San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 2
78. Primeiro Dia do Bebê + Clima Junino + Sumiço


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEI pessoinhas! Como estão?

Olha, esse capítulo está bem fresquinho. Estava com um puta bloqueio esses dias. Até que quarta eu parei e pensei "quer saber? Chega, vamos forçar o bagulho!".

Mentira, eu sentei, botei uma música, demorei algumas horas, mas consegui começar a escrever. Fiz 80% do capítulo, e o resto terminei ontem durante o dia :~~

Complicado esse negócio de bloqueio criativo :T

Mas enfim, vamos ao que interessa!

Boa leitura!



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Acordei, já pensando em ver Yan no café. Não vi ele e nem os meninos durante o jantar, e Bernardo ficou me enchendo o saco toda hora perguntando onde Yan estava.

Fui ao banheiro e vesti meu uniforme de inverno. Estava com saudade até disso.

Passei rímel, perfume coloquei a mochila nas costas.

Sai do quarto, fechando a porta e fui até o quarto da Lili. Dei alguns toques na porta.

— Lili? — chamei, mas ela não respondeu.

Abri a porta e entrei, já a vendo. Dormindo, toda largada na cama, com as cobertas mais no chão do que nela.

Ri e puxei seu pé. — Lili, acorda!

Ela deu um pulo, sentando. — Ahn? Quê? — Coçou os olhos.

— Vai, menina. Tá atrasada!

Lili olhou o relógio do criado muro. — Ai, Jesus! — Levantou e correu pro banheiro.

Fiquei rindo vendo ela indo de um lado pro outro, se trocando e colocando o material na mochila.

Preciso dizer que o quarto dela já estava uma zona?

— Vamos. — Colocou a mochila nas costas.

— Não colocou o relógio pra despertar? — perguntei enquanto saíamos.

— Esqueci. — Fechou a porta e suspirou.

Andamos para as escadas.

— Você não dormiu direito? Tá com olheiras.

— Ah... demorei pra pegar no sono na verdade.

— Ficou pensando no quê?

Ela fez uma careta tipo “é óbvio”. Descemos.

— Júlio, né?

— Sim. — Ajeitou o cabelo para trás. — Estou com frio na barriga.

Segurei sua mão porque eu não sabia o que falar.

Saímos do prédio e caminhamos pelo jardim quase vazio.

Eu também estava nervosa, e fiquei mais ao entrarmos no refeitório cheio. Olhamos ao redor, procurando os meninos. Mas vi de longe a cabeleira loira do Bernardo e puxei a Lili para lá.

Percebi que Júlio não estava ali, só James e o outro.

— Você sempre se atrasa assim? — Bebê me olhou enquanto eu deixava minha mochila na cadeira do lado dele.

— Não, a Lili que não queria acordar. — Mostrei a língua pra ele.

— O que aconteceu? — James a olhou.

— Nada, só esqueci de ativar o despertador. — Também deixou sua mochila na cadeira da frente. — Cadê ele?

— Me mandou uma mensagem falando que tá doente e vai voltar amanhã, isso se melhorar.

— Ótimo — disse num leve tom irônico. — Vamos lá, Bru.

A segui pra cantina. Pegamos nosso café e voltamos.

Os dois já tinham terminado de comer.

— Só isso? — Bebê olhou minha bandeja, cruzando os braços. — Você come o triplo disso em casa.

James e Lili riram e eu o encarei. — A essa hora da manhã não sinto tanta fome. E dá pra você parar de queimar meu filme?

— Até parece. — Riu, dando de ombros. — Por que acha que eu tô aqui?

Mais risadas e eu o ignorei, começando a comer.

Depois que terminamos, subimos mais cedo para mostrar onde Bebê tinha que ir. Ele tinha caído no 1ºD.

Peguei o horário dele, e o levamos até a sala dois, de matemática.

Olhei dentro da sala, vendo uma cabeleira platinada atrás de um livro, na carteira perto da mesa do professor.

— Mica!

Ela olhou na hora e sorriu. — Bruna. — Levantou e veio me dar um abraço. — Como foram suas férias?

— Ótimas, e a sua? Ficou na sua madrinha?

— Fiquei sim. — Sorriu, toda fofa.

— Que bom. Então... — Puxei Bebê, que estava encostado na parede do corredor. — Esse é o Bernardo, meu amigo, e ele caiu na sua sala.

Mica precisou olhar para cima e ficou vermelha ao ver o rosto dele. — Oi — disse baixo.

— Oi — respondeu curtamente e me olhou, estranhando.

