Mais que bons amigos. escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
Elephant Memory


Notas iniciais do capítulo

Sim!! Gibbs e a equipe foram chamados para ajudar. e Hotchner e Gibbs tem muito a explicar sobre essa ligação da morte da Shanon, não acha???



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Dia seguinte...

Garcia acordou no dia seguinte antes que Hotchner ou qualquer outro agente. Eles tinham discutido na noite passado sobre a decisão dela em se arriscar.

Noite anterior...

— Essa não é a questão, Hotch. – Disse Garcia. – Estamos falando da minha vida e de como eu estou aqui a duas semanas inteiras. Não vejo um futuro se eu não fizer.

— Você faz parte da minha vida agora, Penelope. – Hotchner estava bravo. – Eu simplesmente não posso deixar você fazer isso.

— Deixar eu fazer isso ou não, não está no seu alcance. – Garcia sabia que Hotch e ela estavam juntos a uma semana e já estavam tendo a primeira briga.

Garcia foi para um canto afastado da sala onde Hotch dificilmente iria vê-la chorar. Ele foi até ela e a abraçou.

— Eu sinto muito, Penelope. – Disse Hotchner. – Eu não quero mais brigar.

— Porque não me deixa fazer isso? – Ela tentou falar entre uma lagrima e outra.

— Eu não quero te perder. – Hotchner largou algumas lagrimas.

— Eu preciso. – Disse Garcia.

— Vamos dormir. Foi um longo dia. – Disse Hotchner. – Amanhã a gente conversa.

— Eu vou dormir sozinha essa noite. – Disse Garcia.

— Mas estamos de bem? – Perguntou Hotchner.

— Estamos sim. – Garcia deu um beijo nele e foi para a cama do outro lado da sala.

Hotchner adormeceu o sofá. Ele sabia que ela precisava de espaço e quando acordassem na manhã seguinte as coisas seriam mais fáceis.

Presente...

Não havia quase ninguém na BAU naquela hora e os corredores só estariam cheios depois das oito da manhã.

Eram sete e meia da manhã quando Garcia colocou uma roupa diferente da que costumava usar. Calça fechada de moletom e um casaco de corrida. Quanto mais impessoal menos ela tinha chance de ser reconhecida por alguém que a conhecesse e chamasse Hotchner.

Ela deixou um bilhete para Hotchner antes de sair meio como despedida meio como um aviso meio como uma desculpa. Ela realmente não sabia o que aquilo iria significar quando Hotchner visse, mas no momento ela não sabia o que fazer.

Ela pegou um taxi que por sorte passava por ali naquela hora. Ela tirou algumas notas e pediu para ir o mais longe que ele conseguisse com aquele dinheiro.  Ela deixou seus aparelhos no FBI. Era a primeira em que ela realmente se desconectava por completo a não ser por um mini mp3 completamente sem rastreador e um fone de ouvido branco que acompanhava o aparelho preto.

Hotchner acordou alguns minutos depois do táxi se afastar por completo do FBI. Ele olhou pelos lados e não ver Penelope realmente o deixou enjoado. Ele foi até a mesinha na esperança de encontrar um comprimido que o fizesse enxergar que aquilo era um sonho e que assim que ele acordasse Penelope estaria na sua frente outra vez.

Ele se apoiou com as duas mãos e parou o olhar em frete a uma folha com palavras rabiscadas depressa para saírem bonitas, mas totalmente compreensíveis.

"Desculpe sair assim. Sem explicar nada, sem despedidas. Eu realmente adorei o que nós tivemos e se isso for um adeus eu quero deixar isso bem claro. Eu botei o plano em prática, mesmo que sozinha. Eu não sei atirar, eu não sei como dar um tiro e por isso eu não estou com uma arma. Eu posso acabar com eles sozinha e vou fazer isso. E se eu sair viva eu volto para curtirmos nosso amor para sempre. – Penelope.

Hotchner sabia que Penelope era uma pessoa decidida em acabar com aquilo, mas acabar com uma célula terrorista sozinha, sem reforço ou uma arma era um suicídio. Hotchner pegou o celular e tentou ligar para Garcia.

Nem precisa dizer que ele ficou transtornado quando ele escutou ele tocar do outro lado do quarto.

— Só faltava essa. – Hotch pensou em tudo que aconteceu naquelas duas semanas em que estavam ali.

Ele já havia declarado seu amor por Penelope e eles já tinham sobrevivido a duas rajadas de tiros. Era de se comemorar até a primeira briga e a reconciliação foi a melhor parte mesmo ela mantendo distância dele durante a noite. Ele se xingou por ter um sono tão pesado e por não ter notado que Penelope havia saído.

Ele ligou para Rossi que foi chamando a equipe toda. Quando Reid chegou ele se entristeceu por não ter se oferecido para cuidar de Penelope. Mateo foi o último a aparecer. Ele negou qualquer tentativa de colocar o plano em ação naquele dia.

Hotchner só sabia que queria acha-la e proteger sua garota. Nem que para isso tivesse que pedir ajuda de outras agências. E ele faria.

Hotchner se lembrou de um velho amigo da marinha que agora comandava uma equipe em Washington. Gibbs era seu nome. Sua equipe era a melhor em situação de resgates que ele conseguiu encontrar.

