O Coelho da Lua escrita por Mauschen


Capítulo 25
O lobo estranho


Notas iniciais do capítulo

Minhas ferias acabaram, estão se eu já demorava um pouco pra postar... Agora vai demorar ainda mais...



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Pássaros, sempre achei que fossem pequenos guerreiros alados que lutavam contra um terrível exercito de monstros invisíveis, pelo menos esse era o papel deles nas historias do Papai. Os pássaros eram espadachins que rodopiavam no ar lutando como uma dança esquisita, só nunca vi galinhas voarem, talvez elas lutassem contra os filhotes dos monstros por serem pequenininhos. Mas descobri que também tem pássaros que são do mal, como o urubu malvado do livro. Ele tentou matar a menininha e a avô dela!

Alias, Daniel deveria se esforçar um pouco para contar essa historia o jeito que ele fala dá sono. Ele não chegava nem perto do talento do meu pai.

―E quando o Urubu Mal foi tomar agua no rio ele caiu e morreu. Todos viveram felizes pra sempre, blá, blá, blá e fim ― Daniel fechou o livro e o colocou no criado mudo.

―É assim que acaba?

―Sim, agora vai dormir que eu tenho que fazer coisas importantes ― Ele se levantou e saiu, simples assim. Essa atitude de Daniel me irritava, mas eu não tinha o direito de reclamar de qualquer jeito. Deitei na cama me encolhendo o máximo possível no canto, esperando que minha perna parasse de doer. Eu só tive um sono sem sonhos.

Quando eu acordei Daniel sacudia meu ombro, de um jeito tão delicado que isso com certeza vai ficar dolorido. Voltei pra minha rotina de ficar sendo carregado de um lado pro outro e fazer o que me mandarem. Conforme andávamos as ruas ficavam cada vez mais vazias, os prédios comerciais iam desaparecendo dando lugar a prédios cinza, em vez das pessoas de roupa colorida e vendedores começaram a aparecer homens de uniforme, eles nos olhavam de cara feia. Daniel olhava serio pra frente, e eu tentava olhar pro chão.

Daniel tentou falar com alguns homens, mas eles ou o ignoravam ou o mandavam falar com outra pessoa, e estas, por sua vez, faziam a mesma coisa. Não era difícil perceber quando Daniel estava frustrado com algo, por um momento eu achei ter visto fumaça sair de dentro do chapéu, e rezei mentalmente pra ele não ter me visto dando risada.

―Espraquins! ― Ouvi uma voz exageradamente alegre vindo na nossa direção, o dono era um lobo esquisito, o pelo era algo entre laranja e dourado, os focinho e as mãos eram pretas. Ele usava um terno impecável e o cabelo era bem arrumado, o sorriso deixava os dentes pontudos e brancos a mostra.

―Spraggins ― Daniel o corrigiu, carregando um obvio desconforto na voz.

―Vocês espanhóis e seus nomes estranhos.

―Esse nome nem é espanhol, Lang.

Ele me olhou de cima a baixo ―Meus deuses, vocês parecem que caíram de um trem.

Nessa hora eu até pude ver o quanto Daniel quis avançar no pescoço do homem, mas ele não o fez. Em vez disso ele o cumprimentou adequadamente, o lobo ofereceu que focemos a casa dele.


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Notas finais do capítulo

Batatas batatatinhas...



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