San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax
Notas iniciais do capítulo
HEI XUXUS! Tudo certo?
Primeiro de tudo!
OBRIGADA SUPORTE POR ME AJUDAR! Quem eu seria sem vocês! ♥
Como vocês sabem, os dois volumes do livro têm o mesmo nome, e a tchonga aqui não viu que estava no volume dois e colocou pra finalizar a história kkkk (eu chorei na hora) achei que era o volume um... Enfim. Mandei um help pro suporte e eles editaram pra mim ♥
Acreditam que eu buguei na hora de escrever a palavra "asfixiar"? Quando eu estava escrevendo buguei total kkkkkk axficiar? Axfixciar? O quê? kkkkkkkkk
Bom, chega de papo.
Boa leitura!
No dia seguinte, Lili não acordou atrasada e descemos no horário.
Estávamos nós tomando café, quando uma mochila bateu na mesa, e olhamos para cima ao mesmo tempo, vendo Júlio ali.
— E aí — disse com a voz anasalada, e sentou ao lado do James.
— Você não parece melhor. — James riu.
— Era isso ou ir pro hospital. — Seu nariz estava avermelhado, e tinha olheiras levemente roxas debaixo dos olhos.
Lili também o olhava, mas suspirou baixinho e voltou a comer.
— Não vai comer? — James quis saber.
— Não. Comi em casa. Vou levar minha mala. — Levantou e saiu, andando devagar pro jardim.
— Ele me ignorou. — Bernardo me olhou, parecendo indignado.
— Estamos iguais. — Lili comentou.
— Acho que ele tá mais pra lá do que pra cá. — James falou. — Deve ter tomado remédio e tá meio lerdo.
Eita. Como será que ele vai ficar com a Lili?
Assim que o sinal tocou, ele voltou. Júlio parou atrás da cadeira dele e olhou pro Bebê.
— Como o Yan tá diferente. — Riu e fungou.
Lili revirou os olhos.
— Esse é o Bernardo — apresentei.
— Ah, o ladrão de celular. — Pegou sua mochila.
Bebê riu. — Esse mesmo.
Júlio balançou a cabeça e foi na frente. Levamos nossas bandejas e subimos. Deixamos Bebê na sala dele e fomos pra nossa.
Entramos, e Júlio estava debruçado na última carteira, no corredor.
James sentou na janela, e eu na frente dele, e Lili do meu lado.
Me sentei e arrumei o material. A aula começou.
Na terceira aula, de inglês, estava concentrada copiando o texto quando o professor Enrique se aproximou.
— Júlio? — O chamou, fazendo todo mundo olhar em nossa direção.
— Ele tá meio mal, professor. — James disse.
— Júlio? — Segurou o ombro dele, e ele levantou a cabeça com cara de sono. — O que você tem?
— Eu... sei lá. Tô tonto.
Enrique colocou a mão na testa dele. — Você tá com febre... Lilian, leva ele na enfermaria — pediu.
Lili tirou os olhos do caderno para olhá-lo com cara de “quê?! Por que eu?!”.
— Por favor. — Puxou Júlio pelo braço.
Ela fez cara de “aff, tá né” largando a caneta na mesa e levantou.
Os dois saíram lado a lado da sala, e eu dei uma olhada pro James, que deu uma levantada de sobrancelha pra mim.
— Prô — chamou James, e Enrique o olhou. — Por que pediu pra Lili ir e não eu?
— Ué, eles não namoram? — Fez uma cara confusa.
Algumas pessoas riram, inclusive eu.
— Não. — James riu.
Enrique fez uma cara de “ops” e voltou pra sua mesa.
***
Fechei a porta da sala e fiquei do lado do Júlio, que andava parecendo que ia cair.
Não falamos nada durante o caminho. Entramos na enfermaria e a enfermeira nos olhou.
— Ele tá com febre — expliquei.
— Vem aqui, querido. — Entrou na sala das macas, e Júlio foi atrás.
Parei na porta e cruzei os braços, encostando no batente, vendo ele se sentar na primeira maca.
— Está resfriado? — Ela perguntou enquanto pegava algo em uma das gavetas do armário.
— Sim.
Ela tirou um termômetro eletrônico da gaveta e aqueles negócios de tirar pressão. Tirou a pressão dele, e depois entregou o termômetro para ele. — Coloca debaixo do braço.
Júlio o pegou e olhou para baixo, vendo o monte de roupa que tinha que tirar do caminho.
Que lerdeza, Deus.
Andei até lá, me sentando na ponta da maca, ao lado dele, e comecei a desabotoar seu casaco.
