San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 16
92. Deprê + “O que aconteceu?” é a pergunta mais feita nesse capítulo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOEEEEEE! OLHA QUEM VOLTOU A TER NOTEBOOK MINHA GENTE!

É tanta felicidade que poderia soltar fogos imaginários! Sério, tô muito feliz.

Eu só demoro um pouco pra digitar o texto porque esse meu teclado aqui tem umas teclas fora do lugar (tipo a tecla de apas fica no lugar da tecla do til e vice e versa, bizarro) GSYASASH mas vamos acostumando, né nom?

Bora pro capítulo! Boa leitura!



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I’m never gonna dance again, the way I danced with yoouuuu.

Careless Whisper tocava alto nos meus fones.

We could have been so good together. We could have lived this dancer forever. But now who’s gonna dance with me? Please stay!

So I never gonna dance again…

A música parou, dando lugar ao toque de chamada. Olhei a tela, e vi que Bebê estava me ligando. Então vi que eram quatro e quinze da tarde.

Ele devia querer ir tomar café.

Mas eu não estou afim.

Esperei até a chamada ser finalizada e voltei a ouvir a música, pela décima vez.

Fiquei encarando o teto, ouvindo a voz sofrida do Michel.

Suspirei.

O Bebê vai encher o saco mais tarde. Será que eu falo o que aconteceu? Mesmo que eu finja, com certeza ele vai perceber.

Mas e se eu falar e ele querer ir conversar com o Yan? Do jeito que ele é... Ai, Deus... posso sumir um tempo?

Bebê me ligou mais duas vezes, mas ignorei. Depois eu posso dizer que estava dormindo e que o celular estava no modo silencioso.

Continuei ali, mas mudei de música. O George Michel não devia mais aguentar cantar só pra mim.

Como já estava com fome, decidi ir jantar. Mandei mensagem pro Bebê com a desculpa e desci.

Fui para o refeitório, e ele me alcançou ainda na fila.

— Tava cansada? — Ele perguntou me olhando.

— Sim... Dormi sem perceber.

Pegamos a comida e nos sentamos de frente.

— Tá tudo bem? — Bebê me encarou. — Tá com cara de enterro.

Encarei minha comida, pensando se falava ou não.

— Bruna — chamou minha atenção. — Eu não sei por que você ainda tenta esconder algo. Até parece que não sabe que eu te conheço.

O olhei, e de relance vi Yan entrando no refeitório com um colega.

Balancei a cabeça. — Depois eu falo.

Bebê olhou para trás rapidamente. — É por causa dele? — Afirmei e ele suspirou, começando a comer.

Eu esperava algum comentário engraçadinho ou de outro tipo, mas não veio.

Comemos em silêncio, e depois de ;levarmos as bandejas, fomos para o jardim.

Bernardo segurou minha mão e me guiou para uma mesa perto do meu dormitório. Nos sentamos lado a lado.

— O que aconteceu? — Quis saber, meio sério.

Até estranhei aquela seriedade toda. Então resolvi falar tudo.

Quando terminei, ele me olhava com uma cara confusa.

Jogou os cabelos para trás. — Pior que eu não posso nem ir bater nele por te dar um pé na bunda — disse inconformado. — Pesado isso...

Concordei. — Eu nem sei o que sentir.

— Tristeza? — Dei um olhar torto pra ele. — Tô brincando. — Me puxou pelo ombro e me fez encostar em seu peito. — Eu sei.

O abracei pela cintura.

— Vai, deve ter algum carinha bonito por aqui, você que não deve ter reparado.

— Do que você tá falando?

— Pra você esquecer o Yan. É sempre mais fácil esquecer um amor com outro.

— Para de falar besteira.

— Tá bom...

E ficamos ali um tempo, até começar a me dar dor nas costas.

— Vou subir. — Me ergui e levantei.

— Qualquer coisa me liga. — Segurou minha mão. — Nem que seja pra chorar, prometo que não vou rir.

— Eu não vou chorar.

— Vai que te dá vontade.

Neguei, rindo. — Não vou. — Dei um beijo em seu rosto. — Obrigada.

— Obrigada nada, vai vir na sua conta depois. — Fez cara de bravo.

— Tá. Boa noite. — Me afastei.

— Até amanhã.

Fui direto pro banho e para a cama depois.

Até que foi bom desabafar.

***

O domingo passou se arrastando. Não vi Yan no almoço e nem no café da tarde. Fiquei no quarto até Lili chegar invadindo tudo.

— Bru! — Chegou animada e se jogou em cima de mim na cama, mas seu sorriso sumiu ao ver minha cara. — Que foi? O que aconteceu?

Dei um meio sorriso, que deve ter parecido uma careta triste.

Lili se sentou na minha frente, e sem enrolar, comecei a falar.

— Meu Deus... — Ela colocou a mão na boca, surpresa. — Bru do céu... — Olhou para o nada. — Eu... nem sei o que falar.

— Imagina eu na hora... Eu nem sabia que cara fazer... Foi muita notícia ruim de uma vez.

— Tadinho dele... — Balançou a cabeça. — Ai, Bru... Sinto muito. Vamos conseguir superar. — Segurou minhas mãos. — Certo? Eu tô aqui para o que você precisar.

Sorri. — Obrigada, Lili. Eu acho que eu tô melhor agora.

— E o teatro? Acha que vai conseguir ficar bem?

— Não sei. — Suspirei. — Eu não sei se... vou conseguir deixar de gostar dele, sabe?

