse ontem. — Sim... Eu fiz o favor de bater nossos dentes.

— Aquilo foi um charme, você estava tentando me seduzir.

Ri alto. — Eu nunca diria algo assim, mas que bom que você vê dessa forma.

Ele riu. — Pois é... Depois daquele dia eu percebi que você se soltou mais. Parecia mais confiante, confiante até demais, já que também beijou o James... — Ele desviou o olhar.

Lembrar dessas coisas era vergonhoso demais, nossa senhora. — Uma hora eu tinha que beijar ele, ué... Você ficou com ciúmes...?

— Claro que fiquei — falou rindo. — Mas eu sabia que era bobo da minha parte. É que por um momento, eu tinha esquecido de que você teria que beijá-lo também, e aí quando vi, fiquei... — Fez uma careta de chocado.

— Não tinha outro jeito.

— Sim... ainda mais depois que ele te deu um beijão que deixou todo mundo de boca aberta.

— É... eu também fiquei... surpresa.

— Eu sabia que o James atuava bem, ele fez do jeito certo, eu que achei que ele fosse pegar leve com você, mas ele foi direto ao ponto. Metade de mim ficou impressionado e a outra, enciumado.

Caramba... ele estava contando tudo. Coisas que eu nunca pensei que ele estava sentindo ou pensando.

— Eu... fiquei pensando se você teria ficado com ciúmes... Quer dizer, a Lili falou que sim, pela forma que você... me beijou no outro ensaio.

— É...bom... — Deu uma coçadinha na bochecha, envergonhado. — Eu não devia ter feito aquilo. Eu fiz mesmo porque queria que você... me sentisse também. Eu queria que você me notasse, digamos assim.

— Mas... por quê? Te notar mais do que eu já notava? — Lancei aquilo sem perceber e mais uma vez a cara ardeu. Ele riu.

— Sim, ainda mais. Eu fui bem egoísta... Eu não queria que você ficasse tão “focada” no James e esquecesse de mim.

Eu estou na dúvida se isso é fofo ou bobo. — Uau...

— É besta, eu sei. — Deu de ombros.

— Não é tanto assim.

— Depois disso tudo, veio o campeonato... E eu fiquei muito surpreso com toda a sua habilidade. Posso dizer que fiquei ainda mais encantado por você.

Eita! — Por quê?

— Eu vi um lado seu que eu ainda não tinha visto. Eu ria sozinho lembrando de você devolvendo minhas provocações, de você jogando, toda concentrada e habilidosa... Foi uma ocasião que me permitiu ver outros lados seus. E claro que eu gostei de todos.

Ele estava tirando o dia para me deixar com vergonha, não era possível. Mas é lógico que estava amando tudo aquilo.

— Mas tem noção de como eu fiquei preocupado quando você se machucou? — Neguei. — Eu estava na arquibancada, todo feliz porque vocês tinham ganhado o primeiro set... Você ia pegar uma bola quase perdida, ia ser lindo, mas aí você cai com tudo. Eu até levantei na hora. — Deu uma leve risada. — Quando vi que você não levantou, me deu um nó no estômago. Fiquei com medo de que tivesse batido a cabeça ou algo assim, mas você se sentou e eu fiquei um pouquinho aliviado, e eu vi que você não estava colocando o pé no chão.

— A dor que eu senti foi horrível... — Foi só o que eu consegui dizer depois daquela confissão.

— Quando o time se juntou ao seu redor, fiquei ali querendo saber o que tinha acontecido. Assim que a professora e o Júlio te levaram para o banco, eu desci e fiquei atrás de você, tentando saber o que aconteceu.

— Foi aí que a professora te chamou para ajudar. — Me lembrei de vê-lo de repente do meu lado.

— Sim. Eu não poderia deixar uma dama indefesa e machucada sozinha, eu precisava fazer algo.

— Ai, que cavalheiro — brinquei, sorrindo.

— Eu tento... Então tivemos a nossa saída no meu aniversário, que você e os outros me pegaram direitinho.

— É mesmo! Foi engraçado... eu sofri para te distrair.

— Sério? Bem que eu percebi que você estava estranha.

— Teve uma hora, quando estávamos na papelaria, no corredor dos sketbooks, que o Gabriel e uma amiga de vocês entrou e não nos viram. Eu tive que aproveitar da sua distração, ficar atrás de você e balançar os braços igual uma louca para que eles vissem a gente.

Yan começou a rir. — Como eu queria ter visto isso!

— Não mesmo! Foi vergonhoso, ainda bem que não tinha ninguém lá. Mas o importante é que deu certo, eles nos viram e saíram de fininho.

— Uau... olha só. E depois? Você com a história da presilha, e no final ela estava no seu cabelo. — Ele brincou com os fios soltos do meu cabelo.

— Foi a ideia que eu tive na hora... Não sabia como ia fazer para te puxar para o teatro sem ficar suspeito.

— Sinceramente, ficou suspeito sim, mas não por causa da surpresa, eu achei, pelo menos. — Me roubou um beijo de alguns segundos.

— Suspeito como? — perguntei quando nos afastamos um pouco.

— Porque você me falou que tinha esquecido a presilha lá, e depois eu lembrei que você tinha sido liberada do ensaio por causa do pé... Eu achei, por uns segundos, que a sua ideia inicial era me roubar uns beijos.

Eu ri. — Eu fiquei tão nervosa...

— Eu percebi quando peguei sua mão.

Lembrei daquela sensação, no frio do estomago que senti quando ele fez aquilo, e depois fiquei me perguntando o que ele ia fazer.

— E o que... você ia fazer?

— Eu ia te beijar, ué. Estava tudo conspirando para que finalmente eu te seduzisse, mas a festa surpresa estragou tudo.

Sorri balançando a cabeça. — Ia mesmo?

— Ia, eu jurava que apesar de você ser tímida, tinha feito aquilo só para conseguir ficarmos sozinhos... Mas no final eu estava errado.

— Não que eu não quisesse ficar sozinha com você... — acrescentei timidamente.

— Eu sei. — Sorriu e tocou meu rosto. — Mas tudo bem, foi um ótimo aniversário.

Sorri e também toquei seu rosto. Nos aproximamos e nos beijamos mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O YAN TIROU O DIA PARA NOS DEIXAR SEM PALAVRAS, ISSO SIM!

Ai, gente, como não se apaixonar por esse menino ainda mais? Impossível.

Ele decidiu falar tudo, olha só! Ninguém esperava por isso.

Teremos mais lembranças no próximo capítulo, então não percam!

A única música mostrada foi:

Closer - Ne-yo

Estão gostando desse baile? Eu tô amando esse chamego desses dois :3

Agora, se vocês também estão amando os dois juntinhos, venham comentar! Quero muito saber suas reações, de verdade!

Espero muito que estejam gostando e nos vemos na semana que vem! o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.