Please, come back to us escrita por Crazy


Capítulo 1
Capítulo único - Please, come back to us


Notas iniciais do capítulo

Atenção! A one-shot a seguir contém spoilers a respeito da quarta temporada de "Voltron: Legendary Defender". Se não a assistiu ainda, prossiga a seu próprio risco.

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Então, gente! Depois de assistir à quarta temporada de "Voltron: Legendary Defender", eu simplesmente caí em prantos com a falta do Keith. "CADÊ VOCÊ, 'MOZÃO?!" foi o pensamento que mais me invadiu a mente durante toda a exibição da temporada (risos).

Bem, antes de mais nada, sim, eu sou Kallura shipper, e é por isso que escrevi esta one-shot. Sinto muita falta de fanfics retratando o casal. Lembrando-lhes que eu não tenho nada contra as pessoas que shippam Klance, ok? Eu pessoalmente não curto, mas respeito quem gosta e espero, do fundinho do coração, que isso seja recíproco. Sintam-se todos muito bem-vindos a ler, contanto que não comecem uma discussão por causa disso.

Sem mais, boa leitura a todos!



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“- Desculpe-me, gente. Mas, agora que Shiro se reconectou ao Leão Negro, eu me juntarei à aliança galáctica”.

  A frase dita por Keith Kogane ecoava em loop infinito na cabeça de Allura, que andava a esmo pelos corredores do castelo. Era inegável o fato de estar incomodada, embora o motivo para isso a irritasse mais do que o problema em si. Sendo uma princesa alteana, impossível era sua afeição pelo paladino do Voltron.

  Ou melhor: ex-paladino. Ela não podia deixar de se martirizar por isso. Afinal, se ela o tivesse impedido, implorando para que ficasse, será que ele a teria ouvido? Não se importaria de ter de devolver seu posto a Lance, se fosse por um bem maior. Keith sempre fora um paladino valioso.

  O seu paladino valioso. Allura baixou o rosto sob a mínima captação do pensamento, suas bochechas adquirindo o mais berrante tom de vermelho. Quiznak¹!  

 O caso é que, embora não entendesse muito bem a origem de tal sentimento – e exclusivamente porque ele era inadmissível para uma princesa em guerra -, o que sentia por Kogane era, sem dúvidas, amor. No início, pelo fato de o garoto ser metade galra, raça cuja existência era detestada pela princesa, ela o repudiou e tentou evitá-lo, mas a empatia era um fator em comum para ambos. Órfãos, presos às figuras ausentes dos pais, com um universo inteiro à frente para defender. Por mais que tentasse renegar, a atração pelo paladino vermelho apenas se intensificava a cada dia, e, a certa altura, ela já não tinha mais controle. Seu coração acelerava toda vez que o olhava, a respiração rarefeita sob a mínima hipótese de ter de falar com ele.   

  E agora ele deixaria o time para trás. Ele a deixaria para trás. Embora não quisesse demonstrar, Allura ficou, sim, bastante chateada. E se, pelo risco que ele tomara ao assumir o cargo, ela não tornasse a vê-lo novamente? A hipótese com certeza a assustava.

  Parada em frente ao vidro que dava visão para a galáxia, a alteana se empertigou. O silêncio do castelo, apesar de acalentador, era também bastante incômodo. Quantas vezes durante a noite ela não acordara e dera de cara com Keith sozinho na sala de comando, à procura de informações sobre o paradeiro de Zarkon? Aquilo, na época, a incomodava, mas agora a bombardeava de ressentimento. Ela sentiria saudades, e só pedia para que ele voltasse para eles.

  De súbito, uma nave estranha rodeou o castelo, fazendo-a retrair os músculos. Aproximou-se do vidro para distinguir a origem do veículo astronáutico; após um tempo, sorriu. Da cabine, Keith acenou e lhe deu um sorriso tímido, o uniforme escuro denunciando estar em missão. Ele estava patrulhando, protegendo os amigos das ameaças.

  Allura alargou o sorriso. Depois de o garoto desaparecer por entre as estrelas, então, permitiu-se suspirar, aliviada. Era, afinal, indubitável: Keith Kogane voltaria para eles. Keith Kogane voltaria para ela.   

Quiznak¹ - gíria exclusiva da animação, que, em alteano, significa algo como "droga" ou "essa não". É uma espécie de xingamento.   


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