Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 14
Enfim uma semana normal. Será???


Notas iniciais do capítulo

Por gentileza leia as notas finais.
Aprveitem bem essa leitura e até mais...



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Acordei em plena segunda feira torcendo para ter uma semana normal, pois levando em consideração a minha ultima semana, qualquer coisa menos que isso seria normal, será???

Como combinado, fui para a escola acompanhada pelo Jake, ao chegar no estacionamento a primeira coisa que vejo é o olhar fulminante da Jany, fazer o que não posso obriga-la a gostar de mim não é?

Assim que cheguei na sala de literatura encontrei a Cris, que por sinal arrasava no novo look que a Alice criou para ela (não que ela não se vestisse bem, mas era muito comportado para a idade dela). Larguei a mão do Jake e fui cumprimentá-la.

 

-Olá Cris, tudo bem?? – Dei um beijinho no rosto dela e me sentei na carteira ao lado da dela, enquanto o Jake se sentou na minha frente.

 

-Tudo, tirando o fato que tem um monte de gente que fica me olhando de forma estranha. – Ela com certeza era tímida, mas isso era remediável.

 

-Simplesmente porque você está divina. – Nós duas rimo da minha observação, é claro que ela estava estonteante, e que 80% dos rapazes da escola estavam olhando de forma diferente para ela.

 

-Me sinto estranho sendo o alvo de tantos olhares. – Admitiu timidamente.

 

-Pode tratar de ir se acostumando, afinal isso será a coisa mais normal do mundo em apenas alguns dias, você vai ver. – Dei uma piscadinha para ela assim que o professor entrou na sala de aula.

 

As aulas do dia se passaram rapidamente, Nem percebi quando finalmente acabou a ultima aula do dia. Na garupa da moto do Jake é que fui cair na real que o dia passou bem, sem nada de anormal, até ali pelo menos.

Cheguei em casa e vi um bilhete da minha mãe pedindo que fosse na casa dos meus avós, o Jake não pode ir, tinha que finalmente terminar de arrumar a moto, que já estava pendente a alguns dias. Na casa dos meus avós estavam todos reunidos na sala de jantar, em volta da mesa, provavelmente me esperando.

 

-Sim, e por sinal vocês demoraram. – “Desculpe pai, mas você sabe que o Jake não gosta de corre muito quando está comigo”, respondi mentalmente e ainda dei meu risinho mais cínico possível. Meu pai não respondeu, mas pelo olhar percebi que estava tudo bem, antes que alguém pudesse dizer qualquer coisa minha tia Alice ficou em pé e começou a tagarelar.

 

-Bom gente, a festa será a fantasia, faremos de conta que a Nessie esta fazendo 17 anos, os convites estão todos impressos, só falta entregar. Os meninos ficam com o parte de fora da casa para montar a decoração e nós ficaremos com a parte de dentro, os figurinos e maquiagem. Comes e bebes é com a Esme, e a musica com o Edward. Alguma dúvida? Não ne, eu já sabia.

 

Eu ainda estava estática no meu lugar, primeiro minha tia convoca uma reunião de família para falar de festa, depois despeja tudo em cima da gente sem dar tempo para assimilarmos a situação, ta certo que vampiros tem um grande espaço vago na cabeça para pensar em um monte de coisa ao mesmo tempo, mas mesmo assim. E que história é essa que será minha festa de aniversário, ainda mais de 17 anos, minha tia endoidou.

 

-Não se preocupe filha. – Meu pai defendendo a Alice, é a coisa ta feia mesmo. – Não é nada disso, a Alice só quer que você interaja mais com os seus colegas de escola, isso é normal. E como o seu aniversário vai cair num domingo, pensamos por que não fazer a festa agora???

 

-Paiiiii, até você está envolvido nessa?? Eu esperava isso de todos menos de você e da mamãe. – Eu estava me exaltando, mas isso era normal diante de uma situação desta.

 

-Filha – Minha mãe interveio – A Alice tem razão, você precisa se socializar com os humanos, é por isso que está na escola, uma festa agora vai facilitar as coisas. – Gente cadê a minha mãe e quem é essa mulher na minha frente?