Apesar de estarem distantes Hotch ligou. Ele imploraria para o agora agente federal o ajudar se fosse preciso.

Quando ele ouviu o barulho de ligação completada ele rezou para ele atender.

— Gibbs. – Atendeu Gibbs do outro lado da linha. Ele devia estar construindo outro barco pelo barulho da madeira.

— Já faz tempo, Fuzileiro. – Disse Hotchner.

— É. Muito tempo. – Gibbs reconheceu o velho amigo, mas era mais uma expressão triste do que alegre.

— Quantos anos? 10?15? – Perguntou Hotchner.

— Eu nunca esqueci aquele dia. – Disse Gibbs. – Ela morreu e eu não consegui evitar.

— Eu sei. – Disse Hotchner. – Não consegui te dar os pêsames naquela época.

— Porque afinal ligou para mim? – Gibbs estava irritado naquele dia.

— Eu tenho uma ~amiga~ desaparecida. – Disse Hotchner. Ele nunca a chamaria de namorada na frente da equipe. Não naquele momento.

— Precisa de ajuda? – Perguntou Gibbs. – E por que a gente?

— Ouvi falar muito da Senhorita Sciuto. – Hotchner indicou que conhecia Abby. – E ela e vocês seriam de grande ajuda.

— Quem está desaparecida? – Perguntou Gibbs. – Vocês têm uma analista.

 - Ela desapareceu. – Disse Hotchner. – Estava sob proteção contra uma célula terrorista.

Gibbs ficou calado por alguns segundos.

— Gibbs? – Hotchner estranhou o silencio.

— Estou aqui. – Gibbs parecia perturbado. – A gente está investigando uma também. Essa mira em analistas técnicos do governo.

— Penelope está na lista, Gibbs. – Hotchner estava com a voz triste.

— Eu sei. – Disse Gibbs. – Abby me avisou.

— Eu preciso de vocês Gibbs. – Hotchner estava implorando por ajuda.

— Estaremos aí em algumas horas. – Disse Gibbs. – E talvez depois que isso acabar poderemos resolver esse problema entre nós.

— Esperarei ansioso. – Hotchner parecia arrasado. E não era sem razão.

Se ele simplesmente descobrisse o plano de ataque de Garcia ele ficaria em pânico.

Oklahoma Heights....

Garcia sabia onde exatamente estava quando saiu do táxi há duas quadras. Ela geralmente não saia de sua mesa, de seus computadores e da segurança do FBI. Ela era a que menos havia ido para uma linha de batalha. Ela queria ligar para Hotchner e ouvir a voz de seu amado uma última vez.

— Droga. – Ela pensou. – Eu realmente deveria ter levado algo com uma bateria maior.

Seu mp3 estava sem bateria e ela não teria como escutar suas músicas e ter a coragem necessária.

— Vá em frente. – Disse Garcia para si mesma. – Você pode fazer isso.

Ela chegou a um prédio que parecia estar abandonado há anos. Não havia uma viva alma por lá e ela tinha cada vez mais medo.

— A idéia parecia melhor na minha cabeça. – Disse Garcia.

 Mesmo com medo ela entrou no prédio torcendo para que a pessoa que ela foi encontrar estivesse lá.

Ela parou em um dos andares. Sim o elevador funcionava muito bem então alguém o ligou e ela ainda estaria por aí.

— Estou aqui. – Disse Garcia.

Uma figura masculina, 1,80m saiu de um pequeno espaço que parecia um banheiro.

— Finalmente a grande Penelope Garcia me honra com sua aparição. – Disse o homem.

Garcia deu um passo para trás meio que involuntariamente.

— Embora eu a prefira naquelas roupas alegres. – O homem se aproximou de Garcia e começou a passar a mão pelo corpo da moça. Ela apenas congelou.

— Porque está fazendo isso? – Perguntou Garcia.

— Não é divertido? – Falou o homem. – Inventar uma célula terrorista, matar agentes de verdade só para te atrair.

— Porque? – Garcia estava assustada. E não era por menos. – Eu já esqueci aquilo.

— Eu nunca vou esquecer. – O homem olhou com raiva para ela. – Dez anos numa instituição psiquiátrica, dez longos anos. Planejando a saída perfeita. E vocês estragaram tudo outra vez.

Garcia tomou coragem e tentou correr.

— Péssima idéia mocinha. – Ele a alcançou rápido demais até para ela reagir.

— Um parceiro? – Foi a última coisa que Garcia conseguiu dizer antes de apagar.

— Coloque-a no carro. – Disse o homem olhando para Garcia desacordada.

— Para onde vamos Floyd? – Perguntou o outro.

— Brigewater. – Disse Floyd. – Minha antiga casa.

O homem colocou Garcia na van estacionada do lado contrário da entrada da construção e colocou Garcia com uma cera dificuldade, mas conseguiu. Ela era grande e ela era franzino, mas conseguiu colocar ela na van com a ajuda de Floyd.

— Ela é perfeita. – Disse Floyd ao ver Garcia na parte de trás desacordada. – E eles vão assistir tudo.

Eles entraram e saíram a toda de lá. Ele havia voltado para se vingar da equipe toda e começaria por Garcia.


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Notas finais do capítulo

E com a volta de Floyd no 13x05 de Criminal Minds transformei no grande vilão. E essa história de célula terrorista atrás de analistas era furada Hein?



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