Mais que bons amigos. escrita por Any Sciuto


Capítulo 10
Evil Night


Notas iniciais do capítulo

Gibbs e Hotchner com essa história e agora um canibal maluco.
Spoilers consideráveis para o 13x05 são aplicados.



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Quando as portas do elevador do andar da BAU se abriram e Hotchner e Gibbs olharam um e o outro nos olhos eles esperavam ter algo mais nervoso para dizer.

Gibbs chegou com sua equipe na sede da BAU e mesmo com todo aquele problema do passado eles concordaram em trabalhar juntos e salvar Penelope onde diabos ela estivesse.

Abby se apressou em sair do elevador e correr para dentro. Tony a seguiu e Timothy fez o mesmo.

— O que você precisa de nós Aaron? – Gibbs já sabia o que ele queria e o porquê de eles estarem aí, mas precisava de algo para iniciar uma conversa.

— Eu não sabia a quem recorrer. – Disse Hotchner.

Gibbs lançou um olhar descontente.

— Não. – Disse Gibbs para si mesmo. – Não vou começar uma briga.

Gibbs pensou em dizer algo, mas a risada de Abby o interrompeu. Ela realmente estava maravilhada com o centro do FBI, algo que não acontecia algum tempo.

— Acho que podemos entrar e começar a procurar pistas. – Disse Hotchner. – Ou podemos ter uma reunião no elevador.

— Agora não. – Disse Gibbs.

Eles entraram no escritório. Haviam agentes o suficiente para encontrar Penelope, mas eles nem sabia quem diabos ela tinha ido encontrar.

Hotchner se sentiu impotente outra vez. Ele olhou para a equipe que esperava por algum comando.

— Talvez comecemos pelo celular e depois por algum arquivo no computador. – Hotchner não entendia as próprias palavras. Ele estava cego de amor e sua paixão estava desaparecida.

Morgan parecia suportar aquela situação. Mesmo depois de ser torturado ele ainda tinha um pouco de esperança em sair vivo daquilo tudo. Agora com Penelope desaparecida ele não tinha a mesma esperança.

Dia após dia corpos de analistas se amontoavam e aquela lista ficava com mais riscos que uma folha de caderno teria. Ele precisava sair de á, precisava acha-la. Ele simplesmente queria gritar.

Hotchner não aguentou mais. Depois de duas horas e nenhuma pista ou notícia de Penelope ele deixou o lugar. Ele precisava de um ar. Ele precisava de uma pista qualquer por muito menor que fosse.

Ele viu a câmera de segurança e num primeiro momento achou muito fácil. Ele discou alguns números no celular e um cara atendeu.

— Não quero saber se eu vou ter que pedir permissão para o papa ou para o presidente. – Gritou Hotchner. – Eu quero essas malditas câmeras. – Hotchner nem esperou a resposta, desligou o celular a cara de quem estivesse do outro lado.

— Mantenha a linha desocupada. – Hotch não queria que a linha ficasse ocupada tempo demais. – Ela vai ligar.

— Precisamos conversar. – Disse Mateo.

— Não é uma boa hora, Mateo. – Hotch parecia cansado. – Temos que achar a Penelope e eu tenho quase certeza que.... – Mateo o interrompeu.

— Ela não foi levada por terroristas. – Disse Mateo.

Hotch achava que Mateo brincava com ele

— Ela foi levada por quem? – Perguntou Hotch.

Ele poderia citar dúzias de criminosos que gostariam de se vingar de Penelope simplesmente por ela ser a melhor Hacker.

— Floyd Feylinn Ferell. – Mateo falou para Hotch.

— Ela não o prendeu. E pelo que eu me lembro ele nem chegou a conhece-la. – Disse Hotchner.

— Ele está vindo atrás da equipe. – Disse Mateo. – A organização terrorista, os analistas mortos, tudo para pegar a Penelope.

Hotchner quase não conseguia se manter em pé. Aquele caso havia sido difícil para todos incluindo Penelope que foi baleada no final.

Ela muito provavelmente estava com ele e se entregou para salvar a equipe de uma morte. Não era decisão só dela, era uma decisão que cabia a todos.

Abby e McGee se instalaram na pequena sala de Garcia e Abby amou seus enfeites. McGee simplesmente ficou boquiaberto com o sistema que a moça usava no computador. Eles queriam encontra-la e virar seus amigos.  

Tony estava discutindo algo com Reid e acenando a cabeça apesar de não entender quase nada que o Nerd do FBI dizia. Hotchner e Gibbs ficaram de cara amarrada um com o outro. Rossi e Prentiss procuravam qualquer coisa nos arquivos do caso de alguns anos atrás. Nada sugeria um parceiro oculto ou qualquer menção a ele anteriormente.

BridgeWater...

A antiga casa de Floyd ainda estava na fila de demolição, mas sendo a 345ª iria demorar então ela daria um ótimo esconderijo para seu plano sádico.

Penelope estava dormindo quando chegaram a casa. Dez anos e ela ainda parecia em ordem a não ser pela total falta de moveis que ou foram vendidos ou saqueados.

O porão não era aberto há anos. Floyd havia fugido há algum tempo, mas coragem mesmo para entrar lá ele não havia tido. Não porque ele tinha qualquer tipo de medo. Mas de raiva porque sua missão havia sido interrompida.

Penelope foi colocada em uma espécie de cela amarrada pelas mãos e tapada por uma venda de pano rosa cru e um colar tipo de cachorro onde Floyd pendurou uma corrente curta que ela mal conseguia apoiar a cabeça no chão. Ele a faria pagar com a vida se fosse necessário. Mas antes ele brincaria com ela.