 

-E Nesse infelizmente não há como frear a Alice, portanto é melhor aceitar. – Eu não tinha escolha,  tive que aceitar a tal festa, mas minha tia ia pagar caro por isso a se ia...Meu pai lendo meus pensamentos riu junto comigo, os outros nos olharam surpresos, afinal a dois segundos atrás eu nem queria saber de festa agora eu já estava rindo.

 

Tentei não pensar muito no assunto, afinal já que eu não tinha escolha que viesse a festa. Sai da casa dos meus avós e fui caçar com a minha mãe. Logo eu voltamos para o chalé pude sentir o cheiro do Jake por perto, Não sei como pude passar tantos anos ao lado dele sem ao menos perceber o que eu sentia por aquele pedaço de mal cami...

 

-Nesse por favor controle sua cabecinha fértil minha filha. – ‘não precisava ficar vigiando meus pensamentos pai” eu não era de responder meus pais, mas as vezes esse dom do meu pai irritava profundamente a família inteira, menos a minha mãe, que foi abençoada com um maravilhoso escudo.

 

Entrei em casa, indo direto para o banho, ainda não conseguia voltar de uma caçada totalmente limpa, fazer o que? Apesar de ter sentindo o cheiro do Jake assim que cheguei em casa, ele não estava por perto.  Provavelmente ele veio enquanto eu estava fora com a minha mãe.

 Mais tarde, depois que eu me acostumei com a idéia de festa a fantasia no meu aniversário de 17 anos, me sentei na frente do computador esperando ter alguma idéia de que fantasia eu iria usar, foi quando meu lobo chegou, entrou no meu quarto se sentando na minha cama com o sorriso mais lindo do mundo.

 

-Oi linda... – Ele se levantou e veio na minha direção. – O que está fazendo, pensei que não tivesse lição de casa hoje. – Então me deu um selinho e voltou a sentar na cama.

 

-E não tenho. – Me virei para olha-lo melhor, ele ali sentado confortavelmente na minha cama, só de bermuda e regata, seu corpo bronzeado, os olhos brilhantes, o sorriso encantador. Deus como eu pude passar tantos anos sem reparar nesses detalhes.-Eu estava tentando achar uma fantasia para a’minha’ festa a fantasia que a Alice está tramando para sábado, vê se pode agora eu vou fazer 17 anos com uma festa a fantasia. E o pior de tudo que até a minha mãe concordou, minha mãe detesta festa Jake. – Tudo bem eu estava indignada novamente, mas o jeito que o Jake me olhava me derreti toda.

 

-O pior não é isso, o pior é que eu tenho que concordar com a Alice... – Pará tudo o Jake dando razão aos vampiros, que mundo eu estou?? Olhei incrédula para ele que me retribuiu com um sorriso meio tímido. – Nesse é o melhor jeito de você se socializar com os humanos. – Suspirei derrotada, não tinha mais saída.

 

-Então o que você vai vestir? – Precisava amenizar o assunto.

 

-Bom Nesse, sabe...a Alice meio que já escolheu as fantasias de toda a família, inclusive a minha e a sua. – Ele estava com medo da minha reação, normal ne?

 

-Bom se ela já escolheu quem sou eu para discutir, ainda mais quando eu tenho um lobinho todinho para mim aqui, não é? – Levantei, fui até a cama ficando em é na frente dele, me curvei lentamente segurando o rosto dele com as duas mãos e finalmente tocando meus lábios nos dele, levemente, sem pressão. Ele me segurou pela cintura, se levantou sem separar nossos lábios, era um momento mágico. Enquanto nos beijávamos me lembrei do penhasco e como tudo aconteceu na minha vida em apenas uma semana, quando o nosso ar acabou e abrimos os nossos olhos estávamos no mesmo penhasco que eu havia imaginado, e o Jake agora estava me olhando perplexo, apesar de podermos ver através dos nossos corpos, ainda podíamos sentir um ao outro.

 

-Nesse nos leve de volta, por favor meu anjo. – Ele parecia temeroso, eu também não tinha muita noção do que poderia estar acontecendo, por isso eu retornei o mais breve possível para o meu quarto. – Como...porque..Nesse me explique.

