Happy Ending escrita por Yume


Capítulo 13
Capítulo XIII – Quer trabalhar comigo?


Notas iniciais do capítulo

Olá. Espere que ainda exista alguém por aqui. Se sim, seria MUITO importante que leiam essas notas e se possível (se for comentar) coloque que leu.

Primeiro: Me desculpem. Não vou explicar tudo o que aconteceu desde a última vez que postei, mas peço desculpas pelo desapontamento que causei.

Segundo: Devido a críticas que recebi da história, gostaria de dar um gentil lembrete. O enredo da história eu bolei a muito tempo, não pretende mudá-lo por que alguém acha que não está interessante o suficiente. Isso não é fan-service. Sinto em dizer, mas se a história não agrada, descontinue a leitura.

Terceiro: Agradeço em especial a Isa (@rrihannax) do twitter por ter ficado me enchendo esse tempo todo kkkkk, valeu mesmo.

Quarto: Espero não ter ofendido ninguém com o item 2.

Quinto: Não sei quando será a próxima postagem, pode ser dentro de alguns dias, como de alguns meses. Peço a compreensão de todos.

Sexto: Obrigada a todos contribuem para a continuação da história.

Boa Leitura!



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OQ

Voltei para casa com um sorriso idiota no rosto, eu não sabia muito bem o porquê dele, mas ele estava lá. Felicity era alguém que a cada dia me surpreendia mais. Eu estava curioso em conhecer cada vez mais dela, era agradável tê-la por perto e mesmo que eu seja consciente de como ela é bonita, isso não era algo que mais me chamava a atenção, meu foco não é sua beleza, Felicity é muito mais que isso.

Admito que desde ontem, estou mais atento ao físico dela e vê-la hoje com o vestido amarrotado e depois tão confortavelmente vestida na calça de moletom larga e a regata bem justa ao corpo, me deixou um pouco tenso. Mas esse não é ponto. Quando mais a conheço, percebo que na verdade Felicity é alguém tão espontânea e verdadeira, é quase como ler um livro para crianças, não preciso de muito para entender o que ela está pensando. Isso é bom, normalmente estou acostumado com pessoas superficiais e que se moldam a situação que lhes convém, então, lidar com alguém que é realmente autêntico, chega a ser um alívio.

Quando cheguei na mansão, William estava descendo as escadas, sorri ao encontra-lo e para minha alegria, ele correspondeu, um sorriso contido, mas ainda assim, foi um sorriso.

— Olá amigão! – Esperei que ele descesse e fomos até o jardim – Achei que fosse ficar até mais tarde no quarto hoje.

— São quase onze horas.

— Eu sei, mas hoje é domingo.

— Você saiu cedo – Ele não me encarou, estava prestando atenção no gramado, haviam alguns pássaros ciscando por ali.

— Sim, fui ver Felicity – Prestei bastante atenção em sua reação, ele me encarou e pareceu surpreso.

— Por quê?

— Fomos em uma festa ontem à noite e eu queria ter certeza que ela estaria bem hoje de manhã.

— Certo – William voltou sua atenção para o gramado – Você dormiu em casa?

— Sim, cheguei por volta da uma da manhã – Percebi que ele ficou um pouco aliviado ao escutar isso – Não gosta quando não durmo em casa?

William ficou em silêncio – Não muito.

— Prometo nunca mais fazer isso então – Ele voltou a me encarar e deixou um sorriso fraco escapar – Sua tia está na cidade e gostaria de conhecer você, o que acha de almoçarmos com ela?

— Pode ser, a vó vai ir também? – Fiquei um pouco tenso com a pergunta, eu não sabia muito bem a que pé estavam as coisas com Thea e mamãe. Dei um sorriso para William e o toquei no ombro.

— Dessa vez não, vamos nós dois apenas – Ele acenou – Tudo bem para você?

— Está – Concordei e baguncei seu cabelo levemente.

— Sairemos ao meio-dia então – Ele acenou – Vou falar com mamãe.

Voltei para dentro de casa e fui até o escritório, como sempre mamãe estava lá, lendo alguma coisa. Sorriu ao me ver e apontou para cadeira ao seu lado. Ela sabia que Thea havia voltado e tenho certeza que queria saber notícias mais sólidas.

 - Posso saber aonde foi tão cedo em um domingo? – Eu sabia que mamãe estava indo pelas beiradas, antes de chegar do real assunto que a interessava.

Exibi meu melhor sorriso inocente – Fui ao apartamento de Felicity.