— Te entendo... Não tem muito o que fazer.

— É.

— Mas a gente consegue. — Se inclinou e me abraçou.

Encostei no ombro dela e sorri. — Mas e você, tá bem?

— Sim, tô bem. — Nos afastamos e eu vi sua cara de quem ia aprontar.

— Que cara é essa, hein? — Acabei rindo.

— Ah... — Deu de ombros. — Tava pensando lá em casa.

— No quê?

Deu uma risadinha. — No Mateus.

— Iihh... Lá vem. — Dei risada.

— Ai, Bru. É que eu fiquei pensando em como ele foi fofinho no acampamento e... sei lá. Fiquei com vontade.

— De...?

— De ficar com ele, ué.

— E como você vai fazer? Vai falar com ele?

— Claro que não. Não se fala essas coisas, Bru. Você dá indícios do que quer.

— Hm... e como faz isso?

— Ué, olhares... Você mostra o que quer. Você precisa... flertar.

— Que vergonhoso

— Você flertava com o Yan o tempo todo.

— C-claro que não. — Minha cara queimou.

Ela riu. — É sim, você só não percebia.

Parei pra pensar, e fiquei com mais vergonha ainda.

— Bom, acho que agora você não vai mais fazer isso. Vai tentar não fazer.

— É, vou tentar. — Suspirei.

— Vai, melhora essa cara, ou os meninos vão ficar perguntando o que você tem. E imagino que seja chato ficar falando dos problemas do Yan.

— Sim... eu só contei pro Bebê.

— É bem provável que o James perceba. Se você for falar, não precisa entrar em detalhes — aconselhou e eu concordei.

Um tempo depois descemos para jantar e encontramos os meninos no jardim. Depois de comer, voltamos ao jardim, e no caminho, James segurou meu pulso, deixando os três irem na frente.

— Tá tudo bem? — Ele me olhou, preocupado.

Eu não queria que ele ficasse preocupado, mas também não queria mentir.

— Mais ou menos.

— O que aconteceu? — Parou de andar, ficando na minha frente.

— Resumindo tudo... Yan conversou comigo ontem... — James fez uma cara apreensiva, como se já soubesse o que eu ia falar. — E não vamos mais... ter algo.

— Mas como assim? Por quê?

— A família dele tá com uns problemas, e... ele vai precisar ficar fora da escola duas semanas por mês... e talvez precise sair da escola, caso as coisas não... melhorem. — Tentei explicar o melhor possível sem falar demais.

— Hm... Então ele não quer... arriscar continuar e acabar tendo que ir embora...?

— Sim... Eu não acho que ele esteja errado, sabe, mas... — Mexi com as mãos, apertando meus dedos.

— Eu sei... É chato... — Fez uma carinha triste.

Concordei e James me puxou para um abraço apertado.

— Bom, qualquer coisa tô aqui. Podemos fazer uma noite só pra falar mal de sentimentos e tomar sorvete, igual naqueles filmes de menininha.

Sorri. — Quem sabe, né. — Nos soltamos. — Obrigada. — Me senti ainda mais acolhida.

Ele ainda deu uns tapinhas na minha cabeça e voltamos.

Bebê ficou olhando eu me sentar.

— Tem algo que eu não tô sabendo? — Júlio nos olhou.

Todos nós trocamos olhares e Lili se ajeitou no banco.

— É... basicamente a Bru não vai mais ficar com o Yan.

— Ué, por quë? — Me olhou.

— Problemas na família — falei.

— Tem a ver com o sumiço dele? — E afirmei. — Ah... que chato.

Ficou um silêncio meio estranho.

— Bru, mas e o teatro? — James perguntou. — Se ele vai ficar fora...

— Aí eu já não sei.

— Alguém vai ter que substituir ele, ué. — Lili disse como se fosse óbvio. — Pelo menos quando ele estiver fora.

— Mas quem vai saber as falas dele? — James a olhou.

— Sei lá, talvez tenha alguém que saiba. Ou já colocam alguém pra ir treinando... Quer virar ator, Bê?

— Oxe. — Estranhou. — Eu não sirvo pra isso não.

— Não precisa servir. É só pra tapar o buraco. — Riu.

Bebê fez uma cara de “por favor, eu não nasci pra tapar buraco”.

— Se não tiver ninguém, posso tentar fazer o papel dele. — James deu de ombros.

— Sua cabeça vai explodir desse jeito. — Júlio ironizou.

— Fazer o quê. Mas vamos ver o que a professora vai falar primeiro, né? Não adianta supor. — Me olhou.

Concordei e olhei pro Bebê, que fazia uma cara pensativa.

Por favor, que ele não esteja pensando no que eu acho que está.


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Notas finais do capítulo

E esse capítulo foi patrocinado por George Michael, cantando Careless Whisper -nn

Como será que a Bru vai ficar com o teatro? Será que vai aguentar o tranco? Vai parar de encarar o Yan sem perceber? Sexta, no Nyah!

E esse Bernardo pensativo, será que já está tramando todas? E a Lili pensando no Mateus? DO JEITO QUE VOCÊ ME OLHAAAA, VAI DAR NAMORO.

Veremos como as coisas vão seguir. Nos vemos no próximo capítulo o/

Edit: Gente eu esqueci de falar! Criei um instagram para postar fotos sobre a história, e até de outras histórias!

Então caso queiram seguir, é @machbiia



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