 

-Não sei Jake, eu estava lembrando de quando você me pediu em namoro, imaginando como estava lindo o cenário, então quando abri os olhos estávamos lá, juntos, não sei explicar. Meus pais estão na casa dos meus avós? – Eu precisava relatar o ocorrido, e por incrível que pareça o Jake também estava ansioso por isso, ele pegou a minha mão quase que me arrastando para fora do quarto em direção a grande casa de paredes de vidro.

Antes mesmo que entrássemos na casa meus pais, meus tios e meus avos nos abordaram com expressões variadas, um pouco de medo, tensão, surpresa, as vezes misturado. Meu pai foi o primeiro que falou:

 

-Filha você sabia que não era para fazer isso sem supervisão, ainda mais levando o Jake com você. – Eu não tive tempo de dizer nada, todos estavam a minha volta, puxa eu nem sabia que podia fazer aquilo levando alguém junto, foi um descuido.

 

-Um descuido muito perigoso mocinha. – Meu pai parecia mais calmo ao me ver, mas ainda não estava com cara de muitos amigos.

 

-Pai – resolvi falar para que todos escutassem. – Eu não sabia que era possível isso, apenas estava me lembrando de um ocorrido e quando abrimos os olhos estávamos lá.

 

-Querida quando vocês voltaram como se sentia? – A formação médica do meu avô entrou em ação.

 

-Na  verdade vô eu me senti normal, um pouco assustada por ter levado o Jake junto, mas não me senti fraca e tonta como da primeira vez.

 

-Mesmo assim Nesse não faça isso de novo sem nos comunicar. – Minha mãe estava apavorada.

 

-E com razão minha filha, isso é novo para todos nós, e é importante que saibamos o que está acontecendo contigo. Não sabemos o quão perigoso isso pode ser. – Tudo bem, meu pai colocando daquela forma eu entendia o que eles estavam passando por minha causa.

 

-Tá bom pai, mas sinceramente foi involuntário, e eu jamais pensei que pudesse levar alguém comigo.

 

Enfim entramos na casa, os ânimos voltaram ao normal. As conversas paralelas continuaram como sempre foram, eu me sentia completa no meio da minha família.

 

Os dias foram passando, e eu tentava ao máximo não me tele transportar para nenhum lugar. A festa estava programada para hoje, e eu comecei a ficar ansiosa. Minha melhor amiga (humana) iria posar na minha casa depois da festa, é claro que ela pensava que eu morava na casa dos meus avós, então a Alice deixou tudo pronto para que eu não precisasse de nada do chalé. As roupas já estavam separadas, a decoração pronta, o ambiente estava perfeito. Quando a Cris chegou fomos ver as fantasias, minha tia Alice tentou coordenar as roupas das meninas com as dos meninos. Meu pai de fantasma da ópera, minha mãe de Cristine, a tia Rose de mulher gato enquanto o tio Emm de batman, a tia Alice de Sininho e é claro o tio Jazz de peter pan, meus avós não iriam ficar na festa, para nos dar privacidade, ou melhor para terem privacidade e fingir aos humanos que são pais liberais. Para mim a tia Alice separou uma fantasia de odalisca, eu não gostei nada da idéia de ter quase tudo a mostra, mas pensando melhor... o Jake iria combinar comigo, então ele estaria semi nu também, esse pensamento me fez corar violentamente.

A Cris iria se vestir de caçadora, do tipo Indiana Jones, com o corpo dela qualquer coisa ficaria legal. Terminamos de nos arrumar já passava da 21h, e muita gente já estava na festa, então desci junto com a Cris e a minha mãe, meu pai e o Jake esperavam ao pé da escada. Estava tudo maravilhoso, meu pai me deu um beijo no alto da cabeça e murmurou ao pé do meu ouvido:

 

-Está linda minha pequena. – Eu simplesmente sorri para ele, a festa promete...

 

Assim que meu pai se afastou alguns passos o Jake veio ao meu encontro, me abraçou forte me erguendo do chão e me beijou com uma vontade até então desconhecida por mim.

