The Guardians escrita por Sofia Di Angelo


Capítulo 36
Capítulo 6- Villain Chapter- Ken


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Sua vez - eu disse ao meu irmão pacientemente enquanto capturava seu cavalo no xadrez.

— Droga - ele respondeu colocando a mão sobre a boca e encarando o tabuleiro pensativo - Aha! Bispo come a rainha!

— E a torre cerca o rei. - Eu disse com um sorriso - Xeque-mate!

— Eu odeio esse jogo - Dan se levantou com raiva. - Cadê as meninas? Elas já deveriam ter voltado há uma hora dessas.

— É exatamente essa sua falta de paciência, meu caro irmão, que te faz cometer deslizes idiotas tanto no jogo quanto na vida. - Lhe disse.

— Que seja, não tô a fim de levar bronca no momento. Vou ver o que tem na geladeira.

Meu irmão se dirigiu a cozinha, deixando-me sozinho à mesa.  Eu observava o fogo na lareira, aquecendo o ambiente da forma mais primitiva possível. Ao lado da indomável fonte de calor, uma sombra se formara. A sombra começou a tomar forma, e dela saltaram Thea, Elize e Paloma. Thea saiu de pé e as outras duas caíram no chão:

— Ah, vocês voltaram! - Eu disse - Que novidades nos trazem desta vez?

— Temos boas e más notícias - Thea começou.

— Optarei por ouvir a má primeiro - meu irmão apareceu na porta no mesmo instante, com um copo de sorvete na mão.

— A má é que perdemos novamente, dado a desvantagem numérica - Elize disse se levantando.

— E a boa, é que temos a identidade de um dos Guardiões. - Paloma completou.

— Ora, ora. Quem diria? - Meu irmão deu um sorriso - E ai Ken, o que fazemos com essa abertura deixada pelo Guardião...? - Dan olhou para as outras em busca de auxílio.

— Da Luz - Thea o completou.

— Isso. Com a abertura deixada pelo Guardião da Luz?

— Não é importante agora – respondi - Temos coisas mais significativas com o que lhe dar.

— Como o que, por exemplo? - Paloma perguntou.

— Por exemplo, avaliar os altos e baixos da missão de hoje. Elize, qual seu julgamento? - Disse rapidamente.

— Bom, o campo de força de Paloma nos deu uma grande vantagem. Mas ela foi vencida por pessoas que nem sequer tinham poderes! Imagina quando os outros dois feiticeiros estiverem no campo de batalha também? – A Guardiã da Energia analisou.

— Em minha defesa, vocês duas não se saíram muito melhor em uma luta de um contra um. Imagina se os outros Guardiões tivessem aparecido também? - Paloma retrucou.

— Ok, ok. Não precisam brigar - Dan disse posicionando-se entre as duas - Pelo menos temos uma informação útil após essa batalha. O que eu não entendo, é por que não vamos usa-la ao nosso favor imediatamente? - Meu irmão aumentou seu tom de voz ao se dirigir a mim.

— Paciência, Dan. Lembre-se da paciência - eu disse começando a me explicar. - Eu estava pensando comigo mesmo há uns dias atrás, quando vocês perderam a batalha na base dos Guardiões e....

— Entendemos. E fracassamos mais uma vez. Só conclua a história - Thea falou impaciente.

— Bom, nesse mesmo dia, eu usei meus poderes, e uma visão me apareceu: a de que teríamos uma boa notícia na batalha de hoje... - Eu prossegui.

— E ai descobrimos o verdadeiro nome do Guardião da Luz, Kevin - Elize disse.

— Exatamente. A segunda visão, foi a do fogo. O fogo, mais pré-histórico do que podemos imaginar. Este que ajudou a raça humana a sobreviver e desenvolver desde os tempos antigos...

— E aonde você quer chegar com isso, exatamente? - Meu irmão perguntou confuso, com seu braço ao redor do ombro de Paloma.

— O que eu quero dizer, é que a primeira revelação foi verdadeira e se realizou hoje. A segunda, me inspirou para elaborar o plano do nosso próximo ataque. Mas para realiza-lo, eu vou precisar de todos vocês. - Expliquei.