Ela arregalou os olhos - Smoak?

— Conhecemos outra Felicity?

Mamãe sorriu e meneou a cabeça – Não é isso, mas me surpreende um pouco você ir até a casa dela em um domingo de manhã.

— Ela estava na boate ontem à noite, eu só queria ter certeza que ela estava bem.

— Felicity foi em uma boate?

— Também fiquei surpreso – Sorri, mamãe estava em choque – Mas a irmã dela está na cidade e ontem no shopping ela conheceu Tommy, a partir daí a senhora pode tirar suas próprias conclusões – Mamãe riu e acenou.

— É claro – Alguns segundos de silêncio e ela suspirou – Você sabe que eu gosto de Felicity, não é?

Suspirei – Vamos por esse caminho novamente?

— Se acalme Oliver – Ela pegou em minha mão e sorriu doce – Apenas quero dizer que desde que ela chegou, as coisas nessa casa têm sido mais fáceis, em algumas semanas ela conseguiu reconciliar você e seu filho – Ela sorriu mais abertamente – Conseguiu fazer você levantar cedo em um domingo, depois de ter chegado de madrugada.

— Não foi tão tarde assim! – Me ajeitei um pouco incomodado na poltrona – E eu não acordo tarde.

Mamãe meneou a cabeça e tocou meu rosto – Admita que ela é uma mulher incrível.

Sorri – Com certeza, mas não quero que pense coisas erradas, somos só amigos.

Ela sorriu ainda mais – E quem disse que são outra coisa?

Fechei os olhos – Você quer me pegar pela língua – Apontei em sua direção – Eu sei qual é a sua jogada Moira Queen!

— Não seja bobo Oliver – Deu leves tapinhas em minha bochecha – Estou apenas brincando com você – Ela então ajeitou-se em seu lugar e ficou mais séria – Agora me diga, como está Thea? – Agora sim estávamos em terreno conhecido.

— Está bem, voltou um pouco diferente, eu poderia dizer que mais madura, mas ainda assim é a Thea que conhecemos.

— Ela falou se iria vir aqui?

Respirei fundo – Por enquanto acho que não mãe – A encarei, eu não gostava de vê-la assim, ainda mais com algo que eu não tinha real controle – Irei almoçar com ela hoje, irei levar William para conhece-la – Mamãe sorriu suavemente.

— Ela será uma tia incrível, William vai adorá-la – Não pude evitar sorrir também.

— Com certeza, na verdade tenho até medo que ela o mime demais.

— Acredito que será exatamente o que vai acontecer – Apesar do sorriso, ele não chegava em seus olhos, na verdade, eu podia ver o sinal de algumas lágrimas não derramadas.

— Vou conversar com ela mamãe – Peguei suas mãos e as beijei – Thea ainda está magoada, mas tenho certeza que sente sua falta, assim como você sente falta dela.

Mamãe suspirou e concordou – Eu tenho a forte que esperança que sim – Ela levantou e beijou meu rosto – Vou me deitar um pouco, vá no almoço, deixe sua irmã tranquila, quando ela quiser vir falar comigo, estarei esperando – Concordei e levantei também, lhe dando um beijo na testa.

Tomei meu tempo lendo alguns papéis da empresa, tenho sido um pouco relapso nesses últimos dias. Eu estava com um sério problema no setor de TI e isso estava começando a incomodar os acionistas. Reli alguns documentos de possíveis projetos, mas logo tive que deixar de lado, eram quase meio-dia e William apareceu na porta do escritório, ele parecia ansioso para o almoço.

Fiquei contente ao poder ter uma conversa animada com ele durante todo o caminho até o restaurante, ele realmente estava empolgado em conhecer Thea, ao que entendi, mamãe já havia contado algumas histórias sobre ela para ele.

Thea já nos esperava em uma mesa, estava distraída com um copo de água e mexia o gelo com os dedos, fiz um sinal para que nos visse. Assim que me enxergou abriu um largo sorriso e antes que me desse conta, ela estava ao meu lado dando um abraço apertado em William.

— William! Não sabe como eu estava ansiosa para conhecer você – William estava sorrindo enquanto abraçava minha irmã, era uma cena bonita – Como você é grande, mais um pouco e vai acabar ficando mais alto que seu pai – Thea se separou dele e o encarou com clara admiração, vi que ele ficou satisfeito com a ideia de crescer até ficar mais alto que eu.

— Também estou feliz em conhecer você tia – Thea sorriu e o abraçou novamente.