— Ela é a Micaela, ou só Mica. Pronto, tem companhia agora.

Ele ia falar mais alguma coisa, mas o sinal tocou. Bebê ficou com cara de bravo.

Sorri. — Boa aula! Nos vemos no almoço. — E sai andando para a sala oito com Lili e James.

Lili olhou para trás. — Ele tá te fuzilando. — Riu.

— Deixa ele. Vingança.

 

Começamos as aulas bem. Bem mal. Matérias novas.

Na última aula, a professora Aline disse que essa semana a escola ficaria em clima de festa junina. Ou melhor, agostina.

Como teve o campeonato, não deu tempo de organizar um evento em junho.

A partir da uma, terão algumas gincanas nas quadras, e quem participar, vai ganhar alguns pontinhos extras em algumas matérias.

No café da tarde, terão algumas comidinhas típicas da época.

Claro que Lili já queria participar das gincanas, mas consegui convencê-la a fazer par com o James.

O sinal do almoço tocou e saímos. Encontramos o Bebê no corredor.

— Tá sabendo das gincanas? — perguntei andando do lado dele.

— Sim — disse sem vontade.

— Vai participar?

Me olhou com cara de tédio. — Olha minha cara de quem quer ganhar “alguns pontinhos extras”. Acabei de chegar, ainda não preciso me colocar em situações constrangedoras pra ganhar pontos. — Colocou o braço nos meus ombros. — Me fala que agora é o almoço. — Se apoiou em mim. — Tô morto.

— Ai, você é pesado!

— Comidaaaa — resmungou igual um zumbi.

— É, agora é o almoço.

— Uhu! — Parou de botar peso, mas continuou ali.

Enquanto toda a renca de alunos descia e ia pro refeitório, ficava olhando ao redor, tentando localizar algum dos três meninos.

Ao chegarmos, vi que o refeitório estava decorado com aqueles varais cheio de bandeirinhas coloridas.

Guardamos nossa mesa, e fomos pegar a comida. Depois de comer, deixamos as mochilas nos quartos e fomos pra quadra.

Pelo jeito, poucos alunos estavam interessados.

Alguns professores estavam lá, em cada canto das duas quadras haviam atividades sendo feitas.

— Vai, Bru! — Lili me puxou. — Vocês podem ir juntos.

— Eu tô fora. — Bebê disse rindo e se apoiando na grade.

— Não, tô bem aqui. — Dei risada. — Vão lá vocês.

Lili fez bico, mas puxou James pra quadra, que foi de bom grado.

— O que aconteceu exatamente com esse Júlio e ela? — Bebê me olhou.

— Hm... a história é longa.

Bernardo virou, ficando de frente pra mim. Apoiou o cotovelo esquerdo na grande e cruzou os dedos acima da barriga. — Pelo jeito vamos ficar bastante tempo aqui.

— Você é bem curioso, hein? — brinquei.

— Sou mesmo, então vai, desembucha.

Suspirei, pensando por onde começar. Então comecei desde o começo do rolo da Lili com o Viktor, e continuei seguindo a ordem dos acontecimentos. Nesse meio tempo, eu ficava rindo da Lili e James fazendo a corrida de “três pernas”, e depois a corrida do saco...

— Então esse Júlio é meio inseguro, hein?

A essa altura já estávamos sentados no chão.

— É... acho que sim. Lili diz que ele é dramático.

— Realmente. Não acho que ela tinha que ficar desse jeito. Eles não estavam namorando mesmo. Ele que tá exagerando nisso... Se ela quiser, posso falar com ele.

— Você nem conhece ele. — Fiz cara de “tá doido?”.

— Ué, eu me apresento e jogo umas verdades na cara dele.

Coloquei a mão na cara. — Não, fica quieto. Eu nem sei se a Lili vai gostar que eu te contei.

— Qualquer coisa eu te obriguei a falar.

— Ah é. Você apontou uma arma pra mim.

Bebê levantou o braço, e esticou a mão direita, a colocando na frente do meu pescoço e debaixo do queixo.

— Eu sou uma arma ambulante. — Deu uma batidinha no meu pescoço.

— Sai! — Afastei a mão dele, e ele riu, abaixando o braço.

Ficamos lá vendo Lili e James sofrendo até a hora do café.

Acho que todos estavam animados para comer coisas diferentes, porque todo mundo foi rápido pro refeitório.

Fomos, e vi que haviam as comidas “normais” e algumas opções diferentes. Mas o cheiro que invadia o lugar era de pipoca.