 

-Perfeita meu anjo. – Ele olhou sério para mim, como se não acreditasse no que estava vendo, tenho que admitir a minha tia mandou muito bem ao escolher as nossas roupas.

 

Estava tocando uma musica eletrônica tipo anos 80, todo mundo dançando menos um. No meio da pista montada na sala de estar tinha um Seth estático olhando n nossa direção, ele parecia hipnotizado, foi ai que entendi ele estava tendo um impriniting, olhei ao redor procurando a dona daquele coração que agora palpitava quase no mesmo ritimo da musica, a única pessoa que encontrei na direção que ele olhava era ela, minha melhor amiga, a Cris, e ela merecia um amor assim.

No mesmo momento encostei de leve no rosto do Jake, mostrando a reação do Seth ao vê-la, o Jake apenas concordou com um aceno da cabeça. Agora eu tive a certeza que a Cris sempre seria minha amiga, e estaria sempre por perto.

 

-E agora Jake? – Perguntei ao ouvido do meu lobo. – O que será que ele vai fazer?

 

-Não sei, mas acho que a gente deveria dar uma força, o Seth nunca namorou, ele pode não saber como chegar nela, e eu não quero que ele sofra.

 

-Ele não vai, olha nos olhos dela, nenhum dos dois se mexeu ainda. – Era a mais pura verdade, desde que olharam um para o outro eles não se mexerem um centímetro sequer, e parecia que não estavam muito afim de faze-lo. Peguei a Cris pela mão e a levei ao encontro do Seth.

 

-Ei Seth, vem cá. – Jake chamava pelo amigo, que parecia não estar entendendo o que estava acontecendo.

 

-Cris deixa eu te apresentar um grande amigo nosso. Seth essa é a Cris, Cris esse é o Seth. – Os dois se olhavam sem piscar, parecia que ambos estavam em transe hipnótico, para a Cris eu não podia dizer nada, mas para o Seth...

 

Toquei levemente o rosto dele mostrando a cena que eu via, depois ele se declarando para ela e por fim eles se beijando ao luar, uma cena lindamente romântica, também mostrei a ele delicadamente que se ele não se comportasse ele perdia a cabeça, pois a minha amiga merecia um amor puro e verdadeiro, mas também um homem romântico e corajoso capaz de tudo por ela, assim como era o Jake por mim. Tudo isso no mais breve dos momentos, então ele pareceu cair na real no que tinha acontecido, estendeu a mão para ela convidando-a para dançar.

 

-Me dá a honra de sua companhia. – Gente esse ai não parecia ser o Seth, o que será que está acontecendo com ele???

 

-Será um prazer. – Ela de caçadora, ele de lobo mau, eu mereço, até nisso ele combinaram, era algo indiscritivel o que eu via na minha frente, uma cena de romance do mais belo dos filmes do cinema mundial. A felicidade por ele me dominou e eu fiquei sem ação diante disso, até que o meu lobinho me tirou do devaneio.

 

-Eu também quero dançar – Quase tive um ataque de riso com a cara que o Jake fez.

 

Depois disso perdi minha amiga de vista, conversei com algumas pessoas da escola, agradeci a presença de todos, dancei com meu pai e meus tios, assim como com alguns lobos da reserva que se arriscaram enfrentar os olhares ameaçadores do Jake. Só no fim da festa que eu fui encontrar a Cris novamente, e de mãos dadas com o Seth, que lindooooo.

 

-Aonde vocês estavam??? – Tentei parecer chateada com os dois mas era impossível, eu sabia que ele tinham que ter um tempo juntos, e eu só queria a felicidade dos dois.

 

-Fomos tomar um ar lá fora, estava muito quente aqui dentro. – Coitada da Cris tentava se desculpar.

 

-Sei...um ar... finjo que acredito. – Dei um olhar cínico para os dois, o Jake me abraçou por trás dando uma piscadela para o Seth, o clima estava maravilhoso ali, mas todo mundo estava indo embora, o Seth chamou a Cris para fora a fim de se despedir, eu me despedi ali mesmo do meu lobinho, enchi ele de beijinhos e disse um lindo e sonoro EU TE AMO no ouvido dele, fazendo ele se arrepiar não sei porque...

