O Coelho da Lua escrita por Mauschen


Capítulo 7
Saudades de casa


Notas iniciais do capítulo

Tentei colocar uma imagem, não sei se funcionou. Caso não, tá aqui o link:
pt-br.tinypic.com/view.php?pic=2hd4qyr&s=9#.WiaL1FWnHIU
(Me digam se ficou bonitinho)



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Senti alguma coisa me cutucando, demorei pra abrir os olhos, a cama estava tão quentinha e confortável e eu não queria sair dali. Por fim eu desisti e acordei. Maître estava com uma cara estranha, parecia preocupado com algo.

―Levanta e se arrume logo. Vamos sair daqui a pouco ―Ele saiu do quarto. Demorei o máximo que podia pra levantar. Calcei minhas botas e escondi Ludovico em baixo da blusa, nunca tinha reparado como ela era grande pra mim, pelo menos não dá pra ver meu boneco escondido nela. Fui até a sala, Merlin já estava acordada, estava usando um vestido floral preto que a deixava muito bonita, acho que se ela vestisse um saco de batatas continuaria bonita.

―Bom dia pequeno. Está com fome? ― Me estendeu um pode com leite e cereais dentro, era muito delicioso.

Merci Mademoiselle.

Você é muito educado.

Merlin e Daniel comeram também, depois nós descemos até a recepção onde Merlin pagou pela estadia e obrigou Daniel a levar duas malas só de roupa pelas ruas. Lotadas e sufocantes. A caminhada durou o dobro do tempo já que a gata parava em toda loja de roupa que via.

Finalmente chegamos, era uma estação de trem bem mal cuidada, uma locomotiva a vapor estava parada nos trilhos. Era pintada de vermelho e dourada, parecia ser feita de ouro. Daniel foi até uma casinha onde tinha um homem de aparência velha.

―Três bilhetes, para Mei Difang ― O carneiro estalou a língua.

―Os trilhos para Mei Difang foram destruídos.

―Destruídos?

―Não sei direito o que aconteceu, deve ter sido uma dessas briguinhas do governo. De qualquer jeito, ninguém poderá ir para lá nas próximas semanas.

Daniel ficou ainda mais preocupado com alguma coisa, olhou para Merlin procurando por ajuda, mas parecia que ela também não sabia o que fazer. Sentei-me num dos bancos e esperei os dois.

Depois de alguns vários minutos, Maître finalmente decidiu o que fazer. Fomos até um trem lotado, sofremos pra achar um lugar pra sentar. Daniel não gostou do assento dele, acho porque não tinha lugar pra ''encaixar'' a cauda, Ludovico tirou muito sarro dele. Deixei Merlin sentar no meio por precaução. O trem apitou e começou a se mover. A cidade mal cuidada deu lugar a um vasto campo de grama alta, plantações aqui ou ali e a um céu cinzento que anunciava mais chuva.

Parecia um pouco com minha antiga casa, mas lá tinha mais arvores e mais riachos, Papai falava que era nosso ''pedacinho do céu'', queria tanto poder ver ele de novo. Merlin estendeu um livro pra mim que tinha uma raposa de aparência simpática na capa, eu pequei por que não queria ser mal educado com ela, e fingi que sabia ler.


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