Runaway escrita por kaka_cristin


Capítulo 15
Capítulo 15 – Nova Iorque, enfim New York!




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Acordou com alguns empurrões nem um pouco afetuoso do caminhoneiro que era bastante bruto.

- hei garota! Acorde! – Maria abriu os olhos sonolenta e demorou a se localizar. – anda, saia do meu caminhão.

- onde estou?

- Deixa de embromar! Não ficaria em Nova Iorque? Agora saia que eu preciso continuar minha viagem, anda! Cai fora! Xô! – gritava ele.

Maria desceu do caminhão e se encolheu de frio ao entrar em contato com aquele chão coberto por neve e seus pés estavam apenas calçados por um chinelo.

No caminhão estava um clima quente e agradável ao contrario dali que nevava. Tentou tampar suas pernas que estava toda arrepiada de frio sem sucesso já que vestia aquele micro short que não chegava nem nos joelhos mesmo ela puxando-o ao máximo para baixo. Olhou em volta se situando e lembrou daquele lugar. Mesmo coberto de neve, sabia onde estava, estava em frente ao central park.

- meu Deus! Obrigada! – disse ela emocionada.

Estava a poucos metros da sua antiga casa que ficava do outro lado do Central Park, só precisava dar a volta. Agora reconhecia todo aquele lugar que não mudara muita coisa. Resolveu ir correndo até o prédio que morou, além daquela corrida fazer passar o frio chegaria mais rápido. Correu e parou quando chegou em frente ao prédio que queria. Olhou pro alto avistando o tal andar que morava há quatorze anos atrás. Não havia ninguém na sacada que agora estava coberta por neve. Entrava no prédio quando foi impedida pelo porteiro que tentava enxotá-la.

- ei! Onde pensa que vai?

- eu preciso... – mas ele a cortou antes mesmo que explicasse.

- trate de sair daqui. Não é um lugar apropriado pra pessoas do seu feitio. – e depois a olhou com pena pelos seus trajes. - Precisa de roupa, menina. Faz frio aqui. Será que não sente frio? Não sei como ainda não morreu congelada, teve sorte.

- por favor, me deixe entrar no elevador. Eu preciso muito ir no 14º andar. – disse tentando passar por ele pra chegar na escada de incêndio e assim subir até o andar que desejava.

- olha menina, eu te dou roupa e comida, mas tem que me prometer que vai embora daqui em seguida.

- Eu não quero...Não está entendendo...Eu moro aqui.

- o que? – e deu uma risadinha depois de olhá-la de cima a baixo. - Faça-me o favor, eu nunca te vi aqui. E eu sei muito bem quem vive aqui, quem freqüenta...Guardo o rosto das pessoas com facilidade, um a um.

- Faz quatorze anos que não venho a este lugar. Eu morava aqui quando era criança. Sou Maria Valentine. Da família valentine. – e o porteiro arregalou os olhos pra ela achando tudo impossível. – Meus pais moram no 14º

Andar...Não sei se ainda moram, mas moravam até meus oito anos.

- olha, se isso for uma brincadeira de mau gosto acho bom...

- Estou falando sério. – disse ela aflita.

- Maria valentine está morta.

- moço, por favor. Tem que acreditar em mim. Eu quero ver meus pais, Por favor. Eu preciso deles...– suplicava ao choro. -...Eles ainda moram aqui?

- não posso te dar essas informações de quem mora ou não nesse prédio.

- eu não agüento mais, eu vou subir. – e o porteiro a segurou quando ela corria em direção a escada, foi então que ele viu o sinal na nuca dela e a soltou.

- espere! – e ela o olhou assustada com medo que ele a agarrasse de novo tentando enxotá-la mais uma vez daquele local. – eu vou telefonar. – disse ele um tanto assustado pegando o telefone. – bom dia, desculpa eu lhe incomodar, eu nem sei como lhe explicar isso, mas é que há uma moça aqui embaixo que diz ser Maria. – o homem olhou pro telefone assustado. – alô. Alô.

- o que aconteceu? – perguntou Maria aflita.

- desligaram. Não acreditaram. Eu te disse. Agora por favor, será que poderia se retirar daqui?

- você sabe que sou eu. Sabe que é verdade senão não ligaria. O que viu pra acreditar em mim?

- bom, eu admito que fiquei impressionado, pois tem o mesmo sinal das descrições que saíram nos jornais quando estavam à sua procura, mas... É pura coincidência.

- tem que acreditar. Ligue de novo.

- Por favor, retire-se ou chamarei o guarda.

- ok. Eu espero do lado de fora. – disse se dando por vencida.

- acho melhor sair de perto desse prédio ou serei obrigado a chamar a policia. – mesmo ele dizendo isso, Maria não sentiu medo, iria continuar ali em frente até ver alguém da sua família ali.


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