 

Depois das tristes despedidas eu e a Cris subimos para o ‘’meu’’ quarto, já passava das 4 da manhã, mas nenhuma de nós estava com sono. A casa estava silenciosa agora, então seria um bom momento para conversarmos.

 

-Então me diga tudo e não me esconda nada. Sra. Cristine – Eu estava morrendo de curiosidade de como tinha sido a noite dela.

 

-Não aconteceu nada de mais, agente só dançou... – Ela estava deitada na cama ao lado da minha, com a luz apagada apenas o luar iluminava o quarto.

 

-Não tente me enganar, vi como ele olhava para você e como era correspondido.

 

-Tá bom, sabe aquela hora que agente entrou de novo... então estávamos lá fora conversando e ele me beijou. Mas só isso.

 

-Não foi só isso, anda eu quero detalhes...

 

-Tá... Depois que você e o Jake saíram de perto nós dançamos uma ou duas musicas, e ele me convidou para dar uma volta. Pegou na minha mão e fomos até o jardim. Lá conversamos, ah... Nesse ele é tão... tão fofo, falou coisas lindas. Então quando não tínhamos mais o que dizer ele tocou o meu rosto e me beijou.

 

-Mais detalhes, o que você achou, o que sentiu, como foi... eu quero saber de tudo. – Ela editava muito as coisas.

 

-Foi maravilhosos, nunca senti nada parecido. Foi como mág... – ela se deteve ao fala magia??? Não entendi.. – Foi tudo de bom. Nem sei como explicar. Ele é maravilhoso. Eu acho que estou apaixonada. – Que lindo,  eu fiquei sem palavras. – Será que é muito cedo para gostar dele?

 

-Sinceramente? Não, com certeza ele gosta de você.

 

-Como pode ter tanta certeza??? Você nem viu como tudo aconteceu.

 

-Mas eu conheço o Seth desde que nasci, e ele nunca ficou com ninguém, então se ele te beijou e estava todo meloso, é que ele realmente gosta de você. – Eu não precisava dizer que eu já sabia das implicações do que ele teve por ela.

 

-Mas eu tenho medo, e se não for tudo isso? E se eu sofrer?

 

-Tenho certeza que isso seria a ultima coisa que o Seth faria, ele preferiria sofrer ele mesmo calado que fazer rolar uma só lágrima dos seus olhos.

 

-Obriga Nesse, me sinto melhor. ... Será que amanhã ele vai aparecer por aqui, sabe para ajudar a arruma a bagunça da festa? – Fique pensando, ele pode até vir, mas que bagunça???

 

-Eu tenho quase certeza que ele vai arrumar alguma desculpa para te ver, fique tranqüila. Mas é melhor a gente dormir, senão amanhã não vai ter amor que resista a cara de sono da gente.

 

Dormimos bem o que restava da noite e boa parte do dia, acordamos por volta das 15h, e é claro já não tinha bagunça nenhuma para limpar, meus pais e tios eram vampiros eficientes. Descemos para a cozinha da minha avó onde já tinha um belo café da manhã esperando por nós, é claro que acompanhados por dois belos lobos. Fingi surpresa ao vê-los ali, pois assim que abrimos a porta do quarto já pude sentir o cheiro deles.

 

-Bom dia minha pequena. – Jake levantou do seu lugar e veio me dar um beijo de bom dia, ele deu um leve sinal para o Seth fazer alguma coisa já que ele estava extasiado no lugar desde que a Cris apareceu na porta. – Dormiu bem?

 

-É claro, sonhei com você.  – Ele me deu mais um selinho enquanto o Seth se levantava para cumprimentar a Cris, também com um beijo. Me sentei ao lado do Jake, e de frente para o mais novo casal da família, sim da família, o Seth já fazia parte da família desde o meu nascimento e agora que ele estava com a minha melhor amiga, mais uma vez fazia parte da nossa família.