— Ele é muito parecido com você Ollie – Me encarou, eu já estava sorrindo, mas fiquei ainda mais feliz ao escutar isso, me dava certa satisfação escutar alguém dizer que meu filho era parecido comigo – Só que é mais bonito – Meneie a cabeça, é claro que Thea iria falar isso.

— Vamos logo para mesa, antes que você acabe levando meu filho para morar com você – Coloquei meu braço sobre o ombro de William que riu.

— Isso é uma opção? – O encarei atônito, Thea soltou uma gargalhada.

— Não! Claro que não! Por quê? Você não quer mais morar comigo? – A ideia me apavorava como o inferno, William riu junto com Thea.

— Eu gosto da mansão – William falou um pouco mais sério, mas foi sincero, isso me tranquilizou e esquentou por dentro. Tenho certeza que se fosse a alguns dias atrás, ele teria dito o contrário.

 - Eu trouxe uma coisa para você William – Thea pegou uma sacola que estava em uma cadeira do lado.

— Ótimo, você realmente quer roubar meu filho! – Falei brincando e Thea piscou.

— Não é bem isso Ollie, mas ele é meu único sobrinho e eu já havia perdido as esperanças de ter um, então, farei meu papel como tia babona o quanto posso, já que ele já está praticamente criado – Sorri e acenei, ela estava certa – Ok William, agora que seu pai parou de ser um idiota, veja se gosta – Entregou a sacola para que ele sorriu e agradeceu – Eu comprei isso assim que soube sobre você, mas como não pude voltar antes, só pude dar agora, me desculpe.

— Tudo bem tia Thea – Ele sorriu e abriu o embrulho, encontrando dentro um conjunto de baseball, luva e uma bola, William alargou o sorriso e encarou Thea – Muito obrigado! É um conjunto oficial! – Ele levantou e a abraçou – Eu adorei, muito obrigado! – Thea estava sorrindo e o abraçava com força.

— Ollie havia falado que você gostava, eu estava no Canadá quando achei isso, imaginei que fosse gostar, eu teria comprado o bastão, mas como não sabia a sua altura, resolvi deixar isso para quando voltasse, então, uma hora dessas vamos em uma loja de esportes e você escolhe um – Thea mexeu em seus cabelos e lhe deu um beijo na testa – Tenho um presente para você também irmãozinho – Tirou uma caixinha de dentro da bolsa e me entregou – Eu não teria comprado nada, sei como é difícil achar algo que você goste, mas vi esse e achei que iria gostar.

Abri a caixa e vi um relógio prateado – É igual a um que papai tinha – Sorri nostálgico – Obrigado Thea – Tirei o relógio e coloquei em meu pulso.

— Não me agradeça, isso só custou quase o que ganho em um mês na boate – Revirei os olhos, Thea era única. Eu sentia falta disso. Tomei meu tempo lhe dando um abraço apertado, que foi correspondido com a mesma emoção.

Logo um garçom veio e então fizemos nossos pedidos, resolvi não tocar no assunto Moira Queen tão cedo, eu sabia que isso faria o clima ficar tenso e não queria que William presenciasse isso. Deixei que o clima suave e agradável tomasse conta por todo o almoço. Thea perguntou da loira de ontem, é claro.

Expliquei por cima quem ela é, mas foi William quem ocupou-se dos detalhes, falou com empolgação sobre Felicity e de como havia sido divertida nossa tarde ontem, disse o quanto ela é incrível e que o havia ajudado nas provas, Thea me encarava com um sorrisinho zombeteiro que eu tinha certeza que significava uma enxurrada de perguntas e provocações mais tarde.

Terminamos o almoço e Thea resolveu que deveríamos ir no shopping e que ela compraria o bastão de baseball para William. Fomos no mesmo de ontem e enquanto William ocupava-se na loja de esportes, Thea tomou seu tempo para conversar comigo.

— E então, vai me falar exatamente quem é Felicity? – Estava pronto para falar o mesmo discurso de antes – E não me venha com essa de tutora do William – Ela me cutucou – Eu vi vocês dois ontem, Oliver, eu já vi vocês com outras mulheres na mesma situação dela e com todas, você se aproveitou, mas ela não, você foi o que posso chamar de cavalheiro – Respirei fundo preparado para o mesmo papo que mamãe – Eu vi você a carregar pela boate e depois chamar Diggle, também vi seu sorrisinho idiota enquanto o William falava dela – Eu estava completamente acuado, Thea tinha esse poder – Agora vamos, me diga, quem é Felicity Smoak?

