The Guardians escrita por Sofia Di Angelo


Capítulo 37
Episódio 7- Capítulo 1- Will


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Pois é, ja faz uns três meses que não sai nenhum capitulo novo. Mas isso é porque tiveram férias, volta as aulas, provas e isso acabou me atrasando um pouco.
Sem contar que minha Beta vai fazer Enem brevemente (Boa Sorte!), então a correção dos capitulos esta sendo mais lenta.

De qualquer forma, vou tentar manter um bom ritmo de postagens, ja que nos aproximamos do climax da historia!


Espero que gostem do capitulo! Boa leitura.



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Eu cai no chão pela quarta vez em menos de dois minutos, o que fez Jack perceber que eu estava pior do que dizia estar:

— Acho melhor te dar um intervalo - ele falou sentando no chão da arena externa, ocupando o lugar do meu lado. - Ainda preocupado com Stacy?

— Pois é. Ela ainda não acordou. Nat se recuperou bem mais rápido e já recebeu a alta. Ela disse que ficaria com Stacy e me avisaria se alguma mudança ocorresse, enquanto eu deveria voltar para a base e seguir com meu treinamento. Mas... - as palavras não conseguiam sair.

— Nenhuma mensagem chegou ainda e você não pode deixar de se preocupar, certo? - O loiro me disse - Will não se preocupe. Pelo que vi naquele dia, a garota é mais forte do que aparenta ser. Ela vai ficar bem...

— Obrigado, Jack - eu agradeci seu apoio emocional.

— Por nada. E então? O que acha de acabarmos o treino mais cedo e ir descansar com os outros... uou - Jack foi interrompido por uma bola de futebol, que passou voando por cima de sua cabeça. O garoto se abaixou bem a tempo e se virou rapidamente para ver o responsável.

— Jack, Will! - Leo veio caminhando em nossa direção. - Viram uma bola por aí?

— Não, o que eu vi foi uma arma de destruição em massa rodopiando a alta velocidade. – Jack se levantou para pegar a bola e a lançou a Leo.

— Valeu. Se vocês já acabaram o treino, querem vir jogar comigo, Deuce e Sky? - O garoto ofereceu.

— Por que não? Parece relaxante... - disse me levantando.

— É que, eu não sou muito bom e.... - Jack ia inventar uma desculpa, mas Lucy saiu pela porta do Templo nesse mesmo instante.

— Eu preciso fazer alguma coisa que tire minha mente de Harry. - A loira disse.

— Ótimo. Agora temos um número par! - Leo exclamou e saiu correndo - Eu já volto.

O garoto saiu, deixando-me a sós com Jack e Lucy.

— Um número par para que? - A garota.

— Jogar futebol. Mas o que aconteceu com Harry? - Jack perguntou.

— Continua tentando concertar nossa amizade. Mas no momento, tudo o que eu quero é um tempo a sós com meus amigos de verdade. Longe de qualquer perigo...

— E por que não chamou Cléo? – Perguntei.

— Por que ela está com Jason no momento. E eu não me sentiria muito à vontade segurando vela. - A loira rapidamente explicou.

— Perai. Cleo e Jason estão namorando? - Jack perguntou absolutamente confuso - As maiores mudanças sempre acontecem quando eu não estou aqui...

— Voltamos! - Leo disse, chegando com Sky e Deuce.

— Eu vou com a Sky - Lucy disse correndo para o lado da ruiva - Pelo menos assim tenho uma chance de ganhar.

— É assim que se diz! - A outra respondeu.

— Não preciso de vocês. Will e Jack estão comigo - Leo disse mostrando a língua - E como somos muito melhores, vamos deixar vocês começarem com a bola.

— Se você diz - Sky deu de ombros, afastando-se para delimitar o espaço do gol com gravetos.

Deuce logo usou seus poderes para criar um arco retangular com cipós:

— Eu vou no gol - Lucy disse ocupando a posição.

Leo mandou Jack ir para o nosso gol, e mesmo que relutante, o loiro obedeceu. Sky foi para a metade do gramado e fez o primeiro passe para Deuce. Leo avançou rapidamente para interceptar o passe, mas Deuce fez um rápido drible e devolveu a bola para a ruiva:

— É com você, Sky! - O britânico exclamou enquanto Sky corria pelo campo. Leo correu atrás dela, mas foi driblado com facilidade, assim como eu. Ela alcançou o gol e marcou seu primeiro ponto sem muito esforço.

— Uhuuuul! Um a zero - a garota fez um hi-5 com Deuce e a seguir com Lucy.

— Melhor de 5 - Leo se apressou em dizer.

O jogo seguiu por um tempo. Com muitos furos, passes de bola e gols. Todos feito pelo time adversário:

— E, 5 a zero - Deuce anunciou o fim do jogo após o último gol de Sky.

— Como assim? É isso mesmo produção? Exijo um replay desse lance - Leo reclamou indignado.

— Ótimo trabalho, time! - Lucy saiu do gol parabenizando os outros dois.

— Isso foi divertido, deveríamos fazer mais vezes. - Sky disse se espreguiçando.