 

-E você princesa como passou a noite?. – Ele foi tão lindinho falando assim com ela.

 

-Boa, e a sua? – Ela também estava toda boba por causa dele.

 

-Triste. – Parecia que ele iria chorar, antes que eu pudesse prestar mais atenção no clima romântico o Jake pôs um copo de suco de laranja e umas torradas com geléia no prato a minha frente, eu apenas o encarei, detesto torradas com geléia e ele sabe. –Não tinha você do meu lado...

 

Toquei levemente o rosto dele mostrando as torradas cheias de geléia sendo esfregadas no rosto dele. Ele não se agüentou e caiu na gargalhada.

 

-Ei Nessie o que perdemos? – O Seth devia imaginar que eu tinha mostrado algo para o Jake, mas se conteve em pedir que eu mostrasse a ele também.

 

-Nada de muito interessante. – Não agüentei olhar para aquela carinha que o Jake fazia, era muito interessante ver ele todo sujinho de geléia, quem sabe eu pudesse gostar de geléia assim, meus pensamentos foram interrompidos pelo rosnado do meu pai. O Jake ficou me olhando sem entender, eu ignorei o aviso nada silenciosa do meu pai e mostrei o que eu estava pensando para o Jake. –Assim você me tira o juízo menina. – Ele comentou ao pé do meu ouvido, ignorando mais uma vez o rosnado do meu pai.”por favor pai, é apenas um pensamento” Não era necessário tudo aquilo.

 

Mas antes que pudéssemos se quer comer alguma coisa meu pai surgiu na porta da cozinha, “Investigando a pequena filhinha pai?” perguntei em pensamento.

 

-Bom dia garotos. Nesse a mamãe quer falar contigo um pouco você pode vir aqui? – Ele disse da porta mesmo.

 

O Seth e a Cris responderam o bom dia dele com apenas um aceno, eles estavam comendo. O Jake ficou apenas olhando, eu levantei da mesa, estava sem a mínima vontade de comer mesmo e acompanhei o meu pai até a sala de jantar.

 

-O que foi que aconteceu desta vez? – Eu fale calmamente, não estava chateada nem brava.

 

-Filha será que tem como você controlar os seus pensamentos? – Eles estava constrangido.

 

-Pai eu não pensei nada demais, e você sabe disso.

 

-Mas esse é um começo, e ...

 

-E o que pai? Eu não posso aproveitar o meu namorado? – Não quis parecer mal educada, mas os pensamentos eram meus.

 

-Eu sei que os pensamentos são seus, mas eu não posso evitar ouvi-los. Nessie assim você tira o juízo de qualquer um.

 

-De qualquer um não apenas o seu, você é o único que lê os meus pensamentos.

 

-Mas para o Jake você mesma mostra...

 

-Tudo bem, mas não precisa ficar me monitorando o tempo inteiro. Eu só quero ser livre para ficar com o Jake.

 

Você é livre, mas tudo tem o seu devido tempo mocinha. – Meu pai agora não estava mais tão nervoso. “Pai você tem que aprender a controlar o ciúme.” Eu disse em pensamento enquanto eu voltava para a cozinha afim de terminar o meu café, junto com meu lobinho e nossos amigos.

 

-Algum problema Nessie? – A Cris parecia angustiada, assim como os outros presentes.

 

-Ciúme. – Não precisei dizer mais nada.

 

Depois que terminamos o café e limpamos a cozinha o Jake e o Seth nos convidaram para dar uma volta na praia, meu pai muito a contragosto deixou, se não fosse pela minha mãe eu estava perdida. No fim da tarde, pouco antes do por do sol nos sentamos na areia para ver o fim de mais um dia. O Jake, protetor como sempre tirou a camiseta para que eu me sentasse sobre ela, é claro que era desnecessário, mas eu não iria querer que ele a colocasse novamente, ele conseguia ser mais lindo sem ela. Só depois de pensar isso me dei conta que se meu pai ouvisse não iria gostar nem um pouco, ri com esse pensamento de modo que eles ficaram curiosos.

 

-Ei eu também quero rir minha linda. – O Jake estava abraçado em mim, falando no meu ouvido.

