San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 3
79. Resolvidos? + Toalhas Para Asfixiar Mosquitos da Dengue


Notas iniciais do capítulo

HEI XUXUS! Tudo certo?

Primeiro de tudo!

OBRIGADA SUPORTE POR ME AJUDAR! Quem eu seria sem vocês! ♥

Como vocês sabem, os dois volumes do livro têm o mesmo nome, e a tchonga aqui não viu que estava no volume dois e colocou pra finalizar a história kkkk (eu chorei na hora) achei que era o volume um... Enfim. Mandei um help pro suporte e eles editaram pra mim ♥

Acreditam que eu buguei na hora de escrever a palavra "asfixiar"? Quando eu estava escrevendo buguei total kkkkkk axficiar? Axfixciar? O quê? kkkkkkkkk

Bom, chega de papo.

Boa leitura!



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No dia seguinte, Lili não acordou atrasada e descemos no horário.

Estávamos nós tomando café, quando uma mochila bateu na mesa, e olhamos para cima ao mesmo tempo, vendo Júlio ali.

— E aí — disse com a voz anasalada, e sentou ao lado do James.

— Você não parece melhor. — James riu.

— Era isso ou ir pro hospital. — Seu nariz estava avermelhado, e tinha olheiras levemente roxas debaixo dos olhos.

Lili também o olhava, mas suspirou baixinho e voltou a comer.

— Não vai comer? — James quis saber.

— Não. Comi em casa. Vou levar minha mala. — Levantou e saiu, andando devagar pro jardim.

— Ele me ignorou. — Bernardo me olhou, parecendo indignado.

— Estamos iguais. — Lili comentou.

— Acho que ele tá mais pra lá do que pra cá. — James falou. — Deve ter tomado remédio e tá meio lerdo.

Eita. Como será que ele vai ficar com a Lili?

Assim que o sinal tocou, ele voltou. Júlio parou atrás da cadeira dele e olhou pro Bebê.

— Como o Yan tá diferente. — Riu e fungou.

Lili revirou os olhos.

— Esse é o Bernardo — apresentei.

— Ah, o ladrão de celular. — Pegou sua mochila.

Bebê riu. — Esse mesmo.

Júlio balançou a cabeça e foi na frente. Levamos nossas bandejas e subimos. Deixamos Bebê na sala dele e fomos pra nossa.

Entramos, e Júlio estava debruçado na última carteira, no corredor.

James sentou na janela, e eu na frente dele, e Lili do meu lado.

Me sentei e arrumei o material. A aula começou.

Na terceira aula, de inglês, estava concentrada copiando o texto quando o professor Enrique se aproximou.

— Júlio? — O chamou, fazendo todo mundo olhar em nossa direção.

— Ele tá meio mal, professor. — James disse.

— Júlio? — Segurou o ombro dele, e ele levantou a cabeça com cara de sono. — O que você tem?

— Eu... sei lá. Tô tonto.

Enrique colocou a mão na testa dele. — Você tá com febre... Lilian, leva ele na enfermaria — pediu.

Lili tirou os olhos do caderno para olhá-lo com cara de “quê?! Por que eu?!”.

— Por favor. — Puxou Júlio pelo braço.

Ela fez cara de “aff, tá né” largando a caneta na mesa e levantou.

Os dois saíram lado a lado da sala, e eu dei uma olhada pro James, que deu uma levantada de sobrancelha pra mim.

— Prô — chamou James, e Enrique o olhou. — Por que pediu pra Lili ir e não eu?

— Ué, eles não namoram? — Fez uma cara confusa.

Algumas pessoas riram, inclusive eu.

— Não. — James riu.

Enrique fez uma cara de “ops” e voltou pra sua mesa.

***

Fechei a porta da sala e fiquei do lado do Júlio, que andava parecendo que ia cair.

Não falamos nada durante o caminho. Entramos na enfermaria e a enfermeira nos olhou.

— Ele tá com febre — expliquei.

— Vem aqui, querido. — Entrou na sala das macas, e Júlio foi atrás.

 Parei na porta e cruzei os braços, encostando no batente, vendo ele se sentar na primeira maca.

— Está resfriado? — Ela perguntou enquanto pegava algo em uma das gavetas do armário.

— Sim.

Ela tirou um termômetro eletrônico da gaveta e aqueles negócios de tirar pressão. Tirou a pressão dele, e depois entregou o termômetro para ele. — Coloca debaixo do braço.

Júlio o pegou e olhou para baixo, vendo o monte de roupa que tinha que tirar do caminho.

Que lerdeza, Deus.

Andei até lá, me sentando na ponta da maca, ao lado dele, e comecei a desabotoar seu casaco.