— Da próxima vez deveríamos permitir o uso dos poderes - eu sugeri - Desculpa Jack. - Eu disse ao notar que ele se aproximara.

— Não por isso. Assim terei uma desculpa para não jogar esse jogo nunca mais.

Nós seis ficamos ali por mais um tempo. Deuce desfazendo os gols e Leo recolhendo a bola. Jack foi o primeiro a entrar no Templo, deixando o restante de nós no gramado:

— Não se preocupa, Will. Da próxima a gente chama o Kevin e ganha - Leo disse se aproximando

— Falando nele, como ele está? - Sky perguntou.

— Ainda devastado. Pediu um tempo para refletir sozinho. E todos nós estamos dando-lhe um pouco de espaço... - Deuce respondeu.

— Espero que ele fique bem - Lucy falou.

— Relaxa, vai dar tudo certo no final. - Disse tentando soar positivo.

— Enfim, vamos entrando. Eu preciso de um banho urgente - Leo chamou.

— Eu que o diga - Lucy concordou, arrancando algumas risadas do restante de nós.

Eu me virei para trás mais uma vez antes de entrar no Templo, e encarei a grande barreira de proteção que agora nos cerca. Mas algo rodopiante e multicolor começou a se formar do lado de fora. Até parecia o portal de Paloma. E isso, obviamente, chamou minha atenção.

— Pessoal? - Chamei pelos outros - Acho que nossos inimigos voltaram.

— Você tem que estar de brincadeira. - Leo se apressou em sair.

De dentro do portal, os outros Guardiões começaram a sair.

— Roupas. Roupas, agora! - Leo disse lançando a magia em seu brinco.

Sky, Deuce, Lucy e eu fizemos o mesmo. Todos com os trajes já vestidos, começamos a correr em direção a barreira:

— Mas o que será que eles querem dessa vez? - Lucy perguntou cansada.

— Eu não tenho a menor ideia. Mas já que vieram até aqui, eu dou uma surra neles de graça! - Sky abriu um sorriso e começou a correr mais rápido.

Eu encarei a figura de Elize se aproximando da barreira. A garota ergueu as mãos e a colocou sobre nosso campo de forca mágico. Faíscas começaram a sair do lado externo da barreira. Esta parecia se enfraquecer.

— Ela pode fazer isso? - Perguntei com duvida.

— Ela é Elize. Óbvio que sim - Leo me respondeu seriamente.

Um rápido vulto passou na minha frente, fazendo meus cabelos voarem:

— Demoramos muito? - Kevin perguntou assim que parou de correr e se posicionou na nossa frente.

Cléo estava juntamente com ele, os dois com suas roupas de missões:

— Jason disse que tinha algo estranho com a barreira e viemos checar.

— A barreira está ótima, o problema é ela - Sky disse apontando para Elize.

— Eu vou tentar lançar lhe um raio - me ofereci avançando a passos rápidos.

Juntei toda minha energia em minhas mãos. As apontei para frente assim que fiquei cara a cara com a barreira. Preparava-me para lançar meu raio, mas a barreira pareceu ficar penetrável, e a magia de Elize passou direto, acertando-me.

— Will! - Kevin veio correndo em minha direção e me ajudou a levantar.

O portal de teletransporte se abriu novamente. Thea saiu deste e segurou Elize antes que ela caísse no chão. Dan saiu logo a seguir, com um sorriso. Ele levantou as mãos para o ar e lançou a maior quantidade de energia concentrada que podia. Um vórtex se formou no céu. Puxando tudo o que podia para dentro de si.

— Aaaaah! - Ouvi Lucy gritar, ao ser a primeira a ser puxada.

Cléo saiu voando atrás da amiga e acabou sendo pega pela correnteza.

— Cléo! - Leo se soltou do chão - onde ele afundara suas mãos - e se deixou ser levado.

Deuce se segurava em um tronco que ele mesmo havia criado. Sky se segurava a mão esquerda do garoto:

— Temos que ir ajudar. - Sky disse se soltando.

Kevin foi sugado logo a seguir, e eu fui puxado com este. Deuce, sendo o último a permanecer lá em baixo acabou cedendo. Assim que ele passou pelo vórtex, este se fechou atrás dele. Uma corrente nos puxava para frente. Uma força forte demais para resistir. Eu me desesperei. Não sabia o que fazer. Isso era uma magia do gêmeo do passado, e se isso quisesse dizer que ele estava nos mandando para outra época da História? Nada disso. Minha irmã ainda estava no hospital e precisava de minha ajuda. Eu criei outro raio em minhas mãos:

— Tenho uma ideia para sair daqui. - Disse mirando o raio em uma das partes do vortex.

— Will, espera. Não. - Deuce tentou me parar, mas eu lancei o raio e fui lançado na direção oposta.

Acabei esbarrando com o inglês e nós dois saímos rodando para fora do feitiço de Dan. Quando parei para pensar no que tinha acabado de fazer, me desesperei. Eu poderia ter acabado de nos levar a morte certa. Se Dan criou o vórtex no céu e eu tinha acabado de atravessar uma das “paredes” deste, eu e Deuce íamos cair há metros acima do chão. E nenhum de nossos poderes e útil nas alturas. Eu fechei meus olhos enquanto ambos atravessávamos para fora do vórtex e eu me arrependia da minha péssima decisão, esperando que esta não nos levasse a morte certa.