— Quer saber? – A encarei altivo, Thea ficou surpresa – Nem mesmo eu sei, ela é diferente de outras mulheres que eu já conheci ou me envolvi, realmente não sei o que ela é para mim, gosto de pensar que somos algo como amigos.

— Você não tem amigas mulheres Oliver – Thea sorriu com deboche – Você tem amigas de foda, nada além disso.

— Olha a boca Thea! – Encarei William com medo que ele tivesse escutado, mas ele estava concentrado na estante de artigos para baseball – E não seja tão crítica.

— Estou apenas constatando fatos.

— Felicity é diferente, e não me pergunte porquê – Suspirei – Ela apenas é... Diferente.

— Quero conhece-la! – Falou solicita, a encarei atônito.

— Você a conheceu ontem!

— Não, eu vi ela de longe e depois vi ela bêbeda pendurada no seu braço, de longe.

— Por que quer conhece-la?

— Quero saber quem é a mulher que está deixando meu irmão fora de órbita e também conhecer a heroína do meu sobrinho.

— Não vou permitir que você fique menos de dois metros de distância de Felicity Smoak – Thea riu e passou o braço por minha cintura.

— Sabe que se não a apresentar, eu arranjo meu jeito de conhecer ela, não é?

— Falamos disso depois – Tirei sua atenção e apontei para William – Vá lá antes que ele comece a babar na vitrine – Thea sorriu e foi até ele.

Fiquei observando os dois conversarem animados e então William pegar um taco, o atendente mais do que prontamente o ajudou, já que estava olhando para Thea com clara atenção, ri ao ver que ela se aproveitou disso para pedir um desconto e ainda conseguiu um boné de brinde.

Eu estava tão feliz de ter Thea novamente, ela é uma das minhas pessoas favoritas e ter ficado esse tempo todo sem vê-la havia me deixado um pouco apagado. Eu sabia que podia contar com ela para tudo e estava ainda mais feliz de ver como ela e William interagiam. Era reconfortante ter minha irmã de volta.

FS

Passei o resto do dia de pernas para o ar, Helena não fez outra coisa que não fosse dormir, resolvi não a incomodar, ela parecia realmente irritada e não seria eu a cutucar a onça com vara curta.

Eu estava com saudades de Amy, mais cedo Sara havia mandado uma mensagem dizendo que a levaria no início da noite, respondi dizendo que estava tudo bem, mas na verdade eu estava morrendo de saudades. Nunca havia ficado tanto tempo longe dela, era a primeira vez que Amy ia na casa de uma amiga para posar, até então, éramos só nós duas, todos os dias.

A visita de Oliver mais cedo ainda estava na minha cabeça. Minhas vagas memórias do dia anterior haviam voltado e fiquei extremamente constrangida ao lembrar que ele realmente havia me levado escada acima e me colocado na cama. Apenas uma parte era um pouco confusa. Eu estava entre acordada e dormindo durante todo o caminho até minha casa, só lembro de algumas vozes, mas nada definido, lembro do calor do corpo de Oliver, mas antes de dormir completamente, já em minha cama, tenho uma leve recordação de ter recebido um delicado beijo na testa. Eu não sabia se isso era realmente verdade, ou não passava de um sonho, mas o pensamento não havia saído da minha cabeça desde então.

Encarei o relógio mais uma vez, eram quase sete horas, Amy deve estar chegando, olhei pela janela e o sol já estava se pondo, resolvi esticar as pernas e descer, era quase verão, apesar de normalmente ser uma cidade fria e escura, Star City costumava ter um pôr do sol muito bonito, apesar da quantidade de prédios que deixavam a visão do céu um pouco mais cinza, ainda era possível ver o alaranjado tomar conta no horizonte.

Fiquei em frente ao portão do prédio esperando por Amy, não demorou muito e um esportivo e luxuoso carro vermelho apontou na esquina, é claro que chamou atenção das poucas pessoas na rua, não era comum um carro daqueles passar por aqui. Sorri assim que ele estacionou e Amy desceu vindo me abraçar em seguida.

— Eu estava com saudades princesa – Beijei sua cabeça e ela olhou para mim e sorriu.

— Foi só um dia mãe – Acariciei seu rosto.

— Ainda sim – A soltei um pouco e encarei Sara que vinha ao lado de Anna e de um homem alto que exibia um sorriso cheio de dentes brancos.

