Alex estava se preparando para ir almoçar quando seu celular vibrou, achou estranho ver o nome de Lena no visor e atendeu já alarmada. As palavras que a moça disse fizeram seu coração parar por um instante. Pediu o endereço do restaurante e saiu apressada atrás de J’onn, quando o encontrou, já estava desesperada:

—O que houve, Alex? —J’onn notou a aflição nos olhos dela.

—Lena Luthor ligou, algo aconteceu com a Kara, precisamos ir até lá !

—Se acalme, vamos voando, chegaremos mais rápido.— Alex fez que sim com a cabeça enquanto J’onn se transformava em sua forma marciana. Ele a pegou e os dois seguiram rumo ao local onde Kara e Lena estavam.

Chegaram lá em menos de 5 minutos. Assim que entraram no estabelecimento viram um amontoado de gente e no meio Lena no chão com Kara nos braços.

—Graças a Deus, Alex.

—O que houve? —Ela disse ajoelhando e ajudando a segurar Kara.

—Eu não sei, estávamos conversando, de repente ela começou a sentir uma dor e disse que tinha algo errado com o bebê, logo depois desmaiou. —Lena estava aflita.

Alex respirou fundo para se acalmar:

—J’onn, por favor, leve Kara para o DEO.

—Não é melhor a levarmos para o hospital? —Lena questionou.

—Temos o necessário para cuidar dela lá, pode ficar tranquila, Lena, vá para casa.

—Não, Alex, eu quero acompanhar vocês.

—Me desculpe, Lena. O DEO não pode receber visitas. Eu te ligo assim que souber o que aconteceu, pode confiar em mim. —Lena hesitou mas preferiu não discutir

—Tudo bem. — Ela suspirou. — Mas por favor, não esqueça.

—Não esquecerei, vai ficar tudo bem.— Ela disse mais para si mesma do que para Lena.

Quando acordou, Kara demorou a entender onde estava e o que tinha acontecido. Quando lembrou, levou imediatamente a mão na barriga, precisava saber se o bebê estava bem. Percebeu que estava em uma maca na sala de exames do DEO e quando olhou para fora da sala, viu Alex conversando com J’onn e Winn. Ela parecia preocupada, o que deixou Kara mais aflita. Ao perceber que a irmã havia acordado, Alex entrou na sala, tentando suavizar sua expressão de preocupação.

—Kara, como está se sentindo? —Ela disse se aproximando da cama.

—Um pouco melhor. Alex, o bebê está bem?

Ela percebeu que a irmã hesitou e começou a se desesperar.

—Alex? O que houve? Por favor, me fala que ele está bem!— Alex suspirou:

—Você sentiu dor, porque os batimentos dele estão instáveis, Kara.

—Como assim?

—Alguma coisa está prejudicando a frequência cardíaca… Estamos fazendo testes e tentando estabilizar a situação.—Alex tentava passar segurança na voz.

—Meu Deus!— As lágrimas começaram escorrer pelo rosto de Kara.

—Se vocês não conseguirem descobrir o problema, eu posso perdê-lo?

Alex virou o rosto para Kara não ver que lágrimas escorriam por seu rosto também. Ela respirou fundo e pegou a mão da irmã:

—Nós vamos descobrir, Kara. Eu prometo, você e o bebê ficarão bem!

—Alex, se algo acontecer com meu filho, eu não vou conseguir mais…

—Fique calma. Mamãe está vindo para ajudar. Vamos descobrir o que está acontecendo. Eu sei que é difícil, mas pelo bem do bebê, tente não se desesperar, pode piorar a situação.

Kara concordou e fechou os olhos enquanto as lágrimas desciam.

—Me prometa que se você precisar escolher entre salvar eu ou ele, você o salvará…—Alex se assustou.

—Kara… eu não posso…

—Alex, prometa…

—Eu… prometo… —Ela disse abaixando a cabeça.

—Mas isso não será necessário, esse bebê tem seu sangue, Kara, ele não vai desistir tão fácil.

De repente, ela pareceu entender:

—Oh não...

—O que foi, Alex?

—Ele tem seu sangue… Mas tem sangue daxamita também..

—O chumbo…—Completou Kara. —Mas eu já estou com 4 meses de gravidez, porque estaria afetando-o só agora?

—Provavelmente, porque ele é mais resistente por ter só uma parte do DNA daxamita e também está mais protegido estando dentro de você.

—Alex… Isso significa que enquanto eu estiver na Terra, meu filho continuará sendo envenenado… —Ela começou chorar ainda mais.— O que faremos?

—Vamos dar um jeito, Kara. Vocês não precisarão deixar o planeta… Você terá esse bebê aqui, com a sua família!— Alex percebeu que os olhos de Kara estavam quase fechando.

—Eu… não posso dormir… precisamos dar um jeito..

—Tudo bem, Kara. É efeito dos analgesicos, descanse… Eu vou cuidar disso!