— O que você tá fazendo? — perguntou alarmado, mas com a voz baixa.
— Você vai demorar cinquenta horas nessa lerdeza. — O fiz tirar o casaco e o suéter. Afrouxei a gravata e abri os primeiros botões da camisa, e vi que ainda tinha outra blusa por baixo. — Vai.
Então ele colocou o termômetro debaixo do braço esquerdo.
— Três minutinhos. — A enfermeira disse, e saiu.
Me virei, ficando quase de costas pra ele e cruzei os braços, esperando.
— Eu ainda tô chateado com você. — Júlio disse baixinho.
Não te perguntei nada.
— Não vai falar nada? — questionou depois de uns segundos de silêncio.
— E o que você quer que eu diga? — Devolvi a pergunta, cochichando.
— Sei lá...! Qualquer coisa — disparou, baixo.
— Se tá achando que eu vou pedir desculpa, vai esperar sentado.
— Lili, você escondeu aquilo de mim...
— E daí? O que isso ia mudar entre a gente? — O olhei.
— Eu achei que você fosse totalmente sincera comigo.
— Tá, e se eu tivesse falado o que ia acontecer?
Ele hesitou e parou uns segundos. — Sei lá, eu ia ficar sabendo.
— E só ia dar mais ataque de ciúmes... — Ele fez bico. — Júlio, sério, contando ou não, nada ia mudar pra mim.
— Pra mim ia. Achei que você me considerasse.
— Mas eu considero. — Acabei rindo de nervoso. — Sinceramente não achei relevante contar. Eu sabia que isso só ia dar briga, mesmo que a gente não tendo nada sério, como aconteceu antes.
Júlio desviou o olhar, cruzando os braços.
O termômetro começou a apitar e ele o tirou. Peguei da mão dele e olhei, me afastando.
— Quanto? — A enfermeira entrou.
— Trinta e oito. — Entreguei pra ela, que olhou também.
— Certo. Vou te dar um remédio pra essa febre abaixar. — Foi até os armários ali do lado e tirou uma caixinha, puxando uma cartela de comprimidos dali. Encheu um copo com água até a metade e deu pra ele, junto com um comprimido.
Ele tomou e devolveu o copo, e ela o deixou na pia e saiu.
O olhei, e percebi que estava tremendo de leve.
— Vai, coloca essa roupa. — Voltei a ficar perto. Fechei os botões da camisa, puxei o nó da gravata pra cima e entreguei o suéter.
Ele o vestiu e colocou o casaco em seguida. Nos olhamos.
— Eu não gosto de ficar brigada, Júlio.
— Se tivesse me contado, não estaríamos.
Suspirei. — Tá, eu devia ter contado. Feliz?
— Não.
— O que você quer?
— Vocês não voltaram a ficar...?
— Não, Júlio, não — respondi rápido.
Ele suspirou. — Tá.
Nos olhamos de novo e eu balancei a cabeça. — Você precisa parar de ser tão dramático.
— Eu não sou dramático — falou fazendo bico.
— Não, eu que sou. — Revirei os olhos.
Júlio deu um pequeno sorriso, e eu segurei o meu.
A enfermeira voltou e disse que ele teria que ficar lá de repouso até ver se o remédio faria efeito.
Decidi levantar e voltei pra sala.
Enquanto ele não aprender a ser menos dramático, não acho que vamos ficar sem brigar...
Será que acabou o encanto pra mim?
***
— Quem sabe daqui uns anos ele não melhora? — James riu depois que a Lili nos contou o que tinha acontecido, na troca de aula.
— É, daqui a dez anos quem sabe, né. — Lili riu.
Júlio não voltou pra aula, e quando fomos almoçar, ele estava na mesa, ainda com cara de morto.
Depois, ele subiu e nós fomos pra quadra. Dessa vez tinha mais gente.
Até Mateus e Gabriel iam participar.
De novo, ficou Bebê e eu na grade.
Mateus deu seu aceno exagerado pra mim, e eu retribuí, rindo.
Acho que Gabriel não tinha me visto, porque Mateus deu uma cutucada nele e apontou pra mim, e só aí ele acenou.
Acenei de volta.
— Eles são sempre assim com você? — Bernardo perguntou.
— Sim. — Sorri. — Desde o dia que eu os conheci. Por quê?
— Nada. — Deu de ombros. — Quem vê de longe acha que um deles gosta de você. Ou os dois.
— Sério? — Arregalei os olhos. — Parece?
— Um pouco. Eles agem muito animados com você... Yan já viu isso?
— Claro que já... Tá com ciúmes? — Ri, brincando.
Ele me olhou com cara de “até parece”, mas colocou o braço nos meus ombros, e me puxou pra perto dele.