— Diga-nos o plano. - Thea ordenou.

— Uma viagem no tempo! Os Guardiões ficam presos ao passado. Nos dando tempo de terminar nossa busca pelo oráculo e pelo Guardião do Metal.

— Desde quando estamos buscando pelo Guardião do Metal? - Thea perguntou.

— Desde agora. - Respondi.

— Perai, deixa eu ver se entendi direito: você espera que eu crie um vórtex do tempo e mande os Guardiões em uma viagem ao Passado? Tem ideia do quão difícil é isso? - Meu gêmeo falou.

— Além disso, temos uma barreira ao redor da base. Nossos poderes não passam por lá - Paloma completou.

— Mas fora esses detalhes irrelevantes, é um bom plano! - Elize disse irônica.

— Criaturas de pouca fé. Eu já pensei em tudo. Elize vai sugar a energia da barreira e enfraquece-la, dando tempo suficiente para que Dan lance sua magia. - Expliquei.

— Tudo bem. Suponhamos que isso dê certo, não teremos mais os Guardiões para sugar suas energias e reviver o Mestre - Thea apontou.

— Até parece que não conhecem aquele time. Eles vão dar um jeito de voltar, e alguns acabarão mortos no processo. Não precisamos de todos eles vivos… - Justifiquei.

— Ainda assim, como vai garantir que eles vão ficar lá tempo o suficiente para você encontrar o Oráculo e sei lá mais quem? - A Guardiã das Sombras tornou a me questionar.

— Eu me ocuparei disso - Paloma se voluntariou - Desde que possa matar alguns deles no processo… - Ela esbanjou um sorriso.

— Claro, claro. Preciso de pelo menos dois vivos. - Disse- Elize, você topa?

— Topo fazer o quê? Ah sim - ela disse lembrando-se do plano que eu acabara de explicar - Mas eu preciso de uns dias para me recuperar.

— Dois dias devem bastar para que você recupere suas forças. Dan? O plano não funciona sem você. - Virei para meu irmão.

— Dois dias deve ser o suficiente. Mas de novo, eu nunca tentei fazer isso. Alcançar o Poder Máximo é.... quase um mito. - meu irmão disse, e pela primeira vez, eu vi insegurança em seus olhos.

— Dan, você é o Gêmeo do Passado. Um prodígio no domínio de sua magia. Acredite em mim, você consegue. - Lhe incentivei.

— Nós acreditamos em você - Paloma disse dando-lhe um beijo na bochecha, fazendo com que Thea exibisse uma cara de nojo, e Elize se sentisse desconfortável.

— Hehe. Adoro quando você precisa de mim - Dan me disse - Eu tô dentro. Daqui a dois dias, os Guardiões vão literalmente entrar para a história!

— É assim que eu gosto de ouvir. Ótimo trabalho, time. Descansem bastante. Daqui a dois dias, nós atacamos. - Eu disse saindo do cômodo e subindo as escadas.

Sim, tudo havia saído como o planejado. Meu plano correria perfeitamente bem. Ainda assim, eu me sentia mal por ter ocultado parte das visões dos meus companheiros. Junto com as outras duas, uma terceira imagem me apareceu, mas eu ainda não tenho certeza do que significa. E contar aos outros poderia gerar um pânico desnecessário. Mas uma coisa estava clara e eu temo que seja verdade. A morte está mais perto de um de nós do que eu pensava anteriormente. E eu sinto que os dois lados terão uma perda catastrófica caso essa guerra continue.  Contudo, não podemos desistir. Apesar dos avisos que eu recebi em minha última espiada no futuro, seguiremos lutando sem jamais hesitar. Por mais próximo que a morte esteja, sempre há uma luz que forma a escuridão. E essa luz, nosso objetivo final, é o que fará com que não desistamos. O futuro é incerto, mas se uma morte é certa de acontecer, eu me assegurarei de que seja um deles.


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Notas finais do capítulo

Ate o próximo episodio. Vejo vocês semana que vem! :)



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