                                                         ***

— Will? - Eu acordei com Deuce me chacoalhando - Estamos vivos, já pode abrir os olhos.

Abri um olho de cada vez, só para me deparar com um enorme castelo medieval a nossa frente. Nós dois estávamos no enorme gramado nos arredores do palácio:

— Onde... onde estamos? - Perguntei.

— Não tenho ideia. Mas pelas roupas, definitivamente no século 20. Suponho que ao redor dos anos 40.

— Que roupas? - Eu perguntei olhando para baixo.

Meu traje laranja tinha dado lugar a um terno marrom. Acompanhado de uma blusa social cinza-azulado e uma gravata listrada em preto e vermelho. Deuce estava, também com um terno. Mas o seu era cinza ao invés de marrom. Ele usava também luvas brancas e se apoiava em uma bengala de madeira.

— Devo dizer que me sinto...velho - Deuce disse rodando a bengala em seu braço.

— Peraí, você disse que estamos em 1940? Então nós voltamos no tempo mesmo? - Perguntei assustado.

— Eu não sabia que Dan tinha esse poder. Se Harry não tivesse perdido o objeto anos atrás, talvez soubéssemos da fraqueza do Guardião.

— O da história da Lucy, né? - Perguntei para confirmar

O garoto apenas assentiu com a cabeça:

— Vamos indo, temos que descobrir o que está acontecendo aqui. - Ele disse começando a caminhar.

Eu fui atrás dele, ainda deslumbrado e espantado com o fato de as viagens no tempo serem realmente possíveis. Mas, se humanos podem controlar fogo, raios e o ar, acho que está valendo de tudo. Seguimos caminhando até nos depararmos com um grupo de pessoas vindo em nossa direção. Eram três homens: o primeiro tinha os cabelos e olhos marrons, e usava sua blusa social com as mangas arregaçadas. O segundo, era uns dois centímetros mais baixo. Seus cabelos eram negros e os olhos azuis. O último, tinha o cabelo marrom claro e os olhos verde-mel. Ele tinha um enorme sorriso no rosto - que me lembrava um pouco Leo. Sua blusa social estava com os três primeiros botões desabotoados, exibindo seu musculoso peito.

— O que fazem aqui? - O primeiro homem perguntou.

— Vocês não acreditariam mesmo que disséssemos - Deuce falou.

— Ah é? Teste-me - o terceiro falou, encarando-me nos olhos.

Por algum motivo, ele me soava extremamente familiar. Como se eu já o tivesse visto antes.

— Bom, meu nome e William e este é Deuce. E nós... - eu olhei para o inglês em busca de ajuda. Quer dizer, podíamos contar pra eles que éramos Guardiões?

— Somos os Guardiões do Trovão e da Madeira, ou Natureza, como eu prefiro me autodenominar - Deuce terminou.

Os três homens se olharam confusos:

— Mas, isso é impossível, garoto. - O segundo disse.

— Bom, nós tentamos... - eu me virei para Deuce. - Vamos indo.

— Por que da última vez que eu chequei, eu era o Guardião do Trovão. - O homem tornou a dizer, captando nossa atenção.

— Eric? - Deuce perguntou espantado.

Nós cinco nos encaramos em dúvida. Todos tentando entender o que estava acontecendo. Então aquele era Eric mais novo. Quer dizer que estávamos mesmo no passado. E aquele castelo era provavelmente a antiga base dos Guardiões, aqueles da geração anterior a nós. Mas, o que fazer a seguir? Quer dizer, qualquer coisa que fizéssemos ali poderia alterar a linha do tempo. Mas precisávamos voltar para casa a qualquer custo. Eu ainda encarava os três homens, tentando fazer sentido de tudo aquilo. E acima de tudo, encarava a Deuce em busca de respostas. Ele sabia melhor do que eu o que deveríamos e não deveríamos fazer em uma situação como essa.

— Cara, isso vai ser uma grande história um dia - o primeiro homem deu uma risada - Só tem um jeito de saber se vocês são quem dizem ser.

— Só um jeito, meu caro - o terceiro se juntou a este - Que é nos vencendo em batalha. - Os dois deram um passo atrás. Eric-jovem se afastou e se posicionou a direita, tomando sua distância de nós.  Ele deixou o caminho livre entre eu e Deuce e os outros dois homens, que exibiam os dentes alegremente.

— Quando eu acho que não pode piorar... - Deuce disse jogando a bengala a um lado.

— E, só para esclarecer, quem são vocês? - Eu perguntei. Gosto de saber contra quem estou lutando.

— Meu nome é Daniel, o Guardião dos Corpos - o terceiro homem se apresentou - E o meu camarada aqui, é Ivan, o Guardião das Mentes.

Ao ouvir essas palavras, Deuce congelou. Pelo visto, ele estava tão surpreso quanto eu. Ambos encaramos os outros dois imóveis:

— Bom, que a festa comece! - Ivan disse avançando até nós.


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Notas finais do capítulo

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