Peguei meu café como sempre, e peguei um saquinho de pipoca e umas paçocas.

Comemos felizes, e eu ainda procurava pelo Yan, mas nada dele.

Comecei a ficar preocupada.

Depois de comer, ficamos no jardim, conversando sobre coisas aleatórias, e eu ficava ali, só olhando discretamente ao redor. Ou talvez nem tanto.

— O que você tanto procura, hein? — Bernardo colocou o dedo no meu ouvido e eu me afastei na hora.

Parei para olhar pra mesa, e tanto Lili quanto James me olhavam. Me senti meio pressionada.

— Não posso olhar não? — Encarei ele tentando ficar séria.

Lili sorriu, provavelmente já sabendo o que eu tanto procurava.

— Eu também estou procurando pra você, Bru.

Eu ri e Bebê olhou pra ela. — Procurando o quê? Aliás, cadê o sujeito Yan? — Me olhou. — Ele tá fugindo de você? Não era pra ele ter aparecido já?

— Era, né...

— Mas eu também não vi nem o Mateus e nem o Gabriel ainda. — Lili comentou.

— E quem são esses? Mais paqueras seus?

— Para de falar besteira. — Dei um empurrão nele. — São os melhores amigos do Yan.

— Ah... Eles moram perto um do outro?

— Não. Por quê? — Estranhei.

— Sei lá, vai que o bairro explodiu.

Balancei a cabeça e James riu da minha cara.

— Bru! — Lili pegou minha mão. — Olha eles ali! — Apontou.

Olhei para onde ela indicava. Vi Mateus e Gabriel indo até a mesa onde eles costumavam ficar.

Levantei e sai andando, até sentir algo segurando meu braço. Olhei para trás.

— Onde você pensa que vai?

— Ué, quero conhecer eles também. — Bernardo deu de ombros.

— Você só vai se não ficar falando besteira. — Apontei o dedo pra ele.

— Tá, não vou falar. — Revirou os olhos.

Continuamos. Antes de chegarmos, Mateus me viu e sorriu, levantando.

— Bru! — Abriu os braços e eu ri.

Nos abraçamos, e Gabriel levantou e me abraçou também.

— Oi gente, tudo bem?

— Tudo! — Mateus disse e olhou pro meu lado.

— Ah, esse é meu amigo Bernardo.

— Oi. — Ele disse, meio sério.

— Oi. — Os dois disseram juntos, mas Gabriel o olhou com uma cara estranha.

Bebê pareceu estranhar, e desviou o olhar pra mim “vai falar ou não?”.

— Ah... vocês chegaram agora? — Olhei pra eles.

— Não, eu cheguei depois do almoço. — Mateus se pronunciou. — E ele antes da aula.

— Eu nem vi vocês hoje, tava estranhando.

— Engraçado, também não te vimos. — Gabriel falou.

Senti Bernardo colocando a mão nas minhas costas, talvez querendo que eu parasse de enrolar.

— Hoje foi meio corrido... E o Yan?

Os dois trocaram olhares rápidos.

— Ele nos disse que vai voltar no fim de semana só. — Mateus respondeu, parecendo meio triste.

— Por quê? — Meu coração vacilou.

— A gente não sabe. — Gabriel me olhou. — Ele só disse que estava com uns problemas, mas não quis falar o quê.

Fiz uma careta.

— Também estamos preocupados, Bru. — Mateus colocou a mão no topo da minha cabeça. — Mas ele tá respondendo nossas mensagens, então achamos que ele está bem.

— Bom, qualquer coisa me avisa, tá?

— Pode deixar. — Ele deu um pequeno sorriso.

Balancei a cabeça e me virei, voltando a andar. Olhei pro Bebê, que estava com uma cara pensativa.

Só me resta esperar que esteja tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Lili tá muchinha, tadinha. Júlio é foda também viu u.u

GENTE VOCÊS NÃO TÊM NOÇÃO de quem eu estou shippando :BBBBB

Não, não estou shippando o Bebê com a Mica. É um casal mais inesperado. Mas já estou bolando altos rolos com esses dois ~muahaha

Será que vocês descobrem quem são? Quero teorias/palpites hsagsasyg

Mas obviamente, se alguém acertar, claro que eu não vou entregar o negócio de mão beijada assim, né. Não quero acabar com o suspense xD

Comparando o primeiro dia do Bebê com o primeiro dia da Bru: Foi melhor ou igual? Por que acha que foi melhor?

sgasgaushaush -parei

Well, é isso. Espero que tenham gostado.

Até o próximo, pessoas lindas o/



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