 

-Melhor não...se meu pai ouvir não vai ser boa coisa. – Ele pareceu entender o que eu estava dizendo.

 

-Seu pai não está aqui...e eu estou morrendo de curiosidade. – Cada uma de suas palavras irradiavam correntes elétrica pelo meu corpo, de modo que eu não consegui evitar de ficar mais perto dele e beija-lo com toda a minha ânsia.

 

-Mesmo assim, os nossos pensamentos podem nos trair. – Dei um sorriso bem sem vergonha.

 

-Desde quando voe pensa esse tipo de coisa? – Ele queria parecer bravo, mas só consegui se mostrar curioso.

 

-Desde que comecei a namorar o lobo mais lindo da alcatéia. – Dei uma piscadinha para ele. Naquele momento nada mais importava, apesar de estarmos acompanhados pelo Seth e pela Cris, era como se estivéssemos sozinhos na beira mar. Ficamos ali, os quatro, aproveitando o doce momento. Nada se igualava ao que sentíamos um pelo outro.

Fomos para a casa dos meus avós depois do pôr-do-sol, chegamos e encontramos apenas meus pais e minha avó na sala, os outros deviam estar ocupados, era dia do Jake e do Seth fazerem a ronda e já estava na hora da Cris ir embora, eles se despediram de nós, mas deixaram um vazio inexplicável quando foram. Meu pai se ofereceu para levar a Cris embora, ela não quis, acabou aceitando uma carona até a entrada de Port Angeles. Não sei porque, mas a Cris não queria que fossemos até a casa dela, será que ela tem vergonha de algo? Ou está escondendo alguma coisa de mim?

 

-Na hora certa ela vai te contar meu anjo? – Meu pai sempre atencioso aos meus pensamentos. –Como foi a sua tarde?

 

-Foi muito boa, andamos na praia, conversamos e ficamos para ver o pôr-do-sol.

 

-Fico feliz que tenha se divertido com o Jake, dentro das possibilidades.

 

-Pai você não precisa ter tanto ciúme do Jake, eu jamais vou deixar de amar você e a mamãe.

 

-Eu sei minha pequena, mas não é só isso. – Meu pai dirigia velozmente, mas isso não o impedia de olhar para mim enquanto conversarmos. O caminho até a nossa casa não demoraria nem meia hora, mas seria o suficiente para colocar em dia a nossa conversa.

 

-Então diga o que tem demais, que eu ainda não entendi.

 

-Filha, você só tem 10 anos, apesar de aparentar mais. Não tivemos tempo para aproveitar o seu crescimento. E tem muita coisa que eu acho que ainda é cedo para você experimentar. – Ele media cuidadosamente as palavras.

 

-Não foi você quem propôs as experiências humanas?

 

-Mas cada experiência tem um tempo certo para acontecer.

 

-Pai eu não vou fazer sexo com o Jake agora se é esse o seu medo. – Tentei parecer calma, mas foi impossível.

 

-Não é apenas isso que me refiro... tudo bem que este é o principal motivo, mas entenda, eu sou o seu pai.

 

-Eu sei, e eu nunca vou deixar de ser sua filhinha. Mas uma hora ou outra isso vai acontecer.

 

-Eu sei...eu sei, mas eu preferia que fosse mais tarde, bem mais tarde.-Nós dois rimos, é claro que um dia isso iria acontecer, mas ainda é cedo.

 

O resto do caminho ficamos em silencio, as palavras eram dispensáveis. Chegamos no chalé, tomei um bom banho e fui dormir, minha semana foi perfeita, ao seu modo, mas perfeita. E o mais importante eu estava feliz, feliz com meus pais, com a minha família, meus amigos, com o Jake e principalmente comigo mesma.


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Notas finais do capítulo

Bom gente linda do meu coração o capitulo ficou mais longo que o de costume pois o nosso querido Nyah ficou fora do ar... já tenho mais alguma coisa para postar, no entanto só posto se tiver comentários...Puxa vida nem sei o que vocês estão achando da fic... Comentem mais que eu posto mais.

Beijinhos e até logo.



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