San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 29
105. Mudanças + Desenho


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas. Desculpe o sumiço semana passada, eu tive um bloqueio criativo e não consegui terminar o capítulo a tempo. Só consegui terminá-lo nessa quarta.

Mãããsss espero que gostem desse capítulo.

Boa leitura!



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Demoramos um pouco, mas achamos o moço do sorvete. Compramos picolés e ficamos sentados num banco, conversando.

Voltamos a pedalar por aí — devagar dessa vez. — e vimos duas pessoinhas conhecidas. Lili largou a bicicleta na sarjeta e foi em direção a eles. Fui junto.

— Ai, que gracinha. — Lili disse e os dois nos viram. — Achei que vocês não iam vir mais.

— É que passamos no mercado antes. — James explicou, com a cabeça deitada no colo da Erica.

— Ele teve a ideia de fazer um piquenique. — Erica falou, passando a mão no cabelo dele.

— Tão a cara dele. — Brincou de forma sonhadora. — Tá, vamos deixar vocês aproveitarem aí. — Acenamos e voltamos.

Olhei para Yan enquanto andávamos. Seria um sonho fazer um piquenique com ele daquele jeito. Realmente, só um sonho.

— Lili, aconteceu alguma coisa?

Ela me olhou e suspirou rapidamente. — Depois eu te conto.

Afirmei e chegamos, pegando as bicicletas de novo.

— Eu nem pensei em fazer um piquenique. — Mateus comentou, parecendo chateado.

Lili riu e deu um tapinha no ombro dele. — Eu também não.

— Eu pensaria. — Yan tentou provocar o amigo.

Mateus o encarou, pronto para retrucar, mas me lançou um olhar rápido. — Eu vou é ficar quieto, mas me aguarde, senhor Yan.

Ele riu. — Tá bom.

Depois desse papo estranho, voltamos a andar. Demos a volta no parque umas duas vezes e começamos a ficar com fome. Como também já estávamos cansados, resolvemos ir embora.

Devolvemos as bicicletas e andamos para a escola com as pernas doloridas. Eram quatro e meia quando chegamos, então deu tempo de lancharmos sossegados.

— Acho que vou subir. — Lili anunciou quando terminou de comer.

— Já? — Mateus questionou, fazendo bico. — Você tá bem?

— Estou, mas minhas pernas estão me matando, preciso deitar.

Yan me olhou, perguntando com o olhar se eu iria também, e fiquei na dúvida.

Mas Lili parecia chateada, então...

— Eu vou com você... — Peguei a bandeja e levantei. — Obrigada por hoje, gente. Foi bem legal.

— Foi sim, Bru. — Mateus deu um sorrisinho e Yan concordou.

Acenamos para eles e levamos as bandejas. Fomos para o dormitório em seguida, para o quarto da Lili.

Ela deitou na cama e eu me sentei do lado dela.

— O Mateus estava me falando... que ele vai ter que sair da escola. — Deu um meio sorriso triste.

Mais ele agora? — Mas por quê? — Fiquei surpresa.

— O pai dele ficou desempregado dois meses atrás, e conseguiu outro tem umas semanas, mas é em São Paulo. Eles não querem ficar separados, então... o jeito é se mudar para lá.

— Caramba... — sussurrei.

— Tem uma coisa boa nisso, pelo menos. — Ela continuou. — É bem provável que ele more perto do Yan, e talvez até vão ir para a mesma escola.

— Ele está triste por ir embora?

— Sim, mas por outro lado está feliz porque vai poder ficar com o pai, e eu entendo completamente.

— Então... vocês vão ter que terminar.

— É... não estamos namorando, mas... vamos ter que terminar de qualquer forma.

Fiz um carinho na cabeça dela, sem saber o que dizer.

— Sabe, eu não estou extremamente abalada. Só... estou um pouco triste.  Eu não sou loucamente apaixonada por ele, mas eu gosto. Gosto da companhia dele e tudo mais. Sei lá, é difícil.

— Imagino... Então... vocês vão continuar até quando ele for embora?

— Sim, até o final das aulas. Eles vão na outra semana do baile.

— Ah...

— Por falar em baile... Ele me disse que o Yan ia te chamar — falou mais animada.

— Sim, ele chamou. — Dei um sorrisinho. — Mas fiquei dividida entre ficar feliz e triste, já que ele também disse que vai embora mesmo.

— É... fiquei sabendo disso também.  — Apoiou a cabeça na mão. — Não estamos com muita sorte, né? — Brincou.

— Parece que não.

— Pelo menos ainda temos uma a outra. Não vamos embora. — Deitou no meu colo.

— Não, ainda bem que não. — Sorri, dando um meio abraço em sua cabeça.

— Eu não quero ficar pensando em coisas tristes. — Se sentou. — Semana que vem é meu aniversário e vamos nos divertir muito.

— Verdade! Vai ter festa?

— Claro. Minha mãe comprou tudo já. Vai ser lá em casa mesmo.

— Legal! E vai chamar o Mateus?

— Vou sim. Acho que... vai ser legal ter umas ultimas lembranças com ele.

— Isso soa muito triste, credo.

Ela deu risada. — Fazer o quê.

***

No dia seguinte, fomos para a aula normalmente. Na sexta, me peguei ansiosa para o ensaio, como antigamente.