Balancei a cabeça, rindo, e passei o braço esquerdo por sua cintura, e apoiei o cotovelo na grade.
Vi Mateus e Gabriel olhando em nossa direção e conversando entre si.
O que será que eles estão falando? Será que acham que o Bebê é mais que amigo? Será que eles contariam isso pro Yan?
— Eles vão ficar olhando até que horas? — Fechou a cara.
— Eu hein, não sabia que você era ciumento assim.
— Você nunca jogou uma calcinha sua neles, né?
— Claro que não! — berrei, ficando vermelha. — Que pergunta é essa?
Ele começou a gargalhar. — Tô te zoando, bocó.
— Oxe, sai fora! — Ri. — Besta.
Bernardo deu uma rápida apertada em mim, e começamos a ver o povo prestes a correr com um pé só.
O resto dos dias passaram.
Na aula de educação física, na quinta, a professora Eliza entregou uma foto para todos do time de vôlei. Aquela foto que tiramos no refeitório.
Eu estava sentada com a perna esticada e com a tala, mas com um sorriso enorme e segurando a medalha, assim como todos ali.
Todo mundo tava feliz. Foi um bom dia. Tirando meu pé machucado, claro.
Na sexta, na última aula, de português, a professora Aline apagou toda a lição da lousa e começou a escrever uma lista.
— O que ela tá fazendo? — Lili perguntou, do meu lado.
— Repelente? — James leu na lousa. — Ela vai falar sobre dengue?
— O que duas toalhas têm a ver com dengue? — Lili devolveu a pergunta.
— Talvez seja pra matar os mosquitos asfixiados. — Júlio entrou na conversa, já rindo igual idiota.
É, os dois voltaram a se falar, mas não voltaram a ficar de gracinha um com o outro.
E sim, ele tava melhor da gripe. Já estava fazendo piadinha e tudo.
— Protetor solar... — Lili lia conforme Aline escrevia. — Itens de higiene pessoal... Trajes de banho... O que vai rolar?
— Será que vai rolar passeio pra um parque aquático?! — James se animou.
— Por que levaríamos nossos travesseiros? — Lili argumentou. — Isso não faz sentido nenhum.
— Vamos dormir dentro d’água. — Júlio riu.
— É, e vamos virar sereias depois. — Ela ironizou.
A professora continuou escrevendo.
Roupas leves para o dia, agasalhos para a noite, pijama... chinelos, tênis adequados para esportes, chapéus/bonés, lanternas, sacos de dormir e barracas...
— Ai meu Deus! — exclamou Lili, com os olhos brilhando.
— Pessoal! — Aline se virou para a sala, sorrindo. — Já adivinharam o que vai rolar?
— Vamos acampar? — Anderson perguntou alto.
— Exato! — E todos comemoraram. — Então, as permissões foram mandadas pros seus pais no final das férias, e pedimos segredo, por isso vocês não ficaram sabendo. Essa lista também foi enviada para eles, mas vocês também precisam saber.
Ela começou a explicar sobre cada item. Todos eram obrigatórios, menos o saco de dormir e a barraca. Só levaria quem quisesse ou já tivesse em casa.
No acampamento tinha chalés com beliches para quem não quisesse ficar nas barracas, que o lugar também emprestava para o povo.
Iremos na próxima quarta e ficaremos até sexta.
Por isso minha mãe enfiou o protetor solar e o repelente na minha mala sem eu saber...
Caramba, nunca fui num acampamento! Deve ser tão legal!
Será que o Yan vai?
Já consigo imaginar a gente em volta da fogueira, com alguém contando histórias de terror, igual em filmes de romance... Aí eu me assusto — ou finjo que me assustei — só pra segurar o braço dele...
Tá, para.
Mas bom... isso se ele voltar.
Ai Deus, por favor, que ele volte pra ir também.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Júlio é dramático? Sim ou claro? shaysgasah
Finalmente descobriram o que vai acontecer! Um acampamento. Eu estava tão animada com isso!
Se não me engano, eu cheguei a escrever um texto sobre esse acampamento em 2016 ou 15, não lembro. Pra vocês verem que essas ideias são bem "velhas". Mas infelizmente eu não sei onde o arquivo foi parar. Pelo menos eu lembro de algumas coisas :B
Aaaaaaaaaa será que vai rolar muita coisa nesse acampa? E o Yan, hein? Ainda não apareceu esse menino! Será que ele vai? Fica a dúvida no ar ~~~~
Animados para o futuro? Muahahaha! Eu tô :B
É isso gente! Obrigada por tudo e até o próximo! ♥