— O que você tá fazendo? — perguntou alarmado, mas com a voz baixa.

— Você vai demorar cinquenta horas nessa lerdeza. — O fiz tirar o casaco e o suéter. Afrouxei a gravata e abri os primeiros botões da camisa, e vi que ainda tinha outra blusa por baixo. — Vai.

Então ele colocou o termômetro debaixo do braço esquerdo.

— Três minutinhos. — A enfermeira disse, e saiu.

Me virei, ficando quase de costas pra ele e cruzei os braços, esperando.

— Eu ainda tô chateado com você. — Júlio disse baixinho.

Não te perguntei nada.

— Não vai falar nada? — questionou depois de uns segundos de silêncio.

— E o que você quer que eu diga? — Devolvi a pergunta, cochichando.

— Sei lá...! Qualquer coisa — disparou, baixo.

— Se tá achando que eu vou pedir desculpa, vai esperar sentado.

— Lili, você escondeu aquilo de mim...

— E daí? O que isso ia mudar entre a gente? — O olhei.

— Eu achei que você fosse totalmente sincera comigo.

— Tá, e se eu tivesse falado o que ia acontecer?

Ele hesitou e parou uns segundos. — Sei lá, eu ia ficar sabendo.

— E só ia dar mais ataque de ciúmes... — Ele fez bico. — Júlio, sério, contando ou não, nada ia mudar pra mim.

— Pra mim ia. Achei que você me considerasse.

— Mas eu considero. — Acabei rindo de nervoso. — Sinceramente não achei relevante contar. Eu sabia que isso só ia dar briga, mesmo que a gente não tendo nada sério, como aconteceu antes.

Júlio desviou o olhar, cruzando os braços.

O termômetro começou a apitar e ele o tirou. Peguei da mão dele e olhei, me afastando.

— Quanto? — A enfermeira entrou.

— Trinta e oito. — Entreguei pra ela, que olhou também.

— Certo. Vou te dar um remédio pra essa febre abaixar. — Foi até os armários ali do lado e tirou uma caixinha, puxando uma cartela de comprimidos dali. Encheu um copo com água até a metade e deu pra ele, junto com um comprimido.

Ele tomou e devolveu o copo, e ela o deixou na pia e saiu.

O olhei, e percebi que estava tremendo de leve.

— Vai, coloca essa roupa. — Voltei a ficar perto. Fechei os botões da camisa, puxei o nó da gravata pra cima e entreguei o suéter.

Ele o vestiu e colocou o casaco em seguida. Nos olhamos.

— Eu não gosto de ficar brigada, Júlio.

— Se tivesse me contado, não estaríamos.

Suspirei. — Tá, eu devia ter contado. Feliz?

— Não.

— O que você quer?

— Vocês não voltaram a ficar...?

— Não, Júlio, não — respondi rápido.

Ele suspirou. — Tá.

Nos olhamos de novo e eu balancei a cabeça. — Você precisa parar de ser tão dramático.

— Eu não sou dramático — falou fazendo bico.

— Não, eu que sou. — Revirei os olhos.

Júlio deu um pequeno sorriso, e eu segurei o meu.

A enfermeira voltou e disse que ele teria que ficar lá de repouso até ver se o remédio faria efeito.

Decidi levantar e voltei pra sala.

Enquanto ele não aprender a ser menos dramático, não acho que vamos ficar sem brigar...

Será que acabou o encanto pra mim?

***

— Quem sabe daqui uns anos ele não melhora? — James riu depois que a Lili nos contou o que tinha acontecido, na troca de aula.

— É, daqui a dez anos quem sabe, né. — Lili riu.

Júlio não voltou pra aula, e quando fomos almoçar, ele estava na mesa, ainda com cara de morto.

Depois, ele subiu e nós fomos pra quadra. Dessa vez tinha mais gente.

Até Mateus e Gabriel iam participar.

De novo, ficou Bebê e eu na grade.

Mateus deu seu aceno exagerado pra mim, e eu retribuí, rindo.

Acho que Gabriel não tinha me visto, porque Mateus deu uma cutucada nele e apontou pra mim, e só aí ele acenou.

Acenei de volta.

— Eles são sempre assim com você? — Bernardo perguntou.

— Sim. — Sorri. — Desde o dia que eu os conheci. Por quê?

— Nada. — Deu de ombros. — Quem vê de longe acha que um deles gosta de você. Ou os dois.

— Sério? — Arregalei os olhos. — Parece?

— Um pouco. Eles agem muito animados com você... Yan já viu isso?

— Claro que já... Tá com ciúmes? — Ri, brincando.

Ele me olhou com cara de “até parece”, mas colocou o braço nos meus ombros, e me puxou pra perto dele.