Era como se Yan e eu estivéssemos próximos de novo.

E realmente estávamos. Fizemos as cenas como nunca fizemos antes.

Eu conseguia sentir mais... liberdade? Talvez fosse isso.

Acho que nos sentíamos mais livres, mais à vontade, realmente mais próximos.

Era uma sensação ótima, mas por outro lado eu sabia que aquilo significava que logo iriamos nos afastar de novo. Muito mais do que antes.

Mas tentei ignorar aquele último sentimento e aproveitei as risadas e os momentos.

O pessoal foi embora depois da janta, e eu fiquei no quarto fazendo as lições.

Acordei tarde no sábado e fui almoçar depois do horário. Quando estava voltando, vi uma cena linda.

Yan sentado em uma das mesas, parecendo concentrado em algo que estava escrevendo. Como ele estava de costas, eu não conseguia ver o que ele estava fazendo.

Me aproximei, tentando não fazer barulho, e fiquei atrás dele.

Ele estava com fones, ouvindo música, e desenhando em seu sket a paisagem que via. Das árvores.

Não estava terminado, mas já dava para ver que era um lindo desenho.

Fiquei na dúvida se devia atrapalhar ele, mas eu não poderia perder a chance de ficar um pouco com ele. Então me sentei do seu lado, e no mesmo segundo, ele tirou os olhos do desenho e tirou os fones, dando um sorriso ao ver que era eu.

— Oi.

— Oi. Desculpe te atrapalhar.

— Não me atrapalhou, Posso terminar depois.

— Não, continua... Quero ver como vai ficar.

Ele analisou meu rosto. — Tudo bem... — Pegou os fones e me ofereceu um.

Coloquei na orelha, percebendo que tocava Scorpions, No One Like You.

— Estou tentando... desenhar coisas que eu costumo ver sempre aqui na escola. — Continuou a desenhar. — Eu sei que poderia simplesmente tirar fotos, mas... acho que desenhar faz com que eu precise perceber detalhes que normalmente eu não percebo.

Fiquei admirada com aquela frase dele, e só me toquei que estava o olhando quando ele me olhou de volta.

Corei e voltei a olhar seu desenho. — Acho que... é muito mais legal do que tirar fotos.

— Também acho. Sabe o que eu queria desenhar?

— O quê?

Me olhou. — Você.

Dei risada, ficando mais vermelha, e vi que ele estava falando sério. — Pra quê?

— Ué, se eu estou desenhando o que eu vejo sempre... Eu te vejo sempre, todos os dias. Eu desenhei o Mateus e o Gabriel ontem, quer ver?

Afirmei, e ele passou uma página para trás. Primeiro era Gabriel, sorrindo e fazendo o sinal da paz, e na outra página, Mateus com o rosto apoiado na mão, fingindo estar dormindo.

Eu ri. — Ele não estava mesmo dormindo, né?

— Não, eu falei para ele fazer uma pose e ele fez isso. — Voltou ao desenho das árvores. — Então... me permite fazer um desenho seu? Juro que não demoro, não vai precisar ficar cinco horas parada.

— Tudo bem. — Dei risada. — Eu deixo.

— Ae! — Virou a folha do sket, parando em uma em branco. — Senta ali no outro banco?

Tirei o fone, levantei e me sentei de frente para ele. — Como eu fico?

— Do jeito que você quiser. — Sorriu, divertido.

Dei uma risada envergonhada. Deitei o braço esquerdo na mesa, e deixei o cotovelo direito apoiado. Coloquei a mão no pescoço, meio encostada no queixo, e deixei o rosto levemente abaixado. Olhei para ele.

— Tá bom assim?

— Sim, está ótimo. — Começou a rabiscar linhas claras, que eu mal conseguia enxergar.

Primeiro fez um círculo, o dividiu no meio com uma linha horizontal, e depois com uma vertical. Fez outra linha na metade da metade de baixo, e entre as duas linhas horizontais fez três círculos do mesmo tamanho.

A partir daquilo começou a desenhar os traços do rosto, ainda de forma leve.

Eu tentava não olhar muito para seu rosto, já que ele estava sempre me olhando, e observei como desenhava com traços firmes.

Em pouco tempo estava fazendo os traços do meu braço, pescoço e ombros. Ele fez até a mesa.

Pouco depois, ele sorriu satisfeito.

— Acabei. — Virou o caderno para eu ver.

— Uau... Ficou incrível! Parece uma foto — falei impressionada.

— Obrigado, mas a modelo também merece os créditos.

Sorri. — Bem que eu queria esse desenho pra mim.

— Esse é meu. — Fingiu estar bravo. — Mas acho que sei como posso te dar um igual.

— Como?

— Me espera aqui. — Levantou. — Eu já venho.

— Tá bom.

Yan saiu andando em direção ao seu dormitório.


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Notas finais do capítulo

Se acharem algum erro me avisem, por favor.

Yan fofíssimo sim ou sim? :3

No próximo capítulo teremos aniversário da Lili e... Bruninha ficando cheia das vergonhas xD

P.S: Eu ajeitei a pasta da San Peter no Pinterest, coloquei as casas dos personagens em subpastas e (finalmente) fiz a casa da Lili shauhs A casa do Júlio está em construção e logo será a vez da casa do bebê :3

https://br.pinterest.com/biahmastrocollo/san-peter/

Até lá o/



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