— Entregue – Sara sorriu com as mãos nos bolsos – Espero que ela possa vir outras vezes, foi ótimo ter a Amy em casa, Anna dificilmente traz amigas para posar em casa.

— Mãe! – Anna a cutucou.

— Deixa de ser rabugenta garota – Sara a cutucou de volta e as duas riram – Felicity, esse é meu marido, Ray Palmer – Apontou para o homem que ainda sorria, ele tomou um passo à frente e estendeu a mão.

— É um prazer Felicity – Aceitei seu cumprimento – Sua filha é uma garota muito inteligente, realmente gostamos de tê-la em nossa casa – Ele passou o braço pela cintura da esposa.

— Da próxima vez você poderia ir junto Felicity – Sara encarou a filha – Apesar de amar ficar com Anna e outras crianças, seria bom ter alguma adulta com quem conversar – Acenei em concordância, eu imaginava que ter duas pré-adolescentes em casa não seja o melhor dos programas.

— Quem sabe na próxima – Ela concordou com um sorriso.

— Bem, já que está entregue, nós temos que ir – Sara deu um abraço em Amy e fez o mesmo comigo, me surpreendendo um pouco – De verdade Felicity, vamos marcar alguma coisa, em breve as meninas entram em férias, ia ser legal sairmos.

— Está certo, vamos esperar as aulas acabarem e vemos alguma coisa – Encarei Amy que parecia empolgada com a ideia – Agradeceu por ter ficado na casa deles Amy?

— Sim – Encarou Anna e os pais – Obrigada mais uma vez, eu amei Anna – A garota sorriu e abraçou Amy.

— Eu também! Me desculpe se meu pai fez a gente passar vergonha – Anna revirou os olhos e Ray soltou um “Ei!”, Sara o cutucou com um sorriso.

— Na próxima não deixem ele começar a falar sobre as coisas de nerd dele – Sara riu e Ray fechou a cara, ela lhe deu um beijinho no queixo – Não fique bravo seu grande bobão, Felicity vai achar que somos malucos.

— Estou achando divertido na verdade – Comentei com um sorriso – Mas agradeço de verdade por terem cuidado da Amy.

— Não agradeça – Sara acenou mais uma vez – Até mais, vamos Anna – Anna abraçou Amy mais uma vez e eles entraram no carro, ficamos observando até que desapareceram na esquina.

Fomos para o apartamento e Amy contou animada sobre como havia sido o final de semana. Ela estava empolgada e impressionada com a casa deles, disse que o quarto de Anna era o maior que ela já havia visto. Me senti um pouco culpada por não poder dar tudo isso para ela. Amy merecia mais, eu tinha consciência disso e também tinha o desejo de realizar tudo isso, eu sabia que ela não se preocupava em morar aqui comigo, mas ainda assim, uma jovem de doze anos está na idade de começar a gostar de comprar roupas, sapatos e tudo mais que envolve entrar na adolescência.

Sara falar do início das férias me fez lembrar que isso significaria que eu provavelmente ficaria sem emprego, não seria necessário que William ficasse com uma professora particular durante às férias, então eu não iria receber, ele havia se recuperado na escola, provavelmente não precisaria de uma tutora no próximo ano. O pensamento de ficar desempregada estava começando a me assustar novamente. Acho que meu conto de fadas com a família Queen, estava chegando no fim.

OQ

Eu odiava as manhãs de segunda-feira, não apenas pelo fato de ser o início de uma nova semana, mas sim porque a maioria das pessoas que trabalhavam comigo resolviam trazer todos os problemas do universo e descarregar em minhas costas, como se durante o final de semana ficassem pensando em maneiras de me tirar do sério.

Estávamos com um sério problema no setor de TI, Isabel havia demitido vários funcionários, incluindo o responsável pela área inteira. Uma empresa do tamanho da Corporação Queen precisava de um grande uso e manutenção de tecnologias em geral. Sem alguém para dar conta daquilo tudo, aos poucos íamos rumo ao inferno.

— Eu já disse que não temos ninguém qualificado aqui na empresa para preencher cargo de gerente – Um dos responsáveis do RH estava bem na minha frente trazendo uma reclamação formal de alguns funcionários.

— Entendo que a situação está desfavorável Sr. Queen, mas precisamos de uma providência, temos alguns currículos em análise.

— Não posso colocar qualquer um em uma posição dessas – Suspirei e apertei um ponto da cabeça, enxaqueca era minha nova amiga.

— Precisamos de uma solução o mais breve possível senhor.