Balancei a cabeça, rindo, e passei o braço esquerdo por sua cintura, e apoiei o cotovelo na grade.

Vi Mateus e Gabriel olhando em nossa direção e conversando entre si.

O que será que eles estão falando? Será que acham que o Bebê é mais que amigo? Será que eles contariam isso pro Yan?

— Eles vão ficar olhando até que horas? — Fechou a cara.

— Eu hein, não sabia que você era ciumento assim.

— Você nunca jogou uma calcinha sua neles, né?

— Claro que não! — berrei, ficando vermelha. — Que pergunta é essa?

Ele começou a gargalhar. — Tô te zoando, bocó.

— Oxe, sai fora! — Ri. — Besta.

Bernardo deu uma rápida apertada em mim, e começamos a ver o povo prestes a correr com um pé só.

 

O resto dos dias passaram.

Na aula de educação física, na quinta, a professora Eliza entregou uma foto para todos do time de vôlei. Aquela foto que tiramos no refeitório.

Eu estava sentada com a perna esticada e com a tala, mas com um sorriso enorme e segurando a medalha, assim como todos ali.

Todo mundo tava feliz. Foi um bom dia. Tirando meu pé machucado, claro.

Na sexta, na última aula, de português, a professora Aline apagou toda a lição da lousa e começou a escrever uma lista.

— O que ela tá fazendo? — Lili perguntou, do meu lado.

— Repelente? — James leu na lousa. — Ela vai falar sobre dengue?

— O que duas toalhas têm a ver com dengue? — Lili devolveu a pergunta.

— Talvez seja pra matar os mosquitos asfixiados. — Júlio entrou na conversa, já rindo igual idiota.

É, os dois voltaram a se falar, mas não voltaram a ficar de gracinha um com o outro.

E sim, ele tava melhor da gripe. Já estava fazendo piadinha e tudo.

— Protetor solar... — Lili lia conforme Aline escrevia. — Itens de higiene pessoal... Trajes de banho... O que vai rolar?

— Será que vai rolar passeio pra um parque aquático?! — James se animou.

— Por que levaríamos nossos travesseiros? — Lili argumentou. — Isso não faz sentido nenhum.

— Vamos dormir dentro d’água. — Júlio riu.

— É, e vamos virar sereias depois. — Ela ironizou.

A professora continuou escrevendo.

Roupas leves para o dia, agasalhos para a noite, pijama... chinelos, tênis adequados para esportes, chapéus/bonés, lanternas, sacos de dormir e barracas...

— Ai meu Deus! — exclamou Lili, com os olhos brilhando.

— Pessoal! — Aline se virou para a sala, sorrindo. — Já adivinharam o que vai rolar?

— Vamos acampar? — Anderson perguntou alto.

— Exato! — E todos comemoraram. — Então, as permissões foram mandadas pros seus pais no final das férias, e pedimos segredo, por isso vocês não ficaram sabendo. Essa lista também foi enviada para eles, mas vocês também precisam saber.

Ela começou a explicar sobre cada item. Todos eram obrigatórios, menos o saco de dormir e a barraca. Só levaria quem quisesse ou já tivesse em casa.

No acampamento tinha chalés com beliches para quem não quisesse ficar nas barracas, que o lugar também emprestava para o povo.

Iremos na próxima quarta e ficaremos até sexta.

Por isso minha mãe enfiou o protetor solar e o repelente na minha mala sem eu saber...

Caramba, nunca fui num acampamento! Deve ser tão legal!

Será que o Yan vai?

Já consigo imaginar a gente em volta da fogueira, com alguém contando histórias de terror, igual em filmes de romance... Aí eu me assusto — ou finjo que me assustei — só pra segurar o braço dele...

Tá, para.

Mas bom... isso se ele voltar.

Ai Deus, por favor, que ele volte pra ir também.


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Notas finais do capítulo

Júlio é dramático? Sim ou claro? shaysgasah

Finalmente descobriram o que vai acontecer! Um acampamento. Eu estava tão animada com isso!

Se não me engano, eu cheguei a escrever um texto sobre esse acampamento em 2016 ou 15, não lembro. Pra vocês verem que essas ideias são bem "velhas". Mas infelizmente eu não sei onde o arquivo foi parar. Pelo menos eu lembro de algumas coisas :B

Aaaaaaaaaa será que vai rolar muita coisa nesse acampa? E o Yan, hein? Ainda não apareceu esse menino! Será que ele vai? Fica a dúvida no ar ~~~~

Animados para o futuro? Muahahaha! Eu tô :B

É isso gente! Obrigada por tudo e até o próximo! ♥



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