Abby precisou de 22 minutos para quebrar a segurança que Penelope colocou no celular. Eles viram muitas mensagens trocadas entre ela e um número que deveria estar desativado.

— Gibbs. – O agente da NCIS atendeu o telefone quase se esquecendo de onde estava. – Vou avisar a eles.

Hotchner foi com Gibbs até a sala onde Abby e McGee estavam. Ele já sabia que não existia nenhuma célula terrorista, mas o que ele viria a descobrir seria muito pior.

— Encontramos mensagens da Penelope com um número que foi desativado esta manhã. – Disse Abby. – Ela marcou um encontro com ele depois dele ameaçar o resto da equipe.

Hotchner sabia o quanto Garcia era devota a equipe, mas se colocar em perigo desse jeito era diferente.

— Foi marcado em um prédio em Oklahoma Heights. – Disse Abby mostrando uma das mensagens.

" Penelope diz: Onde podemos nos encontrar?

   Shultzbuzz diz: Tem um prédio em Oklahoma Heights. Está em construção.

   Penelope diz: Se eu me encontrar você deixa a minha equipe em paz?

  Shultzbuzz: deixo sim. Mas venha sozinha. Venha amanhã cedo.

 Penelope: Venho sim. "

Hotchner não conseguia acreditar. Ela se arriscou por eles. Outra vez.

Hotchner saiu de lá. Precisava de algo forte para beber. Forte o suficiente para apagar algumas horas e esquecer toda essa complicação.

Ele se sentou no corredor e começou a chorar. Ele sabia que o tempo corria e as chances de Penelope eram mínimas.

— Todo o plano foi ralo abaixo. – Disse Hotchner quando Rossi se sentou ao lado dele. – E agora ele a pegou.

— De quem você está falando Aaron? – Rossi aparentemente não sabia de nada ainda.

— Floyd Feylinn Ferell. – Hotchner hesitou por alguns segundos.

Rossi ficou sem palavras.

— Ele a pegou Dave. – Disse Hotchner. – Sem células terroristas mortes para atrai-la e fazê-la precisar de segurança para atrair para uma armadilha.

— Ele estava internado há dez anos. – Disse Rossi.

— Ele fugiu há duas semanas. – Disse Hotch.

— E porque diabos a gente não foi avisado? – Rossi estava indignado e com uma certa razão.

— Eles não disseram o porquê. – Hotchner estava igualmente indignado. – Ele tem um parceiro que criou a falsa célula, as ameaças contra os analistas e que também matou alguns deles.

— Tudo isso para atrair a Garcia? – Rossi não entendeu. – Se ele quisesse machucar alguém ele machucaria o Reid, a Prentiss eu ou você.

— Ele começou pela que achava mais fraca. – Disse Hotch.

Bridgewater.

Garcia recuperou a consciência aos poucos, mas por algum motivo ela não conseguia enxergar. Sentiu que as mãos estavam amarradas bem forte e de um jeito muito difícil de se soltar. Uma pressão no pescoço a impediu de se deitar completamente no espaço em que ela estava. Ela sentia que alguém a estava observando.

— Tem alguém aí? – Ela perguntou.

— Esperei muito tempo para isso. – Disse Floyd.

— Eu não sei quem você é nem o que quer de mim. – Disse Garcia. – Mas eu quero ir embora.

— Você não me conhece pessoalmente, mas provavelmente já ouviu falar de mim. – Disse Floyd.

— Não estou entendendo. – Disse Garcia.

— Ah qual é! – Floyd deu um tapa na grade que fez um barulho gigante. – Você foi baleada no final do caso.

— O canibal. – Disse Garcia. – O que você quer de mim?

— Ter uma pequena vingança contra sua equipe. – Floyd não abriria mão dela.

— Eu praticamente só identifiquei as vítimas naquela ocasião. – Garcia parecia confusa. – A gente nunca foi apresentado oficialmente.

— Exatamente. – Disse Floyd.

— Então a ameaça dos terroristas, a vingança contra os analistas.... – Garcia não conseguiu concluir.

— Nada disso é real. – Floyd estava orgulhoso de si. – Tinha que te atrair de um jeito brilhante e que não soasse muito fake.

Garcia não sabia o que dizer diante de tudo aquilo.

— E como se não fosse suficiente vocês atrapalharam meu plano de sair de Halzehood. – Floyd completou.

 - E eu tenho algo a ver se você foi burro o suficiente para criar um copiador. E ainda mais com detalhes nunca revelados. – Garcia tentava dar risada daquela situação.

Floyd deu um tapa que ecoou pelas paredes geladas do lugar.

— Cala a boca vadia. – Disse Floyd pegando uma seringa com um líquido incolor.

— O que você vai fazer? – Garcia não podia ver o que ele fazia, mas sabia que iria ganhar algo de horrível em troca.

— Não é que eu goste de gordinhas, mas você dar uma bela sopa. – Disse Floyd aplicando a seringa em Garcia.

— Seu filho da mãe. – Garcia começou a ficar tonta e Floyd soltou mais a corda deixando ela cair por completo no chão. Ela apagou minutos depois. A cabeça bateu com força considerável no chão.

— Durma garota. – Disse Floyd.  – Vamos começar. – Disse para o companheiro de crimes.

Eles amararam Garcia a uma cadeira com uma força considerável. Suas mãos na parte de trás da cadeira e seus pés na frente. Uma pequena câmera foi ligada na sua frente.

— O show vai começar. – Disse Floyd.


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Notas finais do capítulo

Alerta de torturas para o próximo capitulo são aplicáveis.



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