— Eu sei, vou pensar em algo – O dispensei e fechei os olhos afrouxando o nó da gravata.

O final de semana havia sido perfeito, começar o dia assim chega a ser injusto. Meu pensamento ainda estava na conversa com Felicity ontem de manhã, eu realmente gostaria de sair com ela mais vezes, mesmo que como amigos apenas. Foquei em terminar o dia para então voltar para casa, hoje ela iria dar aulas para William e isso era algo que me deixava relaxado para aguentar as próximas torturantes horas.

FS

Como de costume, Dig me buscou em casa e me levou até a Mansão Queen, estávamos nas últimas semanas de aula e eu ainda teria o que trabalhar com William, porém, depois de muito pensar ontem à noite, havia decidido conversar com Oliver a respeito do meu futuro como tutora. Seria melhor resolver isso de uma vez.

Quando cheguei, William já estava me esperando, ele parecia animado e antes de estudarmos, havia me contado que ontem tinha conhecido a tia e que até agora, ela havia sido uma das pessoas mais legais que entraram na vida dele. Fiquei contente de ver que aos poucos o relacionamento dele com o pai estava melhorando, de certa forma não tive muito com isso, posso dizer que Oliver teve seu mérito próprio.

No sábado na boate, eu lembro de ver a irmã do Oliver, a reconheci das fotos em tabloides, me pareceu alguém legal, senti uma certa onda de melancolia ao lembrar que em breve não estaria mais na vida do William, ou mesmo na de Oliver, para ter a oportunidade de conhece-la.

William estava agitado o que tornou o estudo um pouco difícil, não me preocupei, afinal de contas, ele estava bem e o ano estava acabando. Eu estava praticamente encerrando a aula quando Oliver chegou, já havia chegado à conclusão de que hoje ele não apareceria e havia me resignado a conversar com ele em outro momento, mas ao vê-lo, reuni coragem novamente.

— Como está Felicity? – Perguntou sorrindo, um sorriso fácil que acabei retribuindo.

— Muito bem, encerrando a aula agora mesmo.

— É uma pena, gostaria de ter acompanhado, mas o dia foi bastante conturbado hoje – Oliver realmente parecia cansado, apesar do jeito displicente e relaxado que estava encostado na porta, ele exibia uma expressão de exaustão e estresse.

— Por falar nisso, eu gostaria de conversar com você – Encarei William e sorri – Se importa se eu conversar com seu pai a sós?

— Não, tudo bem – Ele sorriu e me abraçou – Nos vemos amanhã?

— Sim, claro – Acariciei seu rosto e sai do quarto, Oliver me guiou até o escritório.

— O que gostaria de falar Felicity?

Eu estava ofegante, apesar de ter ensaiado mentalmente o que falar várias e várias vezes, as palavras simplesmente resolveram sumir. Respirei fundo por pelo menos duas vezes e voltei a encarar Oliver que de certa forma parecia impaciente.

— O ano letivo está acabando Oliver, o William é muito inteligente e foi capaz de alcançar o nível que a turma estava, ele inclusive tem tido notas excelentes – Tomei mais uma respiração profunda – Não acho que seja necessário a continuação das aulas após o término do ano, o que me leva a agradecer pela oportunidade que você me deu, eu realmente fiquei feliz com tudo o que passei por esse tempo, William é incrível e para mim foi mais do que de ajuda trabalhar aqui – Não havia saído exatamente como o planejado, mas eu não conseguia falar muito mais. Na verdade, estava bastante emocionada e beirando um estado vergonhosamente emotivo.

Oliver ficou me encarando pelo que me pareceram horas, ele não esboçava nenhuma reação, apenas me encarava sem nem mesmo piscar. Estava começando a me arrepender de ter iniciado o assunto quando ele finalmente soltou um longo e pesado suspiro, parecia segurar o ar.

— Antes de tudo Felicity, me responda uma coisa – Oliver colocou as duas mãos sobre meus ombros e ficou mais próximo do que minha mente podia processar – Qual a sua formação acadêmica?

Fiquei confusa com a pergunta repentina, demorei alguns segundos para digerir a pergunta, formar uma resposta e mandar meu rosto não ficar vermelho por causa do cheiro amadeirado do perfume de Oliver.

— TI, com uma especialização em programação – Oliver abriu um enorme sorriso e um brilho diferente pintou seus olhos.

— Felicity Smoak, quer trabalhar comigo na Corporação Queen?


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Notas finais do capítulo

Leiam as notas iniciais.



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